Rainha Elizabeth II e o caso de Aberfan, uma catástrofe geotécnica
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de Aventuras na História – UOL
Em 21 de outubro de 1966, o mundo ficou em choque por conta do colapso de uma mina de carvão na vila de Aberfan, perto de Merthyr Tydfil, no País de Gales – um dos territórios de responsabilidade da Rainha Elizabeth II -, considerado como uma das maiores catástrofes de Engenharia na Europa. 116 crianças e 28 adultos morreram no local. Nas horas e dias seguintes, membros da família real visitaram a zona de busca por sobreviventes, incluindo o Príncipe Philip. Mas a Rainha levou ainda mais tempo, algo que ela sempre admitiu arrependimento.
Imagem reproduzida de The Guardian
Imagem reproduzida de Aventuras na História – UOL
O que pode ter causado o desastre de Aberfan?
A vila de Aberfan era basicamente movimentada, desde 1869, pela extração de carvão. Ela chegou, em determinado período, a ter mais de 600 minas ativas. Naquele dia de 1966, depois de uma chuva intensa, um grande acúmulo de água empurrou os rejeitos de rocha e xisto do terreno de uma dessas minas, a de número 7. Tudo escorregou de repente e em alta velocidade ladeira abaixo. Foram 40 mil m³ de escombros que cobriram parte da aldeia em questão de minutos, incluindo as salas de aula da Escola Primária do Condado de Pantglas, onde estavam jovens, crianças e professores.
Imagem reproduzida de History
Imagem reproduzida de Blog da Engenharia
Imagem reproduzida de The Week UK
Imagem reproduzida de Aventuras na História – UOL
Imagem reproduzida de ITV Hub
Conclusões das investigações
Ninguém conseguiu ser avisado do que estava acontecendo devido a um roubo de cabo de telefone. E as investigações ainda concluíram que, mesmo assim, o deslizamento aconteceu tão rápido que um telefonema avisando sobre o deslizamento não teria dado tempo de salvar as vidas da avalanche. Lamentavelmente, essa tragédia foi anunciada. Os moradores da vila já haviam alertado sobre essa possibilidade de instabilidade do solo, mas as autoridades do governo do país e do reino nada fizeram.
A polícia, mais tarde, depois de ouvir testemunhas e especialistas, determinou que as causas do acidente eram mesmo as condições geológicas impróprias. Tudo isso pode ser lido em um documento oficial, que ainda ressalta a responsabilidade do Conselho Nacional do Carvão, punido criminalmente e obrigado a indenizar as famílias. Porém, levou ainda três anos para que fosse aprovada uma lei para garantir a segurança das pessoas que viviam próximas de minas e pedreiras.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de Aventuras na História
No ano de 2011, o governo do Reino Unido lançou o The Queen Elizabeth Prize for Engineering, ou Prêmio de Engenharia Rainha Elizabeth. O objetivo é premiar profissionais ou equipes de profissionais – no máximo 3 pessoas – da área da Engenharia cujo trabalho se destacasse em termos de inovação que tenha beneficiado, de algum modo, a humanidade, como ajudando no avanço da aplicação positiva do conhecimento de Engenharia. Os laureados – que podem ser de qualquer nacionalidade – devem receber, junto do prêmio, em nome da rainha, uma importante quantia de dinheiro em libras esterlinas.
A ideia para a criação do prêmio partiu de um grupo suprapartidário da Inglaterra. E, hoje, ele é administrado por uma companhia filantrópica, a Fundação Prêmio Rainha Elizabeth, com sede no País de Gales. Na última década, foi presidido pelo presidente da Royal Academy of Engineering, o presidente da Royal Society e o presidente da Lone Pine Capital, tendo como consultor o assessor científico chefe do governo britânico. São empresas que contribuem: Sony, Siemens, Toshiba, Jaguar, entre outras.
Imagem reproduzida de ERM MACEDO LDA – ANGOLA POWER SERVICES
Quem pode receber esse prêmio?
São critérios para julgamento de trabalhos para seleção do Prêmio de Engenharia Rainha Elizabeth:
demonstrar avanço excepcional de Engenharia;
provar que produziu algum benefício público tangível e difundido;
salvar vidas ou transformar culturas, inspirando e educando ou ajudando a enfrentar os desafios globais;
fazer sentido no dia-a-dia;
dentre outras informações adicionais.
Imagem reproduzida de Queen Elizabeth Prize for Engineering
Qual a importância de se receber o prêmio?
