Nota: No final de agosto de 2023, a presidência brasileira concedeu uma medalha ao padre Júlio Lancellotti pela Ordem do Ministério da Justiça. A medalha reconhece notáveis serviços à pasta, sobretudo na luta contra a Arquitetura Hostil.

Infelizmente, isso acontece na mesma semana em que Lancellotti recebeu ofensas e ameaças anônimas. O Presidente da República expressa solidariedade pelo trabalho do padre em acolhimento a pessoas em situação de rua.

O tema ‘Arquitetura Hostil’ é bastante discutido pela Igreja Católica. Em 2021, o Papa Francisco denunciou este modelo de Arquitetura que, aparentemente, seria desenvolvida contra os mais pobres. E mesmo aqui no Brasil, devemos destacar a luta de Padre Júlio Lancellotti, participante de atos, coordenador da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo e a favor do Projeto de Lei que proíbe certas instalações para dificultar o acesso de idosos e pessoas em situação de rua.

Esse assunto já bastante polêmico ganhou os noticiários brasileiros recentemente. Isso porque o Governo Federal derrubou, por meio do Congresso Nacional, a lei já sancionada de forma simbólica em novembro, também aprovada pelo Senado, e que tentava proibir a chamada ‘Arquitetura Hostil’ em nosso país. Saiba mais no texto a seguir!

No dia 22 de dezembro de 2022, a informação divulgada na imprensa era de que o Congresso Nacional promulgou a Lei Padre Júlio Lancellotti, a legislação que proíbe a chamada “arquitetura hostil” em áreas públicas. Ou seja, derrubando o veto presidencial.

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A ‘Lei Padre Júlio’

No Congresso, a lei contra a Arquitetura Hostil ficou conhecida por Lei Padre Júlio justamente por conta da atuação do religioso, que chegou em certa ocasião a quebrar a marretadas pedras instaladas em áreas públicas da capital para afastar a população em situação de rua. E em mais recente protesto, ele reuniu voluntários para remover pedras colocadas na entrada de uma biblioteca pública na zona leste de São Paulo.

O relator da lei na Câmara destacou o distanciamento entre os espaços públicos e pessoas em situação de rua. Outro parlamentar ressaltou a frequente adoção de métodos e materiais para afastar tais pessoas, o que poderia ser chamado de “segregação social”. Infelizmente, técnicas assim têm sido aplicadas no nosso país pelo menos desde 1994, muitas vezes ficando conhecidas como “arquiteturas antimendigos”, extremistas e cruéis, privilegiando “(…) o isolamento, o desconforto, o medo e, com isso, estimulando a violência”.

Por outro lado, o veto do governo se baseia na “(…) liberdade de governança da política urbana”, podendo “(…) ocasionar uma interferência na função de planejamento e governança local da política urbana, ao buscar definir as características e condições a serem observadas para a instalação física de equipamentos e mobiliários urbanos, a fim de assegurar as condições gerais para o desenvolvimento da produção, do comércio e dos serviços”.

Inclusive, o Palácio do Planalto afirma que a expressão “técnicas construtivas hostis” poderia gerar insegurança jurídica “por se tratar de um conceito ainda em construção”.

Exemplos de Arquitetura Hostil, na prática

Estacas e pedras ásperas

Espetos pontiagudos em fachadas de edificações

Planos irregulares, incluindo pavimentos e mobiliários

Jatos de água

Cercas e cercas eletrificadas

Arame farpado, dentes metálicos e cacos de vidro

O debate sobre o que é e se é ou não certa a prática da Arquitetura Hostil é algo bastante complexo e controverso. Não pode sequer ser resumido em um post. Necessita de muito estudo e debate aprofundado por parte da sociedade. E, certamente, sendo uma questão tão delicada, receber um olhar mais humano e solidário por parte dos governantes.

E você, o que acha? Antes de responder, leia as seguintes matérias:

• Arquitetura Hostil: o que é e o que ela tem provocado de ruim na sociedade brasileira
• 6 mudanças necessárias para que a arquitetura amenize a desigualdade nas cidades

Veja Também:

Fontes: G1.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O Brasil é um país incrível! Mesmo assim, por que não sonhar em trabalhar no exterior? Em meio à crise econômica e desemprego atual, podemos buscar ganhar novos conhecimentos, entrar em contato com outras culturas, adquirir mais experiência e até seguir uma jornada em um país que ofereça mais oportunidades de trabalho e segurança de vida. E mesmo que você esteja ingressando na faculdade, já pode começar a planejar sua carreira visando também as ofertas mais promissoras fora do Brasil.

Lembrando que as mudanças nas regras do trabalho remoto também nos permite construir uma história como profissionais nômades digitais, atuando em qualquer lugar do mundo. Pensando nisso, segundo o levantamento Atlas das Juventudes da FGV Social de 2021, quase a metade dos jovens brasileiros entre 15 e 29 anos pensa em sair do Brasil para seguir uma carreira no exterior. Esses dados também batem com os números mais recentes do Ministério das Relações Exteriores.

