KUBeetle-S: robô inspirado em um besouro faz um “buzz” no ramo da robótica
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 2min
A engenhoca ainda tem itens a serem aprimorados, mas é bom acostumar com a ideia de robôs-insetos por aí
Inspirados por um dos maiores insetos no planeta, pesquisadores da Universidade Konkok, na Coreia do Sul, desenvolveram um robô-besouro capaz de voar por até 9 minutos. Aplicações específicas ainda são uma incógnita, mas isso dá margem para bastante pesquisa em design, aerodinâmica e programação.
A engenharia do besouro-robô
Para imitar o voo do besouro, o grupo de cientistas desenvolveu um mecanismo de asa que criasse um grande ângulo e também produzisse sustentação para compensar o peso do KUBeetle-S. De acordo com o professor que liderou o projeto, “como o KUBeetle-S não está equipado com superfícies de controle na cauda, ao contrário de um passageiro convencional, suas asas batendo devem ser capazes de produzir momentos de controle apenas mudando a cinemática das asas no meio do movimento de bater”.
O gerador de movimento instalado no robozinho permite que o KUBeetle-S alterne seu movimento para alterar seu plano de curso para direita, esquerda, para frente e para trás, permitindo, finalmente, o redirecionamento de sua sustentação vertical conforme desejado e simultaneamente gerando momento de controle.
Aplicações potenciais
Esses robozinhos poderiam alcançar lugares de difícil acesso a equipamentos maiores, principalmente pensando em monitoramento. Daí vai da imaginação dos pesquisadores quanto a potenciais aplicações, que podem ir desde operações militares até registros de vida selvagem, ao serem implantados em habitats específicos. Aplicações ambientais de robótica são uma tendência que a gente já comentou por aqui, e dão palco de atuação não só para profissionais de automação, como também de engenharia de materiais.
Próximas etapas
Além de buscar novas estratégias de design, o objetivo dos pesquisadores, a médio prazo, é estender o tempo de voo do robô-besouro, que atualmente alcança 9 minutos. Além disso, o grupo de cientistas pretende instalar um sistema de visão a bordo para voo de navegação.
Outra demanda é a verificação de melhor estabilidade durante a transição de voo, por exemplo, permitindo alternar entre voos rápidos, para em seguida pairar no ar na ocasião de algum distúrbio de vento ou alguma outra adversidade. Como meta final, os pesquisadores pretendem tornar o robozinho autônomo.
O que você acha de um robô desses voando por aí?Conta para a gente!
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
Alguns estudos mostram que há oportunidades para engenheiros de várias áreas
A engenharia possui diversas ramificações específicas para todos os seguimentos possíveis. As indústrias, de maneira geral, têm seu funcionamento atrelado à capacidade da engenharia para operar.
Portanto, é entendido que a necessidade de engenheiros é unânime, independente da região. Principalmente, a necessidade de engenheiros capacitados para resolver os problemas da vida real.
Imagem: grupomednet.com.br
Existem inúmeros engenheiros no mercado nacional e, também, existem vagas na indústria que – apesar da oferta, muitas vezes demoram para ser preenchidas. Um dos motivos para isso é que existem funções que requerem habilidades específicas e/ou relativamente novas na abordagem de mercado. Isso não necessariamente quer dizer que não temos engenheiros capacitados, mas que a realidade da indústria e do mercado está mudando, e pode haver lacunas nas grades curriculares acadêmicas.
Essas habilidades específicas (novas ou não) estão relacionadas a áreas promissoras do mercado mundial. Para todas as engenharias, existe cada vez mais implementação de tecnologias e metodologias novas que impactam o cotidiano. Essas skills requeridas estão intimamente ligadas à proporção da evolução tecnológica. Atualmente, temos muitas tecnologias que eliminam processos ou facilitam as atividades cotidianas. Isto é algo inerente à persona do engenheiro, que é alguém que resolve problemas.
As novas habilidades necessárias
Existem várias pesquisas que indicam quais são as habilidades necessárias para o presente e futuro, no curto e médio prazo.
O relatório da McKinsey&Company, denominado Skill Shift – Automation and the future of the workforce (Mudanças de Habilidades – Automação e o futuro da força de trabalho, em tradução livre), nos dá um panorama de quais são as habilidades para o futuro do trabalho, especialmente as que estão ligadas à automação.
O estudo apresenta que há um crescimento de demanda das capacidades de tecnologia da informação e sociais. As habilidades físicas e manuais, por outro lado, têm sua demanda diminuída.
Gráficos da variação no tempo das habilidades profissionais requeridas. Fonte: McKinsey & Company
Uma avaliação no mercado estadunidense demonstrou que habilidades de tecnologia da informação estão em alta, principalmente as competências de programação e de manuseio de equipamentos digitais.
Habilidades de tecnologia requeridas no mercado estadunidense. Fonte: McKinsey & Company.
Numa outra análise, em que a avaliação foi feita por setores da indústria, é possível ver que todos os setores avaliados (varejo; indústria de manufatura; saúde; energia e mineração; bancos e seguradoras), têm o crescimento das habilidades de tecnologia e sociais.
Demanda de habilidades por setor industrial. Fonte: McKinsey & Company.
Em convergência com o estudo da McKinsey, temos o estudo do World Economic Forum, intitulado Jobs of Tomorrow (Trabalhos do Amanhã, em tradução livre). O relatório apresenta um direcionamento para conhecimentos de tecnologia da informação, automação, e capacidade analítica alta.
Imagem: igti.com.br
Em divisões por áreas tecnológicas, é possível identificar áreas em foco para engenheiros de todas as áreas. Destacamos a seguir as áreas de dados e inteligência artificial, engenharia e computação em nuvem, economia verde e desenvolvimento de produto.
