Atualização: em abril de 2023, vemos o Sudão, um dos países com torres de água que serão exemplos neste texto, passar por um delicado momento civil. Por hora, as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido (FAR) concordaram com um cessar-fogo em todo o país. Mas os combates no território só devem agravar, infelizmente, os problemas sociais que tanto a sua população enfrenta.

Veja Também: Descubra os diferentes tipos de reservatórios de água para obras civis


Sabe o que são torres de água? Bem, este é um modelo de estrutura relativamente simples, porém revolucionária, com potencial de resolver o problema de abastecimento de água em várias regiões do planeta. Por exemplo, sabia que hoje há quase UM BILHÃO de pessoas no mundo sem acesso à água limpa? Ou ainda que, todos os dias, mais de MIL crianças abaixo de cinco anos morrem devido a doenças ligadas à água? Isso é um imenso desafio para as nações!

A escassez de água leva populações inteiras – como da Etiópia, Haiti, Madagascar, Índia, Sumba, Camarões, Colômbia e Brasil – a percorrer longos caminhos até uma fonte limpa. Infelizmente, em muitos casos, essas pessoas só encontram lagos desprotegidos, frequentemente contaminados. Isso é inadmissível nos dias de hoje, sobretudo com o conhecimento de Engenharia e os recursos tecnológicos que temos!

For por conta disso que surgiu a ideia, por parte de alguns arquitetos e engenheiros, da construção de torres de água em comunidades isoladas onde não há, muitas vezes, água corrente, eletricidade, vaso sanitário e chuveiro. Confira dois exemplos seguir!

Veja Também: Reaproveitando o lodo de estações de tratamento de água: alternativas sustentáveis

A proposta de distribuição de água doce para região do Sudão

Em 2007, cientistas da Universidade de Boston descobriram um lago subterrâneo no Sudão que poderia resolver os problemas de água em várias comunidades do país. Foi daí que surgiu o projeto do designer polonês Hugon Kowalski. Este é o primeiro modelo para torres de água que queremos trazer para este texto, baseado na ideia de permitir o acesso às águas subterrâneas através de uma bomba.

A construção, um conjunto de três torres de água, foi realizada em um formato inspirado na árvore baobá, um símbolo do cerrado Africano. Também existem outros detalhes influenciados pelos símbolos da religião na cultura – islã, cristianismo e animismo. Inclusive, já se sabe que a obra impulsionou um positivo intercâmbio cultural numa região onde há a coexistência de diferentes religiões e línguas.

torres de água
Imagem reproduzida de evolo

Características da construção

As três torres de água têm formato colunar e em feixes, para facilitar a montagem. Foram usados materiais locais – como tijolos de cimento, terra e água, assados no sol -, representando menos impacto ao meio ambiente; além de painéis solares e de aquecimento, para geração de energia.

torre de água
Imagem reproduzida de evolo

Veja Também: A importância da atuação de engenheiros hídricos e hidrogeólogos na gestão da água

Funcionamento da estrutura

Cada construção tem tanto uma parte acima do solo quanto uma base subterrânea; sendo no centro, um reservatório de água. Dentro de cada torre há uma bomba e uma estação de tratamento de água, um posto de vacinação, uma escola, um depósito de alimentos e uma unidade de escritório de ONG de atendimento à população. Parece que o fluxo da água no local seria constante, ajudando a manter a temperatura entre 6 ºC e 11 ºC. E existe um sistema de dutos que alimenta as aldeias adjacentes.

torre de água
Imagem reproduzida de Pinterest

O modelo para torres de água premiado na Bienal de Veneza

No ano de 2012, a Bienal de Veneza premiou o projeto do arquiteto Arturo Vittori, apelidado de Warka Water. A proposta era para uma estrutura de bambu, idealizada para coletar água potável do ar. Ela seria construção em região da Etiópia. A referência para o seu design veio do bio-mimetismo, das tradições locais e a Warka Tree, que é uma figueira gigante nativa do país.

torre de água
Imagem reproduzida de CASACOR

Características da construção

Cada uma dessas torres de bambu teriam 10 metros de altura – inclusive ótimas também para proteção solar. Dentro delas, a captação das gotas de chuva, neblina ou orvalho seria feita por uma rede de malha barata, em nylon ou polipropileno. A água coletada por condensação ficaria armazenada na parte de baixo do conjunto, numa zona de fácil acesso. Todo o sistema é leve, de construção simples, e independente de infra-estrutura. Em contrapartida, funcionaria como um incrível recurso de vida para qualquer comunidade vulnerável pela escassez de água.

torre de água
Imagem reproduzida de Pinterest
torre de água
Imagem reproduzida de ArchiDATUM

Funcionamento da estrutura

As torres Warka Water podem coletar cerca de 100 litros de água por dia – isso graças às variações de temperatura durante o dia, principalmente do entardecer até a noite ou da noite para o amanhecer na Etiópia. Um toldo na parte inferior dessas torres de água evitaria que o líquido coletado evapore. E ainda foi projetado um sistema modular chamado W-solar, que transforma qualquer destas estruturas em fonte de eletricidade, adicionando painéis solares para fornecer iluminação e energia para recarregar dispositivos móveis.

torre de água
Imagem reproduzida de Idealista

A saber, em ambos os exemplos de casos – Sudão e Etiópia -, há o estímulo por parte de diversas instituições para que a água coletada seja usada também na produção de alimentos e melhoria do saneamento e higiene das comunidades.

