Tereos está com Programa de Trainee 2021 aberto, saiba como se inscrever
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 2min
A Tereos, uma das empresas líderes do setor sucroenergético no Brasil, está com vagas abertas para o seu Programa de Trainee 2021. Ele tem duração de 18 meses e oferece diversas trilhas de desenvolvimento que deverão ser percorridas pelos trainees.
As vagas são para o Estado de São Paulo. Ao final do programa, os trainees assumirão posições estratégicas na empresa. Confira a seguir mais informações sobre a seleção e a empresa.
Requisitos:
Inglês avançado;
Formação superior entre Dez/18 e Fev/21;
Disponibilidade para mudança para região noroeste do estado de São Paulo.
Benefícios:
Remuneração (fixa e variável) compatível com o mercado;
Plano de saúde;
Plano odontológico;
Vale-alimentação;
Refeitório no local;
Transporte até o local de trabalho;
Seguro de vida;
Previdência privada;
Estadia inicial e reembolso de despesas de mudança.
Tereos
Segundo a empresa, em 2021 haverá cerca de 10 bilhões de habitantes no planeta, o que aumenta a demanda por alimentos e energia, consequentemente fazendo crescer a necessidade de profissionais que atuem na área.
Imagem: tereos.com
“O objetivo da Tereos é desempenhar um papel importante no fornecimento de uma resposta sustentável às necessidades de um mundo em crescimento, com uma oferta de qualidade e que obtenha o máximo valor possível das matérias-primas da agricultura. Estamos presentes em toda a cadeia de valor, desde o campo até o consumidor, desenvolvendo um modelo econômico e humano virtuoso. Com participação atuante no setor agroalimentar mundial, estamos engajados com nossos stakeholders na construção de soluções a longo prazo.”
Para se inscrever no Programa de Trainee 2021 da Tereos, basta clicar neste link. Mas corre, porque elas encerram no início de Janeiro!
Descubra como a Inteligência Artificial está mudando completamente a realidade da Arquitetura e Urbanismo
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 5minImagem: alfapeople.com
A inteligência artificial tem impactado na gestão de projetos e execução de obras nas áreas de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil e mais, sendo sustentável e ajudando na preservação do meio ambiente.
A Arquitetura é uma ciência. Mas ela também pode ser auxiliada por outras ciências, inclusive por diversas engenharias e pesquisas em diferentes áreas da tecnologia. No presente, a inteligência artificial promete levar a construção civil a um novo patamar, nunca antes imaginado. Contribuindo, por exemplo, para uma melhor gestão dos projetos – sobretudo, visando, apesar de estimular o crescimento econômico, diminuir possíveis impactos negativos contra a natureza!
Outro fator que contribui para uma melhor utilização da inteligência artificial é o próprio lançamento de tendências em se tratando de projetos arquitetônicos. Dá-se prioridade a soluções mais tecnológicas para fabricação de materiais, automação de ambientes, e customização de espaços para que tenham melhor performance. Neste texto, vamos contar-lhe como isto tudo tem impactado a rotina de construtores por todo o mundo!
Robôs auxiliando na produção de materiais aplicados à Arquitetura e Engenharia. (imagem Pixabay)
Exemplo de tecnologia avançada em construção civil, com estrutura de alto desempenho capaz de sustentar grandes cargas. (imagem Pixabay)
1. A inteligência artificial no planejamento urbano
É sabido que a inteligência artificial disponível nos dias de hoje já seria capaz de deixar as cidades muito mais agradáveis. E cidades mais bem projetadas contribuiriam para o meio ambiente como um todo. Na hora de traçar a malha viária e simular toda a volumetria urbana, os arquitetos podem contar com a ajuda dos programas de computador para criar modelagens virtuais de suas ideias – o chamado “sistema adaptativo”.
Através de softwares especializados, é possível fazer uma análise completa dos autômatos celulares – da estrutura aos lotes de uma cidade –, e como cada elemento desses deve impactar no todo. Também são testadas condições diferentes para estas células até se chegar a conclusão de como elas, de fato, podem ser racionalmente viáveis. A resposta para tais resultados possivelmente provocará efeitos sobre a criação de um Plano Diretor ou de novas regulamentações para um determinado município.