Saiba que somente a nomeação para o Prêmio de Engenharia Rainha Elizabeth já é muito bem valorizado por academias de Engenharia e Ciência, universidades, organizações de pesquisa e companhias de todo o mundo. Então, os contemplados ganham uma inestimável publicidade positiva de si. Seria um imenso enriquecimento de currículo, ajudando a abrir inúmeras portas no mercado acadêmico e de trabalho.
Imagem reproduzida de Blog_Real – O Blog das Monarquias – SAPO
Quem já recebeu o Prêmio de Engenharia Rainha Elizabeth?
Até agora, houve duas cerimônias de entregas do Prêmio de Engenharia Rainha Elizabeth, uma em 2013 e outra em 2015. O prêmio inaugural, com a presença da Princesa Ana, na Royal Academy of Engineering, foi concedido a uma equipe de cinco engenheiros que criaram a Internet e a World Wide Web. Neste ano, os laureados foram:
Robert Kahn, Vint Cerf e Louis Pouzin, por suas contribuições aos protocolos que formam a arquitetura fundamental da Internet,
Tim Berners-Lee, pela criação da World Wide Web, e
Marc Andreessen, pelo Mosaic.
Já em 2015, o anúncio foi feito na presença da Sua Alteza Real, o Príncipe Andrew. O laureado foi:
Robert Langer, por seu trabalho em liberação controlada de grande moléculas produtoras de drogas.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Hotel voador movido à energia nuclear: você se hospedaria?
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de UOL
O engenheiro iemenita Hashem Al-Ghaili é bastante famoso na Internet. Ele tem 30 milhões de seguidores só no Facebook, mais 310 mil no Instagram. É dele o vídeo conceitual do projeto Sky Cruise, um possível hotel voador inspirado no design futurista do artista Alexander Tujicov e no anime “Castle in the Sky”, do Studio Ghibli, que seria movido à energia nuclear e poderia, assim, ficar anos vagando no céu. É claro que essa história acabou virando uma sensação na web. Saiba mais no texto a seguir!
O projeto Sky Cruise
Hashem parece realmente fascinado com essa história de enormes navios voadores. Para o Sky Cruise, ele pensou em algo como uma estrutura capaz de receber cerca de 5 mil pessoas, com direto a instalações recreativas, como lojas, cinemas e piscinas. E é claro que haveria também plataformas de pouso para os aviões comerciais elétricos e jatos particulares que levariam os hóspedes até o ponto onde a aeronave estivesse no céu.
Imagem reproduzida de Agência Santarém
Imagem reproduzida de Entretanto
Imagem reproduzida de DNA India
Para o Sky Cruise decolar, seria preciso uma enorme pista. Só que, em termos burocráticos, seria preciso realizar algumas mudanças nos protocolos de navegação aérea mundial – até mesmo para garantir que outro tráfego aéreo saia do seu caminho. E, já no ar, a nave funcionaria com energia de fusão nuclear limpa. Bem, mas será mesmo? Alguns questionam essa teoria. Saiba o porquê no tópico seguinte!
Imagem reproduzida de AEROIN
“(…) imaginei um mundo onde voar de um lugar para outro se transformasse em uma experiência alegre, em vez de lutar por espaço para as pernas.” – Hashem Al-Ghaili, em reportagem de CNN.
Imagem reproduzida de DNA India
As falhas do projeto de Hashem
Antes de tudo, é preciso dizer que a tal energia de fusão nuclear limpa simplesmente não existe na atualidade. E mesmo que existisse, como o próprio Hashem afirma, seria preciso uma enorme mudança na infraestrutura do setor de aviação mundial. Mas o engenheiro diz que tudo é uma questão de tempo para que a ideia do Sky Cruise se torne realidade.
Imagem reproduzida de Entretanto
Imagem reproduzida de TecMasters
Acontece que alguns especialistas afirmam que, mesmo que a energia nuclear fosse estudada para este fim, não daria certo, pois a aeronave não suportaria a própria ação física da gravidade, sendo um conceito muito além da tecnologia atual. Outros até mesmo ressaltam que ninguém aprovaria a ideia de um hotel com reator nuclear ao ar. E tem quem analisa ainda detalhes menores, sobre como manter a água na piscina durante a decolagem.
Bem, uma coisa é certa, fantasiar não é pecado. Ideias de vanguarda já transformaram o mundo; e previsões de que um invento dará errado nem sempre se cumprem. Será que não estamos diante de uma nova experiência de voar? Ou seja, podemos ainda nos surpreender e, um dia, ver o Sky Cruise no ar. O que você acha? Escreva sua opinião na aba de comentários logo abaixo!
