O coronavírus (Covid-19) se tornou uma pandemia e tem assolado todo o mundo. Desde as indústrias, os comércio à bolsa de valores. Todo tipo de negócio foi afetado, e em todos os portes, desde pequenas até grandes empresas. Inevitavelmente, os setores ligados à engenharia também foram afetados.
As estratégias de proteção e mitigação ao contágio não têm sido homogêneas. Algumas indústrias, como a indústria alimentícia tem mantido suas atividades. Já a indústria da construção civil, por exemplo, em algumas localidades teve suas atividades interrompidas por orientação do governo, mas em outras manteve suas atividades com redução de colaboradores, desde que todos os cuidados fossem tomados.
O Covid-19 traz consigo efeitos de 2ª ordem, que fogem dos impactos diretos que implicam na saúde pública e negócios no mundo.
Efeitos do Covid-19
As empresas mantendo o trabalho ou não, a rotina das pessoas foi afetada de maneira que talvez seja inédita. Em alguns casos, de acordo com as necessidades do negócio, as empresas mantém os colaboradores em seus galpões, fábricas ou escritórios. No entanto, há um grande movimento de trabalho online, em home-office. Poderíamos dizer que este é o maior experimento com trabalho remoto em nível global. Nunca antes tivemos tantas pessoas trabalhando em home-office. Essa prática traz consigo uma demonstração do que devemos ter no futuro.
O trabalho online pode proporcionar aumento de produtividade. As videoconferências substituem salas de reuniões cheias, assim como o e-commerce e os serviços de delivery suprem necessidades de deslocamento para as aquisições. Imagine visitar uma obra remotamente e avaliar o andamento da obra. Isto já é possível, inclusive, há uma startup brasileira que tem uma solução para isso, é a ConstructIn.
Temos também a inserção da realidade virtual nos mercados. Desde as relações interpessoais, às inspeções de serviços, esta é uma tendência fortíssima que o confinamento causado pela quarentena em que muitas comunidades estão, acelera de forma abrupta.
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O uso de serviços remotos, em nuvem, também aumenta em passos largos. Ferramentas para gestão de tarefas, como o Trello e o Asana, por exemplo, que já são muito utilizados hoje, e são reflexo disso. Menos papel, mais plataformas digitais.
Com a reclusão das pessoas, o trabalho dos times e equipes passa a ser remoto, e isto pode render bons frutos e soluções tecnológicas para o mundo da engenharia. Podemos citar exemplos de negócios que surgiram de um tipo de imersão ou reclusão, como Facebook e Microsoft. Estas empresas nasceram em momentos que pessoas estavam reclusas e podiam trabalhar em seus projetos. Este é um período com alto potencial para o nascimento de startups.
Há um precedente muito forte, inclusive. Isaac Newton desenvolveu a teoria da gravidade em um período de reclusão de Cambridge, em 1665 durante à peste bubônica.
Outros impactos que surgem, vem da necessidade de adaptação das empresas em permitirem home office e flexibilizarem períodos de trabalho, carga horária, períodos de férias. A realidade atual leva as empresas a sentirem este tipo de experiência, o que pode modificar um pouco o DNA cultural da forma de trabalho das empresas.
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Conclusão
Pode-se dizer que os principais efeitos colaterais do corona vírus, estão relacionados com a cultura do trabalho e a transformação digital. Neste momento, as empresas terão que trabalhar online, flexível e digital. E isto impacta à todos, desde os setores governamentais à iniciativa privada.
Tecnologias que são emergentes em algumas partes do mundo, terão sua chance de serem tracionadas e levar a engenharia dessas regiões a outro patamar.
Fontes: Yahoo, UpdateorDie.
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Matheus Alves Martins
Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.