Trabalhos emergentes na área de dados e inteligência artificial. Fonte: McKinsey & Company
Trabalhos emergentes para a área de engenharia e computação em nuvem. Fonte: McKinsey & Company
Trabalhos emergentes para a área de economia verde. Fonte: McKinsey & Company
Trabalhos emergentes para a área de desenvolvimento do produto. Fonte: McKinsey & Company
É possível verificarmos oportunidades para diversos engenheiros nessas áreas. Apenas nas áreas acima destacadas, já vemos oportunidades de engenheiros da computação, engenheiros de software, engenheiros de energia, engenheiros eletricistas, engenheiros de produção, engenheiros físicos, e outros.
Áreas promissoras
Um outro estudo nacional também aponta para a mesma direção da tecnologia da informação e da automação. Trata-se do Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023 realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
A pesquisa apontou um aumento de 22,4% nas vagas relacionadas a processos robotizados, enquanto o crescimento para ocupações industriais foi de 8,5%.
Entre profissionais de nível superior, técnico e de qualificação profissional as áreas que terão maior demanda são a indústria metalmecânica (1,6 milhão), construção (1,3 milhão), logística e transporte (1,2 milhão), alimentos (754 mil), informática (528 mil), eletroeletrônica (405 mil), e energia e telecomunicações (359 mil). E ainda, 1,7 milhão de profissionais transversais, que são aqueles que trabalham em qualquer segmento, como profissionais de pesquisa e desenvolvimento, técnicos de controle da produção e outros.
Ranking da demanda de profissionais capacitados por área no mercado nacional no período 2019-2023. Fonte: SENAI/CNI.
Verificamos na pesquisa nacional que existe uma demanda de profissionais capacitados para áreas que englobam todas as engenharias, especialmente às que tangenciam à tecnologia da informação.
A indústria nacional demanda ainda, nessas áreas, profissionais transversais, com potencial para atuar em todos os setores. Aqui temos um grande leque para engenheiros de produção, engenheiros de inovação, engenheiros de software e engenheiros mecatrônicos, por exemplo. Isto, pois, estes profissionais conseguem atender a todas as indústrias, especialmente na estruturação de processos e operação.
Conclusões
Então, como podemos avaliar na projeção do final de 2019, as engenharias que estarão em alta terão potencial para o futuro no curto e médio prazo garantidas.
Todas as engenharias terão potencial de mercado, como vimos na pesquisa do Senai anteriormente citada. No entanto, é importante frisar que as oportunidades surgirão para os engenheiros que efetivamente podem sanar as necessidades do mercado com as ferramentas da engenharia. Os estudos mencionados demonstram uma ligação com o meio digital cada vez maior. E o domínio dessas habilidades é que abrirá as portas para os engenheiros.
O impacto da tecnologia da informação no mercado é inegável e está relacionado a todas as engenharias. A indústria precisará cada vez mais de profissionais capacitados, que dominem a tecnologia, para fazer a engenharia acontecer, como sempre foi.
Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.
Veja Como a Engenharia Econômica Pode Revolucionar a Sua Carreira
por Samira Gomes | | ATUALIZADO EM 4minImagem de jannoon028 em Freepik
A Engenharia Econômica é um campo muito importante da Engenharia de Produção e utiliza técnicas da engenharia para lidar com processos econômico-financeiros. Se você deseja se tornar um profissional de destaque nessa área, é importante se aprofundar no curso e entender o que o mercado de trabalho espera do engenheiro econômico.
Responsável pela análise de custos, riscos e investimentos, a Engenharia Econômica, de forma geral, também possibilita a formulação e avaliação de resultados econômicos a fim de auxiliar no crescimento das organizações. Para isso, são utilizadas diversas técnicas matemáticas em conjunto com as de engenharia. Desse modo, os interessados na área devem buscar entender sobre mercado financeiro, índices, taxas e métodos de avaliação de investimentos.
Além de ser uma especialização ligada à Engenharia de Produção, essa área tem uma grande importância devido ao seu potencial na elaboração de estratégias para otimizar, maximizar ou reduzir os custos de uma empresa, sendo também uma competência essencial na tomada de decisões e resolução de problemas organizacionais. Além disso, a Engenharia Econômica oferece ferramentas capazes de tomar decisões certas acerca da economia, por conta da visão sistêmica do profissional especializado nesse campo sob os aspectos econômicos de soluções para problemas ligados à Engenharia.
Resumo dos benefícios para Empresas:
Otimização de custos
Maximização da eficiência operacional
Tomada de decisões financeiras assertivas
O que se estuda no curso de Engenharia Econômica?
Introdução e conceitos básicos
Análise e gestão de riscos
Análise de custos
Finanças corporativas
Matemática financeira
Análise macroeconômica com foco em negócios
Análise de demonstrativos contábeis
Durante o curso, os alunos desenvolvem habilidades essenciais como a capacidade de analisar demonstrativos contábeis, avaliar investimentos e compreender a macroeconomia dos negócios. Exemplos práticos mostram como esses conhecimentos são aplicados no mercado de trabalho, diferenciando a Engenharia Econômica de outras áreas de engenharia.
Subdivisões da Engenharia Econômica
Como mencionado, a Engenharia Econômica se resume na avaliação quantitativa das alternativas da Engenharia no que se refere à rentabilidade e custo econômico. Essa carreira se relaciona com quatro diferentes áreas de gestão:
Gestão econômica
Associada com noções da gestão de economia e custos, juntamente a conhecimentos tecnológicos dos processos produtivos, tem como objetivo melhorar a eficiência operacional e aperfeiçoar a produtividade da empresa.
Gestão de investimentos
Essa atividade está conectada com as análises de custos e riscos. O gestor deve optar por investimentos mais adequados para a organização, buscando a rentabilidade e recuperação do valor investido.
Gestão de custos
Envolvida em todas as fases dos processos produtivos, essa área é responsável pela maximização destes, com o intuito de efetuar o produto dentro dos limites de custos e colocá-lo em uma posição competitiva no mercado.
