A IoT ou Internet of Things, a Internet das Coisas, é uma consequência do avanço em várias áreas de serviços, dispositivos, sistemas e comunicação; e seu nome faz justamente referência com a conexão de tudo isso.

Hoje, vivemos uma realidade em que sabemos de computadores controlando objetos e objetos controlados por computadores e que são usados para prover diversos serviços diferentes. Ou seja, é uma tecnologia que estará presente em nosso futuro, claro, mas que já está sendo usada em diversas áreas – inclusive ajudando a tornar o mundo melhor. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

internet das coisas
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Qual o significado de IoT?

É difícil, atualmente, pensar em uma vida sem conexão com a Internet. E a Internet das Coisas visa usar esta enorme rede de dispositivos conectados a favor de deixar a vida de todos mais fácil, seja através de elementos simples, como smartphones, somados a sistemas de automação de tarefas, gadgets, e mais. Resumindo, a ideia é usar objetos físicos do dia-a-dia, conectados à Internet, para reunir e transmitir dados.

Como surgiu a Internet das Coisas?

O conceito de Internet das Coisas surgiu em 1999, dentro do Laboratório de Auto-ID do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

O pesquisador de tecnologia Kevin Ashton estudava a identificação por radiofrequência em rede e tecnologias de sensores quando concebeu um sistema de sensores omnipresentes que ajudaria a conectar o mundo físico à Internet.

Isto acabou se desdobrando também em um sistema global de registro de bens usando um sistema de numeração único, o código eletrônico de produtos. As tais “etiquetas inteligentes” identificariam objetos que poderiam ser, então, controlados por outros equipamentos, e não por seres humanos!

Quais as possíveis utilizações da IoT nas atividades humanas?

Agora já se sabe que a Internet das Coisas pode ser usada em diversas áreas das atividades humanas. E isto está cada vez mais simples e menos raro para indivíduos, instituições, empresas e cidades inteiras! Por exemplo, em ações de tratamentos médicos. Mas, aqui, iremos focar nas alternativas que impactam Engenharias e Arquitetura.

Residências

Dentro de casa, muitas coisas podem ser exemplo de Internet das coisas. Para começar, TVs smart e videogames! Também as novas geladeiras – que podem dar informações sobre estoque e vencimento de alimentos -, fogões – com sistema corta gás -, ar condicionados – com ajuste de temperatura -, aspiradores robôs, lâmpadas – que emitem com ajustes de intensidade e emissão de luzes em tons específicos -, e até berços para bebês – com monitoramento detectando alterações nos sinais vitais da criança.

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Saiba mais sobre a Internet das Coisas (IoT) na Construção Civil

Hospedagens

A Internet das Coisas funciona muito bem para empresas hoteleiras. Um exemplo é a Atrio Hotel Management, administradora de hotéis que acaba de criar a Xtay, uma plataforma informatizada que conecta investidores e hóspedes. Seu aplicativo coordena a demanda de locações distribuídas entre investidores participantes que desejam colocar imóveis para a locação.

Para os seus clientes, fica o benefício de comparar preços, localizações, espaços e mais; além de fazer check-in e check-out digitais e com total privacidade. Para os proprietários, custo baixo de operação, soluções inteligentes para projetos e execuções de decoração, e mais.

Aliás, os sistemas de gestão de serviços com equipamentos e softwares também são utilizados pelos hotéis em fechaduras inteligentes, reconhecimento facial, criação de notas fiscais, e mais. Fora isso, tem as etiquetas e os chips minúsculos para coleta e armazenagem de dados via sinais de rádio – ajudando em coisas como “chipar” funcionários e até toalhas.

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Urbanismo

Neste caso, a Internet das Coisas é essencial para o conceito de Cidades Inteligentes – que levam em conta sustentabilidade, eficiência e qualidade de vida. Ela ajudaria, por exemplo, no controle de tráfego com semáforos programados e sistemas que avisam os motoristas das vagas para estacionar; sistemas de reaproveitamento de água para a irrigação em jardins e fontes públicas controlados digitalmente; sistema de iluminação pública, que tem postes dotados de sensores de presença; ciclovias inteligentes; e mais.

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Veja Também: As cidades inteligentes podem ser a solução para os atuais problemas urbanos?

Agricultura

Na agricultura, empresas como a Agrosmart usam drones que realizam imagens aéreas e análises meteorológicas para ajudar os produtores a identificar os melhores locais para plantar as novas safras – por meio de dados de radiação solar, direção do vento, pressão barométrica e o pH das espécies. Já outras empresas oferecem tratores automatizados que usam dados de satélite para controlar desperdícios e até fazer o trabalho de funcionários no período da noite.

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Fontes: Wikipédia, Tecnoblog, Época Negócios, Revista Hotel News.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O Projeto do Ano 2021 – 2021 Project of the Year – é uma iniciativa da empresa Dassault Systèmes, líder mundial na criação de softwares de desenho em 3D, prototipagem em 3D e soluções para product lifecycle management. O concurso está com inscrições abertas! Trata-se de uma competição mundial de estudantes, que tem como objetivo incentivar pessoas do mundo todo a desenvolver ideias criativas e sustentáveis.

Quem pode participar dessa competição mundial de estudantes?

Jovens a partir de 16 anos podem se inscrever no concurso. Ao participar, é concedida uma licença gratuita da plataforma de design 3D Experience. Assim, os participantes podem desfrutar da ferramenta para pôr as suas ideias em prática mais facilmente. Além disso, é possível submeter um projeto já existente, mesmo que tenha sido criado em outra plataforma.

Serão escolhidos 16 projetos ganhadores, onde inovação e sustentabilidade serão critérios determinantes. O processo passará por um júri popular, com votos contados nas redes sociais. Os vencedores ganharão prêmios como um console Nintendo Switch, uma E-scooter ou um cupom para imprimir o projeto em 3D, usando os serviços da 3D Experience Marketplace Make.

Mas, atenção! O prazo final da inscrição é dia 13 de junho de 2021 e deve ser feita através do site da Dassault Systèmes! O regulamento e todas as demais informações sobre concurso constam no site da empresa. Já os vencedores da competição serão anunciados cerca de um mês depois!


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Quem foram os ganhadores no último ano?

