Sustentabilidade é um tema que veio para ficar, principalmente em um momento de reflexão como o que vivemos atualmente. A pandemia nos trouxe tempo para pensar, entre outras coisas, sobre hábitos de consumo e preservação dos recursos naturais.

Também surgiu à tona a poluição atmosférica, uma vez que ela teve queda expressiva até mesmo em metrópoles como São Paulo durante a quarentena.

Diante da necessidade de recriar os espaços de convivência e de trabalho com mais verde, promovendo a real sustentabilidade – equilíbrio entre o meio ambiente e a sociedade – os projetos com telhados / lajes verdes surgem como boas alternativas.

Sua alta ocorre atualmente em empresas que visam contribuir com a preservação do meio ambiente. Na prática, ocorre a cobertura das lajes dos imóveis com vegetação diversa. É como um “pulmão” em meio ao fumacê de carros e indústrias para que haja uma melhora, mesmo que pouca, da qualidade do ar que respiramos.

Por aqui esse tipo de construção ecológica está apenas engatinhando e pode ser uma promessa daqui para a frente, mas na Europa já é bem disseminado. Na França, por exemplo, uma nova lei obriga prédios comerciais a adotarem lajes verdes e / ou placas solares.

Lajes verdes: entenda o que são e quais suas vantagens

Instalação de lajes verdes

As lajes verdes são compostas por várias camadas diferentes, cada uma com uma função particular. Todas essas camadas servem para fazer a vegetação crescer de maneira correta, além de evitar infiltrações que podem abalar a estrutura da construção.

Composição:

  • Base de argamassa;
  • Camada de emulsão asfáltica;
  • Membranas asfálticas impermeáveis;
  • Camada de drenagem e substrato;
  • Terra;
  • Vegetação.

Portanto, não se trata de um projeto simples. Há uma complexidade envolvida para impermeabilizar e permitir o crescimento das espécies vegetais.

Projetos de lajes verdes envolvem também cuidados com as plantas e demais vegetações utilizadas. Afinal, a superfície fica exposta ao sol e a chuva. Para se desenvolverem bem precisam da nutrição pertinente, poda, regas em tempos de estiagem, etc.

lajes verdes

Vantagens de investir em lajes verdes

Não é difícil imaginar que as lajes verdes apresentam benefícios. Mas quais seriam eles? Listamos a seguir os principais.

Armazenamento da água da chuva

A água fica retida no telhado, no piso elevado, logo abaixo da vegetação e pode ser reutilizada para fins não potáveis. Como por exemplo lavar frota de veículos, garagens, varandas, etc.

Drenagem da água

A vegetação presente no telhado auxilia na drenagem da água, reduzindo a necessidade de escoamento e sistemas de esgoto.

Isolamento acústico

A laje verde possui isolamento acústico, permitindo a redução de ruídos urbanos de modo geral dentro dos ambientes. É ótimo, então, para empresas nos grandes centros e próximos de aeroportos, por exemplo.

Isolamento térmico

A vegetação ajuda no isolamento térmico, que pode reduzir o uso do ar-condicionado em 75% no verão, por exemplo. Além disso, a temperatura se mantém agradável durante todo o dia.

lajes verdes

Design das lajes verdes

A laje verde tem potencial forte para enriquecer o paisagismo da obra. Há como escolher entre um design e outro, convocando também profissionais relacionados para ajudar nesse processo de embelezamento.

Imóvel valorizado

Projetos sustentáveis estão em alta no mercado imobiliário. Ter uma laje verde em casa ou no prédio contribui para valorização do imóvel.

Vale saber que a manutenção periódica da laje é essencial para seu correto funcionamento, assim como para manter o design agradável. Além disso, previne problemas com pragas que podem por em cheque todos os benefícios do telhado.

Fontes: Pensamento Verde; Archdaily; Ciclo Vivo; Engenharia em Sustentabilidade Urbana.

E você, o que acha dessa ideia? Conta para a gente nos comentários!

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Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

Juliana Coelho será a primeira engenheira a assumir o cargo máximo da fábrica Fiat Chrysler Automobiles na América Latina. A unidade fica em Goiânia (PE), e é responsável pela produção dos Jeeps Renegade, Compass e da Fiat Toro. A engenheira irá atuar como Plant Manager, trabalhando no comando da fábrica na qual iniciou a sua carreira no grupo FCA.

Quando ingressou na empresa, a Fiat ainda estava estruturando a fábrica que hoje é uma das mais modernas da América Latina. Compondo o primeiro time de funcionários, Juliana iniciou seu trabalho como trainee em janeiro de 2013. Assim, passou quatro meses fora do país, realizando estágios na Itália e Sérvia, onde o grupo FCA possui outras plantas.  

“Foi na Europa onde eu aprendi o que é uma indústria automotiva” –

Juliana Coelho para o site JC

Formada em Engenharia Química, Juliana terminou o processo de trainee e passou a trabalhar no setor de pintura da fábrica, como Especialista de Processo de Pintura. E assim, seguiu para o cargo de supervisora e gerente da pintura. Após isso, foi promovida a gerente de montagem. Quando atingiu essa colocação, participou da implementação do terceiro turno. Assim, a fábrica passou a produzir mais de 600 veículos por dia.