Veja Também:


Fontes: Casa Cor, Mozaik Education, Revista Exame, Nerdizmo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

De acordo com Climatempo, no começo de agosto de 2024, o sul do Brasil sofrerá com uma onda de frio extrema que deve atingir o continente em consequência do aquecimento do polo sul do planeta. Esse evento é atípico e único, mas também uma provável consequência das mudanças climáticas. Infelizmente, o acidente de avião no dia nove do mesmo mês pode ter relação com este evento – embora ainda seja cedo para qualquer conclusão -, sendo por hora cogitado como causa o acúmulo de gelo nas asas.

Neste contexto, o Engenharia 360 traz uma questão para este artigo: o que seria preciso para cancelar voos por mau tempo? Descubra no artigo a seguir!

cancelamentos de voos
Imagem reproduzida de VEJA

Situações que levam ao cancelamento de voos

Sabia que não é só o frio o único motivo que provoca o cancelamento de voos? Mesmo com o avanço das tecnologias, outros eventos também são considerados de risco para a segurança dos passageiros.

Lembrando que tudo dependerá da região onde está localizado o aeroporto e o período do ano em que se deseja viajar.

Causas meteorológicas

  • Tormentas;
  • Fortes ventos;
  • Chuva forte ou neve – no local de decolagem ou destino;
  • Neblina intensa;
  • Desastres naturais;
  • etc.
cancelamentos de voos
Imagem de Pixabay
cancelamentos de voos
Imagem reproduzida de MetSul Meteorologia

Veja Também: É verdade que o magnetismo da Terra está alterando os aeroportos brasileiros?

Erupção vulcânica

  • Erupção e nuvem de cinzas – que, inclusive, podem afetar o correto funcionamento do motor do avião ou a visibilidade.
cancelamentos de voos
Imagem de Pixabay

Greves dos controladores ou greves gerais

  • Esse tipo de evento, mesmo que parta dos operadores em terra, pode comprometer a continuidade dos trabalhos das companhias aéreas.
cancelamentos de voos
Imagem de Pixabay

Veja Também: Os 10 aeroportos com pousos mais perigosos do mundo

Problemas de segurança

  • Situações extraordinárias, como de terrorismo, podem bloquear o espaço aéreo durante vários dias.
  • Também pode acontecer problemas diversos nos aeroportos, como falhas de informática em torre de controle.
cancelamentos de voos
Imagem de Pixabay
  • E problemas nos aviões, como emergências sanitárias; um passageiro passar mal dentro da aeronave ou ficar alterado; sem contar danos repentinos ou intencionados por conta, por exemplo, de impactos de aves.
cancelamentos de voos
Imagem de Pixabay

Veja Também: Loucura! Descubra como era voar de avião na primeira metade do século XX


Fontes: Portal Resolvvi, Inter Mundial.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A ciência está sempre nos surpreendendo! Ela é praticamente a nossa maior salvadora nos momentos de crises. Por exemplo, neste momento, há centenas de profissionais ao redor do mundo pesquisando sobre combustíveis e produção de energia, porque, como sabemos, vivemos um tempo de crise de combustíveis e energia. E, nesta linha, é claro que muitos engenheiros investigam o potencial do hidrogênio. Quer saber mais sobre o assunto? Recomendamos que, primeiro, faça a leitura dos seguintes textos:

E olha que boa notícia! A ciência nos apresenta agora um modelo de painel solar com capacidade de geração de hidrogênio verde. Veja a seguir!

painel solar que produz hidrogênio
Imagem reproduzida de Portal Energia
painel solar que produz hidrogênio
Imagem reproduzida de Click Petróleo e Gás

A nova categoria de painéis solares

Esse novo modelo de painel, idealizado pela empresa KU Leuven, e de design aprimorado pela Comate Engineering & Design, para captação de energia solar, seria projetado para instalação em telhados e com o diferencial de também produzir 250 litros de hidrogênio por dia, com eficiência de 15%. O mesmo precisaria ser ligado a um tubo de gás, ao invés de cabos elétricos.

painel solar que produz hidrogênio
Imagem reproduzida de Portal Energia

Funcionaria assim: o painel, chamado de Solhyd – semelhante aos painéis comuns -, dividiria as moléculas de H2O por meio de uma membrana, transformando o vapor de água no ar em hidrogênio com ajuda da luz solar. Sua camada superior geraria energia, enquanto por baixo haveria essa tubagem para produção de hidrogênio. O mesmo, por sua vez, é recolhido pelo painel e, em seguida, comprimido, permitindo ser armazenado por tempo indefinido.

Para qual fim o hidrogênio verde produzido pode ser utilizado

Essa produção do painel Solhyd poderia beneficiar muitas tecnologias diferentes. O objetivo da fabricante é reduzir custos da indústria fotovoltaica. O produto seria compatível, por exemplo, com grande parte das estruturas de montagem existentes. E a empresa afirma que seus custos ficariam idênticos ao do mercado de energia solar atual, pois não são utilizados metais raros na fabricação destes painéis, o que permite manter um preço acessível.

Quanto ao hidrogênio gerado, ele poderia ser utilizado, por exemplo, no setor da mobilidade, talvez como apoio de energia para transportes pesados. E existe ainda uma expectativa da KU Leuven de aprimorar mais a tecnologia para que ela possa, no futuro, gerar em larga escala – ou até mesmo em sistemas de pequena escala, fora da rede. Hoje, nos moldes apresentados, o Solhyd já seria uma boa solução para produção descentralizada.

painel solar que produz hidrogênio
Imagem reproduzida de Click Petróleo e Gás

A saber, 20 painéis desses poderiam gerar energia e calor para uma casa bem isolada com uma bomba de calor durante todo o inverno. Quando instalados ao lado de um coletor térmico solar e painéis solares comuns, os painéis de hidrogênio verde podem ajudar a aquecer as casas e gerar energia durante o ano inteiro.