Na edição do ano passado, 2020, a competição mundial de estudantes teve 17 ganhadores, com mais de 250 projetos de participantes de 27 países diferentes. Por exemplo, chassis de motocicleta de corrida, pulverizador de pesticidas com múltiplos bicos para agricultura, e cadeira de rodas semi autônoma. Aliás, a saber, na edição de 2018, o Brasil foi um dos vencedores, com uma aeronave criada a partir da plataforma CATIA V5.

E aí? Ficou animado com a ideia de participar desta competição de ideias? Compartilhe esta notícia com um amigo estudante que possa se interessar!


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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Os terremotos são eventos naturais impressionantes e, muitas vezes, devastadores. Um dos mais marcantes da história recente foi o Grande Terremoto de Tohoku, ocorrido no Japão em 11 de março de 2011. Com magnitude de 9.1 na escala Richter, esse tremor foi o mais intenso já registrado no país e um dos maiores do mundo.

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Imagem da cidade de Fukushima após terremoto | Imagem reproduzida de Revista Exame

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Consequências devastadoras do terremoto de Fukushima:

  • Mais de 18 mil mortos e desaparecidos;
  • Deslocamento da costa japonesa;
  • Mudança no eixo de rotação da Terra, entre 10 e 25 centímetros, encurtando o dia em 1,8 microssegundos;
  • Tsunami e acidente nuclear causados pelo tremor.
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Imagem da cidade de Fukushima após terremoto | Imagem reproduzida de MDig

O que causa os terremotos?

Para entender a origem desses fenômenos da natureza, é preciso compreender a crosta terrestre!

A Teoria das Placas Tectônicas, sucessora da Teoria da Deriva Continental, afirma que a crosta terrestre não é uma placa imóvel, mas sim blocos rochosos semirrígidos que se movimentam sobre o manto de forma lenta e contínua, podendo se afastar ou se aproximar umas da outras.

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Representação das placas tectônicas | Imagem reproduzida de Eric Gaba via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B3nica#/media/Ficheiro:Tectonic_plates_boundaries_detailed-en.svg

A Terra é dividida em 52 placas tectônicas, sendo 14 maiores e principais e 38 menores. A partir da movimentação do magma abaixo da crosta terrestre, as placas tectônicas se deslocam e podem acabar se encontrando. Esse movimento é lento e gradual, por isso é que as tensões entre as placas se acumulam durante anos até atingirem o limite de resistência das rochas. Quando isso ocorre, há o rompimento – em questão de segundos -, liberando toda energia acumulada; e as ondas sísmicas se espalham, atingindo regiões próximas.

A saber, abalos sísmicos que ocorrem em áreas continentais, ou seja, em terra firme, são chamados de terremotos. Já os abalos ocorridos nos oceanos são chamados de maremotos. E o ponto onde começa o tremor é o epicentro!

Tipos de abalos sísmicos

  • Terremotos: Tremores que ocorrem em terra firme.
  • Maremotos: Tremores que acontecem nos oceanos e podem gerar tsunamis.
  • Epicentro: Ponto onde o tremor se inicia e de onde as ondas sísmicas se espalham.

Como a intensidade dos terremotos é medida?

A intensidade dos terremotos é medida pelo sismógrafo. Esse aparelho é capaz de analisar o movimento do solo na direção norte-sul, leste-oeste ou cima-baixo utilizando a Escala Richter como unidade de medida. Observe as imagens a seguir!

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Representação de um sismógrafo | Imagem extraída de Wikiciencias – https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Sism%C3%B3grafo
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Sismógrafo real | Imagem reproduzida de InfoEscola, via Yamaguchi先生 em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kinemetrics_seismograph.jpg

Escala Richter

Elaborada por Charles Richter, em 1935, essa escala mostra o quão forte pode ser um tremor. Seus valores vão de 1 a 10 – aliás, quanto mais alto esse valor, mais forte é o terremoto. Esses valores se comportam de forma exponencial (10^n), ou seja, terremotos de escala 2 são 10 vezes mais forte do que terremotos de escala 1 e assim por diante.

Escala Mercalli

Outra escala muito utilizada é a Mercalli, que mede o poder de destruição de um terremoto na sociedade. Ela varia de I a XII – onde I é o mais fraco e XII é o mais forte. E essa forma de medição é interessante quando relacionada com a Richter, pois, muitas vezes, os abalos podem ocorrer em áreas desérticas, causando pouco dano à população.

O impacto dos terremotos recentes

O terremoto de Fukushima foi um dos mais devastadores do século XXI. Mas outros tremores também marcaram a história recente.

Em 8 de setembro de 2023, um sismo de magnitude 6.8 atingiu o Marrocos, sendo o mais forte da história moderna do país. O tremor afetou gravemente Marraquexe, destruiu vilarejos e deixou milhares de mortos e desaparecidos. As buscas por sobreviventes foram dificultadas pela infraestrutura local.

Veja o impacto do terremoto de 2011 no Japão

Assista a um vídeo impressionante sobre esse evento catastrófico:

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Segurança Sísmica: Por Que Devemos Priorizar a Construção à Prova de Terremotos

O Que São os Terremotos Lentos e Como Eles Ajudam a Prever Grandes Abalos Sísmicos?


Fontes: Brasil Escola, UFMS.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Óxidos de nitrogênio, comumente referidos como NOx, são os principais contribuintes para problemas respiratórios e distúrbios cardiovasculares. Muitas pessoas não estão cientes de que aeronaves em ‘altitude de cruzeiro’ emitem uma quantidade constante de NOx, o que, de acordo com pesquisas, está associado a cerca de 16.000 mortes prematuras a cada ano.

Diante dessa problemática, engenheiros do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) desenvolveram um conceito inovador para a aviação visando a mitigação desse problema. Inspirados nos sistemas de controle de emissões encontrados em veículos terrestres a diesel, especialmente nos sistemas de pós-combustão, eles aplicaram essa abordagem ao contexto aeronáutico com um foco em sistemas elétricos. Leia mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Na imagem, uma aeronave emite poluentes no momento da decolagem.
Emissão de poluentes por aeronaves. | Imagem reproduzida de Federação Nacional dos Engenheiros

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Tecnologia inovadora para controle de emissões de NOx nas aeronaves

Atualmente, os motores das aeronaves possuem turbinas a gás nas asas. Implementar um sistema de controle de emissões nessas turbinas seria um grande desafio, pois interferiria no empuxo dos motores.