Veja Também:

• Quer trabalhar no exterior? Saiba por que jovens profissionais buscam conhecimento em BIM
• Sonha em trabalhar no exterior? Conheça o ‘Engenheiros Talks’
• O que é necessário para os engenheiros brasileiros trabalharem no exterior?
• Como emitir seu Visto Profissional no CREA para trabalhar em outros estados?

Agora, antes de começar seus planos de sair do Brasil, confira a lista seguir!

Quais as carreiras mais promissoras para trabalhar no exterior?

Tecnologia da Informação

Começamos por esta área profissional bem promissora, por exemplo, nos Estados Unidos e na Europa. Especialistas em Engenharia de Software têm boas chances de remuneração nestas partes do mundo – algo como mais de 800 mil reais por ano. Isso inclui trabalhadores com experiência em desenvolvimento de aplicativos, arquitetos de dados, engenheiros de confiabilidade, de sites e nuvem, de segurança de informação, e mais.

Comunicação

Em destinos altamente procurados por brasileiros, como Portugal, profissões que envolvem o setor de serviços e comunicação são, além dos cargos de tecnologia, àqueles com mais procura e ofertas

Logística e Recursos Humanos

Generosos salários são oferecidos nestas duas áreas, sobretudo em países da Ásia – que, em maioria, procuram professores com experiência internacional para ensinar, na língua inglesa, em diversas instituições.

Design, Arquitetura e Engenharia Civil

Profissionais destas três áreas já devem ficar atentos às oportunidades oferecidas pelas empresas de países como Dubai, Tóquio ou Shenzhen, pois essas profissões estão em alta no continente asiático; sem contar também o continente europeu, principalmente países como a Dinamarca.

Medicina

O velho e o novo continente – respectivamente Europa e América do Norte – também são uma boa escolha para quem estuda profissões como Biologia, Biomedicina, Bioprocessos, e mais nessa linha da Medicina e Medicina Veterinária.

Marketing, Análise e Ciência de Dados

Mais três áreas com boas chances de vagas no exterior, com diversas oportunidades de empregos e salários generosos, sobretudo na América do Norte.

A saber, os países de maior interesse dos brasileiros são atualmente: Estados Unidos, Portugal, Paraguai, Reino Unido e Japão. 

E pensando no trabalho remoto, de acordo com levantamento da plataforma de viagens Kayak, os melhores países para trabalhar são: Portugal, Espanha, Romênia, Maurício, Japão, Malta, Costa Rica, Panamá, República Theca e Alemanha.

A classificação levou em conta 22 fatores diferentes, divididos entre seis categorias: saúde, segurança, custo de vida local, vida social, custeio de viagens, condições de trabalho remoto e clima. Ao todo, o levantamento inclui 111 países. 

Contudo, os Estados Unidos ainda continuam sendo uma boa opção quando analisados por região.

O que acha? Que área profissional você deseja seguir? E, com isso, qual seria seu destino se quisesse trabalhar no exterior? Escreva para nós!

Veja Também: Engenharia versus sociedade: o papel da ciência na construção de um futuro melhor

Fontes: Seu Dinheiro, BeeTols.

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A fazenda da família Marchezin, localizada em São Carlos, São Paulo, é um exemplo de futuro mais eco-friendly para a Engenharia Ambiental e Sanitária. Em parceria com pesquisadores da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -, os responsáveis pela propriedade conseguiram colocar em prática diversas técnicas, contando com tecnologias para reuso de água no local.

Nem precisa dizer que os rumos desta fazenda, adquirida na década de 70, foram completamente alterados. De repente, a área em declive, considerada improdutiva e sendo gradualmente degradada nos anos 90 – sobretudo por causa da erosão do solo causada por desmatamento -, voltou a lucrar.

Os investimentos em reuso de água feitos na fazenda Marchezin

O herdeiro da propriedade Marchezin largou o campo para cursar o Ensino Superior em Administração. Depois de formado, trabalhou por um período com peixes em tanques escavados. E, passado mais um tempo, buscou a Embrapa para testar algumas tecnologias. São elas:

1. Fossa biodigestora, para fazer o saneamento do esgoto da fazenda.
2. Técnicas para restauração de áreas degradadas.
3. Jardins aquícolas e filtrantes para reuso de água.

Conhecendo as técnicas indicadas pela Embrapa para o reuso de água 

Fossa biodigestora

Trata-se de uma tecnologia simples, de fácil instalação e custo acessível, que trata o esgoto do vaso sanitário, reduzindo um efluente que pode ser utilizado no solo como fertilizante.

Jardim aquícola

Um modelo de jardim que trata efluentes que contêm excrementos de peixe, restos de ração não consumida, algas e microorganismos, aproveitando seus nutrientes diluídos em água para a produção comercial de plantas ornamentais, como os copos-de-leite.

Jardim filtrante

Modelo de jardim em pequeno lago impermeabilizado, com direito a pedras, areia e plantas aquáticas. A ideia é, com isso, fazer o tratamento da “água cinza” – ou seja, do esgoto proveniente de pias, tanques e chuveiros, ricos em sabões, detergentes, restos de alimentos e gorduras.

A saber, o emprego de reuso de água na agricultura pode ajudar na preservação dos recursos hídricos e diminuição da sua utilização indiscriminada. Lembrando que as atividades econômicas envolvidas com o agro empregam muita água em seu processo – cerca de 70% de todo o consumo realizado no mundo.

