Engenharia 360

Impulsionando a Competitividade: Como o 5G Está Transformando o Mercado Global

Engenharia 360
por Matheus Martins
| 30/01/2020 | Atualizado em 06/07/2023 5 min
Imagem de Freepik

Impulsionando a Competitividade: Como o 5G Está Transformando o Mercado Global

por Matheus Martins | 30/01/2020 | Atualizado em 06/07/2023
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Atualização: Ativação completa do 5G no Brasil completou 1 ano em julho de 2023, cobrindo 315 cidades, com 10 milhões de usuários. Já são 13.617 antenas do 5G, destacando as 184 do tipo "puro". E já há a autorização para ativar o sinal concedida a 1.610 municípios, aguardando instalação pelas operadoras. O objetivo é liberar sinal em cidades com 200 mil+ habitantes e 25% das cidades até 30 mil habitantes até 2026.


A tecnologia 5G é um upgrade das tecnologias de conexão por redes móveis. Neste caso, a quinta geração. Este avanço é um grande passo na conectividade entre dispositivos, e isto tem grande impacto no mercado e na cadeira produtiva, em geral.

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Preparação para o upgrade

Atualmente estamos num cenário saindo da tecnologia 4G para a 5G. Antes de pensarmos na aplicação direta do 5G é preciso avaliar a infraestrutura mundial. Saiba que há muitos países com as redes de infraestrutura maiormente formada por dispositivos 3G (UMTS) e em outros casos, o 2G (GPRS).

telecomunicação 5G
Imagem de rawpixel.com em Freepik

Existe agora, uma preparação da infraestrutura dos países para estabelecer de vez a rede 5G. Ocorre ainda, uma corrida entre empresas das potências mundiais para garantir a concessão da instalação e manutenção da infraestrutura dessa tecnologia. Quase replicando a corrida à lua, como na Guerra Fria.

A tecnologia 5G e seus benefícios

A tecnologia 5G em si, traz consigo duas grandes vantagens: a primeira é a velocidade de download/upload 50 a 100 vezes maior, podendo alcançar até 10GBps; a segunda é a diminuição da latência (atraso na transferência de dados) para a ordem de milissegundos. Isto garantirá a transferência de dados quase que instantaneamente.

Contudo, o ganho do usuário ainda não é tão significante. Isso porque não existe disponível infraestrutura com grande alcance e nem muitos dispositivos compatíveis. O início da implantação efetivamente, ao nível mundial, é prevista para 2020, guardadas as devidas restrições de cada país, e o funcionamento efetivo deve se dar por volta de 2025, ao menos nos principais centros urbanos.

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Como funciona o 5G?

O funcionamento do 5G é basicamente por meio de ondas de rádio, assim como as gerações anteriores da tecnologia de conexão por redes. A diferença é a abrangência do espectro da quinta geração da banda larga móvel, que é maior que as gerações anteriores. As antenas com compatibilidade 5G deverão ser acopladas às antenas já existentes, para formar a infraestrutura 5G necessária.

telecomunicação 5G
Imagem de rawpixel.com em Freepik

Outro aspecto é um mecanismo inteligente destas antenas, que focaliza o sinal emitido conforme a requisição dos dispositivos. Ao contrário das antenas convencionais atuais que emitem sinais em todas as direções. Dessa forma, fica otimizada a capacidade de cada antena.

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Infraestrutura para o uso

Inicialmente a tecnologia não será disponibilizada com preços acessíveis, no entanto, com o passar do tempo, será barateada. O custo dos receptores do sinal 5G são altos em virtude da demanda ainda não ser tão grande e pelo fato de não serem muitos os fornecedores existentes até agora.

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Representação gráfica de pontos de conexões entre pontos de uma cidade.
Imagem: e-spincorp.com

Os custos com infraestrutura não serão baratos, entretanto, não se sabe precisamente qual o investimento será necessário para os usuários finais. Na Europa, por exemplo, a estimativa é de um investimento entre 300 e 500 bilhões de euros para a instalação da nova infraestrutura.

No Brasil a implantação da infraestrutura ficou para 2022, com estudos realizados mostraram que pode haver interferência com o funcionamento de antenas parabólicas. O atraso na implantação no Brasil representou, de acordo com a Ericsson, a não arrecadação de 25 bilhões de reais.

Aplicações no mercado

No mercado, imagina-se que os primeiros dispositivos a terem a tecnologia sejam os smartphones. Ao longo do tempo, outros dispositivos como os eletrodomésticos e wearables (dispositivos inteligentes vestíveis, digamos, como pulseiras, relógios, óculos e roupas inteligentes) serão incorporados.

Esquema gráfico de áreas de aplicação do 5G sobre cidade.
Imagem: multi-news.gr

As montadoras de carros e outros fabricantes também estão na corrida para a utilização da tecnologia 5G. A visão das montadoras é possibilitar a concepção de veículos autônomos inteligentes. Seria possível a comunicação entre veículos, de modo que se atualizem automática e mutuamente nas estradas e em situações de engarrafamentos, entre outras possibilidades.

No caso da indústria de manufatura, a expectativa é o ganho com uma produção mais eficaz. Isso será possível através da coordenação de máquinas mais ajustada. Para a logística, a possibilidade de monitoramento de localização, temperatura e condições de entorno de insumos, por exemplo, será um grande ganho.

A tendência é que cresça a gama de dispositivos conectados, o que tangencia à aplicação da Internet das Coisas (IoT). Uma vez que a tecnologia 5G permitirá uma grande conectividade em rede e o processamento suficiente para os dados gerados. Logo, ficam intrínsecas as tecnologias.

Conclusão

Com a utilização da tecnologia 5G o consumo de energia para o uso de redes será 90% menor, o que implicará na maior duração de bateria dos dispositivos. Essa redução de energia a torna mais ecológica.

Rede de conexão sobre uma área urbana.
Imagem: mundoeducacao.bol.uol.com.br

O número de aparelhos conectados por área deve ser ampliado num futuro breve. Isto alavancará a IoT e sua aplicação, abrindo inúmeras possibilidades cada vez mais conectadas e inteligentes para residências, hospitais, comércios, indústrias, bairros e cidades inteiras.

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Fontes: TecMundo, Unisinos, Mundo Educação.

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Matheus Alves Martins

Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.

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