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Sólido, líquido, líquido e gasoso: a “nova” quarta fase da água descoberta por cientistas
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de Trust My Science
Quando estamos na escola, aprendemos que a água é encontrada em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso – correspondendo ao próprio movimento da água na natureza e suas transformações. Acontece que a coisa pode não ser tão simples assim. Novas evidências apresentadas por diferentes pesquisadores apontam que a água pode ter, na verdade, duas fases líquidas diferentes. E essa teoria foi, agora, reforçada por dados coletados em experimentos científicos. Veja a seguir!
Fases da água | Imagem reproduzida de Centro de Innovación Educativa Regional-Sur
As primeiras análises
Em 1992, pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, realizaram alguns experimentos com ajuda de computador para analisar melhor as mudanças de fases da água. Eles trabalhavam com arranjos moleculares distintos sob baixas temperaturas. E o que eles descobriram foi que, antes da solidificação, haveria outra transição de fase, líquido-líquido – um de baixa e outro de alta intensidade. Acontece que, naquele momento, não foi possível afirmar se isso era mesmo verdade devido às condições de temperatura escolhidas para os testes.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e da Universidade Sapienza de Roma, na Itália, experimentaram realizar juntos as simulações outra vez, agora em um nível microscópico mais apurado, em modelo coloidal. Os resultados do estudo foram publicados na Revista Nature Physics. O texto conta que foi descoberto que as moléculas de água no líquido de alta densidade formam arranjos em um desenho tipo trança de cabelo, considerados “topologicamente complexos”. Já as moléculas no líquido de baixa densidade formam principalmente anéis simples e, portanto, as moléculas nesse líquido são “desembaraçadas”.
Os colóides utilizados – como leite, iogurte, tinta, geleia, e mais – ajudaram a entender o movimento das partículas de água e os possíveis fenômenos físicos que ela sofre, mesmo que em escalas de comprimento atômico e molecular muito menores. E esse modelo de experimento, de acordo com os cientistas, poderia ser replicado para outros testes, na tentativa de validar outras teorias físicas sobre os líquidos, como o silício.
Imagem reproduzida de Site Inovação Tecnológica
Lembra do filme Twister, quando os cientistas propõem usar sensores em pequenas cápsulas redondas coloridas para alimentar a base de dados de um softwares com informações sobre o movimento dos tornados? É algo parecido! Seria possível analisar melhor, por exemplo, como a massa de um concreto ou asfalto reagiria no processo de secagem em dias mais quentes, ou frios. Pense bem, as possibilidades podem ser infinitas!
“Sonhe como seria lindo se pudéssemos olhar dentro do líquido e observar a dança das moléculas de água, a forma como elas piscam e como elas trocam de parceiros, reestruturando a rede de ligações de hidrogênio.”, “A realização do modelo coloidal para a água que propomos pode tornar esse sonho realidade.” – Francesco Sciortino, professor da Universidade Sapienza, em reportagem de Globo.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Horário de Verão: entenda porque o governo brasileiro encerrou e estuda retomá-lo
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de economiasc
Mais uma vez, os brasileiros estão discutindo sobre o horário de verão. Mas saiba que esta prática não é apenas nossa. Diversos países também adotam o sistema pensando no aproveitamento da luz solar e, ao mesmo tempo, na redução do consumo de energia elétrica. Isso, por sua vez, mexe demais com os hábitos e rotinas das pessoas. Alguns gostam e outros não, o que sempre gera intensos debates – sobretudo entre os estudiosos e a população. Então, será que há mesmo benefícios no horário de verão? Veja no texto a seguir!
Imagem reproduzida de O Globo
Quando surgiu o horário de verão?
Estados Unidos
Não se sabe ao certo quando o horário de verão foi estipulado pela primeira vez. Alguns acreditam que o primeiro governante que mencionou a adoção do mesmo foi Benjamim Franklin, nos Estados Unidos, em 1874. Ele percebeu que, em algumas localidades do país, o sol nascia antes do despertar das pessoas. Então, elas poderiam acordar mais cedo e aproveitar melhor o luz do sol para realizar as suas atividades. Isso, naquela época, faria reduzir o consumo de velas, depois de energia elétrica dos equipamentos ligados quando a iluminação noturna era acionada.