Veja Também: Inspiração: voluntários atuantes em projeto ajudam cidades do Piauí a receberem água potável

Fontes: G1.

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Você sabe o que são usinas de energia de ondas? Bem no Brasil, por exemplo, o modelo de gerador encontrado é o seguinte: formado por conjuntos de flutuadores e braços mecânicos que, ao serem movimentados pelas ondas do mar ou de um rio, acionam bombas para a pressurização das águas. O líquido é, então, armazenado num acumulador conectado a uma câmara hiperbárica. Pois a pressão na câmara forma um jato de água responsável pela movimentação da turbina que gera energia elétrica.

No mundo, já foram testados diferentes modelos de usinas de energia de ondas. Mas todos eles visam comprovar que as ondas das águas podem produzir eletricidade com confiabilidade de suprimento e a custos viáveis!

A maior usina de energia de ondas do mundo

Recentemente, foi divulgado na imprensa que a empresa sueca Eco Wave Power (EWP) assinou um acordo com a Oren Ordu Eneas, de Tel Aviv, Israel, para o desenvolvimento da maior usina de energia de ondas do mundo, com 77 MW. A mesma será instalada em região estratégica na costa da Turquia, próximo ao Mar Negro. O sistema tecnológico será novo e inteligente, já desenvolvido e patenteado para geração em larga escala de energia “verde”, ou seja, limpa.

A matriz seria fixa e modular, com mecanismo composto de flutuadores de aço articulados e braços equipados com pistão, trabalhando com oleoduto umbilical submarino para um transformador em terra, gerando energia sustentável.

Esta foi a melhor solução do governo local, em parceria com o Ministério de Energia de Israel, para contornar a crise energética, investindo, com doações do fundo de Desenvolvimento Regional da União Europeia, Horizon 2020 da Innovate UK e do Programa-quadro Horizon 2020 da Comissão Europeia, em uma fonte ilimitada de energia para suprir sua rede elétrica. E o projeto chegou a receber o rótulo de solução eficiente da Fundação Solar Impulse!

A saber, a Ocean Energy Europe, órgão representativo da indústria na Europa, afirma que 100 GW de capacidade de energia das ondas poderiam ser instalados na região até 2050, suprindo a 10% da demanda de energia dos estados-membros.

Veja Também: Descubra aqui as 11 maiores usinas hidrelétricas do mundo

Outras usinas de energia de ondas

Objetivos ambiciosos de sustentabilidade regional assim, como de Israel-Turquia, também podem ser vistos, na prática, em outros locais do planeta. Veja, a seguir, outros exemplos de usinas de energia de ondas no mundo!

Usina La Rance, França

A primeira maior usina de energia de ondas ou maremotriz do mundo é a de La Rance, na costa da Bretanha, França. Ela está em operação desde 1967, com potência de 240 MW.

Usina MeyGen, Escócia

No litoral da Escócia está localizada a usina de MeyGen, com capacidade de 400 MW.

Parque de ondas Aguçadoura, Portugal

O parque de ondas de Aguçadoura, em Póvoa de Varzim, Portugal, utiliza estruturas cilíndricas articuladas semi-submersas, com potência de 750 kW.

Usina Wave Dragon, Dinamarca

Mais um exemplo de usina de energia de ondas é a usina Wave Dragon, na Dinamarca, capaz de produzir 20 kW. 

Usina piloto do Porto de Pecém, Brasil

No Brasil, nos anos 1970, quase foi implementado o projeto maremotriz no estuário do Rio Bacanga, em São Luís, Maranhão. Contudo, recentemente, foi desenvolvido pela COPPE/UFRJ o projeto da usina piloto do Porto de Pecém, em Fortaleza, Ceará. A planta, com direito a braços mecânicos de 22 m de comprimento e boias de 10 metros de diâmetro, seria capaz de produzir 50 kW de eletricidade.

Fontes: Click Petróleo e Gás, USP, Mar sem Fim, Redação Amazonense.

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Então, você já desistiu de cursar o Ensino Superior por conta da sua idade? Que pena! Talvez você esteja enganado na sua escolha! Primeiro porque, depois de tanta experiência de vida, os mais velhos são capazes de aproveitar bem mais o que é transmitido nas aulas, sabia disso? A maturidade, nos faz refletir mais seriamente sobre diversas questões. O mestre de obras Ubiraci da Silva Macêdo, hoje com 60 anos, apostou na sua capacidade e resolveu cursar a faculdade de Engenharia Civil. Sua história, pouco a pouco, viralizou nas redes sociais por conta da aprovação do seu TCC. Saiba mais a seguir!

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Ingresso na faculdade

“Eu tava trabalhando com meu irmão que tinha uma empresa de construção, eu era o encarregado dele. Ele chegou um dia na obra e apresentou a filha de 22 anos como a nova funcionária que tinha acabado de se formar como engenheira civil. Aí eu fui saber como funcionava o curso e abri os olhos pra estudar.” – Ubiraci, em reportagem de G1.

