Buracos no asfalto são um problema para todo o mundo. Os usuários das rodovias são colocados em risco, motoristas são obrigados a dirigir desviando, podendo causar acidentes e, caso caiam em buracos com frequência, o custo de manutenção dos veículos é alto. Diante desse estresse, a gente apresenta o asfalto regenerativo.
O desenvolvimento de novos tipos de material rodoviário vem sendo largamente investigado, visando reduzir custos de manutenção das pistas e evitar o risco aos usuários. Nesse sentido, o Centro de Engenharia de Transporte de Nottingham trouxe a ideia do asfalto regenerativo, que constitui um material que poderia reduzir a frequência necessária de reparos nas estradas.
Formação dos buracos no asfalto:
Estradas de asfalto são compostas de agregados minerais que dão estabilidade estrutural, e betume, um líquido viscoso que une os outros materiais. Quando rachaduras aparecem na estrada, o betume é drenado nas rachaduras e enche-as. O problema é que o betume é um líquido muito viscoso em temperaturas normais, e a “cura” das rachaduras pode levar semanas. Com o tráfego regular, a taxa de crescimento das rachaduras pode ocorrer em um ritmo mais rápido do que eles são preenchidos, formando os buracos.

Regeneração do asfalto:
Para acelerar esse autorreparo da estrada, os pesquisadores e engenheiros do grupo vem explorando a adição de minúsculas cápsulas contendo rejuvenescedores de asfalto, como óleo de girassol, um subproduto da produção de papel. (De acordo com eles, a inspiração para as cápsulas veio de assistir a um episódio da versão em espanhol da série de TV MasterChef, em que um competidor usou uma técnica para formar esferas que se assemelham a caviar quando submersas em um líquido).
A ideia é que, quando as estradas começam a rachar, as cápsulas se abrem e liberam o óleo, amolecendo o asfalto circundante. Isso ajuda o asfalto a se unir mais rapidamente, preenchendo efetivamente as rachaduras e evitando que pequenos defeitos se deteriorem e aumente, formando os buracos. Em laboratório, Sam Leworthy, da Universidade de Nottingham, explica como o processo funciona:
Será o fim das crateras nas estradas?
Referência: theconversation

Kamila Jessie
Engenheira ambiental e sanitarista, MSc. e atualmente doutoranda em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo. http://orcid.org/0000-0002-6881-4217