Você leu direito, é Mackintosh! Não confunda este nome com Macintosh (macOS), o famoso sistema operacional desenvolvido pela empresa Apple. Estamos nos referindo a Charles Rennie Mackintosh (1868 – 1928), um grande designer e aquarelista que marcou a história da Arquitetura Moderna. Ele viveu em Glasgow, nas proximidades do Rio Clyde, na Escócia. Esta foi uma das zonas mais significativas para a produção de Engenharia pesada e construção naval do mundo no período da Revolução Industrial.

Charles Rennie Mackintosh
Imagem reproduzida de Sbandiu

Veja bem, à medida que a cidade crescia, era preciso também construir residências e abastecer os espaços habitados de bens de consumo – e até artes. Mas, nesta mesma fase, por curiosidade, também estava em alta o estilo asiático e as ideias modernistas emergentes. E é claro que isso tudo influenciou bastante o trabalho de designers da época, como Mackintosh. Saiba mais no texto a seguir!

Charles Rennie Mackintosh
Imagem reproduzida de Yahoo Noticias
Charles Rennie Mackintosh
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Breve resumo da história profissional de Mackintosh

Para quem estudou Artes Visuais, McIntosh, Mackintosh ou Toshie é lembrado como um importante representante da Escola de Glasgow, que é como ficou conhecido o Estilo Moderno desenvolvido em Glasgow. Por volta de 1892, começou a trabalhar com sua esposa e artista Margaret Macdonald – que, inclusive, foi sua colega na Glasgow School of Art. Também fez parte da equipe do escritório de arquitetura Honeyman & Keppie, onde iniciou seu primeiro grande projeto arquitetônico, o Glasgow Herald Building – agora conhecido como The Lighthouse -, em 1899.

Vale destacar que seus principais trabalhos foram desenvolvidos entre os anos de 1985 e 1906. Dentre eles residências particulares, edifícios comerciais, reformas de interiores, reformas de interiores e igrejas. Eis alguns exemplos:

  • Móveis e acessórios para a Residência Hill, em Helensburgh;
  • The Willow Tearooms, para Catherine Cranston, em Glasgow;
  • Ex-escritórios da Daily Record, também em Glasgow;
  • Ex- escritórios do Glasgow Herald em Mitchell Street, agora The Lighthouse – Centro de Design e Arquitetura da Escócia;
  • Design de interiores e remodelação arquitetônica de 78 Derngate, em Northampton; e
  • 5 The Drive, também em Northampton.
Charles Rennie Mackintosh
Imagem reproduzida de Pinterest
Charles Rennie Mackintosh
Imagem reproduzida de MR PORTER

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As principais características das obras de Mackintosh

É claro que, por se tratar de um designer nascido na Europa, Mackintosh abordava símbolos do continente em suas obras artísticas – por exemplo, quando ele combinou sua educação escocesa com preceitos do Art Nouveau e do Movimento de Secessão. Porém, a simplicidade das formas japonesas, que eram tão admiradas e elogiadas pelos modernistas, também pode ser identificada em muitos dos seus trabalhos.

Por falar nisso, o fascínio dos ocidentais pelo conceito de morar dos orientais é evidente neste período – inclusive foi dessa fase que surgiram termos como ‘Japonismo’. A intenção era conseguir restringir e economizar meios, adotar formas simples e materiais mais naturais, ao invés da acumulação ostensiva, do excesso de texturas, dos ornamentos e mais, que era o padrão de velhos estilos.

Um novo momento para o design

Para se ter uma ideia, antes disso, a mobília das casas era vista como um ornamento, que precisava representar a riqueza da família, e seu valor era determinado pelo tempo de criação. Já na arte japonesa, o design de móveis era focado mesmo na qualidade do espaço, as sensações que ele podia provocar, a organização de interiores e o conforto ambiental – que é o que mais importa mesmo para os usuários. Enfim, os criativos passaram a desenvolver propostas de peças mais funcionais e práticas, leves e limpas em suas linhas, descartando todo o desnecessário.

E nesse cenário, podemos dizer que Mackintosh foi o pioneiro do Movimento Moderno da Escócia. Só que, de certo modo, ele desenvolveu o seu próprio estilo, criando elementos resultantes de um contraste entre fortes ângulos retos e motivos de inspiração floral com curvas sutis, com algumas referências a motivos decorativos de inspiração floral com curvas sutis e, é claro, referências à arquitetura tradicional do seu país.

“A influência de Mackintosh pode ser percebida nos complexos e delicados ornamentos de ferro fundido de Antoni Gaudí, encontrados em diversas de suas construções em Barcelona. Também pode ser vislumbrada nas peças de Hector Guimard, que ainda adornam o Metrô de Paris.” – trecho de fala da de Pamela Todd, em ‘The Arts and Crafts Companion’.