Ubiraci faz sua faculdade em Macapá, capital do estado do Amapá e já ingressou no curso de Mestrado. Ele é dos 18 acadêmicos formandos em Engenharia Civil de uma turma que, inicialmente, tinha 120 alunos inscritos. Antes disso, ele trabalhou por 25 anos como mestre de obras. E também chegou a atuar em empreendimentos como marceneiro. Quanto à universidade, diz que sua motivação partiu de uma sobrinha; de acordo com ele, foi ela que o inspirou com seu discurso ao se formar na faculdade.

“Me sinto realizado profissionalmente, gosto de trabalhar em canteiro de obra, de ver nascer a obra e o término. Esse é um grande prazer. Eu sempre tive vontade de ver meu nome na placa da obra como ‘engenheiro técnico responsável’ e hoje eu já começo a ver o meu sonho sendo realizado.” – Ubiraci.

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TCC em Engenharia Civil

A história de Ubiraci ganhou fama na Internet depois que seu filho postou um texto contando a sua história. E o que chamou a atenção dos internautas não foi só o fato dele cursar a faculdade de Engenharia Civil com idade mais avançada, que foi uma experiência a parte – lembrando que a maioria dos vestibulando são jovens recém-saídos da escola -, mas o tema do seu TCC, sobre ondulações no asfalto de Macapá.

O seu trabalho de conclusão abordou os tipos de pavimentações asfálticas usadas vias urbanas do município, focando nos problemas recorrentes, como as ondulações. Para você entender melhor a questão, resolvemos trazer algumas explicações rápidas. Veja!

O que são pavimentações asfálticas?

Pavimentações asfálticas são um tipo de revestimento composto da mistura de agregados e ligantes asfálticos. Este é basicamente formado por quatro camadas principais: revestimento asfáltico, base, sub-base e reforço do subleito.

Quais os tipos de asfalto que existem?

• Cimento Asfáltico de Petróleo: está presente em revestimentos de altíssimo padrão, por exemplo, o Concreto Betuminoso Usinado à Quente.
• Asfalto Diluído de Petróleo: normalmente utilizado para a impermeabilização da base de onde será feito o pavimento.
• Emulsão Asfáltica: relacionada a revestimentos de médio a baixo padrão, como os tratamentos superficiais.
• Asfalto comum: utilizado em ruas residenciais e composto de betume, areia, brita e pó de pedra.
• Asfalto de borracha: composto por fragmentos de pneus usados, com alta resistência e flexibilidade, e custo de produção menor.
• Asfalto verde: que leva óxido de titânio na mistura, permitindo absorver quase 50% da poluição do ar, além de ser permeável, contribuindo para a diminuição de enchentes e alagamentos de rodovias.
• Asfalto poroso: mistura de asfalto com pedras pequenas, que permite que a água das chuvas seja captada e reutilizada para diversos fins.

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• Asfalto regenerativo: uma opção para tapar os buracos das rodovias
• O que é o tal ‘asfalto morno’ que algumas cidades brasileiras usam nas vias públicas?
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Quais as principais causas das ondulações no asfalto?

São algumas das causas mais comuns para ondulações no asfalto:

• frenagem e trânsito de veículos pesados;
• altas temperaturas do solo – onde a capa asfáltica se amolece e gera um esforço no pavimento;
• solo de base da pavimentação arenoso demais, mal aterrado, terraplanado ou compactado, gerando problemas estruturais;
• trabalhos mal feitos de recapeamento;
• preparo errado do concreto betuminoso;
• e contaminação da mistura asfáltica e a falta de aeração das misturas líquidas de asfalto.

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Como evitar as ondulações no asfalto?

São as recomendações apresentadas por especialistas em Engenharia Civil:

• buscar sempre o concreto betuminoso em Cariacica (ES) de melhor qualidade, com mistura feita de forma correta e com profissionalismo;
• atentar também ao processo de pavimentação;
• realizar manutenção periódica e adequada do asfalto, garantindo o bom rolamento das vias, fora a segurança e capacidade de suporte da carga do tráfego;
• e sempre contar com o controle de planejamento e avaliações de especialistas.

Veja Também:

Fontes: G1, Wasaki, Vila Betume.

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Atualmente, a tecnologia desempenha um papel essencial no setor da construção civil, permitindo maior precisão no desenvolvimento de projetos e promovendo o uso mais eficiente de recursos naturais. Entre as ferramentas que revolucionaram essa área estão as plataformas CAD e BIM, amplamente utilizadas por engenheiros e arquitetos.

Mas você sabe o que são essas tecnologias e por que são tão importantes para projetos de engenharia e arquitetura? Continue lendo este artigo do Engenharia 360 e entenda as diferenças, aplicações e vantagens do CAD e BIM na construção moderna!

O que é CAD e o que é BIM?

CAD

CAD significa ‘Computer Aided Design’ ou ‘Desenho Assistido por Computador’. Um dos exemplos mais populares é o AutoCAD, desenvolvido pela Autodesk, que permite criar desenhos em 2D e modelos em 3D com alta precisão. Essa tecnologia é amplamente utilizada em projetos técnicos, como plantas arquitetônicas, instalações hidráulicas, elétricas e muito mais.