Imagem reproduzida de El Hombre
Europa
Na Europa, em países como Alemanha e França, o horário de verão foi adotado pela primeira vez durante o período da Primeira Guerra Mundial. Com o fim da guerra, muitos países deixaram de adotar o horário de verão. Mas, durante a década de 70, o horário de verão foi adotado novamente, como resposta à crise energética vivida naquele período.
Imagem reproduzida de BuzzFeed
Brasil
Já aqui, no Brasil, o horário de verão foi instituído em 1931, durante o governo de Getúlio Vergas, por meio do Decreto nº. 20.466. A ideia era que as pessoas reduzissem o uso de lâmpadas, chuveiros e outros aparelhos elétricos no período do dia. Mas isso foi logo revogado, em 1933; retomado só de 1949 a 1953, de 1963 a 1968, e de 1985 até 2019. Nem todos os estados adoraram a regra nesses anos. A explicação era de que o horário de verão é mais eficiente nas regiões mais distantes da linha do Equador, ou seja, Sudeste, Centro-Oeste e Sul, visto que há uma maior diferença de luminosidade do dia entre as estações de verão e inverno.
Imagem reproduzida de Acervo O GLOBO
Por que o horário de verão foi extinto no governo atual?
Sabemos que, hoje em dia, nossa rotina pessoal e profissional está diferente. Por exemplo, usamos aparelhos mais econômicos, como as lâmpadas de LED. E, pensando bem, equipamentos como ar-condicionado são ligados hoje em plena luz do dia. Novos modelos de trabalho fazem as pessoas ligarem computadores e mais em horários aleatórios, sem uma regra. Então, redução do consumo de energia praticamente deixou de existir.
Em 2019, o governo avaliou qual medida serviria para a economia de energia naquele momento. Houve uma avaliação técnica do ponto de vista do setor elétrico. Só que, de lá para cá, houve a pandemia e mais. Outra vez, a economia do país ficou bastante abalada, como em muitos momentos da história. Acabou que se teve uma mudança no perfil de geração e de consumo de energia. E pode ser que, agora, de novo, o horário de verão faça sentido para a geração de economia.
Imagem reproduzida de Conservadorismo do Brasil
Como o governo avalia a volta do horário de verão no Brasil?
Então, a volta do horário de verão no Brasil em 2022 é uma possibilidade, sim! Essa discussão começou entre o Palácio do Planalto, o Ministério de Minas e Energia e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ambas as entidades vêm realizando estudos, pesquisas e avaliações técnicas das medidas possíveis, de acordo com o contexto energético vigente. Porém, o foco é a segurança energética e a modicidade tarifária ao consumidor brasileiro.
O retorno do horário de verão agora pode acontecer, pois, nos últimos anos, houve um aumento significativo na geração de energia solar. A explicação dos técnicos é de que, com isso, a correlação entre carga e consumo também teria se alterado. Diante desse cenário, ter essa mudança representaria um aumento no uso desse tipo de energia em um horário maior de consumo, o que reduziria a pressão por outras fontes, que impacta nossos reservatórios e hidrelétricas.
Imagem reproduzida de Meio Norte
A saber, em caso de retorno, o horário de verão seria implementado para os seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Em seus mais de 400 anos, as cidades de São Luís e Vitória continuam encantando os brasileiros
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de KAYAK
Neste dia 8 de setembro, duas importantes cidades capitais do nosso país fazem aniversário: São Luís e Vitória. Ambas compartilham algo em comum na sua história, elas foram invadidas por europeus e ocupadas, em determinado momento, por portugueses. Então, depois de 400 anos, como será que está a sua paisagem urbana? Veja no artigo a seguir!
As duas cidades capitais do Brasil em aniversário
São Luís, no Maranhão (410 anos)
A capital do estado do Maranhão, São Luís, foi oficialmente fundada no ano de 1612, quando franceses realizaram uma celebração para assinar a posse da terra – inclusive o nome da cidade homenageia os reis Luís XIII e Luís IX. Sua empreitada, de fato, foi realmente mais bem sucedida que a dos portugueses, que até tentaram chegar à região, mas acabaram impedidos por sucessivos naufrágios.
Pensa que parou por aí a história de São Luís? Não! Anos depois, seu território foi invadido por holandeses e mais tarde finalmente pelos portugueses. Isso nos faz entender porque a capital do Maranhão é tão rica em termos culturais. Vale destacar as sua arquiteturas com azulejos portugueses. Não à toa é um dos destinos mais bonitos e visitados do nosso país; chamada por muitos como a “Atenas Brasileira”!