A solução proposta pela equipe do MIT foi integrar o sistema de controle de emissões no porão de carga da aeronave. Nessa abordagem, a turbina a gás geraria energia elétrica por meio de um gerador, que alimentaria as hélices e ventiladores. O controle de poluentes seria realizado com um sistema de pós-combustão, similar aos utilizados em veículos a diesel. Após o tratamento, o ar seria liberado na atmosfera de maneira mais limpa.

Steven Barrett, professor de aeronáutica do MIT, afirmou: “Ainda que seja um grande desafio de engenharia, não há obstáculos físicos fundamentais. Essa abordagem pode ser uma solução viável para alcançar uma aviação com impacto ambiental zero.”

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Inserção da tecnologia turboelétrica nos aviões

A incorporação de tal tecnologia na seção central de uma aeronave equivalente a um Boeing 737, por exemplo, acarretaria em um aumento de cerca de 0,6% no consumo de combustível durante o voo. Isso torna o projeto mais viável em comparação com a utilização de grandes quantidades de baterias para a mesma finalidade.

poluição aeronaves
Boeng 737 não gastaria mais do que 0,6% com a inserção do dispositivo. I Imagem de Ralf Manteufel em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Boeing_737#/media/
Ficheiro:Lufthansa_737-130_D-ABED.jpg

O novo conceito de design híbrido-elétrico, também conhecido como “turboelétrico”, tem potencial para reduzir em até 95% as emissões de NOx provenientes da aviação. Se essa tecnologia fosse adotada em todas as aeronaves globais, as mortes prematuras poderiam ser reduzidas em até 92%.

Perspectivas para o futuro da aviação sustentável

Atualmente, a equipe de engenheiros trabalha em um projeto de impacto ambiental nulo, o que significa que além de eliminar as emissões de NOx, também não haveria liberação de dióxido de carbono e outros produtos químicos prejudiciais. Para Barrett, é imperativo alcançar um estado de zero impacto climático e zero mortes causadas pela poluição

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Fonte: Massachusetts Institute of Technology

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Engenharia 360

Letícia Nogueira Marques

Estudante de Engenharia de Materiais e Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC e mecânica de produção veicular pelo SENAI Mercedes-Benz; já atuou na área de Facilities com foco em projetos de sustentabilidade para redução de impacto ambiental.

Em nosso dia-a-dia, temos bastante contato com diferentes tipos de motores elétricos. Eles têm uma grande importância para as nossas vidas. Estão presentes em eletrodomésticos – como liquidificadores, batedeiras ou micro-ondas, por exemplo -, em bombas d’água, ventiladores, carros e na indústria dos mais variados tipos de máquinas. Continue lendo para saber mais!

O que são motores elétricos?

Motores elétricos, são dispositivos capazes de transformar, de forma rotativa, energia elétrica em mecânica. Portanto, são úteis em várias aplicações e se caracterizam por ter uma construção e utilização relativamente simples, limpa e de baixo custo!

Como funcionam os motores elétricos?

O princípio de funcionamento dos motores elétricos se baseia na indução eletromagnética, onde, ao se aplicar uma tensão em seus terminais, gera-se um campo eletromagnético capaz de fazer seu rotor girar. Esse efeito foi descoberto pelo físico e químico Michel Faraday, em 1832. Inclusive a obra literária ‘Máquinas elétricas e acionamentos’, de Edson Bim, cita que Faraday percebeu que tensões elétricas ou forças eletromotrizes – fem – surgem em bobinas quando um fluxo magnético variante ocorre em seu interior.

engenharia elétrica
Imagem extraída de Motores Elétricos Sorocaba

Pois bem, os motores elétricos se constituem basicamente de um estator e um rotor, onde a influência eletromagnética do primeiro faz com que o outro gire. A saber, a forma de construção e componentes disso mudam conforme o tipo de motor e aplicação e, obviamente, existem vários. A seguir, veremos dos tipos mais utilizados!

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Quais os tipos de motores elétricos?

1. Motores monofásicos

Talvez o tipo de motor elétrico que a gente tem mais contato no dia a dia. O motor monofásico assíncrono é utilizado em aplicações que exigem uma potência menor e se caracterizam por serem alimentados em tensão alternada por uma ou duas fases. Sua utilização é comum em ventiladores, eletrodomésticos, bombas e esmeris pequenos.

Estes equipamentos não seriam capazes de partir sozinhos por não haver uma defasagem no fluxo magnético. Portanto, necessitam de dispositivos auxiliares que ajudam na sua partida – como enrolamentos de fase dividida, capacitores permanentes, capacitores de partida, entre outros.

Motor monofásico
Motor monofásico. Imagem extraída de Depositphotos.

2. Motores trifásicos

Como o próprio nome diz, o motor de indução trifásico é alimentado por três fases – que, por serem defasadas 120° uma da outra, produzem um campo magnético girante no estator e que, por sua vez, passa esse movimento para o rotor. Sua construção é simples. E possui basicamente duas partes principais: o estator e o rotor – ambos, por terem um baixo custo, são encontrados facilmente no mercado e em muitas aplicações industriais.

Estatores de motores elétricos trifásicos
Estatores de motores trifásicos. Imagem extraída de Depositphotos.

3. Motores síncronos

A saber, existem motores síncronos monofásicos e trifásicos. Geralmente são utilizados em aplicações de grande porte. A principal característica deles é que a velocidade do seu rotor – chamada de ‘velocidade síncrona’ – é constante e igual ao campo girante do estator independente da carga acoplada em seu eixo. Portanto, não possuem o que chamamos de “escorregamento”, que nada mais é a porcentagem da diferença de velocidade entre rotor e campo girante.

Lembrando que esse fenômeno ocorre por conta do seu rotor possuir um eletroímã ou ímãs permanentes, sendo responsáveis pela sincronização com o campo do estator.