O desenvolvimento desse novo modelo de painel solar

Por hora, o primeiro protótipo do projeto Solhyd está em fase transição de pesquisa para investimento por meio de uma empresa parceira. Mas as expectativas são promissoras. Há muitos interessados. Isso porque, como dito antes, estes painéis de energia solar seriam compatíveis com grande parte dos módulos fotovoltaicos atuais, podendo ser ligados facilmente a sistemas já existentes. Infelizmente, lugares na Terra muito secos não seriam bons locais para uso deste tipo de tecnologia. Mas vamos aguardar a evolução da ideia. Pode ser que, em breve, tenhamos outras novidades!


Fontes: Click petróleo e Gás.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Natal está chegando! Está animado? Por certo, dpois de alguns anos de pandemia, apesar da crise financeira que todos enfrentam, parece que esta é a primeira festividade que temos uma chance melhor de confraternização em família. Porém, quem estuda ou trabalha com Engenharia pode passar por situações bem bizarras nesta noite, momentos engraçados em que é justamente indagado pela sua profissão. Veja a seguir!

Aquela conversa animada com a tia/tio questionando se você, afinal, trabalha ou não trabalha.

Porque é impressionante… Parece que o engenheiro nunca trabalha, que só fica desfilando com camisa social e capacete; que apenas manda os outros executarem, sem fazer nada. Melhor ainda, que nunca se esforça e o dinheiro chega magicamente nas mãos.

Noite de Natal dos Engenheiros
Imagem de giphy

As trocas de piadas dos primos se gabando por ganharem mais, apesar de terem estudado menos que você.

Bom, às vezes, é verdade. Infelizmente, nem sempre os profissionais das engenharias são valorizados como deveriam pelo mercado de trabalho – nem mesmo nas ofertas de concursos públicos, o que é uma vergonha. E tem mais, diploma não é sinônimo de trabalho garantido. O sucesso vem do esforço. Então, muita gente tem espírito empreendedor e logo se dá bem na vida. Quem não gostaria disso?

Noite de Natal dos Engenheiros
Imagem de giphy

O momento que se ouve a avó/avô, de longe, explicando erroneamente em que você se formou e/ou se especializou.

Bom, isso é normal. É que no passado existiam poucas vertentes da Engenharia. Os idosos entendem bem o que é Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, etc. Agora, como eles não acompanham tanto as transformações tecnológicas, não sabem tanto o significado de Engenharia de Energia, Mecatrônica, Biomédica, e mais.

Noite de Natal dos Engenheiros
Imagem de giphy

A mãe/pai se gabando com os amigos ou reclamando que avisaram ser melhor você se formar em outra coisa

Aqui a história é oito ou oitenta, dependendo de como está a sua vida financeira. Quando você estiver por cima, servirá praticamente de cartão de visitas da família. Mas, no primeiro tropeço – mesmo que por imposição do mercado -, receberá sem dó uma chuva de críticas.

Noite de Natal dos Engenheiros
Imagem de giphy

Alguém está cobrando de você a arrumação da sala, pois, afinal, se a sua formação é Engenharia, precisa saber tudo de decoração de Natal.

Se um dia você disse trabalhar com projetos e execuções de projetos, pronto. Parece que a ideia se estende para tudo. Então, você será chamado para desde o planejamento da casinha do cachorro, até a execução de uma horta na parede do quintal de casa, sem escapatória.

Noite de Natal dos Engenheiros
Imagem de giphy

O diálogo final em que um parente pede algum trabalho seu, como engenheiro, de graça – tipo “Arruma meu computador?” ou “Projeta a minha casa?”

Por que perder a oportunidade, não é mesmo? É claro que aquele parente que te deu meias de Natal, embora o amigo-secreto fosse de R$100, e que se faz desentendido sobre o significado da sua profissão, vai querer, até o fim da noite, tirar algum proveito de você. Não tenha dúvidas disso! “Ho, Ho, Ho! Feliz Natal… só que para mim!”.

Noite de Natal dos Engenheiros
Imagem de giphy

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

No final de dezembro de 2022, três barragens no norte do estado do Espírito Santo se romperam. Vários municípios decretaram estado de emergência e famílias precisaram ser retiradas pela Defesa Civil de áreas de risco próximas de outras represas. Mas o que levou a esse rompimento de barragens? Bem, foram as fortes chuvas. Consequentemente, elas provocaram deslizamentos e, na sequência, o rompimento das barragens – que ficam em propriedades particulares em zonas rurais de São João do Estivado e São Córrego das Abóboras.

rompimento de barragens
Imagem barragem rompida no ES | Imagem reproduzida de G1 – Globo

Agora, a pergunta que fica, pensando nestes casos, é o que poderia comprometer estas estruturas e a segurança de mais pessoas? Afinal, quais são as causas mais frequentes para o rompimento de barragens?

O que são barragens?

Barragens são estruturas de engenharia civil construídas para serem permanentes ou temporárias. Elas podem ser feitas de vários materiais, como concreto. E servem para a contenção ou acumulação de água em grandes quantidades, bem como a deposição de outros materiais líquidos e sólidos. Como função, podem estar relacionadas à geração de energia elétrica, contenção de rejeitos e sedimentos, controle de cheias, ou simplesmente reserva de água.