São Luís tem, hoje, mais de um milhão e cem mil habitantes, ocupando uma área de 831,7 km². Seu setor industrial é bastante aquecido por conta de grandes corporações e empresas de diversas áreas – que se instalaram na cidade pela sua privilegiada posição geográfica. E é importante dizer também que seu litoral é bem próximo de grande centro de importadores de produtos vindos da Europa e dos Estados Unidos.
Imagem reproduzida de Guia do Turismo BrasilImagem reproduzida de Viagens e CaminhosImagem reproduzida de Visit BrasilImagem reproduzida de Estevam pelo mundoImagem reproduzida de Carro Aluguel
Vitória, no Espírito Santo (472 anos)
Em 1535, a região cercada pela Baía de Vitória, uma ilha fluviomarinha, onde hoje encontra-se a cidade de Vitória, a capital do Estado do Espírito Santo, foi ocupada pelos portugueses, após tentativas de franceses e holandeses. Precisamos destacar que o local já eram habitado por índios da tribo dos Goitacazes, que tentavam bravamente defender as suas terras. Infelizmente, a ‘Vitória’ dos europeus foi eminente. Então, a cidade foi fundada em 1551, durante a festa da natividade de Nossa Senhora.
Tempos depois, os portugueses construíram estruturas de fortes na cidade para defender as terras de possíveis ataques vindos do litoral. Já as residências começavam a ocupar as zonas de topografia mais elevada da ilha. No século XIX, a capital já estava economicamente bem aquecida, por conta do comércio do café. Em 1940, mais ainda, após a construção do porto que escoava a produção de minério explorado em Minas Gerais.
Hoje, Vitória tem cerca de 400 mil habitantes, ocupando uma área de 98,19 km. A cidade tem o quinto maior índice de desenvolvimento humano entre todos os municípios brasileiros. Foi considerada, em 2015, como a melhor cidade para se viver no Brasil pela Organização das Nações Unidas (ONU); e, em 2017, como a terceira.
Imagem reproduzida de Montanhas CapixabasImagem reproduzida de PinterestImagem reproduzida de Visit BrasilImagem reproduzida de Vida de TuristaImagem reproduzida de Flickr
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
O que é a tal “Tarântula Cósmica” registrada pelo Telescópio James Webb?
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de Replicario
Ela está há mais de 160 mil anos-luz de nós! A Tarântula Cósmica nada mais é do que um grande e maravilhoso berçário de estrelas. Uma nebulosa repleta de gás e poeira carregada por ventos quentes e poderosos; localizada bem “pertinho” da Via Láctea – dentro da zona chamada de ‘Grupo Local’; e que conseguiu ser registrada em imagens pelo super telescópio James Webb, o maior e mais poderoso telescópio já construído.
Tarântula Cósmica | Imagem reproduzida de G1
O que são berçários cósmicos?
Um berçário cósmico é o lar de estrelas mais quentes e massivas conhecidas pela Ciência. A Tarântula, por exemplo, apresenta uma “(…) composição química semelhante às regiões gigantes de formação de estrelas vistas ao ‘meio-dia cósmico’ do Universo, quando o cosmos tinha apenas algumas estrelas, bilhões de anos e a formação estelar estava no seu auge”, explica um representante da NASA, em reportagem de G1.
Agora, é preciso destacar que os berçários de estrelas presentes dentro da nossa Via Láctea não produzem estrelas na mesma velocidade acelerada como acontece dentro da Tarântula. E por quê? Bem, até onde se sabe, é porque esta nebulosa apresenta uma composição química diferente.
Registros do James Webb da Tarântula Cósmica | Imagem reproduzida de SAPO Tek
Como os pesquisadores encaram esse registro do James Webb?
Os astrônomos ficaram muito animados com a notícia. De início, porque essa estrutura cósmica é mega interessante e bastante estudada por eles. E também porque esta seria a primeira vez que se conseguirá ver imagens super detalhadas da estrutura, tendo como pano de fundo milhares de estrelas jovens nunca vistas, já que a própria Tarântula as escondia das lentes de outros telescópios.
Aliás, quer saber por que o nome Tarântula? É porque essa nebulosa apresenta filamentos que realmente lembram pernas de aranhas. Curioso, não?
Tarântula animal | Imagem reproduzida de CNN Brasil
Tarântula Cósmica registrada pelo James Webb | Imagem reproduzida de SAPO Tek
As imagens registradas pelo James Webb da Tarântula Cósmica foram divulgadas pela NASA, a agência espacial americana, e pela ESA, a agência espacial europeia.