Motor síncrono em corte
Motor síncrono em corte. Imagem extraída de Depositphotos

4. Motores de corrente contínua

As aplicações dos motores CC são diversas. Eles podem ser encontrados em brinquedos, nas indústrias e até na transmissão de carros elétricos. Podem ser alimentados por uma fonte de energia contínua. A velocidade desses motores é facilmente controlada apenas variando a sua tensão. Seus principais componentes são:

  • Enrolamento de campo – estator -, onde é gerado o fluxo magnético que influenciará o enrolamento de armadura – rotor – e que também pode ser feito de ímãs permanentes.
  • Comutador, localizado no rotor, e que é responsável por manter o torque do motor sempre no mesmo sentido conforme a rotação
  • Escovas, feitas de carvão e que transmitem a energia para o enrolamento do rotor.
Motor CC
Motor de corrente contínua. Imagem: Depositphotos

5. Motor de passo

Esse tipo de motor é capaz de se movimentar com alta precisão angular devido à construção de seus polos magnéticos e ao circuito de controle feito eletronicamente através de um drive. Sua resolução é definida pelo ‘número de passos por volta’ – por exemplo, 200 ou ângulo de passo 1,8°.

Nesse caso, o drive realiza a sequência de acionamento das bobinas do estator; assim, a cada comando enviado para ele, os enrolamentos são alimentados de tal forma que faz com que o rotor se movimente no ângulo desejado. E os motores de passo são empregados em locais que exigem precisão de movimento, como impressoras 3D, fresas CNC, injeção eletrônica de automóveis e diversas aplicações industriais.

Motor de passo
Motor de passo. Imagem extraída de Flickr

6. Servo motor

Também é utilizado em aplicações que exigem alta precisão. A principal característica de um servo motor é a presença de um feedback de posição e velocidade acoplado em seu eixo, que pode ser através de um encoder, potenciômetro ou resolver, e ter acionamento CC ou CA, dependendo de sua aplicação e potência. Dessa forma, através de um controlador, é possível saber com exatidão a posição do motor e realizar acionamentos precisos, tornando-o útil em aplicações que se beneficiam dessa característica.

Servo motor
Servo motor. Imagem extraída de Kalatec

7. Motores brushless

Por fim, os Brushless DC Motors ou ‘motores de corrente contínua sem escovas’, são constituídos de ímãs permanentes e estatores que, através da atração e repulsão magnética, geram movimento de forma síncrona. Podem ser encontrados em drones, aeromodelos, em aplicações industriais e em veículos elétricos.

Basicamente, são como os motores síncronos vistos anteriormente, mas com o detalhe de que eles necessitam de um controle eletrônico para criar o campo eletromagnético girante. E alcançam velocidades altas e, por não possuírem escovas como os motores CC, sua vida útil e potência são maiores por não terem atritos mecânicos.

Motor brushless
Motor brushless. Imagem extraída de KDEdirect

Considerações Finais

Como pudemos ver, os motores elétricos são máquinas essenciais para o desenvolvimento da sociedade e, com certeza, uma das invenções tecnológicas mais importantes. Existem vários outros tipos de motores para as mais diversas aplicações. Nossa dica é: pesquise mais sobre as outras variedades, acionamentos e as teorias por trás dessas máquinas, vale a pena!

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Fonte: Mundo da elétrica, Kalatec.

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Engenharia 360

Luan Rodrigues

Engenheiro eletricista e MBA em engenharia e gestão de energias renováveis. Fanático por filmes, música e tecnologia.

Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo uma nova técnica baseada em inteligência artificial, que torna possível a automatização da análise qualitativa de sementes agrícolas. Hoje em dia, tais análises são exigidas pela lei brasileira, sendo, aqui, realizadas manualmente por profissionais credenciados através do Mapa – o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

agricultura
Imagem de Martin por Pixabay

O desenvolvimento da nova técnica é o resultado da colaboração entre pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ambas instituições abrigadas pela USP – a Universidade de São Paulo. Já o financiamento das pesquisas é feito pela FAPESP – a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

A fim de obter imagens detalhadas das sementes, os cientistas usam tecnologias baseadas em luz, assim como se vê na área de cosméticos também. Depois disso, são usadas técnicas de aprendizagem, para que a máquina automatize as interpretações das imagens obtidas. A vantagem do processo é que não é invasivo, ou seja, sem a necessidade de destruir as sementes. Além disso, o novo método pode ser aplicado a todo um lote de sementes, e não apenas a uma amostra, como ocorria antes.

Testes com sementes de tomates e cenouras

agricultura
Imagem de Christine Sponchia por Pixabay

As espécies utilizadas para testagem foram tipos de tomate produzidos no Brasil e Estados Unidos e cenouras produzidas no Brasil, Itália e Chile. Os alimentos foram escolhidos por seu caráter “universal”, pois há uma demanda crescente por eles em todo o mundo.

Além disso, são alimentos cuja colheita é feita em parcelas. Entretanto, o processo de maturação dos frutos nem sempre é uniforme. Sendo assim, as novas técnicas podem ajudar a detectar sementes imaturas, gerando um melhor aproveitamento das mesmas.

As técnicas também inovam na velocidade de obtenção dos resultados. A título de curiosidade, com os métodos tradicionais, pode-se levar até duas semanas para obter a análise do tomate e da cenoura, por exemplo. Clíssia Barboza da Silva, pesquisadora envolvida no projeto, comenta: “Nossa proposta é automatizar ao máximo o processo, usando fluorescência de clorofila e imagens multiespectrais para analisar a qualidade das sementes, superando esses gargalos”.

Uso de clorofila e luz para geração de dados

agricultura
Imagem de Bob por Pixabay

Informação importante: a clorofila fornece energia suficiente para as sementes armazenarem nutrientes – lipídios, proteínas e carboidratos -, que são importantes para o seu desenvolvimento adequado; depois disso, a clorofila se degrada.

No entanto, “Quando a semente não completa o processo de maturação, resta clorofila não degradada em seu interior. Quanto menos clorofila residual, mais avançada a semente está no processo de maturação, mais nutrientes ela tem e maior a qualidade. Se há muita clorofila, ocorre o inverso: a semente ainda está imatura e tem menor qualidade.”, diz Patrícia Galletti, outra pesquisadora envolvida no projeto.

Patrícia também explica que a clorofila é altamente fluorescente. Isto é, ela pode emitir luz quando exposta a radiações específicas, com comprimentos de onda na faixa do vermelho. Assim, uma parte da energia dessa radiação de luz é perdida por fluorescência.

