Oi galera! Hoje trouxe para o Engenharia 360 minha amiga de infância e ex colega de escola, Roberta. Ela irá compartilhar conosco sobre como foi sua trajetória na engenharia elétrica e como ela ingressou no mestrado! Conhecer a história de pessoas e ouvir seus conselhos pode ajudar muito a caminhada profissional de acadêmicos e recém-formados que estão passando por essas escolhas.
Então, bora conhecer essa engenheira e saber tudo sobre sua trajetória na faculdade e no mestrado!

Roberta, se apresente para a galera e conte o porquê você escolheu a engenharia!
Olá! Meu nome é Roberta Carvalho Marques, sou Engenheira Eletricista. Sou formada pela UNIPAMPA (RS) e estudante de mestrado do programa de pós-graduação em engenharia elétrica da UNESP – FEIS (SP). Tenho 24 anos e sou natural de São Luiz Gonzaga, RS. Eu escolhi a engenharia elétrica mais ou menos na metade do meu terceiro ano do ensino médio. Assim como muitos jovens, me deparei com a dúvida de qual profissão seguir. Foi então que decidi procurar ajuda de uma profissional de psicologia, que na ocasião, foi de suma importância para mim.
Sempre gostei de ciências no geral! Quando adolescente, me imaginava trabalhando como bióloga, porém sempre tive curiosidade e interesse nos fenômenos físicos, e foi esse o divisor de águas na ciência. Após algumas sessões e um exame vocacional, acabei optando pela área das exatas, com o incentivo da minha família e do meu cunhado, o qual já era engenheiro eletricista e até hoje segue me dando apoio e incentivo.
Conta pra gente sobre sua graduação e sobre quando surgiu o interesse pela área acadêmica
Eu nunca me considerei uma pessoa inteligente, mas hoje eu sei que posso dizer que sou dedicada em tudo que faço. Por isso, no início da minha graduação, eu levei alguns sustos, pois sempre estudei em escola pública e minha base de ensino era consideravelmente fraca. Porém, isso não foi desculpa, e sim um incentivo para buscar mais conhecimento e me dedicar ainda mais para superar os desafios que se apresentaram.
No sexto semestre de graduação iniciei minha vida na área acadêmica. Foi através de um projeto de iniciação cientifica no grupo de pesquisa GESEP, feito com a Prof. Dra. Ana Paula Carboni de Mello, a qual posso dizer que foi minha maior incentivadora para seguir nessa área, mesmo eu sempre tendo algumas dúvidas sobre minha capacidade. Desde então, minha grande área de pesquisa foi redes elétricas inteligentes, as chamadas Smart Grids.
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Como conseguiu o mestrado e como está sendo sua pesquisa?
Entrar para o mestrado acadêmico foi algo que fiz devido ao meu bom desempenho durante a graduação, e tive a oportunidade direta logo após me formar.
Atualmente estou fazendo mestrado acadêmico na UNESP – FEIS em São Paulo, com a orientação do Prof. Dr. Dionizio Paschoareli Júnior. Minha pesquisa é sobre detecção de distúrbios de qualidade de energia elétrica em micro redes. O consumo de energia elétrica só vem aumentando. Com isso, nossos sistemas precisam estar preparados para as novas tendências do mercado, com o aumento de fontes de geração distribuída (painéis fotovoltaicos, turbinas eólicas, micro geradores a gás natural ...).
As micro redes já são uma realidade no Brasil, onde podemos dar atenção na qualidade de energia que é fornecida ao consumidor final, principalmente quando essas micro redes funcionam em modo isolado. O meu assunto de pesquisa abrange várias áreas da engenharia elétrica, como: smart grids, qualidade de energia elétrica, modo de funcionamento de micro redes e aplicação de inteligências artificiais na engenharia elétrica.
Quais as vantagens e desafios de se seguir a área acadêmica?
As vantagens que vejo no mestrado são:
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- Você tem mais autonomia para administrar seu tempo, embora seja algo que você tenha que estar bem dedicado e concentrado.
- Também a de ter a oportunidade de interagir com colegas de todo o mundo. No caso da universidade onde estudo, há muitos estudantes de outros países!
- Outra vantagem é a de sempre estar conectado com o mais atual da sua área.
O grande desafio que essa área implica é exigir de você uma vida inteira de estudos. Além disso, é preciso uma busca constante por inovações, seja como estudante ou como orientador de seus alunos. Seguir na vida acadêmica no Brasil, em qualquer área, é algo muito desafiador, pois a população em geral não tem acesso direto ao que acontece nas universidades e assim ignoram a sua importância. Contudo, acredito que com a situação em que o mundo vive hoje, isso será algo que irá mudar.
Quais são suas expectativas e planos para o futuro?
Ainda tenho a perspectiva de conhecer mais o mercado prático da engenharia elétrica, mas também não pretendo abandonar a vida acadêmica. Acredito no equilíbrio dos dois.
Deixe aqui seus conselhos para engenheiros ou futuros engenheiros que pretendem seguir nessa área
Quem sonha e sente que tem vocação para a academia deve seguir firme, pois as portas estão cada vez mais ao alcance de quem se esforça! E, mais do que nunca, precisamos de pesquisadores competentes em todas as áreas.
Para quem está em dúvida, meu conselho é: pesquise mais a respeito das vantagens e desvantagens, das áreas de pesquisas das universidades e, principalmente, se é o que você se enxerga fazendo!
Estudar o existente já é uma coisa muito boa, e procurar inovar e ser, nem que seja uma pequena parte dessa inovação, é algo melhor ainda! Independentemente de suas dificuldades e obstáculos, utilize-os como incentivos para procurar ser melhor como estudante, profissional e pessoa.
Que belo relato hein?! Se você quiser trocar uma ideia com a Roberta, ela deixou seu Instagram disponível pra tirar qualquer dúvida: @robcmarques. Espero que tenham gostado! Até a próxima!
Leia também: Como escolher a área de atuação na civil e ingressar no mercado?
E você, como foi a sua trajetória até aqui? Conta para a gente nos comentários!
Comentários

Júlia Sott
Após a formatura em engenharia civil embarquei para os EUA para trabalhar, estudar e explorar o Vale do Silício por 1 ano, e foi quando surgiu a oportunidade de escrever aqui! Também amo ler, viajar e sou cantora nas horas vagas. Sempre em busca de evolução, conhecimento, novas conexões e habilidades.