Juliana Coelho de frente para a imagem em que esta a sua foto na época em que trabalhava no setor de pintura da Fiat. Ao lado está a imagem de um Jeep Renegade saindo do setor de pintura. Todas as imagens da parede estão em preto e branco.
Juliana atuou como Gerente do setor de pintura da Jeep em Goiânia, Pernambuco – Arquivo pessoal de Juliana Coelho (disponível em: https://jc.ne10.uol.com.br/)

Após isso, passou um ano e meio chefiando a área de novos desenvolvimentos na manufatura da América Latina na Fiat de Betim, Minas Gerais.  Agora, ela voltará para a sua cidade natal, e ocupará o posto que antes era do italiano Pierluigi Astorino, que se tornará Diretor de Manufatura da FCA da América Latina.

Juliana Coelho no setor de desenvolvimento de manufaturas com o fundo do setor desfocado
Juliana atuou como gerente no setor de novos desenvolvimento de manufaturas da América Latina em Betim, Minas Gerais – Arquivo Pessoal da Juliana Coelho (disponível em: https://jc.ne10.uol.com.br/)

Juliana destaca que o desafio nesse momento, além de manter a qualidade do produto Fiat, é adequar a produção ao novo mercado e as mudanças causadas pela pandemia.

Fontes: G1, JC

E você, o que achou da notícia? Conta para a gente nos comentários sua experiência dentro da indústria automobilística!

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Engenharia 360

Letícia Nogueira Marques

Estudante de Engenharia de Materiais e Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC e mecânica de produção veicular pelo SENAI Mercedes-Benz; já atuou na área de Facilities com foco em projetos de sustentabilidade para redução de impacto ambiental.

Apesar dos eventos que vem acontecendo em 2021 não serem nada animadores, há ainda notícias que mostram que também existem oportunidades para o futuro. E o melhor: é no campo da engenharia!

Em 2021 vai ter mais uma opção de graduação para aqueles que sonham em ingressar em alguma engenharia. A USP (Universidade de São Paulo), renomada instituição de ensino, divulgou em seu jornal que em 2021 passará a ofertar o curso de engenharia nuclear, pela Escola Politécnica, lotada no campus Cidade Universitária.

Usina nucelar emitindo gases para atmosfera durante o entardecer.
Usina nucelar. Créditos: aventurasnahistoria.uol.com.br

Isso ocorre por conta do país que, apesar de ter intensas atividades no meio agrícola, biomédico, aplicações industriais e energia nuclear, carece de profissionais com formação específica nesses campos de conhecimento.

O que é a Engenharia Nuclear?

Segundo o Guia do Estudante, Engenharia Nuclear é o ramo da engenharia voltado ao desenvolvimento de novas tecnologias para a área de geração e aplicação de energia nuclear. Geralmente, o profissional formado nessa engenharia trabalha em usinas que produzem eletricidade tendo como fonte elementos radioativos, como urânio.

Equipe de engenheiros nucleares de uniforme azul utilizando EPI's no laboratório de análises
Equipe de engenheiros nucleares. Créditos: career.oregonstate.edu

Possui como atribuição também as atividades de projetar, construir e operar reatores nucleares, trabalhando no desenvolvimento e manutenção de equipamentos para proteção radiológica utilizados na medicina, gerenciando seu funcionamento e supervisionando o cumprimento de normas de segurança.

Desse modo, os engenheiros formados nesta carreira poderão atuar em diversas áreas, tanto na indústria, como em setores governamentais. Atividades como projetar instalações nucleares, delinear processos de fabricação de combustíveis nucleares, operar e gerenciar reatores ou instalações que fazem uso de fontes radioativas, além de laboratórios de controle de qualidade com acesso a materiais radioativos, também especificar e selecionar materiais e efetuar a análise de falhas em equipamentos que estão em serviço num ambiente nuclear.

Leia mais sobre o curso de Engenharia Nuclear!

Como vai funcionar o curso na USP?

Conforme destacou o coordenador do curso, Prof. Cláudio Schön, a nova formação fará parte da carreira Engenharia de Materiais, Metalúrgica e Nuclear, onde serão disponibilizadas 55 vagas para ingresso via vestibular. Sobre a grade curricular, os estudantes terão a grade curricular comum à outras engenharias, podendo optar pela especialização em Engenharia Nuclear no final do terceiro ano de curso. 

Dessa fase em diante, os estudantes passarão a estudar disciplinas específicas da área, “como processamento de combustíveis nucleares e experimentos no reator nuclear, sendo esta última oferecida pelo Ipen de maneira optativa para todos os cursos da USP”, explicou o professor, referindo-se ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), parceiro da Poli-USP na criação do curso.

O professor destaca que a Engenharia Nuclear não é restrita apenas à produção de energia. “Pouca gente percebe que ao fazer um exame de imagem, por exemplo, está utilizando um equipamento que foi produzido em um reator nuclear. Boa parte da operação de reatores é dedicada à produção de radioisótopos para a medicina nuclear”, explica o professor.

Máquina branca no consultório utilizada para exame em medicina nuclear
Equipamento para exame utilizado em medicina nuclear. Créditos: www.saopaulo.sp.gov.br

Dessa forma, fica clara a importância do engenheiro nuclear no mercado de trabalho, principalmente no Brasil onde a quantidade de profissionais formados nessa especialidade ainda é reduzida. Além disso a ampliação de centrais nucleares no país e o aumento do uso de radiação em diversos setores da economia e indústria contribuem para o aumento da demanda de profissionais especializados em Engenharia Nuclear.