Essa luz é, então, capturada pelo equipamento, que a converte num sinal elétrico e gera uma imagem em preto e branco. Quanto mais claras as tonalidades que aparecem na semente, maior a quantidade de clorofila. Assim, resumindo, quanto mais clorofila há na semente, mais imatura ela está!

Segundo Clíssia, empresas devem desenvolver equipamentos em breve que permitam que produtores de sementes se beneficiem da tecnologia. “Seria possível, com os resultados da nossa pesquisa, desenvolver um equipamento que use somente luz ultravioleta para caracterizar a qualidade da semente de tomate e lançar no mercado, por exemplo.”

Aliás, três equipamentos utilizados na pesquisa citada neste texto já estão disponíveis para pesquisadores de outras instituições. A saber, o equipamento que permite visualizar a fluorescência das sementes foi criado especificamente para essa pesquisa!


Fonte: Fapesp.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Hoje, eu trago para o Engenharia 360 o Herick Conceição, ele é engenheiro eletricista e trabalha na Irlanda há mais de 5 anos! Incrível né? Mas mais do que isso, o Herick tem um projeto chamado Engenheiros Talks, que tem como objetivo ajudar engenheiros brasileiros a conquistarem um emprego fora do Brasil!

Herick nasceu em Rio Grande da Serra, em São Paulo, e se formou em Engenharia Elétrica pelas Faculdades Integradas de São Paulo, em 2013. Atualmente ele está cursando a pós-graduação em Power Systems – Sistemas Elétricos de Potência – pela Universidade da Cidade de Dublin, na Irlanda. E, por fim, também é pós-graduando em Wind Energy – ou Energia Eólica – pela Universidade de Dundalk, localizada entre Dublin e Belfast.

Eu não sei vocês, mas eu estou muito empolgada para saber detalhes da carreira do Herick e de seu projeto! Vamos nessa?!

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Foto: Herick Conceição (Arquivo Pessoal)

Herick, conta pra gente um resumão da sua história, da sua formação e da sua caminhada profissional até chegar na Irlanda!

“Sou formado em Engenharia Elétrica desde 2013. Todos nós sabemos que para conseguir uma vaga como engenheiro no Brasil, a grande maioria das empresas exige o inglês. Foi então que, em 2015, decidi fazer um intercâmbio para aprimorar o meu inglês, e escolhi a Irlanda pois poderia estudar e trabalhar também.”

A princípio, meus planos eram: vou para o intercâmbio, melhorei meu inglês e volto para o Brasil para atuar na área. As coisas não saíram muito bem como tinha planejado, mas saíram melhores do que eu imaginava!”

No finalzinho do meu intercâmbio, por meio de networking, consegui uma oportunidade de emprego que me daria visto de trabalho e a possibilidade de permanecer na Irlanda.”

Em abril de 2016, comecei nesta empresa (ONG – Organização Não Governamental) fazendo absolutamente de tudo, não tinha tempo ruim. O que eles precisavam eu estava lá para ajudar. Mas eu não estava 100% realizado, pois não estava atuando na área de engenharia. Foi aí que as minhas buscas começaram! Arrumei meu currículo, meu LinkedIn e comecei a aplicar para as vagas de engenharia. Então, em junho de 2017, consegui meu primeiro emprego como engenheiro aqui na Irlanda.”

De lá pra cá já, trabalhei em algumas empresas – dentre elas, a única distribuidora de energia da Irlanda (ESB). Fui o primeiro engenheiro brasileiro a trabalhar na sala de controle, no qual eu tinha a responsabilidade de comandar e controlar toda a energia de todo o país.”

Atualmente, trabalho para uma consultoria de Engenharia Elétrica, realizando projetos do segmento de transmissão, incluindo Wind farm connection na Europa, UK e USA“.

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Foto: Herick Conceição (Arquivo Pessoal)

Como é trabalhar no exterior? Quais as diferenças que você percebeu entre trabalhar no Brasil e na Irlanda?

“Olha, trabalhar em outro país é bem desafiador. A primeira barreira a ser superada é a barreira do idioma, mas, com o passar do tempo, você vai ficando mais confiante e isso se torna normal e fluido.”

“No Brasil, eu tive a oportunidade de trabalhar apenas como técnico. Mas acredito que uma das principais diferenças seja o entendimento das normas locais, e isso você acaba adquirindo apenas com o dia a dia. Também há o desafio de entender a cultura de trabalho que, muitas vezes, é diferente da nossa. É preciso estar sempre aberto a aprender e ser resiliente – estes são itens fundamentais.”

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Herick visitando Dingle, um dos cartões postais da Irlanda (Foto: Arquivo Pessoal)

Nos conte tudo sobre o Engenheiros Talks e seu objetivo com esse projeto!

“Em 2017, após ter conseguido o meu primeiro emprego na área de Engenharia na Irlanda, eu percebi que, sim, é possível conseguir um emprego como engenheiro fora do Brasil.”

“Nesta época, eu encontrava pouquíssimas coisas sobre o assunto na internet e por isso, no final de 2017, nasceu o primeiro Engenheiros Talks evento. Foi um evento presencial e online para todos os engenheiros que estavam na Irlanda e também para quem estava no Brasil com intenção de migrar para a Irlanda. Neste primeiro momento, eu queria apenas motivar outros engenheiros dizendo que era possível e eu era uma prova disso, mas também mostrar o “caminho das pedras”, uma vez que pouco se achava informações na internet.”

“Ao longo destes anos, eu descobri que meu proposito de vida era ajudar as pessoas, e de lá pra cá, o Engenheiros Talks cresceu, tem um canal no Youtube, Instagram, grupo no Telegram e no LinkedIn, e tem ajudado outros brasileiros a migrarem do Brasil para Irlanda, mas fazendo essa mudança com segurança.”

“Hoje, contamos com um time que ajuda outros engenheiros com treinos de entrevistas em inglês e mentorias. Tudo para o engenheiro sai do Brasil com segurança e emprego garantido.”

Confira aqui o vídeo do Engenheiros Talks sobre vistos de trabalho:

Herick, deixe um conselho para nossos leitores que sonham com uma carreira no exterior!