A saber, raramente Mackintosh realizava desenhos de detalhamento, sobretudo de seus projetos arquitetônicos. Surpreendentemente, quem realizava esses detalhamentos e outras contribuições mais significativas era a sua esposa, que também havia estudado na Glasgow School of Art e tinha um vasto portfólio. Infelizmente, seu talento nunca foi valorizado como devia, como se ela estivesse na sombra de seu marido. Contudo, certa vez, em 1927, o próprio designer afirmou que “Você deve se lembrar que em todos os meus esforços arquitetônicos você foi metade se não três quartos deles.”.

Charles Rennie Mackintosh
Imagem reproduzida de Encyclopedia Britannica
Charles Rennie Mackintosh
Imagem reproduzida de PubHist

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Fontes: Gaúcha ZH, Essência Móveis, Stringfixer, UFRGS.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A estrela da vez da NASA é, sem dúvidas, James Webb. Recentemente, tivemos o prazer de conferir o compartilhamento, por parte da agência americana, de registros fotográficos que o supertelescópio fez de Júpiter, de galáxia fantasma, da Grande Nuvem de Magalhães, e mais. Agora a novidade é o experimento realizado pelos cientistas de transformar as imagens captadas em dados num formato mais compreensível por meio do som. Por quê? Bem, uma das razões é fazer com que os deficientes visuais possam criar suas próprias imagens mentais do espaço. Legal, não é mesmo?

James Webb
Imagem reproduzida de Laughing Squid

O processo de sonificação

Para transformar as imagens captadas pelo James Webb em som, os cientistas optaram por usar programas de computação e linguagem de programação para “traduzir” os dados astronômicos, não audíveis pelo ser humano, em uma onda sonora perceptível aos nossos ouvidos. Esse processo envolve uma equipe de pesquisadores da NASA e também músicos e pessoas com deficiência visual, como deve ser.

Mas é preciso destacar que esses áudios produzidos não são os sons reais dos objetos astronômicos! Certo? Trata-se da tradução do espectro da luz para um espectro sonoro. O problema é que, os dois tipos de ondas diferem; e converter o primeiro não significa necessariamente que o segundo estaria acontecendo do mesmo jeito lá na sua origem.

Os sons das nebulosas

Uma das imagens mais famosas registradas por James Webb é a chamada Nebulosa do Anel Sul. E a mesma foi, agora, traduzida por sonificação pela NASA. Nesse caso, a luz infravermelho, por exemplo, foi representada por uma faixa mais alta, simulando a situação como se pudéssemos olhar diretamente para o Sol.

Já para a Nebulosa de Carina – uma região do universo formado por várias estrelas, sendo uma das maiores e mais brilhantes nebulosas -, em seu processo de sonificação, gás e poeira em tons de azul são representados por um som semelhante ao vento ou o movimento das hélices de drones, enquanto os tons avermelhados estão em uma composição mais clara e melódica. As luzes mais brilhantes na mesma imagem representam sons mais altos e, dependendo de onde elas estão estacionadas, a frequência também muda. E, por fim, as áreas mais escurecidas pela poeira são representadas por frequências mais baixas e notas mais claras e não distorcidas.

https://www.youtube.com/watch?v=W3rXqFIdWbA

Então, o que acha dessa maneira diferente de experimentar informações detalhadas obtidas pelo telescópio James Webb? Concorda que estamos no caminho certo de garantir que as Astronomia seja acessível a todos? Escreva nos comentários!


Fontes: Globo.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nota: Em setembro de 2023, a empresa austríaca Revo Foods lançou o primeiro salmão vegano feito em impressora 3D, feito com micoproteína de fungos, em supermercados europeus.

alimentos feitos em impressora 3D
Imagem divulgação Revo Foods GmbH, Canaltech, via Terra
alimentos feitos em impressora 3D
Imagem divulgação Revo Foods GmbH, Canaltech, via Terra

O produto, chamado “The Filet — Inspired by Salmon”, imita a textura do salmão, contém ácidos graxos ômega-3, é rico em proteínas e vitaminas, não contém açúcar, glúten ou colesterol. A iniciativa busca oferecer uma alternativa sustentável à indústria pesqueira, reduzindo as emissões de carbono e o uso de água potável. O filé vegano produz até 86% menos dióxido de carbono e 95% menos água potável do que o salmão orgânico.

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As impressoras 3D já são comercializadas há alguns anos. Mesmo assim, novidades no mercado aparecem todo dia para essa tecnologia. Depois do plástico e do metal, a próxima matéria-prima que abastece essas impressoras são os alimentos. Já são centenas de modelos capazes de imprimir, cozinhar e praticamente servir refeições inteiras.

Conheça agora alguns desses modelos de impressoras 3D para alimentos:

Foodini

Desenvolvida pela Nature Machine, a máquina Foodini busca reduzir o consumo de processados e facilitar a vida de seus clientes. Seu foco é a alimentação saudável a partir do uso de alimentos frescos como matéria-prima. Os ingredientes devem ser preparados previamente. “(…) basta carregar a massa e encher a Foodini, e a máquina imprimirá raviolis individuais para você.”, explica representante da empresa.