Quais os tipos de barragens que existem?

Existem alguns diferentes tipos de barragens – estruturas construídas de modos diferentes a depender de sua finalidade. As duas principais são: as construídas com terra e as construídas com concreto.

Barragens de terra

É o tipo de barragem mais comum e que até pode ser apoiada em tipos variados de fundação. Geralmente serve para armazenamento de água, podendo ser feito com uma camada envolvente em material impermeável, ou ser montada com algumas camadas de materiais permeáveis extras para a proteção e suporte do núcleo.

rompimento de barragens
Imagem reproduzida de OBRAS DE TERRA
rompimento de barragens
Imagem reproduzida de Dinadrill

Barragens de concreto

Este tipo tem seus subtipos também. O primeiro deles – que requer atenção especial – é como um maciço composto por blocos de rocha compactados em camadas; estrutura sobre fundações de rocha de sã, o que pode gerar recalques ocasionais. Já o segundo é constituído de laje de concreto, sustentada por contrafortes – em alguns casos é preciso que sejam utilizados tirantes e injeção de calda de cimento.

rompimento de barragens
Imagem reproduzida de UFG
rompimento de barragens
Imagem reproduzida de Impermeabilização – Komercialize

Saiba mais em: Conheça os principais tipos de barragens e suas funções

Quais as principais causas de rompimento de barragens?

Esse período de fim e começo de ano é de muita chuva em diversas regiões do Brasil – especialmente nos estados do centro e sudeste do país. Embora seja algo necessário, para aliviar a seca, alimentar os rios e molhar o solo das plantas, que precisam dessa umidade para sobreviver e crescer, a má distribuição das precipitações – parte em consequência do desmatamento e mudanças climáticas – leva à concentração inadequada de chuvas em determinadas regiões. Infelizmente, o resultado pode ser o rompimento de barragens.

Na maior parte dos casos, eis os principais fatores para o rompimento de barragens:

  • Ausência de projeto ou projeto mal dimensionado, talvez baseado em poucas informações ou informações incorretas;
  • Projeto e execução que não se comunicam;
  • Falta de monitoramento dessas estruturas.

De fato, o controle de qualidade é algo essencial para os projetos de barragens – mesmo de pequeno porte -, desde a compactação de solo ao estudo de estabilidade, monitoramento e instrumentação. Além disso, a fiscalização por parte dos órgãos públicos ambientais. O corpo técnico responsável precisa ter domínio de uma série de informações, como tipo e volume de material que será armazenado, além das normas técnicas referentes. Só assim se consegue garantir a mínima segurança contra possíveis rompimentos!

Quais as principais consequências do rompimento de barragens?

Quando há o rompimento de uma barragem de rejeitos – armazenadoras de restos provenientes das atividades mineradoras -, por exemplo, o maior problema é a contaminação da água e do solo, como por minérios tipo ferro e manganês. Muitas áreas impactadas jamais voltam ao normal, acabando com as chances de vida das espécies da flora e fauna da região, persistindo na cadeia alimentar até chegar aos seres humanos. As consequências a longo prazo são incalculáveis, como o surgimento de casos de câncer, infertilidade e mais.

rompimento de barragens
Imagem reproduzida de Maxi Educa

Como evitar o rompimento de barragens?

Não à toa, o rompimento de barragens é sempre considerado como tragédia. Por isso, não é o tipo de obra que pode ser avaliada como comum. Ela precisa ter um projeto muito detalhado, seguindo diretrizes criteriosas. Depois, antes da construção, é preciso conseguir o licenciamento ambiental. E devíamos contar que, no futuro, sempre haverá fiscalização dessas estruturas. Mesmo assim, estar em dia com a legislação é um dever de todos – não apenas pensando nas multas e punições, mas na obrigação que temos com o meio ambiente.

O ideal é que as empresas responsáveis pelas estruturas trabalhem sempre com práticas sustentáveis para exploração ambiental; e, além disso, contar com a mais atual tecnologia de preservação, monitoramento e segurança das barragens. Mas, infelizmente, é comum que empresas que lidam com rejeito de minério, por exemplo, deem o devido valor a isso. Para completar, a falta de fiscalização contribui decisivamente para a desatualização das estruturas e o consequente rompimento. Como parte da sociedade, vale a nossa reflexão!


Fontes: G1, UFABC, ECO Ambientale, Wikipédia, Mata Nativa, Blog UniViçosa.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Atualização: Em junho de 2023, a erosão marítima em Balneário Camboriú ‘engoliu’ 70 metros de areia em Praia Central. A obra de alargamento foi então isolada novamente para novos trabalhos. Tubos geotêxteis serão usados para conter avanço da água. A previsão é que os reparos custariam cerca de R$ 3 milhões, com intervenção concentrada na região da Barra Sul, evitando problemas causados por ressacas.

Mas, em julho, um novo “degrau” surgiu na praia de BC, devido à erosão causada pelos ventos e pelo molhe instalado no local. A prefeitura planejava usar geotubos para controlar o problema. No entanto, também foi afirmado que a situação está equilibrada, sem grandes mudanças na praia. Será mesmo?


Em dezembro de 2022, as fortes chuvas que caíram castigaram diversas regiões entre o sul, centro e sudeste do Brasil. Desde então, alguns episódios vêm chamando a atenção de quem mora em Santa Catarina. Por exemplo, o surgimento de grandes valetas abertas, “degraus” e “lagoas” na faixa de areia alargada na Praia Central de Balneário Camboriú. Este é um dos pontos turísticos mais importantes do país, que deve receber milhares de visitantes para apreciar a queima de fogos no Ano Novo.