BIM

BIM significa ‘Building Information Modeling’ ou ‘Modelagem da Informação da Construção’. Mais do que uma ferramenta de desenho, trata-se de uma plataforma de gestão inteligente de projetos. Softwares como o Revit permitem integrar informações de diferentes disciplinas (estrutura, elétrica, hidráulica etc.) em um modelo 3D único, colaborativo e altamente informativo.

Principais diferenças entre CAD e BIM

Embora CAD e BIM sejam usados na elaboração de projetos na construção civil, há diferenças significativas entre as tecnologias:

Em resumo, enquanto o CAD trabalha com linhas, formas e representações gráficas, o BIM oferece uma modelagem mais rica, com simulações de obra, análises estruturais, orçamentos, cronogramas e documentação completa da construção.

Vantagens de utilizar CAD e BIM na Arquitetura e Engenharia

Com base nas explicações anteriores, podemos conluir que CAD e BIM são tecnologias diferentes. Mas ambas proporcionam ao seu modo muitos benefícios para os designers da construção civil, fazendo parte de sua rotina profissional. Eis as suas principais vantagens:

• CAD: possui uma variedade de ferramentas gráficas para desenvolvimento de projetos, com recursos que permitem criação, remodelação e dimensionamento de desenhos técnicos.
• BIM: oferece conceitos e ferramentas que possibilitam a integração das etapas de construção, permitindo a visualização espacial de projetos em formato tridimensional, como modelagem paramétrica ou inteligente; também análise de orçamento, cronograma, etapas de obra, e mais.

Vale destacar como a ajuda destas tecnologias modernas, em especial o BIM, proporciona um trabalho mais eficiente no tratamento dos projetos e condução de obras, especialmente as mais complexas.

Com a utilização do CAD e BIM as chances de projetos dados como finalizados com erros e prejuízos é menor, pois pode-se prever melhor detalhes de execução. Sem esses recursos, talvez fosse impossível conduzir as obras modernas com a segurança e eficiência que se deseja!

Onde o CAD e o BIM podem ser aplicados?

As plataformas CAD e BIM são amplamente utilizadas em diversos setores da construção e design, incluindo:

• Arquitetura
• Engenharia Civil
• Topografia
• Design de interiores
• Projetos elétricos e hidráulicos

Por que o mercado exige mais conhecimento em BIM?

Os escritórios de Arquitetura e Engenharia vêm exigindo muito mais conhecimento em BIM do que em CAD. Isso por esta tecnologia ser mais inteligente, reunindo, num mesmo arquivo, informações diversas sobre a obra, muito além da representação 3D. Isso quer dizer que, num mesmo modelo, tem-se a interação e contribuição de profissionais de diversas áreas envolvidos no empreendimento – como elétrica, hidráulica, arquitetura, contabilidade, entre outras.

Com o BIM pode-se agregar informações de maneira cíclica e sincronizada, facilitando a comunicação entre projeto e equipe para otimizar a entrega das obras.

Esse é o nível de exigência que clientes e mercado vão impor sobre profissionais da construção civil. E você, está preparado? Pois nós podemos lhe ajudar!

Fontes: IBEC Ensino.

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Os aquários são atrações turísticas populares em todo o mundo. Eles oferecem uma oportunidade única de ver de perto a vida marinha e aprender sobre a importância da preservação dos oceanos. Mas quais será os maiores aquários do mundo?

Antes de falarmos sobre isso, vale destacar que, entre os amantes da natureza, existe uma discussão muito séria sobre se é uma boa ideia a construção de aquários – sejam eles privados ou públicos. Na verdade, existem, de fato, aquários e zoológicos que são mesmo de instituições sérias e que fazem contribuições relevantes à vida selvagem em todo o mundo. Uma atração desse tipo, muito lembrada pelo público, era o AquaDom, um viveiro com 1 milhão de litros de água, 14 metros de altura e 11, 5 metros de diâmetro. Descubra o que houve com ele no texto a seguir, do Engenharia 360!

Os maiores aquários do mundo

Existem dezenas de aquários grandes ao redor do mundo, mas alguns se destacam pelo seu tamanho e atrações. Mas você sabe quais são os maiores aquários do mundo – sejam para ornamentação ou estudo de preservação ambiental? Confira a seguir uma lista dos maiores aquários do mundo:

1. Chimelong Ocean Kingdom (China)

• Localizado na província de Guangdong, na China.
• É considerado hoje o maior dentre os maiores aquários do mundo.
• Tem m volume de água de 13,8 milhões de litros.
• Abriga mais de 15.000 animais de 500 espécies diferentes.

2. Georgia Aquarium

• Localizado em Atlanta, nos Estados Unidos;
• Tem 38 milhões de litros d’água – somando todo o complexo;
• Guarda mais de 100 mil animais de 700 espécies diferentes – incluindo peixes de água doce e salgada, mamíferos e até pinguins;
• Funcionando em parceria com universidades e pesquisadores para a proteção e reprodução de espécies ameaçadas e educação do público para a importância dos ecossistemas.

3. Dubai Mall Aquarium

• Localizado em Dubai, nos Emirados Árabes;
• Tem 10 milhões de litros d’água;
• Guarda mais de 33 mil animais de 70 espécies diferentes;
• Com estrutura montada dentro do maior centro comercial do mundo, contendo túnel de 48 metros de comprimento.