A Foodini é conectada à Internet e sua tela touch integrada fornece as opções de impressão. Cada receita vem com sua lista de ingredientes e com seu tempo de preparo. O cardápio é bastante variado. Aliás, segundo a fabricante, é possível imprimir diversos tipos de macarrão, hamburguers, pizzas, brownies e muitos outros pratos.

No site oficial da empresa, a impressora pode ser comprada por US$ 6.000,00 sem impostos.

impressoras 3D
Imagem reproduzida de Foodini Grid Gallery

Veja Também: De onde vem os alimentos distribuídos aos passageiros dos aviões?

Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)

Pesquisadores da renomada Universidade Norte Americana estão desenvolvendo um novo tipo de comida a partir da impressão 3D. O alimento produzido em formato plano reage com água quente para atingir seu formato final. Uma impressora 3D faz as marcações com tiras de celulose comestível sobre uma camada de gelatina. E a água quente é despejada e reage com o material modelando a refeição. Confira o vídeo:

O equipamento não tem planos para ser comercializado. Usado apenas para fins científicos, seu principal objetivo é economizar espaço para o transporte de alimentos.

Mmuse

Essa máquina é ideal para os apaixonados por chocolate. Aplicando a técnica de camada após camada, muito comum em impressoras 3D convencionais, esculturas de casas, monumentos e desenhos de chocolates podem ser criados.

Pedaços de chocolates devem ser depositados no recipiente próprio e o design desejado deve ser selecionado. O dispositivo imprime de 30 a 60 mm por segundo. Para quem tiver interesse, na China a máquina custa US$ 5.200,00 sem impostos.

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Pizza em segundos

Um ex-funcionário da empresa aeroespacial, SpaceX, se juntou a outros dois colegas para criar uma empresa de automação de alimentos. Dessa união surgiu uma máquina capaz de imprimir uma pizza em 45 segundos.

A massa deve ser pré-preparada para ser moldada pela máquina. Depois são adicionados os molhos e ingredientes. Por enquanto, apenas 10 ingredientes podem ser adicionados e já devem estar cortados. Todo o processo pode ser visto no vídeo a seguir:

Veja Também:


Fontes: NaturalMachines, TechTudo, Yahoo.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Graças às novas tecnologias e ao modo como interagimos hoje com ela, estamos realmente conseguindo criar coisas mais úteis para ofertar no mercado. Óbvio que ainda precisamos eliminar algumas barreiras desnecessárias nesse processo e, de fato, explorarmos mais toda a forma possível de interação com as máquinas. Quando isso realmente acontecer será incrível! Teremos novos trabalhos de design que não existiam antes, novos assistentes de tarefas, novas personalidades virtuais, e muito mais.

Aliás, sabe o que é design? Bem, a definição disso até que é bem simples! É o processo de moldar um artefato ou processo específico. Por isso, no inglês, por exemplo, as atividades de arquitetos e engenheiros são chamadas de ‘design’. E, a saber, o resultado do design muitas vezes é praticamente a tradução de limitações, necessidades, desejos, preferências, gostos e capacidades que temos, além dos recursos que nos são disponíveis no momento.

design de produtos | novas tecnologias
Imagem reproduzida de UNISUAM

As tecnologias do futuro que já estão impactando o mundo do design

Machine Learning

O design está cada dia mais automatizado. Tudo tem a ver com responder mais prontamente às expectativas dos clientes. E, nesse cenário, o Machine Learning está se tornando cada vez mais importante, sendo usado na maioria dos produtos digitais que usamos com frequência. E todos desejam uma resposta mais personalizada. Justamente essa é a aposta de empresas como Netflix e Amazon, que vem estabelecendo padrões que devem, certamente, inspirar o desenvolvimento de outros produtos no futuro – por exemplo, compreendendo melhor os gestos e biologias das pessoas, como também apresentando interfaces de voz.

Ciência de Dados

A ciência de dados ajuda os designers a aprenderem e compreenderem mais como os seus futuros clientes vão usar os produtos que projetam. Aliás, não existe hoje, sem dúvidas, qualquer produto digital que não seja baseado em analytics, como teste A/B ou o teste multivariado – muito estudadas pelos publicitários -, mostrando as interfaces com melhor desempenho para atingir o maior número de interações.

Inteligência Artificial

Parece, até agora, neste texto, que estamos dizendo que os designers serão substituídos por máquinas, o que é falso. Inclusive, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa NPR, a probabilidade das máquinas assumirem o design nos próximos 20 anos é de apenas 8,2%, uma taxa bem baixa em comparação com os 48,1% que ameaçam os desenvolvedores. É que a criatividade humana é mesmo muito difícil de ser superada. Mas até um designer digital precisará em algum momento lidar com trabalho repetitivo, como corrigir dezenas de formatos de banners ou gráficos de aplicativos. Daí uma ajudinha das máquinas vem a calhar! Enfim, voltamos para a questão da automatização!

design de produtos | novas tecnologias
Imagem reproduzida de Arquiteta, Design de Interiores e Decoração

Veja Também: Do design à simulação: o 3D como linguagem universal

O futuro reservado para os designers com o avanço das novas tecnologias

Especialistas afirmam que, no futuro, é provável que o papel dos designers e desenvolvedores seja semelhante. O profissional precisará ter muito conhecimento de tecnologia – e até de ética – para projetar explorando os dados apresentados pelos algoritmos. Melhor que sem depender cem por cento dela; até porque os recursos disponíveis podem também apresentar limitações em certos momentos, dentro dos limites da própria linguagem. Então, nesse momento, o seu conhecimento será um diferencial, preenchendo as lacunas.