Ilustração Telescópio James Webb no espaço | Imagem reproduzida de Canaltech
Lembrando que os cientistas projetaram o James Webb para que ele seja muito mais potente, servindo para fornecer respostas sobre os mistérios do nosso Sistema Solar, assim como para olhar além de suas fronteiras – na medida do possível, claro. Quem sabe não possamos com o instrumento, um dia, encontrar vida fora da Terra, em sistemas planetários remotos! Bom, o fato é que, sem dúvidas, esse supertelescópio já está reescrevendo a história da criação estelar!
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Confira o antes e depois do Museu Nacional e do Museu do Ipiranga, reabertos após restauração
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 5minImagem reproduzida de G1
Hoje, 7 de setembro, no bicentenário da Independência do Brasil, temos a oportunidade de refletir sobre os rumos do Brasil. Que país queremos deixar para as próximas gerações? Infelizmente, nos últimos anos ou décadas, cometemos sérias negligências com o patrimônio do nosso território. E não somente em se tratando da natureza, mas do meio ambiente como um todo. Por exemplo, os exemplares de Arquitetura e Engenharia remanescentes que ajudam a contar a nossa história.
Nesta última semana, tivemos a notícia de que duas propriedades públicas voltaram a receber visitação. Mesmo assim, ainda é cedo para comemorar. Afinal, não podemos nos esquecer de que esse hiato aconteceu porque não tomamos as devidas providências para preservar a tempo o que era nosso. Perdemos muito com isso. Algumas riquezas e memórias jamais serão recuperadas. Enfim, que ambos os casos sirvam de lição de que precisamos ser resilientes para que, de fato, haja um amanhã para o querido Brasil!
Museu Nacional, Rio de Janeiro
O Museu Nacional é muito importante para a história brasileira. Foi neste local que o país deixou de ser colônia para virar soberano e independente, uma república. O museu foi criado por Dom João VI, em 1818. Mas, inicialmente, ele era no Campo de Sant’Ana; depois, transferido para a Quinta da Boa Vista. Hoje, é considerado a mais antiga instituição científica do Brasil.
Os interiores do museu antes de 2018
Imagem reproduzida de Agência BrasilImagem reproduzida de Museu Nacional – UFRJ
Imagem reproduzida de Museu Nacional
Depois de 200 anos de história, em setembro de 2018, o edifício do Museu Nacional, e cerca de 85% de seu acervo de 20 milhões de exemplares, pegou fogo. Nos meses seguintes, foi iniciado um trabalho de restauro usando tecnologia de ponta conciliada com técnicas artesanais. A fachada principal da sede, por exemplo, foi apresentada recentemente, após centenas de profissionais terem refeito as suas alvenarias, esquadrias, ferragens e gradis, mantendo como referência as peças originais que ali existiam.
O edifício do museu durante e após o incêndio
Imagem reproduzida de Conexão Planeta
Imagem reproduzida de Veja
Imagem reproduzida de Agência BrasilImagem reproduzida de Carta CapitalImagem reproduzida de Agência BrasilImagem reproduzida de Agência Brasil
Também já foram concretadas e impermeabilizadas as lajes de cobertura, e instaladas estruturas metálicas e caibros. Mas a recuperação das fachadas, coberturas e esquadrias do bloco histórico segue até 2023. E as obras do Museu Nacional em sua totalidade devem ser concluídas só depois de 2027.
Por hora, uma coisa que chamou bastante a atenção da mídia foi a substituição das esculturas centenárias de mármore que estavam no topo do Palácio de São Cristóvão por réplicas impressas em 3D. As originais estão sendo ainda restauradas e passarão a fazer parte das futuras exposições do museu.
A fachada principal já restaurada e o projeto arquitetônico vencedor para seus interiores
Imagem reproduzida de UOL
Imagem reproduzida de bibliooImagem reproduzida de biblioo
Imagem reproduzida de UOL
Museu do Ipiranga, São Paulo
O Museu do Ipiranga foi inaugurado em 1895. Originalmente, ele era para ser um monumento à Independência – assim foi a ideia apresentada na Assembleia Constituinte de 1823. Contudo, seu projeto, elaborado pelo engenheiro Tommaso Gaudenzio Bezzi, só saiu do papel décadas depois, tendo como referência os palácios europeus renascentistas.