O interessante é que faz pouco tempo que essa faixa de areia foi ampliada de 25 para 70 metros. A megaobra foi concluída em dezembro de 2021, nove meses após o início dos trabalhos. O objetivo era melhorar as condições ambientais e turísticas da região, permitindo, além da proteção da orla contra o avanço das marés, a criação de espaços privilegiados para os moradores e os visitantes. E aí, será que deu certo?

Balneário Camboriú
Imagem reproduzida de G1 – Globo

Veja Também: As torres de salva-vidas mais impressionantes nas praias do Brasil e do mundo

Danos observados na praia de Balneário Camboriú

De acordo com a prefeitura, os danos observados após as grandes chuvas eram já esperados e, apesar disso, não houve alterações significativas do que já ocorria antes da obra. Além disso, especialistas lembram que, por ser uma cidade costeira, Balneário Camboriú sempre sofrerá com problemas de marés altas e com drenagem. É provável que os “degraus” apareçam e desapareçam, assim como as “lagoas”. Infelizmente, “o mar tem a sua dinâmica, vai voltar e resgatar aquilo que é dele”, como afirmou o geólogo Juarês José Aumond, em reportagem de G1.

Causas para a movimentação de areia

De acordo com estudiosos, o que aconteceu em Balneário Camboriú tem a ver com:

  • elevação do nível do mar,
  • alterações na biodiversidade,
  • e falta de estudos sobre os efeitos da obra.

Há a possibilidade de a água, com elevação do nível do mar, sobretudo por conta das mudanças climáticas, passar por baixo do alargamento e chegar às bocas de lobo. É fato, o nível do mar vai aumentar em função do aquecimento global e degelo dos glaciários. Isso quer dizer que a água não mais caberá dentro da caixa oceânica e acabará transgredindo sobre a área continental. Trata-se de um fator natural, acelerado pelas ações humanas, e que deveria ser considerado – se não foi – no projeto de Balneário Camboriú.

Balneário Camboriú
Imagem reproduzida de BC Notícias

Veja Também:

O que são ilhas de calor urbanas?

Como amenizar os impactos ambientais

Os cientistas já sugeriram que, para aliviar esses problemas, seja plantada restinga, marisma, vegetação que seguraria a areia e absorvesse gás carbônico. Aliás, esta foi uma exigência do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) para dar o licenciamento ambiental à obra de alargamento. Mas parece que não se teve muito respeito com a real situação da biodiversidade do lugar. É preciso agora identificar os sistemas em que foram perdidos com o engordamento, toda a flora comprometida nos costões. A boa notícia é que essas formações podem ser restauradas!

Até agora, contudo, “Não se sabe qual o tamanho do comprometimento porque os estudos não tiveram a necessária abrangência para as áreas adjacentes”, disse o professor de ecologia e oceanografia Paulo Horta, da Universidade Federal de Santa Catarina (SC), em reportagem de G1. Sabe-se que há um projeto-piloto de plantio de mudas de restinga para a Barra Sul, por exemplo. Inclusive, a secretária municipal do Meio Ambiente, Maria Heloisa Lenzi, afirma que há 700 metros quadrados de plantio em 13 bolsões “para avaliar como será o desenvolvimento da restinga”.

A saber, foram plantadas as seguintes espécies de restinga herbácea: Ipomea pes-caprae (pé-de-cabra), Blutaparon portulacoides, Hydrocotyle bonariensis (erva-capitão) e Panicun racemosum (capim-das-dunas).

Planos da prefeitura para o futuro

A prefeitura de Balneário Camboriú afirma que por hora, apesar de não parecer, o alargamento de areia está estável – pelo menos como o que já era esperado. Ela planeja mais trabalhos em breve envolvendo não apenas vegetação, mas infraestrutura, muros de limitação entre praia, e drenagem (microdrenagem e macrodrenagem). Afinal, muitas etapas previstas para depois do alargamento ainda não estão prontas. Por exemplo, a tão aguardada ampliação do calçadão.

Especialmente, a macrodranagem – para dar mais vazão à água – deveria ter ficado pronta ainda em dezembro de 2022. Já outras obras estavam previstas para começar após a alta temporada, em abril de 2023. A prefeitura quer fazer logo um processo de estabilização através da instalação de geodutos, ou bolsas de grande volume de areia usadas para conter o avanço da erosão. Vamos aguardar!

Balneário Camboriú
Imagem reproduzida de G1 – Globo

Veja Também:


Fontes: G1 SC, G1 SC – 2.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A equipe Engenharia 360 tem uma imensa alegria ao receber mensagens de leitores. Além dos elogios e críticas construtivas, também chega para nós muitos desabafos e dúvidas de pessoas que estão na dúvida sobre cursos, como faculdade de Engenharia Civil, e mercado de trabalho. E sempre que podemos responder, é com grande satisfação. Afinal, nossa missão sempre foi ajudar como possível a mudar a mentalidade das pessoas, provando que a #engenhariatransforma, ou seja, que ela pode fazer a diferença nas nossas vidas e na vida de outras pessoas.