Meu primeiro conselho para quem sonha com uma carreira internacional, é dizer: SIM, é possível. Não desista! Você só precisa estar bem preparado para a oportunidade. Por isso, foque em fazer networking, ter um bom currículo que conte sua história profissional, um Linkedin campeão e uma dose especial de cara de pau. Com essa receitinha, há grandes chances de conseguir um emprego fora do Brasil!”


O que acharam da trajetória e do projeto do Herick? A redatora aqui achou demais e já vai ficar de olho em todos os conteúdos nesta linha que virão em seguida!

Se você tem esse objetivo de trabalhar fora, não deixe de seguir esse projeto nas redes sociais! Estude se informe e vá adiante a seu sonho! E, como diz no primeiro post do Instagram do Engenheiros Talks, citando Carl Sandburge, “Nada acontece ao menos que sonhemos antes”!

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Engenharia 360

Júlia Sott

Engenheira Civil, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; estudou também na Stanford University; passou um período trabalhando, estudando e explorando o Vale do Silício, nos Estados Unidos; hoje atua como analista de orçamentos ajudando a implantar novas tecnologias para inovar na construção civil.

No artigo anterior, o Engenharia 360 fez uma lista de profissões em destaque no mercado atual. Foi abordada a questão da mudança ocorrida em diversos setores por conta da Pandemia do Covid-19. Inclusive, dito que várias áreas da indústria se retraíram, mas que outras se expandiram. Isto quer dizer que nem tudo está perdido para aqueles que ficaram desempregados em meio a esta confusão! Há esperança! Veja a seguir algumas sugestões de empresas de Engenharia onde candidatos podem buscar por vagas de trabalho!

Veja Também: Profissões de Engenharia em alta para trabalhar em 2021 | Lista 360

mercado de trabalho | empresas de engenharia
Imagem de Pixabay

Empresas de Engenharia com boas oportunidades

Ambev

Empresa no ramo de bebidas, com programas de trainee inclusive no Brasil. Profissionais formados em Engenharia Mecânica têm grandes chances.

Appe

Multinacional com marca forte e oportunidades por todo o mundo. Os candidatos precisam gostar, entender e estar a par das novas tecnologias.

Camargo Corrêa

Companhia de Construção Civil do Brasil. Trabalha com grandes obras de infraestrutura, principalmente nos setores de energia, gás e indústria. Os candidatos devem ser formados em Engenharia Civil e Engenharia Mecânica.

CNH Industrial

Empresa com atuação em várias cidades brasileiras – hoje atuando inclusive em sistema home office – com foco em 5S, melhoria contínua e sistemas operacionais. Os candidatos devem entender de operações, vendas e engenharia.

Daimler AG

Atua em várias cidades do Brasil, tendo como foco a indústria automotiva – inclusive a Mercedes Benz do Brasil faz parte dela. Candidato deve ter experiência em engenharia e venda de caminhões, por exemplo.

Dell Technologies

Também está presente no mercado brasileiro, com foco em sistemas operacionais, computação em nuvem e ITIL, e realizando eventos que ajudam no desenvolvimento em liderança. O candidato precisa saber de tecnologia da informação, engenharia e vendas, e pode talvez conseguir praticar trabalho remoto.

Eletrobrás

Empresa com modelo bastante semelhante à Petrobrás e Eletrobrás – que falaremos adiante -, sendo uma das principais geradoras de energia do Brasil – com hidrelétricas e térmicas. O melhor candidato para ela seria aquele formado em Energia Elétrica e Mecânica.

Embraer

Está ligada a diferentes tipos de Engenharia – então, já se supõe que muitos candidatos engenheiros combinam com as suas vagas, incluindo de Mecânica e Desenvolvimento de Processos. Seu foco é a fabricação de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares. E possui atuação no mercado brasileiro e internacional.

Energisa

Está no Brasil e trabalha com foco em sistemas operacionais, engenharia e Microsoft Project. Os candidatos podem hoje atuar parcialmente em sistema remoto e devem ter conhecimentos em engenharia, claro, além de operações e administrativo.

GE

Tem unidades em três capitais brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte -, destaque em trabalhos de engenharia, sistemas operacionais e produtos SAP. Os candidatos devem ter conhecimentos de operações, engenharia, mas também de tecnologia da informação, fora apresentar características como criatividade, respeito às diversidades e curiosidade pela inovação.

Google

Uma das maiores empresas de engenharia da área tecnológica do planeta, em constante expansão, focada em serviços e produtos ligados à Internet – incluindo redes, inteligência artificial, e mais. Em suas unidades, sempre há oportunidades para engenheiros de diversas áreas, inclusive da Mecânica.

Microsoft

Empresa também com atuação no mundo todo, com operações focadas em atividades de desenvolvimento, fabricação e licenciamento de softwares de computador e produtos eletrônicos – como celulares e notebooks -, além de redes sociais – como Linkedin. Os candidatos devem apresentar qualidades voltadas à estas tecnologias.

Petrobrás

Uma empresa onde o maior acionista é o Governo Federal do Brasil, mas com atuação em quatorze países. Seu foco é a exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo, gás natural e derivados. Candidatos devem procurar principalmente as vagas oferecidas em concursos públicos.

SAP

Tem unidades no Brasil e trabalha com produtos SAP, ERP e inteligência de negócios. Os candidatos podem vir a trabalhar em home office – inclusive com ajuda de custo para Internet e energia – e precisam ter conhecimento em tecnologia da informação, engenharia e suporte.

WEG

Está presente em cidades brasileiras como Blumenau, em Santa Catarina, e trabalha nas áreas de engenharia, produtos SAP e sistemas operacionais inclusive no setor de energia solar. E acredita-se que ela pode vir a se beneficiar das ações norte-americanas. Os candidatos devem ter conhecimentos em operações, engenharia e vendas.

Vale ou Companhia Vale do Rio Doce

Uma das maiores mineradoras do mundo, com excelente infraestrutura, presente em cerca de 30 países, com foco em mineração, energia e siderurgia, além da logística por meio de ferrovias, terminais e mais. Candidatos em diferentes áreas de Engenharia podem concorrer às suas vagas.

Votorantim

Está no fim desta lista, mas justamente por ser uma das maiores oportunidades de carreira. Simplesmente é um dos maiores conglomerados de empresas de engenharia do Brasil, atuando na área de energia, cimento, siderurgia, e muito mais. Candidatos podem ser formados em de diversas áreas de Engenharia, como Mecânica e Civil, e deverão trabalhar com projetos, pesquisa e desenvolvimento.