4. Okinawa Churaumi Aquarium

• Localizado em Okinawa, no Japão;
• Tem 110 mil metros quadrados e 10 milhões de litros d’água;
• Guarda mais de 26 mil animais de 740 espécies diferentes – como peixes abissais, tubarões, corais e peixes tropicais;
• Com estrutura de 4 andares e água bombeada direto do mar.

5. Turkuazoo

• Localizado em Istambul, na Turquia;
• Tem 55 mil metros quadrados e 5 mil litros d’água;
• Guarda mais de 10 mil animais de água doce e salgada – com direito a tubarões e arraias;
• Com túneis que imitam o fundo de um oceano.

Bônus | L`Oceanogràfic

• Localizado em Valência, na Espanha;
• Tem 110 mil metros quadrados e 42 milhões de litros d’água;
• Guarda mais de 45 mil animais de 500 espécies diferentes – como golfinhos, baleias, morsas e crocodilos;
• Com design que faz uma representação de ambiente de oceano e matas, tendo até um borboletário.

O incidente com o aquário AquaDom

Infelizmente, na manhã da sexta-feira de 16 de dezembro de 2022, o grande aquário, localizado em um hotel Radisson, em Berlim, na Alemanha, simplesmente estourou, ferindo duas pessoas. Os destroços até chegaram a invadir a avenida em frente ao complexo. No local, havia 1.500 peixes exóticos. Veja, a seguir, as imagens do antes e depois do incidente!

Veja Também:

Fontes: Aquaa3, G1.

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“A globalização está quase morta e o livre comércio está quase morto.”, isto é o que disse Morris Chang, fundador da companhia TSMC, uma indústria de chips de Taiwan. Por que ele disse isto? Porque tanto ele quanto outros especialistas de mercado acreditam que o livre comércio está chegando ao fim. Estamos vendo as tensões internacionais crescerem neste último ano, sobretudo por conta da guerra da Ucrânia. Por isso, os bloqueios comerciais estão aumentando, e as grandes potências buscam alternativas para acelerar a produção de semicondutores.

Nova tendência no setor da indústria de chips

A pandemia do Covid-19 parece que só acentuou, só deixou mais a mostra os problemas que já vinham acontecendo no mundo. Estamos dentro de uma grande tormenta, vivendo muitas crises ao mesmo tempo, incluindo a geopolítica. Mais uma vez, Estados e China se olham por cima de um muro, dividindo o mundo com suas disputas comerciais, sobretudo no que diz respeito à produção de tecnologias de ponta.

Cada dia está mais difícil para a indústria de chips e seus fornecedores lidar com as restrições impostas por estes dois governos. E há a sensação de que poucos passarão, daqui por diante, a se beneficiar ainda da globalização. Hoje é a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) a maior fabricante de chips do mundo. Mas os Estados Unidos, por exemplo, estão trabalhando como nunca para levar de volta ao seu país a manufatura de itens cuja produção, por décadas, havia sido concentrada no exterior por razões de custo.

Olha que interessante, os Estados Unidos já foram o maior fabricante de microprocessadores do mundo. E, apesar de os pesares, a nação ainda é um dos maiores líderes no desenvolvimento da tecnologia no setor. Só que, mesmo assim, está preocupado com o que está acontecendo na indústria de chips. Até porque, nos últimos anos, houve um expressivo declínio em sua receita com chips. E parece que tanto o governo americano quanto o chinês estão travando uma verdadeira guerra de braços com fornecedores para manter sua liderança no setor. Enfim, ambos deixaram de ser ver como parceiros confiáveis!

O que os americanos decidiram fazer?

O governo americano fez de tudo para atrair a TSMC e manter suas negociações com Taiwan. Mas esta dependência está por um triz. Isso porque, como sabemos, a China reivindica a região como seu próprio território. Correndo contra o tempo, Estados Unidos e TSMC estão construindo uma indústria de chips no Arizona – prevista para ser inaugurada em 2026 -, que promete diversificar a produção da própria empresa. Esta será a primeira fábrica de chips no país a fabricar chips de 3 nanômetros, os menores e mais avançados do mercado.

Qual a reação dos chineses?

O governo chinês decidiu incentivar o mercado local de semicondutores de forma enérgica. Por hora, quer obrigar os fabricantes locais de smartphones e outros eletrônicos a usarem chips 100% chineses. Essa mudança no mercado interno deve acontecer gradualmente. Num primeiro momento, com 30% dos aparelhos usando semicondutores nacionais. E quem descumprir a regra será punido.

Infelizmente, de acordo com especialistas, embora o país venha a ganhar mais dinheiro com sua indústria de chips, também comprometerá ainda mais seus recursos hídricos – assim como aconteceu com Taiwan. E, como sabemos, a China vem enfrentando uma fase de severa seca nos últimos anos. Mesmo assim, a ideia da “cota de chips” está avançando em Pequim!

Responda essa pergunta: você sabe o por quê desta briga pelos chips? Bem, é porque esta tecnologia funciona como um cérebro para os aparelhos eletrônicos, vitais para o funcionamento de smartphones, veículos autônomos, supercomputadores, inteligência artificial, e mais.