Entenda que design não é apenas aquilo que está visível; o design é verdadeiramente como as coisas funcionam, do início ao fim! A Inteligência Artificial é a união perfeita com essa profissão, representando o potencial de colaboração com as máquinas – por algoritmos, sistemas, cognição, etc. Inclusive, designers de todas as indústrias serão fortalecidos por esta nova abordagem do mercado. E só ficará para trás se não conseguir se adaptar às inovações! Portanto, fique esperto!

design de produtos | novas tecnologias
Imagem reproduzida de UOL
design de produtos | novas tecnologias
Imagem reproduzida de Archtrends

Veja Também: Design Paramétrico: entenda tudo que está por trás do conceito desta nova tendência


Fontes: InfoQ, Blog Runrun It.

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Engenharia 360

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Já conhece a história do RMS Titanic, não é? Sim, trata-se do transatlântico que inspirou o romance vivido no cinema por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. O mesmo foi projetado no início do século passado por Thomas Andrews, e construído por Harland & Wolff, em 1909, na região de Belfast, no Reino Unido. O navio tinha 269 metros e pesava 52.310 toneladas. Na noite de 15 de abril de 1912, era operado pela empresa White Star Line. Mas antes de chegar ao seu destino, Nova York, bateu num iceberg e naufragou, levando consigo 1.517 almas.

Estudando os destroços do Titanic

Essa história ficou famosa por ser um possível caso de erro de leis e engenharia. Você tem a chance de saber mais sobre isso, além de conhecer detalhes especiais da arquitetura dessa embarcação, em um texto anterior que publicamos aqui, no Engenhara 360.

Desejamos focar hoje nas imagens que a ciência já captou dos destroços do Titanic, que se encontram há 3843 metros de profundidade e a 650 quilômetros a sudeste de Terra Nova, no Canadá. O cineasta James Cameron mostrou bastante disso em seu filme e, posteriormente, em um documentário especial gravado com especialistas, o OceanGate Expeditions, os primeiros vídeos da embarcação na alta qualidade 8K, mostrando detalhes nunca vistos desta lenda dos mares.

Titanic
Imagem reproduzida de F5 – UOL
Titanic
Imagem reproduzida de CNN Brasil

Uma das grandes revelações foi o nome do fabricante Noah Hingley & Sons Ltd. gravado na âncora a bombordo. É claro que os estudiosos já tinham conhecimento dessa informação, mas não tinham visto a comprovação em nenhuma imagem de projeto do Titanic. Também é possível ver nos vídeos a proa – onde o personagem de DiCaprio teria dado seu famoso grito “eu sou o rei do mundo” -, o casco número um, a âncora de bombordo, uma enorme corrente de âncora e mais.

Titanic
Imagem reproduzida de G1
Titanic
Imagem reproduzida de G1
Titanic
Imagem reproduzida de G1

Agora, sabe para que os especialistas usarão essas imagens de alta resolução? Bem, para aprimorar ainda mais suas análises sobre o avanço da deterioração da embarcação, identificação de espécies que hoje habitam dentro e ao redor do Titanic, e aumento do mapeamento do campo de destroços estudado por arqueólogos.

https://www.youtube.com/watch?v=x40SAJS2whY

Fontes: Revista Monet.

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A Intersolar é a maior feira da América do Sul voltada para o setor de energia fotovoltaica. Realizada no Expo Center Norte, em São Paulo, entre os dias 23 a 25 de agosto de 2022, o evento contou com mais de 380 empresas expositoras e mais de 35 apresentações, minicursos e eventos paralelos.

Em 2022, houve ainda a inclusão do congresso ees South America no portfólio da feira. Os temas abordaram o futuro da energia renovável, geração centralizada (CG), inovações para o armazenamento de energia e financiamentos para o setor.

Troca de Conhecimento

A Intersolar reservou os pavilhões vermelho, verde e branco do Expo Center Norte que, segundo o site do centro de convenções, totaliza mais de 53 mil metros quadrados. Toda essa estrutura serviu para acomodar as mais de 380 empresas expositoras e todos os visitantes e congressistas – que, em 2019, já reuniram 26.600 pessoas.

A troca de informações e demonstrações das novas tecnologias são chamativas para todos os visitantes. Na Intersolar de 2022, empresas renomadas no setor de energia solar puderam mostrar um pouco dos seus avanços – Solis, Risen, BYD, Hauwei são alguns exemplos presentes na feira.

