Nos últimos anos, os dados tornaram-se algo valioso para as empresas. Conhecer os clientes, os gostos, o público-alvo, saber qual o perfil e o que cada um procura, além de outras informações, permite que as organizações consigam satisfazer os desejos e, com isso, conquistar o mercado. Esse é apenas um dos motivos que justifica o crescimento da demanda por profissionais de engenharia e ciência de dados.

Ter dados, atualmente, é como ter uma mina de ouro. São eles que influenciam a tomada de decisão e a definição das estratégias abordadas pelas empresas. A internet das coisas (IoT) revolucionou a forma como as empresas trabalham com os dados. Aliada ao Big Data, ela faz com que, cada vez mais, os dados sejam preciosos.
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Ciência de dados x Engenharia de dados
Para conseguir extrair as informações da quantidade absurda de dados que geramos diariamente, é preciso um profissional específico. Embora muitos engenheiros atuem como cientista de dados, há uma profissão específica de engenheiro de dados. Os dois conceitos são muito confundidos e até se misturam.
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Os profissionais, de modo geral, transformam a enorme quantidade de dados em exposições claras do problema e apresentam possíveis soluções. Não é necessariamente uma pessoa que faz todo o processo, pode existir uma equipe em que cada um é responsável por uma parte.
Um cientista de dados deve saber olhar para os dados e tirar informações importantes dali. É preciso ter o discernimento de saber o que é importante ou não, e saber fazer inferências, entender o que os dados mostram. Dominando técnicas de estatística e programação, um profissional consegue gerenciar problemas complexos e encontrar soluções. Por dominar essas ferramentas, muitos engenheiros trabalham como cientista de dados.

Por outro lado, na engenharia de dados, o profissional cria sistemas e resolve questões de processamento e manipulação de dados. É uma área mais relacionada ao trabalho com banco de dados relacionais. Assim, é como se o engenheiro de dados fornecesse soluções e ferramentas para que os cientistas de dados façam sua análise.

Demanda por profissionais de engenharia e ciência dos dados
Pelo fato de os dados serem um recurso enorme para as empresas, a carreira de engenharia e ciência de dados está em alta. A vantagem é que esses profissionais são necessários em várias áreas e, com isso, podem atuar de acordo com o ramo de sua formação ou que mais gostam.
A previsão já era de que, até 2020, a demanda por profissionais de engenharia e ciência de dados crescesse 28%. A falta de profissionais qualificados é um empecilho para o preenchimento das vagas disponíveis. No Brasil, na área de tecnologia, o profissional na área de engenharia e ciência de dados tem salários entre 12 mil e 22 mil reais (dados de 2018).

A verdade é que, apesar de ser uma das que mais cresce atualmente, a carreira na área de dados sempre existiu. Antes, não havia recursos computacionais disponíveis para a abordagem em larga escala. No século passado, a maioria das empresas definiam suas estratégias baseadas em aplicação de questionários nas ruas e ficavam restritas a um público-alvo e território pequenos. Com a popularização da internet e das ferramentas de coleta de dados, é possível alcançar o mundo inteiro, praticamente, visto que estamos todos conectados.
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Com o boom da tecnologia, o que falta são profissionais qualificados na área. No Brasil, várias universidades oferecem pós-graduação em áreas relacionadas (Big Data, Engenharia de Dados, Ciência dos Dados, Machine Learning, Inteligência Artificial e outras). Também já existem cursos de graduação em ciência dos dados no país.
Fontes: Independent; Folha; Ciência e Dados; Data Science Academy.
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Larissa Fereguetti
Engenheira, com mestrado e doutorado. Fascinada por tecnologia, curiosidades sem sentido e cultura (in)útil. Viciada em livros, filmes, séries e chocolate. Acredita que o conhecimento é precioso e que o bom humor é uma ferramenta indispensável para a sobrevivência.