Atualização: Em junho de 2023, começou uma discussão controvéra relacionada à mobilidade. Estamos falando sobre as mudanças no Aeroporto Santos Dumont, para operações limitadas a voos de ponte aérea para São Paulo e Brasília.

Companhias aéreas contestaram a decisão de restringir voos internacionais e conexões. Incertezas sobre detalhes legais, restrições de slots e número de passageiros. Objetivo é revitalizar o Aeroporto do Galeão, que enfrenta queda no tráfego de passageiros. Esvaziamento do Galeão causou perdas significativas para a economia do Rio de Janeiro. Maior intervenção nas operações das companhias aéreas desde acidente da TAM em 2006.

Estamos vivendo um período de transformações grandiosas e isso se reflete em todas as áreas da nossa vida. Dentro dos estudos da Engenharia, a mobilidade é um dos temas mais relevantes. Seu planejamento adequado contribui positivamente para a economia, meio ambiente, urbanismo e muito mais. Por isso, devemos ficar atentos às novidades.

Afinal, o que mudou sobre isso nos últimos tempos? Quais são as principais tendências tecnológicas atuais em mobilidade? Bem, se pudéssemos resumir em itens, diríamos: autonomia, conectividade, eletrificação e compartilhamento. Mas quer saber mais? Leia o texto a seguir!

Trens

Você pensa que os trens são uma tecnologia do passado? Defasada? Pois é justamente o contrário! Seu uso pode facilitar o transporte de cargas, economizando o uso de caminhões e outros veículos, diminuindo o consumo de combustíveis e, consequentemente, a emissão de CO2 na atmosfera.

Uma novidade recente no Brasil é o projeto do novo Marco Legal das Ferrovias, aprovado recentemente pelo Senado em votação simbólica. A ideia é seguir o exemplo de grandes países desenvolvidos, como o Canadá, construindo um modelo de demandas específicas para o transporte de cargas - pensando nos produtores e empresas.

Esse regime é baseado nos princípios da livre concorrência e da liberdade de preços - ou seja, sem intervenção do poder público na definição das tarifas de transporte. O interesse é construir 14 novas ferrovias e milhares de quilômetros de novos trilhos; outro destaque são as ferrovias abandonadas ou subutilizadas. No entanto, o texto ainda precisa ser escrito com regras bem rígidas e passar pela Câmara dos Deputados.

Atualmente, as ferrovias brasileiras são operadas por parceiros privados por meio de concessões ou permissões. Na nova versão, a agência reguladora continuará desempenhando o mesmo papel, mas também existirá a figura do "autorregulador ferroviário". Além disso, o governo poderá fazer um chamamento para saber se há investidores interessados em explorar trechos abandonados das ferrovias.

Navios

Além dos navios de cruzeiro, podemos citar o novo Navio de Apoio Antártico da Marinha brasileira, que será construído no Estaleiro Jorong Aracruz, no estado do Espírito Santo, e deverá gerar cerca de 7 mil vagas de empregos diretos e indiretos. A embarcação deverá ser entregue em 2025.

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Helicópteros

Já comentamos bastante sobre isso neste ano aqui, no Engenharia 360. Mas existem várias empresas que estão testando "modos diferentes de voar" (Eletric Vertical Aircraft), como os veículos de decolagem e pouso vertical (Evtol).

Neste momento, a Embraer, um conglomerado transnacional brasileiro, já está testando a rota para o "carro voador elétrico" do Rio de Janeiro, uma das regiões que mais sofrem com congestionamentos no país. A ideia é experimentar como chegar ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), não mais pelas ruas, mas pelo ar. Esse estudo faz parte das simulações para uma nova Mobilidade Aérea Urbana da cidade.

Aviões

O avião tipo B-350 é fabricado e utilizado por países como os Emirados Árabes Unidos, capaz de carregar armamentos e muito mais. Agora, a empresa brasileira Novaer Craft, com investimentos do Governo Federal e da Calidus - desenvolvedora de tecnologia de Dubai -, está passando a produzir uma evolução do B-250 Bader, chamado de DAS 2021. Trata-se de uma aeronave relativamente pequena - menor que os concorrentes A-29 e AT-6 Wolverine -, quase inteiramente fabricada de carbono, oferecida como substituto para o T-25 Universal.

Carros

O "estilo de vida" brasileiro ainda está muito ligado à questão do uso do carro, mas o custo dessa mobilidade está sendo cada vez mais questionado. O cenário ideal seria termos mais opções de transporte público - e a um preço acessível.

No entanto, o fator "conveniência" ainda pesa muito. Inclusive, por conta disso, 55% dos brasileiros utilizam aplicativos de transporte, como o Uber, enquanto a média global é de 51%. Isso tudo combinado faz com que nosso povo aprecie tecnologias como GPS utilizando imagens de satélite - que podem até ajudar a prevenir acidentes de trânsito -, carros autônomos, carros elétricos e veículos híbridos. O principal motivo para isso é a preocupação em gerar um menor impacto ambiental, conforme relatado por 64% das pessoas.

Híbridos

Fora do Brasil, a multinacional RDC Aqualines - com sedes na Europa e Ásia - apresentou o ecranoplano, um bom exemplo de veículo híbrido que pode ser usado no ar e na água. Sua capacidade é para 12 passageiros e velocidade máxima de 200 km/h. Seu motor é de 600 cv, com autonomia máxima de 600 km. Além disso, a empresa também estuda a possibilidade de desenvolver um ecranoplano em forma de Aquas-Bike, uma pequena moto aquática elétrica com capacidade para levar até três pessoas e alcançar 110 km/h - mesma velocidade de uma lambreta elétrica.

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Fontes: Brazil Journal, AEROFLAP, Olhar Digital, MSN, CanalTech, O Estadão.

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Eduardo Mikail

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