Veja Também: Energia Solar passa a ser a terceira maior fonte da matriz elétrica brasileira

Congressos

A entrada para exposição era franca para quem se inscrever até o primeiro dia do evento ou R$30,00 na porta. Para quem quisesse acompanhar os congressos o investimento era maior – a partir de R$1800,00 o congressista tinha acesso a diversas palestras.

Segundo o site do evento, os Congressos Intersolar “(…) viabilizam plataformas para que os setores fotovoltaico e energético troquem informações e compartilhem estratégias. Juntamente com os palestrantes, congressistas e parceiros, nossos eventos ajudam a desenhar a matriz energética do futuro. Especialistas internacionais discutem tendências tecnológicas e a evolução do mercado, bem como novos modelos de negócios e soluções de financiamento.”.

A saber, a troca de contatos e o networking funcionaram muito bem nesses espaços.

Veja Também: Produção de energia solar no Brasil cresce expressivamente em 2022

Encontrar clientes

Além das grandes empresas que já possuem reconhecimento no setor solar, os pequenos empreendedores puderam compartilhar seus serviços e produtos com possíveis clientes. A feira atraiu não apenas empresários e grandes investidores, mas também curiosos que querem diminuir suas contas de energia.

Dessa forma, quem conseguiu atrair a atenção dos visitantes ganhou um possível cliente.


Fontes: InterSolar, ExpoCenterNorte.

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Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Quando realizamos uma viagem de avião, mesmo que seja um trajeto curto, dentro do território nacional, sempre ganhamos algum lanchinho. Em rotas mais longas, os passageiros recebem café da manhã, almoço e jantar. Mas será que são os comissários de voo que preparam essas refeições? Claro que não! Algumas classes de aviões possuem ilha bar, mas, mesmo assim, todas aquelas bandejas de alimentos ou pratos bem elaborados são produzidos fora, em ambiente industrial. Saiba mais no texto a seguir!

O passo a passo da fabricação das refeições consumidas nos aviões

Inicialmente, os alimentos que consumimos nos aviões tem a origem como qualquer alimento que encontramos à venda em um supermercado ou restaurante. Contudo, o preparo final é que tem um complexo processo, incluindo de armazenagem e logística, que é sempre algo realizado por grandes empresas e milhares de profissionais. E pode ter certeza que o resultado de um serviço bem feito nesta etapa acaba impactando a imagem ou reputação de uma companhia aérea no fim das contas. E diante deste nicho tão competitivo de mercado, errar não é aceitável!

alimentos de aviões
Imagem reproduzida de Blog Tudo Gostoso

Preparo dos alimentos

Uma estratégia adotada por várias empresas para se destacar é oferecer, sobretudo para os clientes nível “gold”, menus assinados por chefs renomados. Toda a história começa com os alimentos perecíveis sendo armazenados em câmaras frias, separados de acordo com uma tabela nutricional, mostrando até mesmo quais itens os consumidores podem apresentar restrições. E dento da cozinha industrial, as prateleiras são divididas em cores indicando para qual companhia aérea os pratos são destinados.

Queijos e outros alimentos, por exemplo, são transferidos logo que chegam dos distribuidores para recipientes plásticos especiais e destinados às áreas frias, cuja temperatura é mantida muito baixa para evitar a proliferação de bactérias – que naturalmente estão presentes em tudo que comemos. Já durante o cozimento, nada fica nas panelas ou fornos fica menos de 63ºC, senão o efeito é nulo. Os ingredientes são devidamente separados nas estações, que já têm as louças e os trolleys cedidos pelas companhias. A etapa seguinte é montar os pratos que vão para as bandejas, como aquelas que recebemos nos aviões.

alimentos de aviões
Imagem reproduzida de Melhores Destinos
alimentos de aviões
Imagem reproduzida de Melhores Destinos
alimentos de aviões
Imagem reproduzida de Melhores Destinos

Carregamento da aeronave

Se um voo sai à noite, seus trolleys são montados ainda antes da hora do almoço, reservados depois numa área de espera bastante gelada. Pratos e talheres são cedidos pelas companhias; eles são separados e organizados conforme o estilo de cada empresa, após esterilizados. Ao chegar, os trolleys são lavados em lava-louças de tamanho gigantesco, com água a 90ºC, e alocados para uma área específica – chamada de “contaminada” – antes de seguir para a linha de produção. Antes deles seguirem para a aeronave, são checados por um fiscal de embarque, que averiguar as condições e lacra cada um. A próxima parada é tipo um estacionamento de trolleys, separados por companhias aéreas.