Gestão de riscos
É o processo em que ocorre o planejamento, a organização e o controle dos recursos humanos e materiais da empresa, para minimizar as consequências provocadas pelos riscos sobre essa organização.
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Mercado de trabalho atual da Engenharia Econômica
O mercado de trabalho para engenheiros econômicos está em crescimento, com oportunidades em empresas de todos os portes. Em tempos de crise, a necessidade por profissionais especializados aumenta, evidenciando a importância desta carreira.
Empresas que Contratam:
Grandes corporações
Pequenas e médias empresas
Setor público
Perspectivas de Carreira
Os engenheiros econômicos encontram oportunidades em diversos setores, como finanças, consultoria e gestão de investimentos. A demanda por esses profissionais é alta, especialmente em funções estratégicas que envolvem análise financeira e otimização de recursos.
Competências do engenheiro de economia
As principais habilidades e competências exigidas dos engenheiros econômicos incluem:
Análise financeira
Gestão de riscos e custos
Tomada de decisões econômicas
Soft skills como criatividade, trabalho em equipe, flexibilidade e empreendedorismo
Essas competências são desenvolvidas durante o curso e na prática profissional, sendo essenciais para o sucesso na carreira.
Onde atuar como profissional de Engenharia Econômica
Os engenheiros econômicos podem atuar em:
Consultoria para Empresas: Assessoria em estratégias financeiras e otimização de custos.
Setor Público: Planejamento e execução de projetos econômicos.
Mercado Financeiro: Análise e gestão de investimentos, compra e venda de ações.
Mercado de Commodities: Negociação de commodities e seguros.
Atividades e Responsabilidades:
Elaboração de estratégias financeiras
Análise de viabilidade de projetos
Gestão de investimentos e riscos
Salário do profissional de Engenharia Econômica
Em 2024, de acordo com os sites Veduca e Unit, o salário médio de um engenheiro económico no Brasil pode variar entre R$ 3.000 e R$ 7.000, dependendo da experiência e da posição. Por exemplo, um engenheiro de produção com mais de 10 anos de experiência pode ganhar mais de R$ 50.000,00.
Fatores que Influenciam o Salário:
Nível de experiência
Região
Tamanho e setor da empresa
Como se destacar no setor de Engenharia Econômica
Continuar estudando e se capacitando;
Acompanhar o potencial de investimentos no mercado;
Estar sempre aberto a novas oportunidades;
Trabalhar para ser um profissional versátil;
Trabalhar para desenvolver suas habilidades técnicas, além das técnicas, como criatividade, trabalho em equipe, flexibilidade e empreendedorismo;
E, quando possível, colaborar com organizações diversas ou como dono de sua própria empresa.
Imagem de jcomp em Freepik
As noções de custos envolvidos e payback permitem que o engenheiro econômico conquiste seu espaço nas organizações. E, para se sobressair, esse profissional deve saber avaliar o retorno de investimentos e taxas de depreciação de produtos e equipamentos e empregar métodos comparativos de projetos.
Com o aumento das preocupações e responsabilidades voltadas para todas os ramos da Engenharia, o mercado espera que os engenheiros desenvolvam novas soluções tecnológicas e realizem análises financeiras dos projetos de investimentos. Nessa conjuntura, o engenheiro econômico encontra uma oportunidade de se destacar, já que todas as empresas, sejam elas privadas ou não, requerem profissionais com essas habilidades.
Já conhecia essa área antes? Compartilhe suas na aba de comentários logo abaixo!
Amazon libera 2 bilhões para um fundo que lidará com a crise climática
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 2min
Startups financiadas pelo fundo da Amazon devem desenvolver tecnologias de descarbonização
Em busca de responsabilidade com a questão das mudanças climáticas, a Amazon lançou um fundo de 2 bilhões de dólares para investir em empresas que desenvolvem tecnologias visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A empresa disse que o fundo se concentrará em startups que poderiam ajudá-la a atingir emissões ” zero” até 2040.
We are continuing to focus on speed and innovation in our quest to reach net zero carbon through The Climate Pledge Fund, investing $2 billion in decarbonizing technologies and services. #ClimatePledgehttps://t.co/JISNr8Qw7m
Não é de hoje que a questão das mudanças climáticas vem atacando a Amazon. No início do ano, o CEO da gigante do varejo de Seattle, Jeff Bezos, liberou o Bezos Earth Fund, voltado para o desenvolvimento de tecnologias de descarbonização. A questão é que o montante de dinheiro, de nada menos do que 10 bilhões de dólares (uma parcela ínfima da fortuna do empresário), foi pessoal, não tendo nada a ver com a Amazon.
Sob crescente pressão do público e de seus próprios funcionários para reduzir sua pegada ambiental frente à crise climática, a Amazon resolveu – finalmente – se pronunciar e liberar recursos. Fique claro que a decisão não foi espontânea ou imediata: após as paralisações no ano passado, a Amazon se comprometeu a atingir as tais zero emissões até 2040, o que significa que precisaria compensar quaisquer emissões remanescentes de suas operações por meio de investimentos em projetos de remoção de carbono, como restauração florestal ou máquinas de captura de carbono. Vale comentar que, depois que a Microsoft estabeleceu a linha da descarbonização para as bigtechs, elaborar esses planos pode ter ficado mais fácil.
Imagem: Bryan Angelo via Unsplash.
De forma geral, a gente considera que mais dinheiro para tecnologia limpa é sempre uma boa notícia. Mas a Amazon ainda tem muito trabalho a fazer para reduzir suas próprias emissões, que subiram 15% no ano passado para mais de 50 milhões de toneladas.
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
Qual placa de vídeo Nvidia escolher: Geforce ou Quadro?
por Clara | | ATUALIZADO EM 4min
Apesar de serem da mesma marca, as placas possuem aplicações bem diferentes
A Nvidia Corporation é uma marca muito conhecida quando o assunto é tecnologia para computação. Tratando-se de placas de vídeo, a multinacional californiana apresenta duas linhas principais: Geforce e Quadro.