Volumetria, jardins e interiores do museu antes do restauro
Imagem reproduzida de G1
Imagem reproduzida de Aventuras na HistóriaImagem reproduzida de Panrotas
Imagem reproduzida de Museu do Ipiranga
No começo, esse museu era dedicado à História Natural, com ênfase na Zoologia. Depois, no centenário da Independência, em 1922, ganhou, de outras instituições, acervos sobre a História do Brasil e de São Paulo. Foi muito visitado durante anos. Mas, em 2013, precisou ser fechado por conta da precariedade de sua estrutura física, que corria risco de desabamento, com base em laudos técnicos.
Processo de restauro do museu
Imagem reproduzida de ArchDaily
Imagem reproduzida de ArchDaily
Finalmente, neste mês de setembro de 2022, o Ipiranga foi reaberto. Agora ele está de fachada e interiores restaurados, com direito a um novo mirante – que permite visão de 360 graus da cidade sem obstáculos -, novas áreas de exposição, e outras instalações. Já do lado de fora, foi recuperado o desenho do seu jardim, em estilo francês, além de duas fontes que haviam sido demolidas em 1972, a fonte central e a iluminação pública.
Projeto arquitetônico vencedor para o museu
Imagem reproduzida de CAU
Imagem reproduzida de Jornal Zona SulImagem reproduzida de GalileuImagem reproduzida de Jornal Zona SulImagem reproduzida de Jornal Zona SulImagem reproduzida de Jornal Zona SulImagem reproduzida de Jornal Zona Sul
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Confira como é o ciclo das Partículas de Microplásticos na natureza
por Maria Sousa | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de
Instituto Claro
Ao nível mundial, são produzidos milhões de plásticos anualmente para diversos fins de utilização – como nas engenharias. Consequentemente, alguns descartes de plásticos são realizados de forma incorreta e poluindo todo o meio ambiente.
Inclusive, devido ao descarte incorreto, esses materiais decompõem-se e sendo reduzidos a partículas menores – neste caso, denominadas de macroplásticos, microplásticos e nanoplásticos.
Universalmente, não existe uma definição estabelecida quanto a dimensão destas partículas. Mas, usualmente, considera-se que:
Partículas de Macroplásticos apresentam mais de 5 milímetros (mm);
Partículas de Microplásticos apresentam de 1 micrômetro (μm) à 5 milímetros (mm); e
Partículas de Nanoplásticos apresentam menos de 1 micrômetro (μm).
Imagem reproduzida da Fotógrafa britânica Mandy Barker / Via exame
Sobre as partículas de microplásticos
Em relação às partículas de microplásticos, se tornaram uma preocupação global por gerar uma poluição “silenciosa” e invisível ao olho humano, que se espalha para todo o lado. Os microplásticos podem ser divididos em dois tipos: os microplásticos primários e os microplásticos secundários. Veja a seguir!
Microplásticos Primários
Microplásticos Secundários
São partículas fabricadas intencionalmente para serem utilizadas para fins comercias. Por exemplo, em produtos de higiene e cosméticos, tintas, tecidos, fertilizantes, entre outros.
Resultam-se da desintegração e fragmentação de plásticos maiores, causadas pelos processos fotoquímicos, intemperismo e biológicos, sob ação da luz solar, vento e água. Como, por exemplo, os resíduos plásticos, redes de pescas, desgastes dos pneus entre outros.
Observa-se que o aumento desses microplásticos no meio ambiente tem origem principalmente na decomposição de resíduos plásticos, derivados dos microplásticos secundários e constituídos sobretudo de polímeros. Dentre eles:
Polietileno (PE);
Poliestireno (PS);
Polipropileno (PP);
Nylon;
Cloreto de polivinila (PVC);
Poliamida (PA); e
Politereftalato de etileno (PET).
Além do uso do polímero principal para fabricação dos plásticos, também são utilizados uma série de aditivos para melhorar o produto final, fazendo-o ter maior durabilidade, ductilidade, dureza e resistência ao clima. Posteriormente, produzidos em grandes escalas, vendidos mais baratos e descartados facilmente, mas que levam bastante tempo para se desintegrar.
Assim, por conta da sua durabilidade e lenta decomposição, essas partículas microplásticos – de dimensões bem pequenas – foram encontradas em diversos lugares e tipos de ambientes – desde correntes de águas (rios, mares, oceanos), no ar, sedimentos nas areias, áreas urbanas, em animais, alimentos e até mesmo dentro do próprio corpo humano (como nos pulmões, corrente sanguínea, fezes e na placenta).
Acredita-se que o principal foco de exposição dos seres vivos aos microplásticos é através da inalação das partículas presentes no ar, como por meio do desgaste de pneus e pavimentos – por exemplo, no atrito dos pneus com o asfalto -, e através das fibras têxteis de plásticos – também pelo atrito de um membro do corpo com o outro-, entre outros fatores. Assim, essas pequenas partículas plásticas se dispersam pela atmosfera. Então, o mal acontece!