Possibilidade de visualização de projetos arquitetônicos em realidade virtual. (imagem Pixabay)
2. A inteligência artificial nos projetos de arquitetura de edifícios
A inteligência artificial também deve ajudar o arquiteto a ter um melhor controle sobre todos os estágios do processo de planejamento de um edifício – principalmente avaliando o desempenho desta estrutura. Com isto, podem-se projetar prédios muito melhores, agregando valor, de forma ampla, aos habitantes e às cidades também. Por exemplo, com mais eficiência energética, sistemas integrados, automação e soluções eco-friendlies.
Claro que não se pode esquecer que esta inteligência provinda de uma tecnologia artificial jamais substituirá o conhecimento, a experiência até, por vezes, a subjetividade do próprio arquiteto.
A ideia não é substituir o seu processo criativo, mas ter mais parâmetros para compreender como a arquitetura idealizada irá se comportar no futuro. Afinal, como proteger melhor uma fachada dos raios solares ou os interiores da ação dos ventos fortes e por assim em diante?!
Computador sempre auxiliando ao planejamento arquitetônico. (imagem Pixabay)
Simulação de ambientes em softwares de computador. (imagem Pixabay)
3. A inteligência artificial na construção e reforma de prédios
Com a inteligência artificial, o arquiteto consegue adequar o seu projeto, de forma mais eficaz, às tecnologias modernas. Mas também adaptar imóveis antigos aos novos sistemas – como de refrigeração, aquecimento, elétrica, hidráulica e iluminação. Com base nisto, também são realizadas melhores customizações de ambientes, criações de mobiliários de alta qualidade, e execuções de trabalhos de retrofit (saiba mais sobre isto clicando aqui).
As tecnologias de inteligência artificial também impactariam na gestão do canteiro de obras. Com elas, consegue-se atingir altos níveis de produtividade e economia de recursos naturais, além de redução na emissão de gases de efeito estufa. As inovações são visíveis em diversos processos – desde a estocagem ao manuseio e aplicação de materiais. Além disso, muitos equipamentos acabam por substituir a mão-de-obra humana e garantir mais segurança aos operários.
Tecnologias avançadas plicadas à construção de edifícios. (imagem Pixabay)
4. A inteligência artificial nas moradias
A arquitetura dos edifícios inteligentes ou das casas inteligentes tem sido estimulada desde a década de 1980. Hoje em dia, exemplos disso são as residências de plantas livres, os sistemas de monitoramento e a segurança de espaços internos e externos, além do controle de ambientes através de dispositivos móveis.
Aliás, a automação de imóveis é uma forte tendência no mercado imobiliário. Um dos principais motivos disso é a possibilidade da flexibilização de operações e realização de tarefas cotidianas através do sistema wireless!
Crê-se que as casas inteligentes seriam super eficientes! Elas ofereceriam mais praticidade e conforto aos seus usuários. Sua automação também ajudaria na redução de contas pela economia de recursos, oferecendo, por vezes, a opção de reuso de água e controle da iluminação. E muitos outros detalhes destas construções obedeceriam os preceitos da arquitetura sustentável.
Esquema das casas inteligentes, com sistemas controlados por tecnologia wireless. (imagem Pixabay)
Robôs auxiliando na manutenção dos ambientes construídos. (imagem Pixabay)
Enfim, a inteligência artificial – ou AI – é uma realidade que chegou para ficar; sendo assim, ela continuará revolucionando não apenas o modo de projetar arquitetura, mas de estruturar as empresas que vão oferecer esses serviços!
E você, o que pensa disso? Conte-nos, logo abaixo nos comentários!
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Engenharia Geotécnica: 4 lições reforçadas pelas tragédias de Betim e Praia de Pipa
por Matheus Martins | | ATUALIZADO EM 4minVista do prédio tombado após fortes chuvas em Betim (MG). Imagem: g1.globo.com
A engenharia geotécnica tem papel fundamental na garantia da segurança civil e as tragédias de novembro ratificam sua importância.
Dois eventos trágicos marcaram novembro de 2020: o desabamento de parte de uma falésia na Praia de Pipa (RN) e o tombamento de um prédio em Betim (MG). Os eventos, apesar de terem possíveis causas diferentes, bem como localidades, reforçam um ponto em comum: a importância da engenharia geotécnica.
Entenda os casos:
Desabamento na Praia de Pipa
Uma falésia pode ser definida como uma encosta íngreme ou vertical. Geralmente é encontrada em regiões de formações litorâneas, podendo ser também encontrada em montas e margens de rios.