Há sempre muitas dúvidas em relação ao uso desses dois tipos de placas. Qual seria a melhor? A mais recomendada para softwares de arquitetura e engenharia? E para edição de vídeo? E para jogar?
Principais diferenças entre as placas Nvidia:
Vamos expor de forma simplificada as particularidades das duas queridinhas da gigante Nvidia.
Produção
Bom, apesar de ambas serem de alto desempenho e utilizarem os mesmos processadores, cada uma é direcionada para um nicho de mercado específico.
Nesse sentido comercial, podemos dizer que, no caso das placas Geforce, a Nvidia não tem o total controle da linha de produção. Recebe o processador e o design para criar suas versões. Tal fator faz com que encontremos semelhanças entre modelos equivalentes de outras marcas, como da Asus, por exemplo.
Já as placas Quadro passam por um processo produtivo mais rigoroso e a linha de produção é totalmente fabricadas pela Nvidia, que assim consegue estar no controle desse modelo. Afinal, quase não há concorrência.
Aplicação
As placas Geforce são as mais conhecidas do grande público, sendo as mais utilizadas para fins domésticos, por exemplo: para jogos, sobretudo os de realidade virtual. Consegue, assim, abastecer a necessidade tanto de gamers iniciantes como avançados.
Do mesmo modo, modelos Geforce podem ser uma boa para empresas de até médio porte que utilizam softwares ERPs.
Agora quando falamos de placas Quadro da Nvidia, não dá para dizer que são versáteis assim como as Geforce. Elas são mesmo indicadas para uso empresarial, justificando seus preços bem mais altos.
Corporações que atuam com programas robustos voltados para arquitetura, urbanismo, engenharia e design, como por exemplo Autocad e Revit, podem se beneficiar apostando em placas do tipo Quadro.
Elas também são ideais para empresas do setor de medicina diagnóstica que necessitam de softwares pesados, como o OsiriX, para exames de ressonância magnética. Facilitam ainda o trabalho de companhias que lideram projetos científicos de modelagem climática.
Memória
O quesito memória deve ser lembrado ao citar diferenças entre as placas quadro e Geforce da Nvidia. Mas claro que isso depende muito do modelo.
Quando comparamos as placas Geforce gtx TITAN X (uma das melhores placas da linha Geforce) com a placa Quadro M6000, uma das diferenças mais visíveis é a memória. Enquanto esse modelo da Geforce conta com 12GB de memória, a Quadro M6000 possui 24GB, ou seja, o dobro.
Drivers adicionais
A placa Quadro sai à frente quando se deseja adicionar outros drivers, que fazem toda diferença para alguns mercados, sobretudo empresas que atuam com renderização.
Os drivers adicionais agilizam muitos processos, podendo oferecer maior rapidez, nitidez, entre outras vantagens. Isso gera um ganho de tempo em toda a demanda de trabalho.
Média de preços
Como falamos anteriormente, as placas Quadros Nvidia tem preços mais elevados do que as Geforce, principalmente por apresentarem processadores gráficos de melhor qualidade.
Preços das placas de vídeo Geforce Nvidia
1 – Geforce RTX 2060 – média de preço: R$ 2800 – indicada para games pesados.
2 – GeForce RTX 2080 – média de preço: R$ 6500 – indicada para uso profissional e games.
3 – GeForce RTX 2080 TI – Média de preço: R$ 10.000 – indicada para jogos extremamente pesados e uso profissional.
Preços das placas de vídeo Quadro Nvidia
1 – QUADRO P5000 – Média de preços: R$ 14.000
2 – QUADRO P6000 – Média de preços: R$ 35.000
3 – QUADRO P4000 – Média de preços: R$ 7.500
Todas as três são indicadas para uso profissional.
Estamos falando de duas placas de alto desempenho e tudo depende onde elas serão empregadas e o porquê. Mas fica claro que a Quadro tem um desempenho um nível acima quando se trata de velocidade em programas com Viewport, precisão, além de menor dissipação térmica e consumo energético.
Qual placa de vídeo seria mais útil para você? Conta para a gente!
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.
Diversidade na Engenharia: Meu Depoimento como Pessoa LGBTQIA+
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem de Freepik
Atualização: No começo do mês de junho acontece a Parada do Orgulho LGBTQIA+ em SP. O evento tem como finalidade principal celebrar a diversidade sexual e de gênero, além de promover a igualdade e lutar pelos direitos da comunidade LGBTQIA+.
A parada é um evento festivo que reúne milhões de pessoas em um desfile colorido pelas ruas da cidade, com o objetivo de combater a discriminação, o preconceito e a homofobia, bem como promover a visibilidade e o respeito à diversidade sexual. Além disso, a Parada do Orgulho LGBT+ também serve como um espaço de conscientização, educação e mobilização política, buscando promover a inclusão e a igualdade de direitos para todas as pessoas, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero.
Imagem de Sketchepedia
em Freepik
Meu nome é Eduarda (@dudavc), sou recém formada em engenharia civil, e como estamos no mês da visibilidade LGBTQIA+, resolvi expor algumas das experiências que tive até então no ramo da engenharia, sendo do grupo em questão.
Bom, para começar, sou lésbica assumida para a minha família, só que ser lésbica assumida ao menos uma vez não é sinônimo de ser assumida em todos os lugares e ambientes em que frequento, como por exemplo o curso de engenharia e lugares em que já trabalhei. Sendo assim, é necessário múltiplas decisões em se assumir para cada grupo de pessoas que convivo, mas o questionamento é, é sempre necessário declarar minha orientação sexual? Não vemos pessoas cis gêneros e heterossexuais declarando sua identidade de gênero e orientações a todo tempo, como é esperado por nós LGBTQIA+. Isso gera sim algum incomodo, não é porque minha família hoje me aceita como sou que em todos os lugares as pessoas irão me respeitar, e mais uma vez fica o critério de se assumir ou não, no tal ambiente.