Então, gostou das opções? Está mais animado agora? Diga nos comentários!


Fontes: Pitágoras, UNA, InfoMoney, Época Negócios, UCPEL, Brasil Escola, UOL, Forbes.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A Pandemia do Covid-19 chegou em 2020 como uma grande surpresa para o mercado mundial. Várias economias foram severamente abaladas, incluindo a do Brasil. Ficou a incerteza dos profissionais sobre qual destino dar para as suas carreiras, fora que muitos acabaram desempregados em meio a esta confusão. Mas chegou a hora de dar a volta por cima! O Engenharia 360 preparou uma lista especial de profissões de engenharia para quem deseja mudar o seu destino em 2021!

Veja Também: Tendências 2021: descubra o que deve dominar a Indústria da Construção Civil [inclusive no Brasil]

Profissões de Engenharia em destaque no mercado atual

Setor da Tecnologia e Informação

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A transformação digital está extremamente acelerada neste momento, inclusive por conta do coronavírus. Muitas empresas resolveram, neste último ano, investir ainda mais em tecnologia, buscando a assessoria de cientistas e engenheiros de diversas áreas, como de Engenharia de Softwares, Computação, Física, entre outras. A necessidade é por serviços como digitalização de processos, automação, coleta de dados, criação de banco de dados, composição de manuais, análise de sistemas, análise de segurança cibernética, desenvolvimento de interfaces, desenvolvimento de robôs, implementação de redes, utilização de inteligência artificial, elaboração de estatísticas e mais.

Setor da Indústria

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Imagem de Pixabay

Por conta do atual cenário mundial, certas áreas da indústria se retraíram e outras se expandiram. Para estas, os engenheiros de produção passaram a atuar com mais força com controle de qualidade e na criação de estratégias e desenvolvendo projetos para otimizar processos e reduzir custo de bens e serviços, visando melhorar a eficiência das produções – acompanhando de perto a logística do negócio. A Engenharia de Controle e Automação deve considerar a eficiência e inserção tecnológica na cadeia produtiva – mais agilidade e menos erros. E a Mecânica desenvolve projetos e observa o funcionamento das máquinas em operação.

Setor da Construção

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Como sempre, esta é uma das áreas mais promissoras no mundo – sempre há vagas de sobre neste setor -, realizando grandes e pequenas obras, projetos de infraestrutura e reformas de moradias. Espírito de liderança, neste caso, é mais do que bem vindo! Acredita-se que, mesmo diante da crise, as pessoas voltem a consumir bens e serviços em mais quantidade. Elas buscam mesmo investir em qualidade de vida – um pensamento que deve se estender para a gestão pública, com obras de vias, praças e mais. E não podemos nos esquecer de que os engenheiros da área da construção se envolvem em projetos de energia, mineração, agronegócio, e mais. No momento, aqueles que se especializarem em Engenharia Sustentável terão ainda mais destaque no mercado!

Setor Farmacêutico

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Por conta da maior necessidade em pesquisas, estudos e desenvolvimento de medicamentos, vacinas e mais, o setor farmacêutico também está bem mais aquecido do que o “normal”. Inclusive, a ideia do Governo do Brasil é diminuir a dependência internacional por ingrediente ativo. Podem atuar nesta área os formados em Engenharia Química, por exemplo. Aliás, os químicos também contribuíram para os setores de alimentação, celulose, petróleo e mais, foram diversos projetos de soluções para redução de impacto ambiental – um assunto também muito quente dentro do nosso país.

Então, gostou das opções? Está mais animado agora? Diga nos comentários!


Fontes: Pitágoras, UNA, InfoMoney, Época Negócios, UCPEL, Brasil Escola, UOL, Forbes.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Assim como todo novo assunto ou tema, o início de sua disseminação é sempre um momento delicado para a propagação de informações sem a devida verificação. E com o BIM não foi diferente!

O que aconteceu? Principalmente, foram duas vertentes de informações: 

  • Explicações que tendiam a serem mais simplificadas, totalmente adequadas para o início da disseminação da metodologia BIM, o que até facilitou alguns entendimentos chave da metodologia; e
  • Posicionamento forte de algumas empresas de software que, para terem um bom posicionamento de mercado para gerar vendas, acabaram gerando certos “sinônimos” que não são precisos.

Ambas origens de informações são compreensíveis e naturais, especialmente a primeira. Foi graças a ela que a metodologia pôde ser bem disseminada na indústria da Construção Civil e Arquitetura

Porém, juntamente com a facilidade na explicação, vêm as lacunas que elas deixam – que, aliás, podem ser complementadas por informações imprecisas!

bim
Verdade ou mais um dos mitos sobre BIM? Descubra! | Imagem extraída de Refrigerantes Convenção

Mitos comuns sobre BIM

1. “É projeto em 3D”

Começando com um mito clássico do início das conversas sobre BIM no Brasil. Esse mito provavelmente foi criado para facilitar, ao máximo, a explicação de BIM para leigos, especialmente para os de fora do setor.

Mas já está na hora de aposentar o uso desta explicação. É fato que todo projeto em BIM apresenta recursos 3D para a visualização dos modelos. Porém, a recíproca não é verdadeira quando invertemos os papéis! 

Nem todo projeto 3D é BIM, pois, se não há parametrização das informações do modelo, não podemos chamar de BIM. Uma representação em 3D em softwares como Sketchup e Civil 3D, mas que todos os elementos são geométricos somente – sem informações de material, marca, desempenho, por exemplo -, não podem ser chamados de BIM.

2. “É Revit / É um software”

Esse talvez seja o mito mais perigoso para a disseminação da metodologia BIM. Isso porque atrelar toda uma metodologia a somente uma única ferramenta de uma empresa só é tornar simplório todo um potencial grandioso!

Esse “sinônimo” começou pelo posicionamento de mercado que o Revit conseguiu ter no Brasil. Mas o primeiro passo para entender as diferenças é revisitar os conceitos comparar com a atuação do software, como explicado aqui.

Mas, resumindo, o BIM apresenta uma gama bastante ampla de softwares, com diferentes finalidades. Já o Revit é uma das opções para somente uma das finalidades, tendo outros concorrentes equivalentes de peso no mundo – com o Archicad da Graphisoft, na Europa e Ásia, e Edificius da ACCA, também na Europa.