Na fase final, os trolleys são levados para um caminhão. Chegando na pista, o contêiner é içado até a altura da aeronave para carregá-la. E tem vários procedimentos que devem ser seguidos nesse momento, inclusive para não danificar a aeronave, como bater e danificar a porta ou a asa. Se algo acontecer, é a empresa parceira, fabricante das refeições, que deverá arcar com os custos de reparo do avião, fora o tempo de pista, relocação de passageiros e mais. Por isso mesmo é que o cuidado precisa ser redobrado até o fim.

alimentos de aviões
Imagem reproduzida de Melhores Destinos
alimentos de aviões
Imagem reproduzida de Melhores Destinos

Veja Também: Cultivo indoor: o método contemporâneo em potencial para a produção de alimentos

A fazenda modelo da Emirates Crop One

A empresa Emirates Crop One, líder no setor de agricultura vertical interna orientada por tecnologia – atendendo hoje mais de 100 companhias aéreas, como a Emirates -, estreou recentemente a maior fazenda hidropônica do mundo, a Bustanica. A mesma está localizada perto do Aeroporto Internacional Al Maktoum, no Dubai World Central, tendo mais de 30 mil metros quadrados de área. Dentro desse espaço, a previsão é que possam ser produzidos um milhão de quilos de folhas verdes de alta qualidade por ano, como alface e rúcula.

O destaque dessa fazenda é que seu sistema – que utilizada inteligência artificial e métodos avançados – exige quase que 95% menos de água do que seria usado na agricultura convencional, ainda assim garantindo um produto fresco e limpo. Claro que além da estrutura, a Bustanica conta com especialistas em agronomia, engenheiros, horticultores e cientistas de plantas. Eles é que conseguem orientar, por exemplo, como cultivar sem pesticidas, herbicidas ou produtos químicos. Dentro desse conceito, a Bustanica pretende expandir a sua produção e venda de frutas e legumes.

fazenda vertical
Imagem reproduzida de Portal AirConnected

“A Emirates Flight Catering investe constantemente nas mais recentes tecnologias para encantar os clientes, otimizar as operações e minimizar nossa pegada ambiental. A Bustanica ajuda a proteger nossa cadeia de suprimentos e garante que nossos clientes possam desfrutar de produtos nutritivos de origem local.”, “Ao aproximar a produção do consumo, estamos reduzindo a jornada alimentar do campo ao garfo.” – Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, presidente e executivo-chefe da companhia aérea e do Grupo Emirates, em reportagem de AEROIN.

fazenda vertical
Imagem reproduzida de Metrópoles
fazenda vertical
Imagem reproduzida de Gulf News

Veja Também: Biotecnologias: cursar Engenharia Genética ou Engenharia de Alimentos?


Fontes: AEROIN, Nexo Jornal, Viaje bi!.

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Engenharia 360

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Entre os dias 2 e 11 de setembro, o Rio de Janeiro receberá mais uma vez um dos maiores festivais de músicas do mundo, o Rock in Rio. São aguardadas 700 mil pessoas. Então, imagina como é complexo fazer o controle de segurança de toda essa gente. Pois foi justamente pensando nisso que os organizadores do evento resolveram pedir uma ajudinha extra. E olha quem veio ajudar! É o Yellow, o cão-robô mega tecnológico que apresentamos no texto a seguir!

Rock in Rio 2022
Imagem reproduzida de Estadão

Veja Também:

O cão-robô policial do Rock in Rio

O cão-robô Yellow já é um super sucesso nas redes sociais. Ele é comparado com o equipamento de segurança visto no episódio “Metalhead” da quarta temporada da série “Black Mirror”. O curioso é que, nesse caso, não estamos vendo o lado negativo, mas o positivo que da Tecnologia e Inovação.

Rock in Rio 2022
Imagem reproduzida de Tenho Mais Discos Que Amigos!

Entenda, pela lista a seguir, como será a sua atuação no Rock in Rio 2022:

  • Tem compatibilidade com 5G.
  • Pode ser conectado à internet e sistema de central – que também contará com radares perimetrais, câmeras de segurança, câmeras noturnas, câmeras térmicas, drones e câmeras corporais de agentes -, informando sobre possíveis eventos suspeitos ao seu redor.
  • E seus movimentos e design permitem movimentos ágeis, sem colocar em risco os participantes do festival.

A saber, o Yellow foi testado anteriormente no Rock in Rio Lisboa. E por aqui, acha que essa tecnologia dará certo? Escreva nos comentários!


Fontes: Olhar Digital.

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Hoje, a Ford Brasil possui o desenvolvimento de tecnologia e inteligência automotiva como um dos pilares do seu negócio. Para atingir seus objetivos e inovar no setor, a empresa ampliou o Centro de Desenvolvimento e Tecnologia com sede na Bahia e unidades espalhadas pelo Brasil.

Uma das principais unidades é a de Tatuí, interior de São Paulo. Equipado para testar e levar os veículos ao extremo, o Centro possui posição estratégica nesse processo. O Engenheria 360 pôde conhecer cada laboratório nos detalhes e pistas de teste. Veja como foi a nossa experiência!

Centro de Desenvolvimento e Tecnologia em Tatuí

Criado há mais de quarenta anos, o Centro de Tatuí é equipado com laboratórios de pontas e pistas de testes que atendem a padrões e exigências mundiais. Está localizado no interior paulista e suas atividades vão desde testes até validações e homologações dos modelos de veículos da frota atual.