Recentemente, recebemos um relato de um seguidor do Instagram do 360 que narrou brevemente a sua trajetória de carreira como mestre de obras. Parece que, em 13 anos, ele trabalhou como encanador, pedreiro, pintor e eletricista. E agora sonha em cursar a faculdade de Engenharia Civil e trabalhar talvez com hidráulica. Sua grande aposta é justamente a vasta experiência prática que já tem na área. Contudo, ele teme por não conseguir assimilar bem a parte teórica oferecida pelo Ensino Superior.

faculdade de Engenharia
Imagem de Pixabay

Um de nossos colegas redatores do 360, Cristiano Oliveira da Silva, que é formado na faculdade de Engenharia Civil, deu seu testemunho como forma de resposta ao nosso seguidor. Confira!

“Caro amigo,

Antes de tudo, independente da sua idade, sempre é possível começar algo novo.

Sendo assim, se é seu desejo fazer fazer a faculdade de Engenharia Civil (podendo depois realizar uma especialização em hidráulica), eu recomendaria seguir os seguintes passos:

1) Atualize o seu Ensino Médio e/ou faça um cursinho pré-vestibular. É parte da realização do seu objetivo, entrar num vestibular. Portanto, deve “treinar” com simulados, redações, etc.

Em um ano, você pode se dedicar e ter ótimos resultados!

E, caso não consiga alcançar seus objetivos em um ano, em dois anos você consegue se potencializar muito, tenha certeza. A título de curiosidade, eu falhei duas vezes antes de entrar na instituição que estudei, a Poli USP. Na terceira vez, entrei “raspando”, mas entrei! Portanto, se não conseguir de primeira, não desista! Colha aprendizados e foco no próximo ano!

2) Ao entrar na faculdade, além das horas de aula, é importante prever horas para estudo e trabalhos.

3) Considere a ajuda de um profissional ajudando você a definir sua meta e caminhos para atingir essas metas. Já conduziu trabalhos dessa natureza, é também conhecido como “coach”. Na verdade, o coaching tem um paralelo interessante com o método de planejamento de obras: define-se ‘escopo, cronograma e recursos para execução’.

Exemplo:

* Sonho – um dia ser engenheiro civil ou hidráulico;

* Objetivo – se formar na faculdade de Engenharia Civil, com especialização em Hidráulica;

* Prazo – 2028 (supondo que já tenha Ensino Médio, ou antigo 2°grau).

Mini-metas:

* 2023, se matricular num cursinho e definir que faculdade irá fazer (exemplos: Unip, UNINOVE, FEI, Poli, entre outras);

* 2024 – entrar na instituição de ensino;

* Dezembro/2028 – retirar diploma de Engenharia Civil e passar no vidraceiro para enquadrar (quanto mais detalhes sua tabela de metas tiver, melhor para ajudar a realizar);

* Março/2029 – retirar o CREA, habilitar-se para assinar obras, projetos e serviços relacionados à Engenharia Civil/Hidráulica;

* (Pode-se colocar ainda mais mini metas, inclusive pessoais).

Perceba que isso é um método, onde estão apenas sendo descritas ações e prazos.

É possível ainda especificar como executar cada ação.

Espero que de alguma forma faça sentido e que em breve você decida que merece, seja capaz e que irá cursar o que você desejar.”

Para finalizar, nossa colega Esther Sant’Anna recomenda a você, caro leitor, a leitura do seguinte texto, para inspirar:

Ondulações no asfalto: mestre de obras aposentado inspira com seu TCC em Engenharia Civil

Veja Também:


Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O nosso Sistema Solar está em seu constante movimento junto com outros “sistemas solares” dentro de uma galáxia, que nós chamamos de Via Láctea. O centro desta galáxia é hoje um buraco negro supermassivo, denominado pelos cientistas como Sagitário – cuja primeira imagem foi divulgada em maio de 2022. Mas nem sempre foi assim! Parece que, antes disso, o “coração” da Via Láctea era diferente. Veja a seguir!

O método de estudo utilizado pelos cientistas

Quando olhamos para o espaço, estamos olhando para o passado, claro. Mas, mesmo assim, para entender como era a Via Láctea num passado ainda mais distante, os pesquisadores analisaram os dados da Missão Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA). Para isso, usaram uma rede neural para captar a metalicidade – quantidade de elementos químicos mais pesados ​​que o hélio que a atmosfera da estrela contém – de dois milhões de estrelas gigantes. Assim foi possível compreender mais da história!

Os resultados dessa análise foram publicados recentemente no periódico The Astrophysical Journal por cientistas da Sociedade Max Planck, na Alemanha. Parece que, com as informações coletadas, pode-se “ver” diferentes épocas da galáxia ou como ela foi evoluindo em sua “construção” com o passar do tempo.

Vale destacar que as estrelas da Via Láctea podem estar confinadas às regiões centrais ou podem fazer parte de um movimento de rotação ordenado no disco fino, ou no disco grosso da galáxia, por exemplo.

Via Láctea
Imagem reproduzida de Olhar Digital

A idade das estrelas da Via Láctea

Em outro momento, os cientistas puderam usar o mesmo método de pesquisa, juntamente com dados do Telescópio LAMOST, da China, capaz de analisar mais de 220 milhões de objetos astronômicos, para determinar quais as idades das estrelas da Via Láctea.

A base de cálculo sobre esta evolução, foi o brilho e temperatura das próprias estrelas. E olhando para 11 bilhões de anos atrás, quando parecia que a galáxia estava em sua “fase mais adulta e estável”, as estrelas mais velhas adolescentes já tinham metalicidade cerca de 10% da do Sol. Isso indica que, vendo pela poluição do meio interestelar com metais, é provável que, antes disso, houvesse outras gerações de estrelas na Via Láctea.