Leia também: 

Além de Chernobyl: tudo que você precisa saber sobre usinas nucleares

Referências: Guia do Estudante, Jornal da USP.

E você? Já sabe qual engenharia quer cursar? Se interessou pelo curso de Engenharia Nuclear? Conta pra gente!

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Engenharia 360

Kaíque Moura

Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.

A pandemia de Covid-19 ressaltou o quão grande é a necessidade de engenheiros e engenheiras humanitárias e da engenharia popular como um todo. Pensando nisso, nós, do Engenharia 360, temos orgulho de contar para vocês sobre a nossa parceria com os Engenheiros sem Fronteiras (EsF).

Se você não lembra, recentemente nós fizemos uma live com o pessoal do EsF falando sobre engenharia humanitária, sobre quem são os Engenheiros sem Fronteiras e como eles estão atuando na pandemia.

Quem são os Engenheiros sem Fronteiras?

“Ser Engenheiros Sem Fronteiras é acreditar na importância da engenharia para o desenvolvimento social e ser protagonista desta transformação. O ESF-Brasil faz parte da rede Engineers Without Borders – International (EWB-I), presente em 65 países ao redor do mundo. Desde 2010 no Brasil já transformamos mais de 84 mil vidas. Acreditamos na importância do envolvimento comunitário, do diálogo e da cooperação. Os projetos são desenvolvidos e executados por voluntários locais organizados em núcleos, que se envolvem pessoalmente com os membros da comunidade, escutam suas necessidades e estabelecem parcerias e amizades. Nós da Diretoria Nacional replicamos essa tecnologia social, capacitando e orientando os líderes destes núcleos para desta forma gerarmos o impacto nos locais que atuamos.”

E nós apoiamos essa causa! O EsF vai ter uma coluna exclusiva aqui no nosso site, onde eles vão escrever sobre alguns assuntos importantes de engenharia popular. E fique de olho nas publicações, porque elas acontecerão com frequência!

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Há um tempo, ouvíamos “você sairá da faculdade empregado, tenha certeza disso!” e algumas universidades até prometiam isso na hora da matrícula, afirmando que existiam convênios com empresas de engenharia. Isso era tudo que um estudante queria escutar.

Com o passar do tempo, as crises financeiras no país e hoje tão fortemente a pandemia, fizeram com que essa certeza de sair da faculdade com um emprego viesse a baixo. A verdade é que isso nunca foi uma realidade e os estudantes e recém-formados precisaram criar um “jogo de cintura” para lidar com o “pós-formatura”.

Um estudo do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) em 2019 indicou que 46% dos recém-formados do Brasil são afetados pelo desemprego assim que saem da faculdade.

As previsões para o mercado da construção civil em 2020 era de um aumento de 3% segundo o Presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o que geraria em torno de 150 mil a 200 mil empregos formais até dezembro, isso antes do COVID-19 chegar.

Percentual de recém formados que estão desempregados
Fonte:bizcool.com.br

Mesmo com a pandemia, números como os de lançamento de imóveis, cresceram cerca de 34,6% se comparado ao mesmo período de 2019 e as vendas no mercado também avançaram 25,9% em relação a janeiro e fevereiro de 2019, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc)

Essas informações mostram que nem toda esperança está perdida. E nós vamos mostrar para vocês, estudantes e recém-formados em Engenharia Civil, caminhos que você pode traçar após a faculdade.

Confira: O que é Construção Civil? Clique e descubra!

Saiba que tipo de profissional você deseja ser

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos para o Grupo Santander, 54% dos entrevistados acham que é preciso melhorar a inserção dos recém-formados no mercado de trabalho, enquanto os outros 63% acreditam que “as universidades não conseguem munir os alunos das competências exigidas pelas empresas.”

engenheiro segurando capacete
Fonte: Pixabay

É muito importante que você descubra que tipo de profissional você quer ser, se quer trabalhar em uma empresa e construir uma carreira no mundo corporativo ou se deseja ser autônomo e ter seu próprio negócio. O fato é que você precisará ganhar experiencia de alguma forma e buscar conhecimento cada vez mais.

Descubra o seu nicho de atuação

Sabe, o curso de engenharia civil é “semelhante” ao de medicina. Você sai da faculdade como um “clínico geral”, sem especializações, então é nesse momento que você precisa descobrir qual nicho da engenharia mais tem a ver com você e qual você quer seguir pelo resto da sua vida. É uma escolha mega importante, afinal, ninguém quer estudar 5 anos para depois trabalhar em algo que não te faz feliz.

dois engenheiros olhando par a projetos
Fonte: Pixabay

Segue abaixo alguns dos nichos mais frequentes, lembrando que existe uma gama infinita de opções para você escolher e seguir:

  1. Estruturas;
  2. Fundações;
  3. Saneamento;
  4. Pavimentação;
  5. Aprovação de projetos e legalização;
  6. Geotecnia;
  7. Projetos complementares (elétrica e hidrossanitários);
  8. Segurança do Trabalho;
  9. Perícias;
  10. Consultoria;
  11. Gerenciamento e Acompanhamento de Obras;
  12. Orçamento de Obras.

Após ter seu nicho escolhido, você poder optar por alguns caminhos a seguir.