Fontes: Tudo Celular, Brazil Journal.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Em agosto de 2003, os noticiários brasileiros falavam sobre um satélite VLS-1 V03 que havia explodido por conta de uma descarga elétrica de origem desconhecida na Base de Alcântara, no estado do Maranhão. Na ocasião, 21 técnicos, engenheiros e cientistas morreram. Depois disso, em 2019, houve uma pressão internacional, por parte dos Estados Unidos, para impedir a criação de um programa de produção de foguetes espaciais brasileiros. Desde então, o povo brasileiro sonha ver nosso Centro de Lançamento ganhando mais notoriedade no mundo.

Parece que o último lançamento de sucesso realizado no local foi agora em outubro de 2022, com um veículo VSB-30, à partir da Plataforma Suborbital de Microgravidade PSM. Mas a notícia apresentada à imprensa neste mês de dezembro sobre o espaçoporto é o lançamento do primeiro foguete privado, que deve ocorrer muito em breve. Leia o texto a seguir para saber mais!

Informações gerais sobre a Base de Alcântara

O nome oficial da Base de Alcântara é Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Trata-se de um espaçoporto, localizado no município de Alcântara, perto da costa atlântica norte do Brasil e da linha do Equador, no Maranhão. Ele pertence à Agência Espacial Brasileira, operado pela Força Aérea Brasileira por meio do Comando da Aeronáutica.

Sua construção data de 1982. Um ano depois foi ativado o Núcleo do Centro de Lançamento de Alcântara (NUCLA). Logo as famílias que residiam no local começaram a ser transferidas para agrovilas a 14 km de distância. Em 1989 começou a ser operacionalizada o projeto “Pioneira”, com foguetes SBAT. E o primeiro lançamento no CLA foi em 1990, com o foguete de sondagem Sonda 2 XV-53.

Características principais do CLA

• Originalmente sua área era de 620 km²;
• Pela proximidade com a linha do Equador (2 graus e 18 minutos de latitude sul), as operações na base consomem menos combustível – pelo menos 30% de combustível;
• Aliás, a velocidade de rotação da Terra nesse ponto geográfico auxilia o impulso dos lançadores;
• As condições climáticas na região também são boas, com regime de chuvas definido e os ventos em limites aceitáveis;
• E seu maior concorrente é o Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.

Lançamentos na Base de Alcântara

A Base de Alcântara é considerada pelos cientistas como uma das melhores do mundo, justamente por sua localização geográfica. A disposição da península permite lançamentos de todos os tipos de órbita – em faixas horizontais e verticais. Já se verificou que a segurança em vários estágios é adequada, como se necessita ser. Contudo, o centro brasileiro não opera lançamentos constantes. A justificativa seriam problemas de atrasos logísticos e tecnológicos.

Atualmente, existem planos, sim, de lançamento de vários foguetes internacionais de Alcântara. Por exemplo, a partir de um acordo assinado pelo governo brasileiro em 2018, que possibilitou a abertura do espaçoporto para várias empresas norte-americanas, a Virgin Orbit foi selecionada para voar seu foguete LauncherOne da base. Mas isso ainda não aconteceu, empurrando os planos para outubro de 2023!

Primeiro foguete privado

Agora a notícia que se tem é a decolagem de um foguete privado, o HANBIT-TLV, no próximo fim de semana (entre os dias 16 e 21 de dezembro), se as condições meteorológicas estiverem boas. Este será um grande passo no cumprimento de um objetivo anunciado pela Agência Espacial Brasileira (AEB): tornar o local atrativo para empresas do ramo. Por certo, é a melhor chance do CLA de mostrar que está pronto para atender às propostas do novo mercado de exploração espacial.

Atualização: A AEB (Agência Espacial Brasileira) adiou o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TV. A decolagem estava prevista para a manhã do dia 21, mas foi abortada após uma falha técnica no sistema de acionamento do motor do foguete. Segundo a agência, o problema não gerou incidentes, e as equipes sendo desmobilizadas com segurança. Ainda não há uma data divulgada para uma nova tentativa de lançamento.

Pode ser que, se tudo der certo, este seja um momento histórico de cooperação tecnológica para a Ciência Brasileira. Tem muita coisa envolvida, como novos contratos que já estão em negociação. O primeiro lançamento da Innospace será um teste do motor em ambiente real, mas o foguete não chegará a entrar em órbita. O objetivo é testar o motor do primeiro estágio do lançador de satélite HANBIT-Nano.

Após este primeiro voo, novos deverão ser feitos nos próximos meses, conforme o projeto sul-coreano avançar. O HANBIT-TLV levará como carga um sistema de navegação, o SISNAV, desenvolvido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da FAB. O seu teste servirá para verificar a operação em ambientes específicos de vibração, choque e alta temperatura. O primeiro passo também para o projeto do Veículo Lançador de Microssatélites da FAB.

A saber, o foguete HANBIT-TLV usa de sistema de bomba elétrica e sistema híbrido, combinando propulsores à base de oxigênio líquido e parafina. Ele tem o peso de 15 toneladas e mede16,3 metros de altura. E foi desenvolvido pela startup sul-coreana Innospace, no próximo fim de semana.