Vista da falésia após desabamento na Praia de Pipa (RN). Imagem: g1.globo.com
O trágico acidente na Praia de Pipa, infelizmente, teve três vítimas fatais. Elas estavam aproveitando a sombra proporcionada pela falésia, que estava em condição de vulnerabilidade e veio a ceder parcialmente. O volume de solo desabado soterrou um casal e um bebê.
Mapa da região do desabamento da falésia. Imagem: g1.globo.com
Tombamento de prédio em construção em Betim
Em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, parte de um terreno cedeu e deixou um prédio em construção tombado.
Vista do prédio tombado após fortes chuvas em Betim (MG). Imagem: g1.globo.com
De acordo com as primeiras apurações dos bombeiros, o acidente possivelmente foi causado pela grande quantidade de chuva. A área foi isolada por recomendação da Defesa Civil, que alertou a possibilidade de desabamento da edificação, o que fez com que 15 famílias fossem desalojadas.
Vista aérea do prédio tombado em Betim (MG). Imagem: g1.globo.com
A Defesa Civil requereu a demolição do prédio e a realocação das famílias imediatamente pela empresa construtora. Felizmente não houve vítimas fatais.
Quais lições são ratificadas a partir desses eventos do ponto de vista da engenharia geotécnica?
Os eventos ressaltam a importância da engenharia geotécnica para a sociedade e segurança civil. Estudos dos aspectos geológicos são necessários tanto em casos de intervenções para construções ou não, como os casos ilustram perfeitamente. No entanto, ambas as situações requerem atenção e perícia.
A avaliação dos casos é complexa e inclui diversos aspectos a serem avaliados. Aqui não temos a intenção de apontar causas ou falhas de qualquer parte, apenas ressaltar a importância da engenharia geotécnica. Eventos como estes levam a reflexão da sociedade para que possamos aplicar o que há de melhor da engenharia em prol da segurança.
Vista aérea de região com tipologias de solo diferentes. Imagem: hlnengineering.co.uk
Abaixo, listamos 4 atuações fundamentais da engenharia geotécnica que devem ser premissas sempre:
1. Investigação geotécnica
As investigações geotécnicas são constituídas de pesquisas e levantamentos em campo e laboratório, em que é possível reconhecer o solo e subsolo, classificando o tipo e determinando os parâmetros para o cálculo das tensões geomecânicas limites em cada camada de terreno, bem como da dinâmica do solo.
2. Ações preventivas
A engenharia geotécnica também é aplicável para ações preventivas. Estudos e laudos são imprescindíveis para o trabalho do engenheiro na prevenção de desabamentos, desmoronamentos e deslizamentos.
3. Ocupação de encostas
A ocupação de encostas também deve ser ponto de atenção nos estudos geológicos, uma vez que essa é uma região com alto risco. Portanto, a engenharia geotécnica é determinante para que seja possível ocupação nas proximidades de encostas com segurança.
4. Mapeamento de lençóis freáticos
O estudo de lençóis freáticos é também objeto de estudo da engenharia geotécnica. O mapeamento e identificação dos níveis d’água são imprescindíveis para a segurança civil de qualquer área, edificada ou não. Além disso, conhecer os índices de vazios e capacidade de absorção e percolação em uma região é indispensável para projetar edificações, contenções e cidades inteiras com segurança.
Conclusões
A engenharia geotécnica contribui para os estudos de terraplanagem, estudos geotécnicos sobre drenagem, pavimentação, urbanismo, levantamentos topográficos e qualquer outra investigação de cunho geológico e geotécnico.
Imagem: arcus-global.com
Podemos dizer que faz parte do nosso dia a dia mais do que imaginamos. Em todos os ambientes, edificações, praças, parques, ruas, estradas, barragens, encostas litorâneas, serras e outras regiões, há a necessidade de avaliação geológica e ação da engenharia para viver e habitar em segurança.
Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.
Conheça o Método Montessori, aplicado à arquitetura e design de espaços infantis
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 4min(imagem de Pixabay)
A arquitetura e o design de interiores de dormitório infanti, não pode ser fixa: ela precisa se ajustar a diferentes fases da vida da criança, educando, estimulando seu lado criativo e motor. E existe referência na medicina e pedagogia que ensina o caminho!
Alguma vez já pensou sobre o quanto os ambientes ao nosso redor nos impactam? Imagine, então, o que isto pode fazer com uma criança! É sabido que a infância é o período mais importante da sua construção intelectual e definição de uma identidade. Por isto, é essencial sabermos planejar os locais que os pequenos habitam, principalmente a arquitetura e o design para dormitório infantil.