O elevado nível de digitalização e sensoriamento das pistas e laboratórios permite aos engenheiros da Ford, um levantamento de dados e diagnósticos para melhorar cada vez mais seus veículos. “A Ford é a única empresa da América Latina a contar com uma estrutura completa para desenvolvimento e testes automotivos integrada a um time de engenharia local com capacidade para desenvolver veículos globais.”, comentou Alex Machado, diretor de Desenvolvimento da Ford América do Sul.

Ford
Imagem: Jonatan Sarmento/Quatro Rodas

Com a recente expansão, a área de desenvolvimento de produto da Ford conta com 1500 funcionários com a expectativa de gerar uma receita de R$500 milhões em 2022 com a exportação de serviços de Engenharia para mercados globais. Além disso, a empresa enxergou no seu Centro de Desenvolvimento uma oportunidade de negócio e hoje presta serviços para outras empresas que queiram utilizar todo esse espaço de testes.

Estrutura Completa

O Centro de Desenvolvimento e Tecnologia de Tatuí é uma dos sete da Ford no mundo, ao lado dos existentes nos Estados Unidos, Europa, Austrália e China. Sua estrutura de padrão mundial simula terrenos e pistas não só do Brasil, mas como de outras regiões. Dessa forma a tecnologia desenvolvida lá pode ser exportada para todo o planeta.

São 40 km de pistas de terra e 20 km de pistas pavimentadas que incluem áreas de alta e baixa velocidade com diferentes tipos de pisos – areia, cascalho, pedras e lama. São realizados mais de 440 tipos de testes como avaliação de durabilidade, calibração, desempenho e segurança, além de homologação.

Os laboratórios de emissões, desmontagem e análise de peças, dinamômetro de motores, vibro acústico e simulador de estradas são equipados para realizar mais de 400 testes, sempre atendendo todas as normas nacionais e regionais.

Investimentos para o futuro

A Ford anunciou investimentos globais em eletrificação de US$ 50 bilhões até 2026 e projeta que 50% das suas vendas sejam de veículos elétricos até 2030. Ao mesmo tempo, desenvolve uma série de iniciativas para garantir o suprimento de baterias e matérias-primas, com uma meta de produção global de mais de 2 milhões de veículos elétricos por ano até 2026.

Nossa experiência

O Engenharia 360 foi convidado para acompanhar alguns dos testes realizados no Centro de Tatuí. Foram eles: velocidade e potência com Mustang Mach 1, resistência e durabilidade da Ranger e Bronco, apresentação dos laboratórios acústicos, dinamômetros e de combustível, e testes das tecnologias semiautônomas. Confira cada um deles:

  • Mustang Mach 1

O Mach 1 é o atual modelo da série Mustang. São 483 cv e 7250 rpm de potência em um motor V8 apenas a gasolina. Dentro do Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford essa máquina é levada ao extremo nas pistas de velocidade, onde pudemos dar uma volta acompanhados de um piloto que conseguia dar explicações técnicas do veículo enquanto pilotava a 250 km/h.

  • Ranger

O teste da Ranger foi de resistência e durabilidade em terrenos inóspitos. Trechos de muita lama e até poças de água quase na altura do vidro não foram problemas para essa máquina. Veja algumas imagens:

  • Bronco

Os testes com a Bronco foram simulações de estradas e avenidas recheadas de curvas, elevações e ladeiras. Seus controles de tração são os diferenciais para terrenos com areia e asfalto molhado.

  • Laboratórios

O Centro de Desenvolvimento e Tecnologia de Tatuí possui os mais completos laboratórios. Emissão de CO2, autonomia com gasolina ou álcool, potência, acústica e suspensão são alguns parâmetros testados neste Centro.

  • Veículos semiautônomos

Um dos testes mais interessantes foi com veículos semi autônomos. O primeiro deles é a frenagem automática da Ranger que detecta objetos na pista e feia o carro a fim de evitar acidentes. O segundo deles foi a Bronco com sistema piloto 100% automático que imitava, a partir de GPS e sensores, o trajeto feito anteriormente pelo piloto.

  • Surpresa

No final da visita, fomos surpreendidos com o suposto novo modelo do Mustang Mach E – 100% elétrico. Além dele, conhecemos a nova VAN E Transit.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Nota: Cientistas encontraram sinais da maior tempestade solar já registrada em anéis de árvores subfósseis nos Alpes Franceses, ocorrida há 14,3 mil anos. Essa tempestade foi pior que o famoso Evento de Carrington de 1859. A análise dos anéis revelou um aumento significativo nos níveis de radiocarbono, sugerindo que essa tempestade solar histórica pode ter injetado partículas energéticas na atmosfera.