Como mulher, o ambiente da engenharia já é algo desafiador, há muito patriarquismo envolvido, e sendo assim, é um ambiente conservador por si só.
Como lésbica, esse ambiente é duas vezes mais desafiador. A princípio, eu sou bem tímida, talvez envolva a insegurança da bagagem que trago, e receosa com a recepção que irei receber, minha aparência não é padrão de uma mulher em que o conservadorismo espera, isso gera incertezas, a luta é diária e a todo momento, em conversas descontraídas e até mesmo sobre o trabalho em si há empecilhos a ser debatidos e refutados.
No curso de engenharia, como é um ambiente acadêmico, tudo se torna um pouco mais descontraído, então essa necessidade de aceitação fica mais leve.
Image by Alexander Grey from Pixabay
Quando se começa a procura do primeiro estágio, existem aquelas dicas que já sabemos, aparência importa, currículo e postura excepcionais, e por aí vai. Como citado anteriormente, venho com a minha presença divergente, e é encontrado um tabú. Enfim, no primeiro estágio que entrei, na última entrevista de emprego, admito dolorosamente que mascarei um pouco do meu “eu”, mudando o penteado e alternando as roupas, por fim, não digo que foi essa a postura correta para obter esse estágio, mas entrei.
Nesse primeiro estágio que obtive, as conversas eram singulares, trabalho era o que importava, algum tempo extra numa semana ou outra falávamos sobre nossas vidas pessoais, como eu não tinha uma relação confortável com os demais, jamais mencionei o fato de ser lésbica.
Vem o segundo estágio adquirido, onde fiquei por mais tempo, não tive essa apresentação unânime pré-requerida por empresas, pois foi concurso. Assim entrei, o começo é preciso, há aquele conhecimento geral de todos, e com o passar do tempo, todos ficaram mais próximos. É claro que num ambiente em que se trabalha com várias pessoas, nem todos sabiam de tudo sobre mim, mas alguns sim, e essa aceitação torna-se mais leve a vivência diária. Isso pode parecer bobo para alguém que seja heterossexual, mas é uma grande conquista para quem é homossexual, são essas aquisições diárias que fazem a diferença no meu dia-a-dia e os enfrentamentos frequentes que me acompanham desde sempre.
Obs: Nesse segundo estágio, já me peguei em uma discussão com o meu superior sobre a drag queen Pabllo Vittar, onde o mesmo não a considerava mulher, ou ao menos, não sabia qual o órgão genital que a Pabllo possuía. São coisas assim que temos que ouvir frequentemente, e sempre sexualizando alguém LGBTQIA+, esse eterno discurso sobre sexos e órgãos genitais, que não ouvimos constantemente com alguém cis gênero e heterossexual, mantendo-se particulares e íntimo.
E você, tem algum relato? Conte para a gente nos comentários!
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por Engenheiros Sem Fronteiras Brasil | | ATUALIZADO EM 6min
Conheça a origem da comemoração do dia do "Orgulho LGBTQ+" e o papel do Engenheiros Sem Fronteiras com a discussão e promoção da diversidade em seu voluntariado
Hoje, dia 28 de Junho, é comemorado o “Dia do Orgulho LGBTQI+”. Assim como em outras histórias a respeito das conquistas dos direitos civis por minorias, a causa LGBTQI+ também deu seu pontapé através de uma revolta. A famosa “Revolta de Stonewall”, a qual deu origem a comemoração do Dia Internacional do Orgulho Gay.
Começou em 1969
Em Nova York, a comunidade até então denominada generalizadamente como “Gay”, estava cansada dos abusos e privações de liberdades básicas causadas pelo conservadorismo. As autoridades passaram a persegui-los em seus empregos, nas ruas e bares contra qualquer tipo de “prática homossexual”, pois configurava-se como crime. Aquele ou aquela que estivesse com menos de 3 peças de roupa de seu gênero atribuído em documentos ou certidão de nascimento, poderia ser levado preso.
Dessa forma, sem opções, passaram a contar com o bar “Stonewall In” como único refúgio. O dono do bar pertencia à máfia italiana e ali fazia seu negócio com vendas de bebidas adulteradas, para isso subornava os policiais e dessa forma o bar se mantinha aberto. O estopim para a revolta aconteceu em uma das visitas dos policiais nos horário de pico do bar, que chegaram dando voz de prisão a quem estivesse vestido de forma “indevida”.
A Revolta de StoneWall
Logo, isso foi o suficiente para quem estava no bar decidir não tolerar mais tal abuso, logo atiraram objetos contra os policiais, que, assustados com a ação, buscaram chamar reforços.
Os LGTBQI+ recusavam-se a sair dali, e assim não mais os LGBTQI+ calaram-se diante dos abusos. Estenderam a revolta por alguns dias sabendo de seus direitos, baseados nos direitos civis conquistados no contexto da luta do povo negro e do levante feminista na década anterior.
Foto: Domínio Público
Logo o bar consolidou-se entre o público e resiste até os dias de hoje. Tornou-se um marco na história da conquista dos direitos dos LGBTQI+ e também patrimônio nacional dos Estados Unidos da América, mostrando o poder e união da comunidade contra os abusos de autoridade da época.
“Orgulho Gay”
Um ano depois iniciou-se as comemorações das “Paradas do orgulho LGBTQI+”. A de São Paulo é a maior do mundo hoje, reunindo 3 milhões de pessoas no último ano de 2019, ano que também foi comemorado 50 anos da “Revolta de Stonewall”.
Assim, agora sabendo um pouco da história, é possível ver que o orgulho falado sobre o dia 28 de Junho não é sobre o que as pessoas fazem em seus momentos íntimos, e sim sobre o orgulho de serem sobreviventes, livres, e de poderem amar sem que isso seja um crime.