Agora, o que muita gente não sabe é que já existe um método científico que resume tudo isto e ainda explica como os projetistas podem lidar com o planejamento de áreas voltadas às crianças. Quer saber qual? Trata-se do Método Montessoriano ou Método Montessori! Leia este texto e descubra mais!
(imagem de Pixabay)
O que é e como surgiu o Método Montessori?
Pais responsáveis devem querer ver os seus filhos crescendo felizes e saudáveis. Mas, pelo que se conclui, algo assim só é possível em ambientes devidamente bem preparados para receber as crianças. Dentro do seu dormitório infantil, elas devem se sentir livres para se expressarem e testarem primeiro as suas habilidades – cognitivas e motoras. Além do mais, a decoração local pode contribuir para o seu desenvolvimento, estimulando seu raciocínio criativo e imaginação.
Por volta da virada do século XIX para o século XX, uma médica italiana chamada Maria Montessori revelou um estudo seu na área da psiquiatria. Em seu texto, ela defendeu que as crianças se desenvolvem melhor – no campo cognitivo, motor e até sentimental – em ambientes onde recebem os estímulos certos. Isto foi defendido com base em dados de observação que ela fez em uma escola especial de meninos e meninas.
Hoje, os estudos de Maria foram ampliados. Este conceito de tratamento para crianças que ela desenvolveu passou, anos depois, a ser utilizado por outros médicos e pedagogos também. Eles entenderam que nenhuma pessoa nasce superior à outra e que a diferença no seu desenvolvimento estaria nos obstáculos colocados pela vida. Mas também que os ambientes que habitamos poderiam ser moldados para resolver certas questões – algo que também é defendido por outras ciências, como o milenar Feng Shui.
Como a arquitetura e o design de interiores mudaram com o método Montessori?
Sabendo disso, arquitetos e designers de interiores passaram também a usar o discurso do chamado Método Montessori para justificar certas medidas suas adotadas em projetos, sobretudo de dormitório infantil. Mas o que realmente interessa nesta história é que, pensando melhor nas percepções das crianças e sob a óptica delas, estes profissionais conseguiram entender como projetar espaços que realmente atendam melhor às suas necessidades.
“O mais importante é que o quarto precisa estar em constante transformação, seguindo os interesses e as mudanças da criança (…).”
– educadora Fabiana Aparecida da Silva Lacerda, em reportagem de Revista Zap Imóveis.
Sem dúvidas, o trabalho destes especialistas em interiores pode influenciar positivamente nas diferentes etapas do aprendizado das crianças ao longo da primeira infância. Cada detalhe dos projetos para dormitório infantil é pensado de modo a proporcionar um maior estado de bem estar a elas, estimulando sua curiosidade e autonomia num momento em que ainda podem conhecer o mundo em segurança.
(imagem de Pixabay)
Quais as características dos ambientes projetados sob o método Montessori?
O resultado de projetar um dormitório infantil ou outro ambiente voltado às crianças com base no Método Montessori é mesmo impressionante. Ao vermos imagens de exemplos, podemos entender às diferenças de cômodos simples e cômodos com tal tratamento. Primeiro, muitos objetos são instalados próximos ao chão, ao alcance dos pequenos – com exceções, é claro; é uma característica marcante dos dormitórios montessorianos.
Neste caso, os objetos mais educativos ficam próximos do chão, aos olhos das crianças – como lousas para desenhos, estantes de livrinhos, brinquedos, barras de apoio e espelhos de acrílico. Preveem-se recantos de estudo e de beleza. Já o centro do cômodo é deixado livre, sem obstáculos para brincadeiras. O visual da decoração, como um todo, é bastante clean -em tons claros de bege, verde, rosa e cinza -, com poucos elementos. Mas estes, contudo, possuem detalhes de cor, brilho e textura para estimular também a parte sensorial das crianças. E não podemos nos esquecer das estampas bem lúdicas e super divertidas!
(imagem de Pixabay)
Móveis para dormitório infantil
“Todos os móveis devem proporcionar o desenvolvimento (…)”,
“(…) a tendência é não colocar nada fixo, com exceção do guarda-roupa.”
– Fabiana A. da Silva Lacerda.
Seguindo o Método Montessori, o resultado para a decoração de dormitório infantil é ‘conforto, bons estímulos e segurança’.