Candidatar-se a uma vaga de emprego

Candidatos aà empregos no ramo da engenharia
Fonte: Pixabay

Essa costuma ser a primeira opção da maioria dos recém formados em engenharia, mas lembre-se esse não é o único caminho e você ainda sim precisar procurar constantemente por novos conhecimentos.

Ter apenas um diploma de engenharia não é o que lhe destacará entre outros candidatos. Existem aqueles que possuem o famoso QI (Quem indique) e conseguem assim, com mais facilidade, um contato direto com uma empresa e uma possível contratação.

Programas de trainee

Os programas de Trainee são ótimas opções para recém-formados, pois esse é foco de contratação da maioria dos processos. Se você quiser participar de um processo de seleção deve ficar atento a sites de divulgação (como o Seja Trainee), onde você consegue ter acesso a todos os processos de seleção abertos no Brasil e/ou na sua região de interesse.

grupo de engenheiros homens conversando sobre edificação
Fonte: Pixabay

Além disso, é importante que esteja preparado para passar por testes de lógica, línguas, testes comportamentais, dinâmicas de grupo e entrevistas. Então, se está com essa intenção em mente, já pode ir treinando esses testes em casa.

Concursos públicos

Existem aqueles que veem nos cargos públicos uma boa oportunidade de construir uma carreira sólida e estável, com a segurança de um cargo com baixo risco de demissão.

mulher estudando sobre os livros
Fonte: engenheiroconcurseiro.com

Para você que deseja ser em engenheiro concurseiro temos uma matéria incrível aqui no Engenharia 360 te ensinando passo a passo de como se organizar e começar a estudar para os concursos, basta clicar aqui para acessar.

 Pós-Graduação

A pós-graduação é uma ótima alternativa não somente pra quem ainda não entrou no mercado de trabalho, como pra quem já entrou e busca especialização em um nicho, como falamos anteriormente. Ela se divide em dois tipos:

  • Pós-graduação Lato Sensu: contempla os cursos de especialização e os cursos denominados MBA (Master Business Administration), possuem duração mínima de 360 horas, onde ao final do curso recebe-se um certificado.
  • Pós-graduação Stricto Sensu: sãos os programas de mestrado (mínimo 2 anos) e doutorado (mínimo 4 anos), são cursos mais específicos, ao final o aluno obterá um diploma.
Pós- graduação: Mestrado e doutorado
Fonte: ac24horas.com

A gente tem um vídeo explicando isso:

Fazer outra graduação

Há a opção também de continuar estudando de forma a cursar outra graduação. Você pode entrar com o pedido de segunda graduação onde muitas faculdades possuem processos seletivos facilitados para ex-alunos da instituição e, em caso de faculdades particulares, existem até casos de desconto valiosos.

pós-graduação para engenheiros
Imagem: career.uconn.edu

Quando a segunda graduação também é uma engenharia, você tem a possibilidade de cortar diversas matérias em comum e diminuir o tempo de conclusão de 5 anos para até dois anos em alguns casos. Além disso, ao final você receberá outro diploma.

Empreendedorismo

O empreendedorismo está em alta, ainda mais em tempos onde o desemprego alcançou cerca de 12,9 milhões de pessoas no Brasil no primeiro trimestre de 2020. Mas com isso também vieram auxílios e ajudas do governo, principalmente trabalhadores individuais, pequenas e médias empresas.

Além disso, a tecnologia está super em alta. A divulgação através das redes sociais do seu trabalho pode ser a solução dos seus problemas. É o que o grande Bill Gates disse “Em dois anos vão existir dois tipos de empresas: as que fazem negócios pela internet e as que estão fora dos negócios.”. Disse tudo, não é mesmo?!

mulher usando computador
Fonte: ing.be

Então se você está  procurando um meio de começar seu negócio ou divulgar seu trabalho, comece criando um perfil do Instagram e Facebook, existem ferramentas como o Facebook Business e o Google Adds que podem lhe auxiliar nas divulgações e gerenciamento.

Desenvolvimento e atualização profissional

Por último. vamos falar sobre desenvolvimento e atualização profissional. São dois pontos que não devem sair da sua cabeça, se por algum motivo não consiga nenhuma das opções anteriores listadas, invista em você. Sabemos que sair da faculdade sem um emprego é frustrante, mas você não pode desistir.

A internet abre um grande leque de oportunidades desde rede sociais de negócios como o LinkedIn, onde você coloca seu currículo a disposição de milhares de recrutadores gratuitamente, até cursos de extensão que são disponíveis gratuitamente em diversas plataformas que podem lhe ajudar a sair do zero.

Crescimento profissional para engenheiros
Fonte: gumga.com.br

Busque sempre estar em movimento, correndo atrás, se atualizando desde cursos a saber como está o mercado de trabalho em que deseja se inserir em âmbito regional, estatual, nacional e mundial. Se tudo isso não for suficiente, vá de porta em porta nas construtoras, empreiteiras, escritórios de projeto e se apresente, mostre como você pode auxiliar e acrescentar à empresa. Corra atrás sempre, nunca desista.

Seguem algumas matérias aqui do Engenharia 360 relacionadas ao tema e que você pode gostar:

Fontes: Startse, IBGE, CBIC.