Fontes: O Globo, Wikipédia.Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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A Coreia do Norte testa motor de propulsão avançada: o que será que isso significa para o futuro dos mísseis? Te contamos que, na primeira metade do mês de dezembro de 2022, o governo norte-coreano, por meio da imprensa estatal (KCNA), anunciou que testou no Campo de Lançamentos de Satélites Sohae um ‘motor de combustível sólido de alta propulsão’. A intenção é desenvolver sua próxima arma estratégica de guerra.

As avaliações de confiabilidade e estabilidade da tecnologia foram supervisionadas, obviamente, por seu líder supremo, Kim Jong-un. Mas a pergunta que fica é: como funciona este motor desenvolvido para esse novo sistema de armas? Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

A nova arma da Coreia do Norte

Vale destacar que motores sólidos também podem ser usados em foguetes. Então, parece que a tal arma seria usada para fabricar um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido. Esse tipo seria totalmente inédito na Coreia, sendo um “sonho de consumo” bastante almejado por Pyongyang. E por quê? Porque são mais resistentes a ataques inimigos e podem ser usados de surpresa, inclusive partindo de submarinos.

É bem provável que a Coreia do Norte vai conseguir alcançar suas metas a curto prazo a pensar no quanto já avançou nos testes de mísseis no último ano, incluindo um ICBM capaz de atingir o continente americano – apesar das proibições e sanções internacionais. Sem contar mísseis com motores de foguetes estáticos e veículos de lançamento espacial. E, de acordo com um relatório norte-americano, o país asiático ainda estaria construindo um estande de testes de motor horizontal.

Veja Também: Qual a diferença entre mísseis e foguetes?

Combustão do motor de foguetes

Assim como foguetes espaciais, os foguetes de mísseis também se deslocam depois de uma reação de combustão, onde a pressão dos gases na câmara de combustão do motor geram uma força que impulsiona a cápsula para o alto ou para frente. Ou seja, propulsão por reação! O mais comum é que dentro do motor seja usado como combustível um líquido, como hidrogênio. Mas também pode-se usar oxigênio.

Os motores desses foguetes são como invólucros, com um sistema de ignição que dá início à combustão. Uma cavidade central assegura uma queima completa e por igual do material. É comum ouvir, portanto, o uso de motores de combustível líquido. Mas dizem os especialistas que eles são uma tecnologia mais complexa. Isso porque, nesse caso, combustível e oxidante são armazenados separadamente e depois misturados na câmara de combustão. O processo todo é muito delicado, com grandes chances de dar errado, com imprevistos difíceis de serem calculados.

Propulsão por combustível sólido

Há muito perigo na manipulação e armazenamento destes combustíveis durante as operações. Pensando nisso, os cientistas desenvolveram outro processo, o modelo de sistema que recorre a combustível sólido. Aparentemente, ele ofereceria uma taxa de falha inferior.

Mas nem tudo pode ser considerado tão simples, claro! Parece que os cientistas já detectaram um problema de ausência de controle na tração depois de iniciada a combustão, que só pode ser resolvido com o controle da pressão na câmara. Isso exigiria a instalação de mecanismos complexos que contradizem o princípio de design dos foguetes. E mais, há fatores negativos que envolvem o tempo de combustão pequeno e a necessidade de uma estrutura de blindagem mais pesada e térmica.

Veja Também: As Perspectivas Tecnológicas na Mobilidade para Terra, Água e Ar

Como funciona um motor de combustível sólido

A base de funcionamento desse tipo de motor é a “(…) combustão progressiva do propulsante. Neste caso, os gases resultantes dessa combustão são expulsos por um bocal a alta velocidade e transmitem ao foguete uma quantidade de movimento igual, mas de sentido contrário, seguindo o princípio de ação reação.” – explicação extraída de dissertação de Francisco Javier Fuertes Carande, Universidade da Beira Interior, Portugal.

Resumindo, quando a combustão está prestes a reduzir, o propulsante diminui também, com relação a como a câmara de combustão se altera, variando a pressão na câmara. E, assim, consegue-se uma variação da tração – lembrando que a melhor lei é a que proporciona tração constante. Os gases produzidos são expulsos a alta velocidade, transmitindo a quantidade de movimento necessária.

Então, falando a grosso modo, os combustíveis sólidos – substâncias secas, porém com oxigênio, como perclorato de amônio e poli-isobutano, para mísseis terra-ar – serviriam como um estopim em pó embalado e comprimido. E o controle seria pela taxa de queima, determinada pela granulometria do propulsante ou da forma da câmara de combustão.

Veja Também:

Atualização: A Coreia do Norte já testou um motor de combustível sólido. Em junho de 2023, o país disparou dois mísseis em resposta aos exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

Durante reuniões em Tóquio, autoridades discutiram o programa de mísseis norte-coreano e tentaram persuadir Pyongyang a abandonar suas armas nucleares. Os esforços diplomáticos para reduzir as tensões foram interrompidos, e a Coreia do Sul processou a Coreia do Norte em US$ 35 milhões pela destruição de um escritório de ligação.

Fontes: G1, Wikipédia, UOL.

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