Via Láctea
Imagem reproduzida de Revista Galileu – Globo

A descoberta do antigo “coração” da Via Láctea

Para saber mais da Via Láctea, os cientistas usaram seu aprendizado de máquina. Uma rede neural foi treinada usando espectros de Gaia, para os quais a metalicidade já era conhecida. Portanto, com valores já conhecidos, os cientistas conseguiram identificar quais estrelas estão no núcleo galáctico e fizeram uma reconstrução em 3D. Elas seriam as progenitoras da Via Láctea e estariam em uma região relativamente pequena ao redor do centro da galáxia – aproximadamente 30 mil anos-luz de diâmetro.

Enfim, parece que o antigo “coração” da Via Láctea é composto por estrelas remanescentes dos primórdios de nossa galáxia.

Via Láctea
Imagem reproduzida de Revista Galileu – Globo

Fontes: Revista Galileu.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Engenharia 360 te pergunta: você já se perguntou sobre o potencial de destruição de uma explosão de gás? No dia 21 de dezembro de 2022, o Vasto Restaurante, em Teresina (PI), foi devastado por uma explosão de gás. O impacto foi tão forte que o chão próximo ao local tremeu e imóveis até 100 metros de distância sofreram danos, como vidros quebrados e telhados danificados. Um vigilante ferido relatou um forte cheiro de gás antes da explosão, que causou grandes estragos nas redondezas, incluindo paredes atingidas pelos destroços.

explosões de gás
Explosão de gás em Teresina, no Piauí | Imagem reproduzida de Metrópoles
explosões de gás
Explosão de gás em Teresina, no Piauí | Imagem reproduzida de Meio Norte

Outros casos de explosões de gás

Em abril de 2023, em Campos do Jordão (SP), uma explosão assustou os moradores do condomínio Saint Ettiene. A causa ainda está sendo investigada, mas uma perícia preliminar indicou um possível vazamento de gás. Parentes de uma vítima relataram sentir um forte cheiro de gás no local antes da explosão. A Polícia Civil está conduzindo investigações para entender as causas exatas do incidente.

Outro caso trágico ocorreu em 7 de novembro de 2024, no Conjunto Maceió, no bairro Cidade Universitária, em Maceió (AL), onde uma explosão deixou três mortos, possivelmente causada por um botijão de gás.

explosão
Explosão de gás em Maceió | Imagem divulgação via Metropolis

O que causa explosões de gás?

O gás que utilizamos para cozinhar alimentos, aquele que chega encanado por sistema de botijão ou de distribuidora ao nosso fogão, é o Gás liquefeito de petróleo, ou Gás GLP. O que você precisa saber dele é que pesa mais que o ar. Assim, em caso de vazamento, o gás pode se infiltrar em seu interior, acumulando-se e explodindo.

explosões de gás
Explosão gás em Farroupilha RS | Imagem reproduzida de GZH

Quanto à explosão, ela pode ser causada por:

  • oxidação repentina ou reação de decomposição com aumento da temperatura, pressão ou ambos ao mesmo tempo.

Então, as explosões de gás são reações químicas. Há a convergência simultânea de oxigênio (ar), um material inflamável – que nesse caso é o gás -, e uma fonte de ignição em um raio em particular, fazem com que a temperatura e pressão aumentem. Resumindo, se essa pressão não puder ser liberada rapidamente e de modo suficiente, ou seja, não tendo escape, haverá uma expansão repentina de volume dos gases concorrentes dentro do recipiente (botijão) ou tubulação e uma liberação de uma grande energia de calor, acompanhada por uma onda de pressão, que é a explosão.

Quais são os perigos do botijão de gás?

Explosões de gás podem acontecer, portanto, seja em redes de distribuição ou botijões. Como relatado no caso em Teresina, o cheiro forte é o maior indicativo de um grande vazamento. Não é comum um botijão explodir. Mas vários fatores podem contribuir para isso. O maior deles é o aumento de temperatura; por exemplo, se houver um incêndio, que acarretará não apenas no aumento de temperatura do próprio gás como o derretimento do material em volta, deixando a situação ainda mais delicada.

explosões de gás
Imagem reproduzida de NSC Total

No geral, não há perigo de um de explosão de botijão! Mas a negligência é um fator de risco. Isso diz respeito às condições do botijão adquirido, de seus equipamentos e de tudo mais que envolve a sua segurança. É importante que esse conjunto de itens sejam adquiridos dentro dos padrões do INMETRO. Para começar com o seu selo de certificação e o lacre intacto com o registro da empresa que engarrafou o gás.

Além disso, a mangueira que leva o gás do botijão ao fogão deve estar dentro do prazo de validade – quando você fez esta troca da última vez? O seu comprimento não pode ser maior que 80 cm. Também não é indicado que se passe a mangueira por trás do forno, cujo aquecimento pode danificar o material. E jamais pode-se fazer emendas para mangueira de gás, por favor!

Veja Também: Entendendo o gás natural: como é produzido e utilizado

Como prevenir uma explosão de gás?

Há outra peça importante neste conjunto que é o regulador, também conhecido como registro ou válvula de gás, um equipamento padrão na instalação do gás de cozinha. Ele deve conter a marca do INMETRO. Sua instalação precisa seguir as recomendações do manual – que consta na etiqueta. Detalhe: o uso de ferramentas inadequadas pode danificar a peça e prejudicar a segurança da sua instalação de gás de cozinha.

Aqui vai uma dica: a única indicação, para o caso de suspeita de vazamentos, é utilizar espuma de sabão para verificar a formação de bolhas.

Como evitar uma explosão de botijão de gás?