Essas descobertas alertam para os riscos das tempestades solares extremas, que podem causar apagões e danos a satélites. A tempestade de 14,3 mil anos superou até os Eventos Miyake e o Evento de Carrington, destacando a importância de entender e prevenir esses eventos solares.

tempestade geomagnética
Imagem reproduzida de Olhar Digital

Imagine o seguinte: você acorda e o mundo está um caos; não há mais sinal de Internet ou telefonia, por isso não se consegue mais sacar dinheiro, realizar operações de compras, ter notícias de pessoas que moram distante de nós, e mais. Vamos piorar a perspectiva? Neste cenário não é mais possível tocar as operações das fábricas ou mesmo a lida nas plantações de lavouras. Com medo de que logo falte alimento dentro de casa, as pessoas começam a realizar arrastões em lojas. Vizinhos discutem e carros batem nas esquinas, cujos semáforos já não funcionam mais.

Sabe o que pode ter acontecido? Uma tempestade geomagnética ou tempestade solar. Já ouviu falar? Explicamos um no texto a seguir. Confira!

O que é tempestade geomagnética ou solar?

Para a ciência, tempestade geomagnética ou solar é quando há uma explosão de partículas eletricamente carregadas da superfície do sol. Elas partem do núcleo da estrela com grande energia – uma reação de fusão nuclear, liberando prótons e elétrons -, formando massa corporal, vento solar e erupção solar em um grande campo magnético. As explosões decorrentes – que geralmente acontecem num período chamado de “máximo solar”, a cada onze anos – podem atingir corpos celestes ao redor, incluindo os planetas. Mas, pense bem, o que será que isso provoca?

tempestade geomagnética
Imagem reproduzida de Infobae
tempestade geomagnética
Imagem reproduzida de HypeScience

Veja Também: Machine learning pode prever se tempestades causarão queda de energia

Quais os possíveis efeitos das tempestades geomagnéticas?

Blecautes de longa duração das redes elétricas, de comunicação e estações do gênero; destruição de satélites artificiais; interferência nos serviços de telefonia e rádio de alta frequência; danificações de objetos eletroeletrônicos; e mais. É isso que pode acontecer se o nosso planeta for atingido pela radiação de uma tempestade geomagnética ou solar. No céu, veríamos como um espetáculo comparado com auroras boreais e austrais. Ou seja, visualmente espetacular, mas terrivelmente danoso para o mundo como conhecemos; nossa sociedade mergulharia no caos. E em poucas horas poderia ser o nosso fim!

Então, resumindo, as tempestades geomagnéticas ou solares seriam uma catástrofe para a Internet global. Sim, seria possível em poucos dias restabelecer a eletricidade. Porém, até lá, pense na confusão, com países inteiros isolados por este tempo considerável. Parte dos problemas vão ser evitados a medida que nós ampliarmos as estações de fibra óticas regionais. Mesmo assim, os cabos oceânicos estariam muito vulneráveis, assim como os satélites como do projeto Starlink, além dos sistemas de GPS e observações espaciais. Portanto, de qualquer forma, a situação seria muito preocupante!

tempestade geomagnética
Imagem reproduzida de MetSul Meteorologia

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Inteligência artificial na previsão do tempo: algoritmo detecta formação de nuvens que levam a tempestades

Momentos em que a humanidade foi impactada por tempestades geomagnéticas

Essa preocupação com as tempestades geomagnéticas ou solares se intensificou durante a pandemia. As pessoas passaram a dar ainda mais importância aos benefícios que a Internet lhes proporciona e se perguntaram se o mundo está preparado para um evento cósmico desses. Bem, de fato, parece que não há protocolos eficientes que nos orientem sobre como lidar com problemas assim de forma rápida e eficiente. E ainda precisamos comentar que muitos governos se quer já discutiram sobre resiliência da Internet.

tempestade geomagnética
Imagem reproduzida de Plu7

Os casos listados a seguir ensinam que estamos mais vulneráveis às tempestades geomagnéticas ou solares do que imaginávamos.

  • Eventos Carrington (1859): agulhas das bússolas ficaram girando descontroladamente depois que uma tempestade solar afetou o campo magnético da Terra. Na ocasião, telegrafistas receberam choques elétricos, e alguns postes produziram faíscas devido à descarga generalizada. E auroras polares puderam ser vistas de muitos lugares mais ao sul da Europa e América do Norte.
  • Três dias de escuridão (1929): a Estação Grand Central de Nova York ficou pegou fogo, derrubando a rede de telégrafos da cidade, depois de uma tempestade solar com três dias de duração.
  • O Grande Apagão do Canadá (1989): partículas liberadas na tempestade solar deste ano geraram um espetáculo de luzes no céu do Hemisfério Norte, mas também deixou milhares de pessoas em regiões como Quebec sem eletricidade durante horas e tirou do ar a comunicação via rádio da região.
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Imagem reproduzida de greenMe Brasil

Os cientistas apontam que, depois de mais de 30 anos sem um evento majoritário, é provável que um deles esteja em vias de ocorrer nos próximos anos. Tomara que eles estejam errados!

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Fontes: Ecycle, Olhar Digital.

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