Existem ainda pelo menos outras 16 “categorias” de softwares, como a de ‘Criação e Concepção‘ – que seria onde o Revit se enquadra mais. Este post lista todas e traz ainda algumas dicas de como escolher o software ideal!

Mas, resumindo, a mensagem mais importante é: Revit é UM software BIM, mas BIM não é só Revit e nem um software!

Para entender melhor o conceito, o primeiro passo pode ser conferir o e-book do BIM na Prática com apoio do Engenharia 360. O que acha?

3. “No BIM os quantitativos são automáticos”

Esse mito é o mais complicado de quebrar. Você já deve ter ouvido falar nele pelo menos alguma vez quando alguém listava as vantagens do BIM. 

Acontece que o BIM traz escalabilidade na extração dos quantitativos, porém eles não são “automáticos” se pensarmos em um quantitativo cem por cento adequado ao seu propósito.

Para você conseguir extrair o quantitativo “automático”, primeiro precisa definir qual o formato das informações precisa. Depois precisará modelar aquela informação de acordo com suas demandas, se encaixando na EAP do cliente.

Algumas perguntas importantes de se fazer ao pensar nas estratégias de modelagem:

  • Quais serviços ainda não foram definidos a metodologia construtiva?
  • Quais insumos estão na curva A e B – da curva ABC – do cliente?
  • Como é a estrutura de EAP do cronograma físico-financeiro do cliente?
  • Preciso modelar todos os elementos para extrair o quantitativo do insumo ou esse quantitativo pode ser baseado por outro parâmetro como parâmetro?
    • Exemplo: modelar a parede para extrair a quantidade de reboco, ou consigo extrair isso pela área de parede? Qual nível de precisão é necessário?
    • Exemplo 2: modelar a camada de impermeabilização para extrair o quantitativo de impermeabilizante ou posso extrair da área de piso multiplicada por um fator? Qual nível de precisão é necessária?

Uma vez respondidas essas e várias outras perguntas, aí você pode partir para a modelagem dessa informação, de acordo com sua necessidade. E aí sim a extração de quantitativos começa a ser automatizada e em linha com a demanda, ou seja, mais automatizada.

É certo que a experiência profissional agrega muito nessas decisões. Por isso, buscar aprender com quem já aplica pode tornar seu processo de modelagem muito mais eficiente!

imagem representando um dos mitos do bim
Exemplo de uma etapa de modelagem BIM: coordenação (Fonte: BIM na Prática)

4. “Projeto em BIM é mais caro”

O exemplo dado no mito acima é um ótimo ponto de partida para entender porquê algumas pessoas – projetistas e contratantes – acham o BIM mais caro.

Fazer a construção virtual do empreendimento abre muitas possibilidades, inclusive a ansiedade de modelar elementos em excesso. E é nesse ponto que muitos projetos se tornam excessivamente custosos, pois demandam muito tempo.

Profissionais iniciando na metodologia BIM, especialmente, acabam não tendo tão claro qual o propósito do modelo e aplicam mais tempo do que o necessário em sua modelagem. Como os projetos são precificados pela estimativa de tempo alocada neles, acabam ficando mais caros.

Mas se o objetivo estiver bem claro, é inegável que o BIM entrega muito mais resultado do que um projeto em AutoCad. Dessa forma, mesmo com licenças de softwares mais caras, o BIM traz um retorno sobre o investimento muito maior

No final das contas, o BIM até pode ser mais caro que o projeto convencional – e isso não é uma regra também, mas, sendo bem feito, ele entrega muito mais economia e eficiência para o contratante!

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5. “É só para projetistas”

Para ser direto sobre esse ponto, além de todos os possíveis softwares da metodologia e suas finalidades, como citados anteriormente neste post, devemos entender outras aplicações da metodologia. Só para exemplificar:

  • Fazer uma análise de desempenho térmico da edificação;
  • Análise de isolamento acústico;
  • Estudo de custos e orçamentação da obra;
  • Análise de cenários de planejamento e cronograma;
  • Viabilizar e facilitar o processo de industrialização de uma parte da obra; e
  • Digitalizar o processo de checagem de interferências em obras.

Enfim, o BIM veio para mudar toda a cadeia produtiva da Construção Civil e não somente otimizar os projetos!

6. “É muito fácil / É muito difícil”

Esse último mito é um tanto quanto paradoxal. Pois, de um lado, temos a visão de quem acha a metodologia BIM muito fácil, pela vasta gama de possibilidades que ela abre. Mas, do outro, temos quem começou a trabalhar na metodologia e vê que ela não é tão simples quanto parece.

Para quem já utilizou um software BIM, deve ter percebido que é possível fazer de tudo nele. Ele muda muito diversas coisas, mas também não precisa ser tudo ao mesmo tempo e no maior detalhe possível. É justamente por essas possibilidades que ter um entendimento da metodologia, e não só de softwares, é crucial para aplicar o BIM “na dose certa”!

Mas e por onde começar? A melhor resposta talvez seja do especialista em BIM, Jorge Neto – entrevista a seguir:

Os mitos sobre BIM: ser muito difícil ou simples

“BIM é começar! Faça o que faz hoje no BIM e vá sentindo ganhos e dificuldades. (…) Você vai perceber que não é nem tão fácil e nem tão difícil.” – Jorge Neto.

Cada objetivo traz complexidades e facilidades diferentes. É importante entender primeiro o objetivo antes de decidir qual grau de complexidade será aderido ao modelo!

Conclusão

É fácil criar expectativas desalinhadas ou receber informações carregadas de imprecisão quando  se trata de algo novo. Mas como pôde ser visto, um pouco de criticidade e curiosidades ajudam a esclarecer diversas armadilhas sobre a metodologia BIM.

Damos duas dicas finais que elucidam tanto os mitos listados neste post quanto outros – deixamos como recomendação para qualquer profissional começar: 

  • Aprenda a base da metodologia – não vá direto aos softwares; e
  • Entenda seu objetivo com a metodologia antes de aplicá-la.

E você, já ouviu alguma “lenda” do BIM? Ou você mesmo possui alguma dúvida? Escreva para a gente aqui nos comentários!


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