Bom, é isso! O que acharam? Como estão levando a vida de recém formados? Deixe sua experiencia nos comentários, como se inseriu no mercado, mostre pra outros engenheiros civis que há espaço para todos.

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Engenharia 360

Luana Espindola Ribeiro Aguiar

Engenheira Civil; formada pela Universidade La Salle; trabalha como coordenadora de planejamento e controle de custos, com foco em gestão corporativa, construção civil e engenharia de custos.

O Revit é um dos softwares mais utilizados por profissionais das áreas de engenharia civil, arquitetura, urbanismo e design de interiores. Criado inicialmente pela Charles River Software em 1997, a empresa mudou sua razão social em 2000 para Revit Technology Corporation. Posteriormente, o software foi adquirido pela Autodesk, que ampliou ainda mais seu alcance global.

O objetivo principal do Revit é facilitar a elaboração de projetos arquitetônicos e de engenharia, com recursos de alta precisão e automação. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Por que profissionais escolhem o Revit?

A saber, o software Revit foi desenvolvido, principalmente, para auxiliar os profissionais da construção e design na elaboração de projetos pertinentes a essas áreas.

Na opinião de muitos arquitetos e engenheiros, o Autodesk Revit tem se destacado por conta da riqueza de detalhes que ele permite impor aos trabalhos. Entre suas principais vantagens estão:

  • Modelagem 3D com alta fidelidade
  • Tecnologia BIM (Building Information Modeling)
  • Automatização de plantas, cortes, elevações e maquetes eletrônicas
  • Simulação de materiais e custos de forma integrada

Isso permite que diferentes áreas da construção civil – como elétrica, hidráulica e estrutural – trabalhem de forma colaborativa, minimizando erros e otimizando o tempo de execução.

software de engenharia - revit
Imagem divulgação Revit

Aplicações do Revit na Engenharia

O Revit pode ser empregado em diversos processos inerentes às engenharias, como expusemos anteriormente. Podemos elencar suas principais funcionalidades nesse âmbito:

1. Modelagem 3D

Pode ser usado para criar diferentes projetos 3D como: plantas, escopos hidráulicos e elétricos, por exemplo. As imagens ilustrativas são de alta qualidade e dão um up na apresentação dos trabalhos aos clientes.

2. Projeto integrado

Por conta da tecnologia BIM (Building Information Modeling) é possível trabalhar com outras áreas dentro do mesmo projeto e com isso otimizar o tempo de entrega. Além disso, é um sistema que permite a integração de equipes, algo bastante benéfico no sentido corporativo.

Plantas, cortes, elevações e simulações 3D podem se unir com outros segmentos ao mesmo tempo no Revit.

3. Análise virtual de uma obra

Como o Revit permite a criação de projetos totalmente em três dimensões, fica possível o estudo geral de uma obra de modo mais eficaz e realista, além de conseguir examinar qualquer ponto, como instalações de água ou luz, por exemplo. Podem ser calculados os custos em cada fase da construção, conseguindo realizar um planejamento orçamentário.

software de engenharia - revit
Imagem reproduzida de Autodesk

Comparação do Revit com concorrentes

O Revit concorre com outros programas semelhantes do mercado. Entre os mais relevantes estão:

ArchiCAD

Também é um software que possui BIM, produzida pela empresa húngara Graphisoft. Assim como o Revit oferece ferramentas para construção de edifícios e demais projetos todos com modelagens 3D. Pode ser utilizado para trabalhos de design de interiores. É um dos mais populares na Europa, mas tem seu espaço no Brasil.

AutoCad

O software AutoCAD possui funções para desenho 2D e modelagem 3D e é muito usado para desenhos técnicos. É classificado como CAD (Computer Aided Design).

Apesar das funções semelhantes com o Revit, é um programa voltado para o trabalho praticamente solo, pois as etapas devem ser feitas separadamente. Não possui a interface BIM, algo que pode ser desvantajoso para médias e grandes empresas.

Como obter licença Revit pela Autodesk?

Para você que se animou a experimentar o Revit, saiba que no site da Autodesk, a qual detém os direitos sobre o programa, há uma licença gratuita disponibilizada.

Nesse link você acessa a licença do Revit, válida por 30 dias. É uma boa para testar as ferramentas e ver se é o software ideal para os seus projetos. Caso você goste e queira investir no programa, pode já aderir à versão paga. O site dispõe planos mensais, anuais e trienais.

Licença Revit para estudantes

Agora, se você for estudante de engenharia, design, arquitetura e áreas correlatas, têm a oportunidade de usufruir do programa pelo período de 1 ano gratuitamente.

A Autodesk propõe essa licença específica para estudantes, frisando que seu uso é voltado somente para fins acadêmicos.

Se você deseja conhecer outros softwares de engenharia ou tem dúvidas sobre o uso do Revit, deixe um comentário. Podemos trazer comparativos, tutoriais ou novidades da área especialmente para você!


Fontes: Ipog.edu, A Arquiteta.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

O Microsoft Power BI transforma os dados da sua empresa em visuais avançados para coletar e organizar, de modo que você possa se concentrar no que realmente importa, mantenha-se informado e identifique tendências conforme elas acontecem.