A revolta precisou acontecer para que hoje os LGBTQI+ tenham alguns de seus direitos, mas infelizmente a revolta não acabou com a homofobia por parte da sociedade, dessa forma, é uma luta constante para que esses direitos já adquiridos não sejam perdidos.
Foto: Domínio Público
A luta por direitos civis pela comunidade, segue sendo tema discutido em todo o mundo e principalmente no Brasil. Em tempos obscuros onde a liberdade de amar segue sendo um tabu para uma parcela da comunidade, a busca pelo direito de existência dos LGBTQI+ é uma discussão a qual nos traz estranheza por se tratar de algo tão ultrapassado, em pleno século XXI. Como por exemplo, ainda ser uma questão o direito de demonstrar afetividade com gestos simples, como o direito ao casamento.
Engenharia e a diversidade
A engenharia, assim como em outras áreas, ainda segue marcada por preconceitos como o machismo e racismo. O preconceito contra a comunidade LGBTQI+ é algo estrutural e de pouca discussão no meio acadêmico ou no âmbito profissional, poucas empresas adotam a diversidade como tema a ser discutido e abraçam essa causa.
No Terceiro Setor a conversa muda de rumo, e cada vez mais vemos a discussão sobre diversidade e integração sendo expostas. A busca pela igualdade e equidade seguem constantes no setor, desde que lançados os 17 Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) pela Organização das Nações Unidas (ONU) , a discussão foi validada e constantemente reafirmada através do compromisso em tornar o mundo um lugar seguro para todos os indivíduos.
Foto: IV Congresso Nacional do Engenheiros Sem Fronteiras
O Engenheiros Sem Fronteiras
A missão do Engenheiros Sem Fronteiras Brasil é “promover o desenvolvimento humano e sustentável através da engenharia”, e o desenvolvimento só será plenamente difundido, quando todos os seres poderem exercer suas liberdades individuais, livres de preconceito ou de qualquer repressão. Com lideranças representativas, a organização tem feito cumprir seu estatuto (Cap. II, Art. 5 – III “Promover a ética, a cidadania, a democracia e outros valores universais.”). No dia 20 de Junho desse ano, a Diretoria Executiva Nacional em reunião com seu Conselho Deliberativo, acordou-se a criação de um Conselho para tratar a respeito da diversidade na organização. Assim, novas propostas surgirão para promover as discussões e ações sobre a pauta “diversidade”.
A pesquisa institucional “Perfil Sem Fronteiras”, realizada entre Maio e Junho de 2020, com mais de 1200 membros e ex-membros do Engenheiros Sem Fronteiras, mostrou que mais de 17% da rede se identificam como LGBTQI+, um número ainda tímido, mas muito representativo. O próximo passo é implementar um plano de objetivos mais inclusivos, com intuito de aproximar e informar cada vez mais os voluntários, sobre pautas inclusivas diversas e sua importância para toda Organização.
Live para discutir e celebrar a diversidade
Dessa forma, dando início à essas pautas inclusivas e aproveitando o mês do Orgulho LGBTQI+, alguns voluntários das 5 regiões do Brasil discutirão sobre suas vivências pessoais e acadêmicas/profissionais.
Usando da rede social mais popular entre o público jovem, para promover discussões sobre a diversidade na Engenharia e no Terceiro Setor Brasileiro.
Acompanhe no dia 30 de Junho, às 21 horas no Instagram da Organização.
“A Engenharia que transforma vidas!”
“Compondo a diretoria executiva nacional do Engenheiros Sem Fronteiras Brasil e sendo parte da comunidade LGBTQ+, sinto a responsabilidade de trazer essas pautas sobre a diversidade para dentro da organização uma vez que, ocupando um cargo de liderança com tanto alcance nacional, isso possa servir de inspiração para que outras mulheres da Arquitetura, Engenharia e também outras áreas, levantem as suas pautas sobre suas causas nas organizações e meios de discussões que se façam presentes. Dessa forma, contribuindo para a manutenção e discussão de nossos direitos em todos os âmbitos. Acredito que, uma vez que eu busco defender e fazer as pessoas compreenderem a minha causa, fica mais claro, como buscar defender e fazer compreender as causas de outras pessoas, dessa forma podemos usufruir e promover nossos “Direitos Humanos” com propriedade.”
Kamilla Teixeira – Vice Presidente de Comunicação do ESF Brasil
“Sendo parte da diretoria executiva de uma organização tão importante como o ESF-BR, ao firmar o compromisso com nossa missão e valores organizacionais, me sinto no dever de usar a minha voz na luta contra quaisquer preconceitos, injustiças e represálias que assolam a nossa sociedade. Atualmente lidero diretamente 10 pessoas no meu departamento, a Vice Presidência de Acompanhamento e estou em contato com todos os nossos 60 núcleos espalhados pelo país. Logo, acredito que através da minha conduta, ações e das nossas integrações eu possa transmitir o respeito que nós LGBTQ+ tanto buscamos e quem sabe ser exemplo para muitos, não é mesmo? Ser LGBTQ+ não muda muita coisa quando se trata de profissionalismo e competências profissionais. Espero ainda que nós ESF possamos ser vistos por muitos como um ONG que luta por um mundo melhor e cada vez possamos colorir o mundo de diversas cores.”
Adalberto Teodoro – Vice Presidente de Acompanhamento do ESF Brasil
Casa flutuante pode ser construída em 48 horas usando impressão 3D
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 2min
Profissionais da República Tcheca lançam um projeto de casa flutuante completamente impressa em 3D.
Com o nome de Prvok, esta logo se tornará a primeira casa impressa em 3D na República Tcheca, que além desse diferencial, tem o fato de ser flutuante, embora também possa ser construída em terra. Ao contrário de outras residências impressas em 3D que levam dias para serem concluídas, essa estrutura pode ficar pronta em apenas 48 horas, economizando até 50% dos custos estruturais tradicionais de construção e ainda tem um quê de sustentável.
