Ciência

É verdade que o magnetismo da Terra está alterando os aeroportos brasileiros?

{{post.author.node.name}}

Por: Redação 360 | Em: | Atualizado: 22 meses atrás | 1 min de leitura

Imagem reproduzida de BVM Ltd

Compartilhe »

Recentemente, o Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro - ou Aeroporto de Cumbica, como é conhecido -, em Guarulhos, São Paulo, precisou passar por mudanças operacionais em suas pistas de pouso e decolagem. Qual o motivo? Bem, dizem os especialistas que seria a própria Terra, ou melhor dizendo, o seu campo magnético ou magnetismo que estaria passando por alterações. Entenda o caso no texto a seguir!

magnetismo da Terra
Imagem reproduzida de Olhar Digital

Quais as mudanças realizadas no Aeroporto de Guarulhos?

Essas mudanças no Aeroporto de Guarulhos foram determinadas pelo Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), e já passaram a valer neste mês de setembro de 2022. Em comunicado oficial, foi dito, que a identificação numérica pintada nas cabeceiras das pistas, assim feito para orientação dos pilotos, precisou sofrer alteração em seus algarismos de acordo com o rumo ou orientação magnética da bússola, variando de 1 a 36.

"A modificação com o passar do tempo ocorre devido à declinação magnética, que é o ângulo entre o Norte Verdadeiro e Norte Magnético da Terra. A mudança ocorre lentamente e, em média, modifica 1 grau a cada 10 anos."

A saber, desde 1985, ano de inauguração do GRU Airport, esta é a primeira vez que tal mudança foi necessária, envolvendo desde a pintura das cabeceiras das pistas, a documentação de navegação, sistemas informativos do tráfego aéreo, e sinalização de solo de pistas e pátios.

magnetismo da Terra
Imagem reproduzida de Olhar Digital
magnetismo da Terra
Imagem reproduzida de UOL Economia

Veja Também: Aves conseguem ‘enxergar’ campo magnético terrestre a partir da Mecânica Quântica, aponta estudo

Mas, afinal, o que é a declinação magnética da Terra?

Percebeu no trecho da nota oficial da Decea destacado antes que é citado "Norte Verdadeiro" e "Norte Magnético"? Estranho isso, não é mesmo? Quando estudamos os mapas da Terra na escola, nos baseamos na Rosa dos Ventos. Acontece que esse norte só serve para plantas de obras e sistemas de GPS dos carros, por exemplo. Agora, as aeronaves precisam se basear em um sistema mais preciso, sendo o norte indicado pela bússola, baseado no magnetismo do planeta. O que precisamos entender é que o norte da Terra, como um enorme ímã, não está realmente alinhado com os polos; e tem mais, ele se desloca com o tempo.

Por exemplo, em 1831, o Norte da Terra era nas ilhas do Ártico canadense. Depois, passou para um ponto na costa da Groelândia, numa velocidade de 0 e 15 km por ano. E agora está se movendo em direção à Sibéria, numa velocidade mais acelerada, entre 50 e 60 km. Esse Modelo Magnético Mundial (WMM) é registrado de tempos em tempos - o que, na prática, não compromete em nada as atividades dos pilotos, só realmente ajustando os equipamentos a essa declinação ou eixo.

magnetismo da Terra
Imagem reproduzida de Monolito Nimbus

Corremos algum risco por essas alterações de magnetismo?

A última atualização do WMM foi feita em 2020. E é preciso deixar claro que, mesmo que a Terra esteja mudando constantemente seu Norte Magnético, existe uma tolerância eletrônica dos equipamentos alinhando as aeronaves às pistas; e é aceitável uma pequena variação desse campo. Quando necessário os devidos ajustes para um país, então a Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) avisa o órgão interno e tudo certo.

Quer saber mais sobre o assunto? Confira o vídeo a seguir com a explicação de duas grandes feras do YouTube!

Veja Também: A Engenharia Eletromagnética e o uso da 3DEXPERIENCE Works Simulation


Fontes: Olhar Digital.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com [email protected] para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

LEIA O PRÓXIMO ARTIGO