Em suma, é uma ferramenta fácil de usar e que ajuda a impulsionar as organizações para uma cultura baseada em dados. Com poderosas habilidades self-service, os usuários corporativos não dependem mais de TI para coletar, transformar e analisar dados. Confira mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Power Bi na engenharia
Imagem divulgação Power BI reproduzida de Lean Solutions

Principais Benefícios do Power BI

1. Plataforma em Nuvem Líder em Business Intelligence

  • Expansão rápida em data centers globais
  • Conformidade com regulamentações locais e nacionais
  • Escalabilidade para empresas de todos os portes

2. Reconhecimento de Mercado

  • Microsoft é líder há 13 anos no Gartner Magic Quadrant para plataformas de análise e BI (2020).
Power Bi na engenharia
Imagem de Yan Krukau em Pexels

3. Self-Service BI em escala corporativa

  • Redução de custos e complexidade
  • Menor dependência da equipe de TI
  • Solução ideal para democratização da análise de dados

4. IA integrada e insights inteligentes

  • Geração de insights com Inteligência Artificial embutida
  • Centenas de visualizações de dados
  • Conectores personalizados e integração nativa com o Excel

5. Segurança de dados e conformidade

  • Classificação de confidencialidade integrada
  • Prevenção contra perda de dados mesmo em exportações
  • Governança de dados corporativos reforçada

6. Análise de Big Data com azure

  • Integração com Azure Data Lake ilimitado
  • Redução do tempo para insights
  • Maior colaboração entre cientistas de dados e analistas

7. Publicação e deploy com eficiência

  • Pipelines de implantação com dicas visuais
  • Migração facilitada do conteúdo de teste para produção

8. Integração com Excel

  • Conexão direta com dados do Office 365
  • Facilidade para quem já utiliza o Excel
  • Transformação de planilhas em dashboards avançados

9. Stream Analytics em tempo real

  • Monitoramento em tempo real de sensores, redes sociais e outros
  • Decisões baseadas em dados ao vivo
  • Visão proativa sobre os processos da empresa
Power Bi na engenharia
Imagem de fauxels em Pexels

Power BI x Excel: Qual a melhor opção para sua empresa?

O Microsoft Excel é, por tradição, a ferramenta de geração de relatórios mais usada pelas empresas. Ainda é ideal para atividades que não trabalham com um grande número de informações e para análises rápidas e urgentes que não necessitam de insights profundos.

Entretanto, o Power BI oferece recursos poderosos de geração de relatórios. Com uma experimentação mais rápida com visualizações, funções estatísticas, cálculos em conjuntos de dados amplos e a capacidade de obter respostas rápidas através da recombinação de campos, fica claro que o Power BI oferece uma análise muito maior do que o Excel.

Em resumo, o Power BI supera o Excel em profundidade de análise, interatividade e recursos modernos.

Power Bi na engenharia
Imagem divulgação Power BI reproduzida de Comunidade Data Driven

Licenças oferecidas pela Microsoft

Power BI Desktop (Gratuito)

  • Criação de relatórios e dashboards
  • Modelagem e preparação de dados

Power BI Pro (Pago)

  • Compartilhamento de relatórios
  • Colaboração entre equipes
  • Licença por usuário

Power BI Premium (Pago)

  • Ideal para empresas com grande volume de dados
  • Capacidade de processamento avançada
  • Licença por capacidade (escalável)

Dicas de uso do Power BI

  • Criação de Conteúdo: Utilize o Power BI Desktop, uma ferramenta gratuita para gerar relatórios, preparar, modelar e criar visualizações de dados.
  • Publicação de Conteúdo: Colabore, modele dados, crie conteúdo, compartilhe dashboards, publique relatórios e realize análises ad hoc com uma licença Power BI Pro.
  • Consumo de Conteúdo: Visualize e interaja com dashboards e relatórios pré-publicados com uma licença Power BI Pro por usuário ou uma licença Power BI Premium para bancos de dados de grande escala.

Quer aprender mais sobre Power BI? Confira este curso!

Cada vez mais empresas estão migrando de relatórios tabulares para visualização de dados intuitiva, ganhando velocidade e precisão na análise estratégica. Então, o que você está esperando! Aprenda a usar o Power BI!

Temos uma dica para você: com o curso da Tesla Treinamentos, uma super perceira do Engenharia 360, você pode aprender do zero a criar relatórios e dashboards incríveis, impressionando seu chefe e se tornando um profissional disputado no mercado. O que acha?

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Por que investir no Power BI?

Com o Power BI, sua empresa ganha:

  • Mais agilidade em decisões
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  • Menos dependência da TI
  • Segurança de dados com governança
  • Um futuro mais analítico e eficiente

Já utiliza o Power BI? Compartilhe sua experiência nos comentários! Qual outro software de análise você gostaria de conhecer melhor?

Veja Também: Business Intelligence na Construção Civil.


Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Andreza Ribeiro

Formada em Engenharia de produção, possui certificado em Business English realizado em Toronto na Stafford House Internacional. Interessada em Gestão, Finanças e Inovação, além de ser apaixonada em astronomia e viajar o mundo.

A pandemia em decorrência do novo coronavírus (COVID-19) causou impactos em todos os setores existentes. Tudo o que fazemos no cotidiano precisou ser paralisado, modificado e repensado.

Para a construção civil também não faltaram impactos. Especialmente para um setor que apresentava recuperação histórica importante, o impacto foi bastante lamentável.