Nada de peças com quinas em materiais que possam arranhar, quebrar e machucar. A altura de mesinhas e mais elementos é adaptada ao tamanho e altura das crianças em seus primeiros estágios de vida. Curiosamente, berços para bebês e caminhas infantis mantêm o colchão quase no chão, sem nada que possa restringir os movimentos dos pequenos – apenas com almofadas protetoras -, dando mais autonomia ao usuário.
(imagem de Pixabay)
Então, o que achou do Método Montessori, tão comentado atualmente no mundo da arquitetura e design de espaços infantis?
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Níveis de gases de efeito estufa continuam a subir, apesar da pandemia
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 2min
Segundo cientistas, a COVID-19 não é a solução para as mudanças climáticas: é preciso estabelecer uma redução efetiva a longo prazo, não algo pontual.
No ano passado, os valores de gases de efeito estufa bateram recordes e continuaram subindo neste ano, mesmo com a pandemia de COVID-19, a qual reduziu o ritmo de diversos serviços e indústrias pelo mundo. Os gases do efeito estufa contribuem significativamente para as mudanças climáticas.
Segundo a World Meteorological Organization (WMO), com os lockdowns, fechamento de fronteiras, redução de voos, trabalho remoto e mais medidas implantadas durante a pandemia, as emissões de muitos poluentes (como o dióxido de carbono) reduziu. No entanto, a desaceleração industrial não reduziu as concentrações dos gases, fazendo com que haja aumento das temperaturas e consequente elevação do nível do mar.
A redução das emissões vai ser representada apenas por alguns pontos no gráfico a longo prazo. O necessário era ter uma redução sustentada ao longo do tempo.
Imagem: World Meteorological Organization
O principal boletim anual de gases do efeito estufa da WMO afirmou que as estimativas preliminares indicavam que redução de emissões diárias de CO2 podem ter sido reduzidas em até 17% globalmente durante o período mais intenso das paralisações. O impacto anual deve ser uma queda entre 4,2% e 7,5%. Porém, isso não vai reduzir as concentrações de CO2 na atmosfera.
A WMO afirma que as concentrações continuarão a subir, embora em um ritmo mais lento. Ainda, essa lentidão, de cerca de 0,23 partes por milhão (ppm), está dentro da variação anual de 1ppm. No curto prazo, o impacto não vai ser distinguido da variabilidade natural. Resumindo, a concentração continua a subir e, embora esteja mais devagar, essa lentidão é pouco significativa e não vai fazer muita diferença.
Em 2019, a concentração atmosférica de CO2 registrada foi de 410 ppm. Em 2018, ela foi de 407,8 ppm. Este ano, continuou a subir. Em um intervalo de 4 anos (de 2015 a 2019), houve um aumento nunca visto antes (o qual foi de 400 ppm para 410 ppm). Isso ressalta a necessidade de medidas efetivas para a redução desses gases e consequente diminuição das alterações climáticas.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
SCRUM: entenda a metodologia utilizada na Gestão de Projetos
por Andreza Ribeiro | | ATUALIZADO EM 5minScrum. imagem: oderserobotics.dk
O SCRUM é uma maneira de trazer mais agilidade, eficiência e qualidade aos projetos de qualquer organização.
Criado por Jeff Sutherland e Ken Schwaber, o SCRUM é um framework simples, ágil e interativo que possibilita otimização no processo de desenvolvimento e manutenção de qualquer tipo de projeto complexo.
Inicialmente criado para a gestão de projetos de software, hoje essa metodologia é utilizada por centenas de empresas e profissionais para dar agilidade ao desenvolvimento de projetos das mais variadas naturezas, contribuindo para melhorar a satisfação dos clientes e a aderência do produto às reais necessidades de mercado.
Auxilia no alcance de todos os objetivos definidos durante as etapas de planejamento. Com o maior alinhamento entre os times, torna-se mais fácil avaliar o que deve ser feito para evitar desperdícios e melhorar o resultado final.
Qual a sua importância?
Para as organizações, é essencial buscar melhorar a eficiência de suas equipes e reduzir desperdícios de tempo e de recursos. Saber entregar produtos e serviços de melhor qualidade para encantar seus clientes é algo básico para quem pretende se manter competitivo.
Uma das principais características da atualidade é a necessidade de agilizar os processos de trabalho, já que o mercado funciona em um ritmo realmente acelerado. Com o SCRUM, as empresas conseguem identificar oportunidades e desenvolver soluções em um curto período, adquirindo vantagem competitiva.