Seguindo as indicações relatadas no tópico anterior, você mantém a segurança original do seu botijão de gás e fica longe de vazamentos que possam causar explosões. No mais, outras dúvidas podem surgir! Tentamos respondê-las a seguir!

explosões de gás
Imagem reproduzida de G1 – Globo

“Como saber se o botijão está vazando?”

Como dissemos antes, o cheiro é um indicativo de vazamento. Como medida de segurança, antes de entrar no local onde está o botijão e/ou o fogão, deve-se cobrir o nariz e a boca para não inalar o gás. Não acenda qualquer luz elétrica! O passo seguinte é desligar o registro do gás e a rede de energia da casa; abrir portas e janelas para arejar o ambiente; molhar um pano e cobrir o corpo do cilindro para diminuir sua temperatura interna; ligar para a empresa responsável pelo recipiente e para o Corpo de Bombeiros.

“Pode deixar o botijão de gás aberto?”

Sim, o botijão de gás PRECISA ficar em um local bem ventilado. Tem gente que coloca dentro de armários, atrás de objetos para escondê-lo, mas isso está errado.

“Pode molhar o botijão de gás?”

Tanto no sol, quanto na chuva, o funcionamento da mangueira e do regulador de pressão pode ser prejudicado. Então, é preciso deixar o botijão sobre um telhado. Mas, repetindo, não em locais fechados, como armários e outras estruturas. Se o abrigo precisa ser fechado, sua porta precisa ser do tipo veneziana, para arejar e espaço interno.

“É normal vazar um pouco de gás ou o botijão ficar quente?”

Vale destacar aqui que todo botijão tem certa capacidade de vaporização. Mas pode acontecer de haver mais calor no botijão do quanto o consumo ultrapassa esse valor.

“Como descobrir onde vaza gás?”

O teste mais rápido é pegar uma esponja úmida e colocar detergente de cozinha nela. Depois, deve-se apertar a esponja para criar espuma. Com o botijão conectado na válvula aberta, encosta a esponja na região onde a válvula de gás se encaixa no botijão. Se aparecerem bolhas é porque há vazamento, o contrário é porque segue sem alterações.

Dica final: não fique perto de um botijão em vazamento, inclusive para não inalar o gás. O GLP não é tóxico, mas pode causar asfixia nas pessoas.

Veja Também:


Fontes: G1, Wago, Copagaz.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O ano de 2022 foi puxado demais! E tem gente já de malas prontas, pensando em aproveitar com tudo a semana de folga entre o Natal e o Ano Novo. Você também vai tirar uns dias de descanso, de férias, neste período? E em janeiro e fevereiro? Rola um tempinho para arejar a cabeça também? Trouxemos para este texto algumas super dicas sobre o que fazer nas férias caso você seja estudante ou ainda um engenheiro formado! Confira!

Veja Também:

1. Divirta-se colocando em dias suas séries e filmes

Assistir filmes e séries além de ser uma atividade super divertida ainda pode ser encarado como uma atividade de atualização. Isso porque esse material audiovisual contribui para alimentar nossa mente, expandir nossas ideias e nos levar à reflexão de uma série de assuntos que impactam nosso trabalho. Muitas produções podem até nos inspirar em novos projetos!

o que fazer nas férias
Imagem de Pixabay

2. Use o tempo para descobrir um novo talento

Muitas ideias que podem levar a novos projetos, inclusive de empreendedorismo, começam em estudos como esse. Nesse processo de tentativa e erro você pode acabar descobrindo um novo talento – como cozinhar, desenhar, fotografar, costurar e mais – que pode acabar sendo a sua renda extra no futuro. E em momentos de crise econômica, poderá fazer a grande diferença ter esta “carta na manga”!

o que fazer nas férias
Imagem de Pixabay

3. Renove as energias de sua mente e corpo

Óbvio que, do mesmo jeito que ver séries e filmes pode ser encarado como uma atividade educativa, ler livros também. Esse ainda é um jeito econômico de viajar sem sair de casa. E não esqueça de aproveitar as plataformas que possibilitam acesso a livros de graça, inclusive aquelas disponibilizadas pelo sistema de aula da sua instituição de ensino, se você for universitário!

o que fazer nas férias
Imagem de Pixabay

Ler é um ótimo exercício para a mente, assim como meditar. Aliás, você pode praticar alguns momentos de meditação no jardim de casa, na praia ou outro lugar tranquilo onde estiver passando as férias, pensando em recuperar as energias da mente. E não esqueça de se movimentar neste período também, realizando exercícios físicos, mesmo que sejam caminhadas em família.

4. Visite um lugar que tenha tudo a ver com Engenharia

Por falar em caminhar, um programa divertido para fazer nas férias é participar de excursões, até mesmo em lugares inspiradores para você, que estuda e trabalha com as engenharias. Dê uma volta na sua cidade, confira os museus, parques e livrarias; vá ao centro e confira as construções antigas. Agora, se tiver sobrando um dinheirinho e você queira viajar, tem uma lista de lugares no mundo que por si só valem a viagem:

  1. Ponte Danyang-Kushan, China
  1. Palm Islands, Dubai
  1. Langkawi Sky Bridge, Malásia
  1. Hoover Dam, Arizona-Nevada, EUA
  1. Seven Mile Bridge, Flórida, EUA
o que fazer nas férias
Imagem de Pixabay
  1. Burj Khalifa, Dubai
  1. Elevador Bailong, China
  1. Viaduto de Millau, França

Fontes: FECAF, Blog Mauá, Veja.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.