A ascensão prevista para 2020

No início do ano, as projeções apontavam para um ano promissor. Os investimentos nas bolsas de valores para incorporadoras e construtoras, os índices de produtividade dos canteiros e índices de vendas de imóveis, entre outros indicadores, apontavam para um ano de retomada da construção.

Gráfico da série histórica do Índice de Confiança do Empresário da Construção em janeiro de 2020
Série histórica do Índice de Confiança do Empresário da Construção em janeiro de 2020 demonstrava o otimismo do mecado. Imagem: CNI.

O índice de confiança dos empresários da construção civil atingiu nível que não era alcançado desde 2011 e 2010, período em que o setor estava aquecido.

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A crise causada pela pandemia

Com o início da pandemia, houve muitos impactos. O principal, sem dúvida, foi a necessidade de paralisação em muitas cidades do país. Especialmente nas capitais, os canteiros ficaram paralisados por ao menos duas semanas.

A partir da paralisação, já foram iniciados estudos para estabelecimento de um protocolo seguro à atividade de construção. Com o apoio dos SECOVI’s (Serviço Social da Construção Civil) – especialmente do SECOVI-SP – e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), foi elaborada cartilha de boas práticas para orientação das empresas construtoras no país. Afim de orientar a todos para um retorno de atividades em segurança.

Capa da cartilha de boas práticas contra o coronavírus em obras elaborada pela CBIC.
Capa da cartilha de boas práticas elaborada pela CBIC. Imagem: CBIC.

Apesar do retorno gradual nas atividades, o estrago já estava feito. Os índices da construção, que eram promissores no início do ano, já demonstravam uma queda absurda do setor.

A queda abrupta representava o caos causado e o cenário de insegurança para os negócios foram constatados em diversas pesquisas. A recuperação apresentada no último trimestre de 2019 e início de 2020 foi engolida pela crise.

Gráfico da série histórica do Índice de Confiança do Empresário da Construção em abril de 2020.
Série histórica do Índice de Confiança do Empresário da Construção em abril de 2020 representando a queda abrupta do setor na pandemia. Imagem: CNI.

A pandemia levou a paralisação não apenas das obras, mas também de toda a cadeia de suprimentos e suporte ao setor. A logística ficou dificultada e, mesmo após o retorno das atividades, permaneceram muitas limitações.

Alguns estados, como o Ceará, por exemplo, tiveram uma paralisação maior. O retorno se deu apenas após o decreto presidencial que estabeleceu a atividade de construção civil como essencial para a economia.

A outra face da pandemia para a construção civil

Por outro lado, a pandemia permitiu um momento único de reflexão e análise do setor. Estamos conduzindo nosso processos da melhor forma possível? Nossas sistemáticas poderiam ser mais ágeis hoje? Nossos processos poderiam ser mais seguros? O que empresas construtoras estão realizando em prol da comunidade?

Estes e muitos outros questionamentos vieram à tona e as respostas foram aparecendo.

Muitas empresas construtoras e incorporadoras realizaram atividades de suporte às comunidades cumprindo uma atividade de responsabilidade social. Algo que vimos ser importantes em outro momento da história.

Registro de colaborador de empresa construtora entregando cesta básica em ação social.
Registro de colaborador de empresa construtora em ação social. Imagem: CBIC.

A urgência também permitiu a tração de novos sistemas construtivos, mais rápidos e sustentáveis, para atendimento da demanda de hospitais em várias regiões do país. A exemplo, podemos citar as obras hospitalares feitas pela Brasil ao Cubo, empresa de Santa Catarina, nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Foram construídos hospitais em 30 dias através da construção modular, algo que deve ser cada vez mais recorrente. A pandemia evidenciou a tecnologia construtiva e a capacidade brasileira de fazê-lá.

Fachada do Hospital M'Boi Mirim ampliado para mais 100 leitos. Brasil ao Cubo.
Hospital M’Boi Mirim ampliado para mais 100 leitos. Obra feita em construção modular durou 33 dias. Imagem: startupi.com.br

A digitalização do setor também foi acelerada. O CNJ deu, através dos Provimentos nº. 95 e 100, as diretrizes para que os cartórios de registro de imóveis pudessem realizar a averbação de imóveis de maneira totalmente digital e remota. Empresas como a Loft, realizaram vendas em que a averbação foi feita totalmente remota, de maneira virtual e em período reduzido. Num outro momento, para uma averbação, seria preciso ir 3 ou 4 vezes ao cartório e esperar um trâmite de 30 a 40 dias.

Na divulgação dos indicadores do primeiro trimestre do mercado imobiliário, a CBIC apresentou relatório com um dado importante: no mês de março, a maior parte das vendas foram feitas após o início da pandemia. Outro ponto identificado é que as empresas que já trabalhavam com venda em meio digital, sentiram pouco impacto.

Gráfico do histórico de vendas imobiliárias em março. Comparação de vendas em período de pandemia e pré-pandemia
Gráfico do histórico de vendas imobiliárias em março. Comparação de vendas em período de pandemia e pré-pandemia. Imagem: CBIC.

Em estudo da revista Valor Econômico, foi identificado que a maioria das construtoras passaram a rever seus projetos. Com um novo comportamento do usuário, em função da pandemia, modificações nos próximos imóveis a serem lançados serão feitas. Espaços de home office em apartamentos, áreas de coworking em condomínios, apartamentos mais compactos, entre outras necessidades do mercado, estão sendo avaliadas e serão trazidas à tona.