A casa flutuante foi criada pelo designer Michal Trpak junto ao grupo Erste. Michal tem aspirações ousadas, dizendo que pretendem mudar a indústria da construção para sempre, tornando as casas e construções personalizadas mais acessíveis, envolvendo também menos desperdício do que os métodos construtivos convencionais.
Mão (robótica) na massa
A maior parte do processo de construção da Prvok (não nos peça para pronunciar) é realizada pelo Scoolpt, um braço robótico usado na fabricação de automóveis. Este braço imprime aproximadamente 15 cm por segundo, totalizando um total de 48 horas para construir a casa de 43 metros quadrados, que, vamos convir, não é nenhuma residência colossal, mas pode ser compatível com demandas de apartamentos mais funcionais. Mesmo sendo tudo pequeno, a casa terá três cômodos: um quarto, sala com cozinha e banheiro. Com o viés de sustentabilidade presente, a casa está equipada com tecnologia verde.
Braço robótico para impressão 3D da casa flutuante. Imagem: prvokodburinky via BI.
Quanto a materiais de construção, o braço Scoolpt utiliza um novo tipo de concreto para impressão com fibras que formam formas orgânicas mais facilmente. A casa, afinal, não tem um formato muito regular. Outro diferencial desse material é que sua utilização também elimina pelo menos 20% das emissões de dióxido de carbono da construção tradicional, responsável por quase metade do total de emissões na República Tcheca. De acordo com os projetistas, a casa Prvok poderá ser derrubada e reconstruída com o mesmo material.
O vídeo a seguir, com legendas em inglês, conta um pouco sobre essa casa nada convencional.
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
Engenheiro Concurseiro: dicas de rotina e organização para concursos
por Luana Espindola Ribeiro Aguiar | | ATUALIZADO EM 5minFonte: engenheiroconcurseiro.com
Técnicas de estudo, organização e desenvolvimento de uma rotina para quem deseja prestar concursos públicos
Mesmo com o mercado da engenharia se apresentando aquecido e com previsão de crescimento para algumas áreas antes da pandemia, muitos profissionais preferem prestar concursos públicos no lugar de tentar vagas no setor privado.
A escolha de dedicar grande parte do deu tempo ao estudo para concursos públicos é uma decisão difícil, ela pode afetar a vida social, o trabalho atual e outros estudos em paralelo.
Geralmente, quando o profissional decide estudar para prestar concursos, ele pensa a longo prazo, não somente com relação ao tempo que levará para ele ser aprovado como também na segurança e estabilidade que um cargo público pode lhe proporcionar pelo resto da vida.
Separamos abaixo, uma lista de passos a seguir para os engenheiros que pretendem ser concurseiros ou já são, na hora de organizar e montar sua rotina de estudos.
1 – Descubra quanto tempo livre você possui
Fonte: estudaqui.com
O primeiro passo é você descobrir o tempo livre que possui e que possa ser convertido em horas de estudo. Para começar, anote em uma folha todos os compromissos fixos da semana, por exemplo: aulas, trabalho, curso, horário de almoço, etc. Em seguida, estipule o horário que você acorda e que vai dormir.
Após todos essas tarefas anotadas, contabilize e anote os horários que sobraram, por exemplo: se você trabalha pode ser que às terças-feiras lhe sobre 3 horas após o jantar e antes dormir, ou pra quem não trabalha e nem estuda durante a tarde, pode ser que sobre um tempo maior, de mais ou menos 4 horas, entre o almoço e o jantar.
2 – Escolha os cargos para quais você pretende prestar concurso
Você precisa ter claro em sua mente os cargos que lhe interessam nos concursos públicos. Isso por que os conteúdos a serem estudados se alteram de cargo para cargo.
Após definir esse cargos, anote-os logo ao lado do rascunho das horas livres que você descobriu que possui. Existe uma infinidade de cargos dentro de cada profissão, mas essa etapa é muito importante pois é onde você define com o que quer trabalhar e isso precisa ser decidido com muita responsabilidade, porque fará parte da sua rotina e interferirá diretamente no seu bem estar e na sua satisfação profissional.
Fonte: cisassessment.com
3 – Descubra os editais abertos e os conteúdos que deve estudar
Tendo os cargos definidos, está na hora de procurar os editais de concursos públicos abertos para esse cargo, ou até mesmo pesquisar os editais que estão para abrir e, nesse caso, acessar o último edital lançado.
Fonte: Google Imagens
É através do edital que você descobrirá os conteúdos que deve estudar, além das datas das provas e o tempo que você tem de estudo até essa datas chegarem.
Abaixo seguem alguns site que vocês podem acessar para encontrar editais abertos, além deles segue também dois App que ajudam muito:
APP Agrega – Concursos públicos abertos – Disponível para Android
APP Alerta Concurso – Disponível para Android e IOS
4 – Montar sua rotina de estudos
Com todos os dados acima coletados, horários livres, cargos pretendidos, conteúdos a serem estudados e datas das provas, chegou a hora de montar sua rotina de estudos.
Talvez a melhor forma é criando uma planilha no Excel. Uma dica é separar cada tarefa em cores, pois na sua planilha também irá entrar suas tarefas fixas. Então, por exemplo: azul – tarefas fixas, vermelho – horários de estudo, verde- cursos, amarelo- horários de lazer, como no quadro abaixo:
Planilha de Organização
É muito importante que você se lembre de colocar os horários de lazer, eles são importantes para o seu desempenho. Para você conseguir ter uma boa produtividade, o seu corpo e a sua mente precisam estar bem também. Não se esqueça de anotar em uma agenda física ou na agenda do celular as datas das inscrições e das provas.
5 – Técnicas de estudo
Com sua rotina toda esquematizada e organizada, está na hora de você montar técnicas e estratégias de estudo para o concurso público. A imagem abaixo apresenta o percentual de como aprendemos de acordo com cada forma de estudo. Essa piramide foi desenvolvida por William Glasser, um psiquiatra norte americano.
A Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser Fonte: ifsc.com.br
Através da Pirâmide de aprendizagem podemos perceber que absorvemos 80% daquilo que fazemos, ou seja, revisando e realizando questões.
Escolha a forma que você melhor se adapte. Uma sugestão é dividir o seu tempo, se você possui 2 horas de estudo, divida-o assim:
30 minutos lendo;
30 escrevendo/resumindo o que você entendeu;
45 minutos resolvendo questões;
15 pausa para descanso (muito importante).
Outra dica é sempre dividir o seu tempo de estudo dando mais prioridade para as matérias que possuem mais peso no concurso (o edital te dá essa informação) e as que você possui maior dificuldade.
Por exemplo, em 4 horas de estudo, seguindo a divisão lhe mostramos anteriormente, estude nas duas primeiras horas uma matéria mais difícil ou de mais peso.
Mas por que isso? Nas últimas duas horas seguintes seu cérebro estrá mais cansado, não absorvendo o mesmo que no início. Dessa forma, pode deixar para estudar uma matéria que você considera mais fácil ou de menos peso no final.
E aí, já começou a se organizar? Lembre-se: por mais que a rotina de um concurseiro seja pesada, é necessário separar um tempo para descanso e lazer.
Se você já tem sua rotina montada, compartilhe conosco, quais estratégias você utiliza para estudar? Deixe nos comentários.
Engenheira Civil; formada pela Universidade La Salle; trabalha como coordenadora de planejamento e controle de custos, com foco em gestão corporativa, construção civil e engenharia de custos.
Visitamos a UCLA, universidade referência na Califórnia
por Júlia Sott | | ATUALIZADO EM 4min
A universidade tem em seu portfólio 3000 invenções e mais de 140 empresas foram criadas com tecnologia desenvolvida em seus campi
Em 2019, tive a felicidade de visitar o campus da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e quero compartilhar com vocês toda a influência, realizações e prêmios dessa instituição que é uma das melhores do mundo.
Nascimento
A UCLA é uma universidade referência da Califórnia. Ela foi criada em 1919, mais de 100 anos atrás, e declara em seu site: “Desde a nossa criação, todas as realizações, todos os avanços, todos os saltos e obstáculos foram alimentados por nossa determinação inabalável de fazer a diferença. Desde nossos acadêmicos inovadores e pesquisas inovadoras até nossos atletismos recordes e centros médicos de primeira linha”.
Eu visitei brevemente o campus em um domingo nublado do inverno californiano, e pelo local estavam espalhadas dezenas de placas comemorativas dos 100 anos de instituição, exaltando todas as conquistas e realizações do 1º século de história. Vamos conferir algumas delas?
Portanto vamos tomar conhecimento de algumas das inovações e conquistas da UCLA:
– O professor de engenharia Rajit Gadh desenvolveu tecnologia que está revolucionando o consumo de energia;
– A professora de astronomia Andrea Ghez fez descobertas que estão remodelando nossa compreensão de como as galáxias se formam;
– O professor de ciência da computação Leonard Kleinrock liderou a equipe da UCLA que lançou as bases para a Internet atual;
– Foram os médicos da UCLA que reportaram os primeiros casos de AIDS no mundo em 1981;
– Dentre os alunos e pesquisadores da instituição contém nada menos que 14 vencedores do Premio Nobel!
Sobre a universidade
Atualmente a universidade conta com aproximadamente 45 mil acadêmicos de graduação e pós-graduação, e também oferece mais de 3.900 cursos em 109 departamentos acadêmicos.
A universidade exalta as vantagens de estudar e residir em Los Angeles: “UCLA é onde as oportunidades de estágio são abundantes na indústria do entretenimento e com grandes corporações como Boeing, Skechers, Nestlè e Dole. É uma paisagem cultural diversificada, onde você pode conhecer a Ásia, a América Latina e todos os outros lugares em uma única tarde. E, como estudante da UCLA, você terá todos os recursos e oportunidades para aproveitar tudo o que Los Angeles tem a oferecer.”
Consequentemente, por todos esses motivos citados, de acordo com o Newsroom.ucla.edu, em 2016 a UCLA foi a universidade mais aplicada entre todas dos Estados Unidos da América. Impressionante né?
Imagem: newsroom.ucla.edu
Ex-alunos
Aqui vai uma listinha de alguns alunos que talvez conheçamos que estudaram na UCLA:
Francis Ford Coppola (diretor de filmes como O Poderoso Chefão);
Jim Morrison (cantor da banda The Doors);
James Dean (ator de filmes como Juventude Transviada e Vidas Amargas);
John Williams (compositor responsável pelas trilhas sonoras das séries Star Wars, Indiana Jones e Harry Potter);
Campus
Como a maioria das grandes universidades americanas, o campus é exuberante e gigantesco. Dentre edificações antigas e muito imponentes, ele conta com bibliotecas, esculturas, jardins, área residencial e muitas quadras e locais para esportes.
Homenagem a um grande técnico de basquete que a UCLA teve
Imagem: @juliawsottÁrea residencial que abriga cerca de 10 mil alunos (Imagem: @juliawsott)
Aliás, esportes? Só a UCLA contém 261 campeões olímpicos, mais do que qualquer outra universidade americana, ganhando até de muitas nações! Por isso a cultura do esporte nos Estados Unidos é extremamente admirável, pois as pessoas começam a praticar e treinar todo tipo de esporte quando crianças, seguem durante toda a vida escolar, aumentando ainda mais na universidade onde são oferecidas diversas bolsas para os atletas.
Engenheira Civil, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; estudou também na Stanford University; passou um período trabalhando, estudando e explorando o Vale do Silício, nos Estados Unidos; hoje atua como analista de orçamentos ajudando a implantar novas tecnologias para inovar na construção civil.
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