Quais os termos técnicos?
Sprints: é o nome dado para os ciclos de cada projeto. Em geral são ciclos mensais e são determinados para que as tarefas sejam realizadas.
Product Backlog: é o nome dado para o conjunto de objetivos de um projeto. É uma lista organizada por prioridades com as funcionalidades a serem desenvolvidas ou desejadas no produto.
Sprint Planning Meeting: são reuniões periódicas que acontecem no início de cada sprint, para planejar e priorizar os itens do Product Backlog que serão desenvolvidos naquele período.
Sprint Backlog: é como se chamam as tarefas específicas que serão realizadas e desenvolvidas em cada sprint.
Daily Scrum: essa é uma reunião diária para acompanhamento do projeto. A ideia é que toda a equipe se reúna diariamente para discutir as atividades desenvolvidas, disseminar conhecimento, identificar impedimentos e priorizar o trabalho daquele dia.
Sprint Review Meeting: essa é a reunião que acontece ao final de cada sprint para que a equipe apresente o que foi realizado e os resultados do trabalho daquele ciclo. A ideia é que, depois dessa etapa, todos sigam para o próximo ciclo.
Quais as principais funções?
Principais Papeis do Scrum. Imagem: medium
Product Owner: é o “dono do produto”. Ele será o principal intermediário entre a equipe e o cliente, e durante o projeto irá representá-lo. De acordo com o que foi passado pelo cliente, o PO irá priorizar as tarefas que precisam ser desenvolvidas em cada Sprint ou Sprint Backlog.
Scrum Master: é responsável por ajudar todos os envolvidos a entender e abraçar os valores, princípios e práticas do Scrum. Executa a liderança do processo e é o encarregado de fazer com que todo o processo flua e funcione, ajudando a encontrar os pontos que atrapalham o andamento do projeto, assim como resolvê-los. Além disso, é o facilitador que deve guiar as reuniões e impulsionar a equipe, sempre estimulando um processo de melhoria contínua na produção.
Scrum Team: é a equipe que desenvolve o produto, tudo de acordo com as prioridades exigidas na Sprint. As tarefas serão realizadas por eles, porém sempre alinhados com Scrum Master e Product Owner, para que haja transparência no projeto. Os participantes da equipe devem ser multidisciplinares. A ideia principal é que a equipe se autogerencie para determinar a melhor maneira de realizar o trabalho para atingir a meta estabelecida pelo Product Owner.
Quais os pontos fundamentais?
Reuniões diárias: rápidas e objetivas. Em apenas 15 minutos é possível repassar os principais pontos, discutir obstáculos e alinhar as atividades entre a equipe.
Quadro Kanban Scrum: um registro visual para demonstrar o andamento das tarefas. As empresas perdem muito tempo de seus funcionários em reuniões com apontamentos sobre o que está sendo feito, o que foi concluído e o que está parado. Basta criar um enorme painel com todas as atividades e o status de cada uma.
Burndown chart: um gráfico do restante de trabalho a ser feito que auxilia na organização do trabalho das equipes, desenvolvido para representar o progresso diário do projeto, ou seja, relaciona os itens a serem realizados com o tempo de entrega.
Equipes enxutas: uma das dicas do especialista é manter equipes pequenas, com até 10 pessoas. Estudos comprovam que equipes enxutas trabalham mais rápido e melhor do que grandes times.
Nada de títulos de função: estudos também demonstram que quando não são criados títulos para as pessoas que possam limitar o entendimento de seu papel dentro de uma equipe, elas trabalham melhor.
Priorização: quando várias coisas são prioridade, nada é uma prioridade. Então, para que algo realmente seja feito, a metodologia Scrum propõe que as atividades devem ser priorizadas. Uma coisa de cada vez.
Como a dinâmica do SCRUM funciona?
Autogerenciamento: Quando cada profissional sabe exatamente quais são suas tarefas e obrigações, a equipe gerencia a si mesma naturalmente, sem precisar de cobranças externas constantes. Não há como garantir que o gestor será capaz de definir qual o melhor caminho a se tomar sempre, portanto, dê às suas equipes autonomia para que elas possam atender a chamados com facilidade, quando necessário.
Agilidade: Por ser um tipo de metodologia ágil, é de se esperar que o SCRUM foque em velocidade, ao mesmo tempo em que atende às necessidades do cliente. Essa agilidade só é possível porque os objetivos maiores são quebrados em diversas etapas.