O que fica para o período pós-pandemia?

A pandemia deixa para a construção um aprendizado enorme, assim como todos os outros setores. No entanto, para um setor que pouco evolui, o momento tem sido ímpar para adesão de ferramentas digitais, de industrialização da cadeia produtiva, da avaliação de como fazemos nossas edificações e para quem projetamos.

Ações coletivas de discussão das estratégias de mercado tem sido feitas constantemente, como é o caso da iniciativa PandeBuilding, que reúne os maiores especialistas do mercado para discussão do futuro das edificações pós pandemia.

Gráfico da série histórica do Índice de Confiança do Empresário da Construção em junho de 2020.
Série histórica do Índice de Confiança do Empresário da Construção em junho de 2020 apresenta início de retomada. Imagem: CNI.

A construção civil volta a crescer após a queda inicial. E agora, mais do que nunca, é o momento de estruturar as boas estratégias do setor.

Na sua visão, qual o legado da pandemia para o setor de construção civil? Deixe sua opinião nos comentários!

Fonte: CNI, CBIC, Valor Econômico.

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Engenharia 360

Matheus Martins

Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.

A lista TOP500 classificou a velocidade de supercomputadores ao redor do mundo. E depois de nove anos, uma tecnologia japonesa conquistou o primeiro lugar com o Fugaku, que foi desenvolvido pela parceria entre Riken (Instituto de Pesquisa Científica no Japão) e Fujitsu (empresa de tecnologia).

Coordenadores do projeto Fugaku.
Coordenadores do projeto Fugaku.

Essa classificação é dada a partir do FLOPS de cada computador. Essa sigla significa Floating Point Operations Per Second que, em português, quer dizer “operações de ponto flutuante por segundo”. Quanto maior o FLOPS de um computador, mais desempenho ele apresenta, especificamente no campo de cálculos científicos.

Fugaku apresentou um resultado de 415,5 petaflops, 2,8 vezes mais rápido que o segundo colocado – Summit, da IBM. Seu desempenho também foi vitorioso em duas outras categorias: inteligência artificial e performance computacional de Big Data (grande conjunto de dados que precisam ser processados e armazenados).

Nos anos anteriores, o topo da lista era disputado por sistemas americanos e chineses. E são esses dois países que dominam o resto da lista – 226 são supercomputadores da China, 114 das Estados Unidos e apenas 30 do Japão.

A tecnologia japonesa apresenta diversas aplicações científicas. Já foi utilizado para simular explosões nucleares, testar armas e modelar sistemas climáticos. Hoje, todo seu processamento trabalha para encontrar possíveis tratamentos para a COVID-19. “Espero que a TI de ponta, desenvolvida para Fugaku, contribua para grandes avanços em desafios sociais difíceis como o COVID-19” – afirmou Satoshi Matsuoka, coordenador do centro de ciência computacional da Riken.

A estrutura do supercomputador Fugaku que ocupa uma sala inteira.
A estrutura do supercomputador ocupa uma sala inteira.

Vale destacar que esse supercomputador apresenta o tamanho de uma sala inteira (como na foto acima) e seu custo foi estimado em 1 bilhão de dólares.

Fontes: The Verge; Top500; Fujitsu.

Leia também: Saiba como a IBM pretende usar a inteligência artificial para resolver problemas globais

E você, já ouviu falar no Fugaku? Conta para a gente nos comentários!

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Viagens de avião, principalmente as de longa duração, costumam ser muito duras para quem não consegue dormir sem um certo conforto. Pensando nisso, a Zephyr Aerospace propôs uma modalidade double-decker de organização de assentos em aviões. Essa alternativa permitiria que passageiros pudessem deitar completamente.

O design do assento Zephyr forneceria não apenas uma opção totalmente plana, mas também mais privacidade e espaço para os viajantes, sem minimizar o número de assentos disponíveis na cabine. A formação permaneceria 2-4-2 e caberia na maioria dos aviões das companhias aéreas globais.

aviões assento double decker
Imagem: Zephyr Aerospace.

Assento top só para Premium

O único ponto a ser mencionado é que seria para viajantes da classe econômica Premium, afinal de contas, sempre tem um quê de exclusividade nessas coisas. Mas isso ainda é muito mais acessível do que ter que pagar uma fortuna para classe executiva. E vamos convir que viagens de avião já deixaram de ser experiências glamorosas há muito tempo e os passageiros da classe econômica merecem um mínimo de conforto.

A grosso modo, encaixar a ideia em um avião convencional montado seria praticamente adaptar um assento inteiro em cima do outro. São basicamente dois níveis, configurando o estilo double-decker, famoso em ônibus. Entretanto, o desnível será de apenas um metro e meio do ponto de entrada até o assento superior. Com essa disposição, os passageiros têm mais espaço para as pernas e a companhia aérea não perde nenhum assento.

aviões assento double decker
Imagem: Zephyr Aerospace.

Atualmente, o assento Zephyr está em sua fase inicial de design e, enquanto isso, a empresa está conversando com companhias aéreas, visando a implementação. Uma delas é a Delta Airlines, que vem se modernizando, inclusive na corrida para se tornar uma empresa carbono neutro. A gente torce por investimentos no meio ambiente e no conforto dos passageiros.

O que você acha desse design de cabine? Conta para a gente nos comentários!

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.