A poluição desses microplásticos na natureza aumenta devido ao descarte incorreto que chega nos oceanos, nas redes de esgotos, praias, etc., sem contar a cadeia alimentar. Infelizmente, a vida marinha ingere esses plásticos, que vão parar no organismo dos animais aquáticos. Por fim, peixes e outros frutos-do-mar são consumidos pelos seres humanos, que ficam também contaminados por essas partículas.
Até o momento, não se sabe realmente que efeitos sobre a saúde humana pode causar a contaminação de microplásticos, tampouco quanto tempo que essas pequenas partículas permanecem no organismo humano. Contudo, pesquisas científicas apontam que:
“(…) os humanos podem ingerir entre dezenas a cerca de 100 mil partículas de microplásticos por dia. Tal significa que, nos casos mais graves, cada pessoa pode estar a ingerir o equivalente à massa de um cartão de crédito por ano.” – trecho de reportagem publicada em site Azul – Público PT.
E devido a esta contaminação, podem aparecer anomalias nas células, além de reações alérgicas presentes nas correntes sanguíneas e pulmões, afetando o sistema endócrino ou hormônios.
Desta forma, para contribuir com a diminuição de plásticos e das partículas de microplásticos no mundo em geral, é importante:
Reduzir o consumo de plásticos;
Substituir tecidos de fibra sintética por algodão orgânico;
Dar preferência a embalagens de vidro ou material considerados sustentáveis;
Descartar o lixo corretamente;
Reutilizar e reciclar – como praticando o Upcycling;
Etc.
Veja, na ilustração a seguir, um resumo do ciclo das Partículas de Microplásticos na natureza:
Imagem reproduzida por UFPR – Universidade federal do Paraná (Por: Yan Mesquita, Renata Nagai e Mateus Mengatto)
Então, gostou deste texto? Compartilhe a sua opinião conosco na aba de comentários!
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Marinha do Brasil incorpora à sua frota importante submarino, o ‘Riachuelo’
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de Super Rádio Tupi
Para reforçar a defesa de 8,5 mil km de costa marítima, a Marinha do Brasil recentemente incorporou à sua frota, na Base da Ilha da Madeira, no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro, o primeiro dos quatro submarinos do tipo convencional adquiridos através do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Infelizmente, não podemos comemorar muito, pois a entrega ocorreu cinco anos após o prazo previsto em cronograma, impactando também a entrega dos demais submarinos. Mesmo assim, apesar de os pesares, na solenidade estavam presentes o atual Ministro da Defesa, além de representantes do Exército e da Marinha.
O S-BR1 – também chamado de ‘Riachuelo’, em homenagem à Batalha Naval do Riachuelo, ocorrida em 1865, durante a Guerra da Tríplice Aliança -, opera com propulsão diesel-elétrica. Ele possui seis tubos lançadores de armas, com capacidade para lançamento de torpedos eletroacústicos pesados, mísseis táticos do tipo submarino-superfície e minas de fundo. Eis os seus dados gerais:
70,62 metros de comprimento,
62 metros de diâmetro,
1740 toneladas de deslocamento na superfície, e
1900 toneladas de deslocamento de imersão.
A saber, esse modelo de submarino, S-BR, é derivado da classe francesa Scorpène. Inclusive, faz parte de um projeto original da empresa Naval Group. Só que teve seu projeto original modificado por engenheiros brasileiros e fabricado no parque industrial do Complexo Naval de Itaguaí pela Itaguaí Construções Navais (ICN). Pode-se dizer que a construção da embarcação só foi possível graças à realização da parceria estabelecida entre o Brasil e a França, e o programa que se propõe à ampliação da capacidade de proteção da chamada Amazônia Azul, área com dimensões de 5,7 milhões de km².
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) integra um conjunto de estratégias da Marinha para o futuro do Brasil. Por hora, ter o S-BR já é considerado um salto tecnológico para o nosso país. Mas também está previsto no projeto a construção de um submarino armado com propulsão nuclear – também chamado pela sigla SCPN; sendo que, para isso, será necessário o apoio de uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), um Estaleiro de Construção (ESC) e outro de Manutenção (ESM), além de uma Base Naval. Fora que a Política Nacional de Defesa já impulsiona a capacitação de pessoal e contribui para a soberania nacional, em sua expressão tecnológica.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.OK