Foco no essencial: O SCRUM busca priorizar os pontos fundamentais do projeto, isto é, aquelas características que geram mais valor ao cliente. Segundo o princípio de Pareto, no desenvolvimento de projetos, os 20% das tarefas resulta em 80% dos resultados ou os 20% de erros levam a 80% dos problemas.
Reuniões de alinhamento: A rotina de reuniões faz parte da filosofia de agilidade e de feedbacks constantes do SCRUM, permitindo que os membros da equipe compartilhem o andamento de suas tarefas. Assim, se houver algo travado, o problema pode ser rapidamente resolvido, evitando o atraso nas entregas e o descumprimento dos prazos combinados.
Colaboração: No SCRUM, é comum que os clientes se tornem parte da equipe de desenvolvimento, desde que estejam verdadeiramente interessados em colaborar e gerar o melhor resultado. Com esse modo de atuar, o retrabalho da equipe diminui consideravelmente, já que os principais interessados no produto estão acompanhando sua criação de perto.
Transparência: Em muitas organizações, os colaboradores têm medo de reconhecer um erro ou mesmo de apontar um problema que poderia ter sido encontrado anteriormente. Na metodologia SCRUM, todos os participantes são incentivados a cultivar a transparência, compartilhando seus problemas e dificuldades com a equipe. Dessa maneira, as questões podem ser resolvidas com mais agilidade e menos estresse, evitando que falhas maiores sejam geradas no futuro.
Adaptabilidade: Uma das características mais interessantes é a capacidade de adaptação que a metodologia proporciona. No SCRUM, as hipóteses são desenvolvidas e testadas rapidamente com o objetivo de colher feedback. A partir daí, a equipe descobre se vale a pena investir mais tempo e energia naquele projeto, se é preciso recomeçar do zero, ou se é necessário fazer adaptações.
Como aplicar o SCRUM na sua empresa?
Para aplicar essa metodologia no seu dia a dia, alguns passos devem ser tomados. Eles auxiliam os times a terem mais agilidade para incorporar a cultura SCRUM na sua empresa.
Designar os papéis
Definir o Product Backlog
Listar prioridades
Planejar sprints
Fazer reuniões regulares
Processo scrum. Imagem: use mobile
Conclusão
O SCRUM baseia-se em uma mentalidade ágil que, quando compreendida por toda a equipe, torna o gerenciamento do projeto mais fluido. Ter maior controle e visibilidade ainda proporciona a redução considerável dos desperdícios, de tempo ou dinheiro.
A comunicação é essencial para impactar positivamente no resultado do processo. No SCRUM, problemas complexos são facilmente identificados e rapidamente resolvidos. Além de incentivar a inspeção e adaptação diária do projeto, o framework oferece transparência a todos os envolvidos.
Por identificar e solucionar, rapidamente, os erros ao longo do processo, a metodologia ainda evita o retrabalho, a interrupção constante do projeto, além de falhas de comunicação dentro da equipe, que afetam a produtividade.
Formada em Engenharia de produção, possui certificado em Business English realizado em Toronto na Stafford House Internacional. Interessada em Gestão, Finanças e Inovação, além de ser apaixonada em astronomia e viajar o mundo.
Mudança em regra de combustíveis marítimos beneficia o meio ambiente
por Bruno Simões Teixeira | | ATUALIZADO EM 2minImagem: Dylan McLeod | via Unsplash
A quantidade de enxofre permitida nos combustíves de navios caiu de 3,5% para 0,5%
Ano após ano, as especificações para combustíveis fósseis vão ficando mais rígidas ao redor do mundo, contribuindo para combustíveis com menor impacto ambiental.
No caso dos combustíveis marítimos, entrou em vigor este ano nova normal da International Maritime Organization (IMO), a qual estabelece que a quantidade máxima de enxofre no combustível a ser utilizado em navios oceânicos deve ser de no máximo 0.5%, contra um limite anterior de 3.5%.
Em Áreas de Emissão Controlada (ou seja, próximo das costas em alguns países), o limite permitido é de 0.10% [1]. Essa redução significa combustíveis mais limpos, com menos emissões atmosféricas. Nos combustíveis usados em terra, onde o impacto das emissões é maior, o limite permitido é bem menor. A gasolina Podium, da Petrobras, por exemplo, tem teor de enxofre de 0.003% [2].
Imagem: Felix Tchverkin | via Unsplash
Enxofre nos combustíveis
O enxofre é um elemento químico naturalmente encontrado no petróleo, e sua porcentagem varia de acordo com o local onde ocorre a extração. O petróleo com baixo teor de enxofre é chamado de petróleo doce; e o com alto teor é chamado de petróleo azedo (no passado, as pessoas literalmente colocavam petróleo na boca para avaliar o teor de enxofre – daí o nome).
Nas refinarias, este elemento químico é retirado dos combustíveis por um processo chamado de dessulfurização, até atingir o percentual especificado. O enxofre sólido pode então ser vendido como um sub-produto, podendo ser aplicado, por exemplo, na fabricação de fertilizantes, fósforos e inseticidas.
Se o enxofre permanecesse nos combustíveis, ele seria lançado na atmosfera após a queima nos motores, gerando gases poluentes. Por isso a importância desta regulamentação da IMO.
E o efeito estufa?
A IMO também está visando a diminuição de emissões de gás carbônico (CO2) para conter o efeito estufa. A entidade está trabalhando em como aumentar a eficiência dos transportes marítimos, com uma meta de reduzir em 40% as emissões de CO2 por deslocamento até 2030, e em 70% até 2050. E a visão é que, até o fim do século, os transportes marítimos possam ser totalmente “descarbonizados” [3].
Gerente de projetos em uma refinaria no Texas. Sou formado em engeharia mecatrônica pela USP, com mestrado, e com MBA pela FGV. Possuo certificações 6 Sigma Black Belt e PMP/PMI. Também sou pai, guitarrista, e bebedor de cerveja. Recentemente resolvi compartilhar conhecimento de engenharia, para devolver pro mundo um pouco de tudo que já recebi.
Encunhamento: o que é e qual a sua importância para a edificação?
por Marceile Torga | | ATUALIZADO EM 5minImagem reproduzida de Total Construção
O encunhamento é uma técnica crucial na construção civil, especialmente ao optar pelo sistema construtivo de estrutura de concreto armado, onde as paredes de alvenaria de tijolos ou lajotas cerâmicas são comumente utilizadas para vedação e divisão de ambientes. Essa prática desempenha um papel fundamental na conexão entre essas paredes e a estrutura, prevenindo de forma eficaz o surgimento de fissuras e patologias.
Além de assegurar a integridade estrutural, o encunhamento evita problemas estéticos, como a redução da resistência da estrutura, comprometimento da impermeabilidade da parede e surgimento de infiltrações. Ademais, é um modelo de engenharia simples, de baixo custo, e que pode ser executada por profissionais capacitados, tornando-se uma medida preventiva essencial no processo construtivo. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!
Quais os tipos de encunhamento na construção civil?
Essa técnica é utilizada desde a década de 1930, após o aparecimento das primeiras estruturas de concreto armado. Inicialmente era executada utilizando blocos cerâmicos com inclinação de 450. Dessa forma, a transferência das tensões é absorvida pela argamassa de assentamento e o bloco.
Com o passar do tempo e com o surgimento de materiais mais tecnológicos e as estruturas cada vez mais flexíveis, surgem técnicas que utilizam materiais mais resilientes, tais como: argamassas com elastômeros, esferas de isopor, placas de Neoprene, poliuretano expandido, entre tantos outros.
O pesquisador Fernando Henrique Sabbatini sugeriu, em uma de suas publicações, uma classificação quanto ao tipo de técnica utilizada para a realização do encunhamento, dividindo-as em: com pré-tensionamento (tijolos a 45º, argamassa expansiva), sem pré-tensionamento (argamassa de baixo módulo de elasticidade) e plástico (espuma de poliuretano).
Imagem de Fabricio Rossi via Pinterest
O encunhamento com pré-tensionamento busca fixar a alvenaria a estrutura ou propiciar o contraventamento dela, enquanto o sem pré-tensionamento é mais direcionado para estruturas mais deformáveis, tendo menor probabilidade de apresentar fissuras e sua a fixação é garantida pela aderência inicial da argamassa e deformação lenta da estrutura. Por fim, o encunhamento plástico é mais adequado para estruturas muito deformáveis e paredes mais rígidas.
Imagem reproduzida de Total Construção
Materiais utilizados no encunhamento
A depender do tipo de estrutura a ser erguida, podemos fazer a escolha de diferentes tipos de materiais para o encunhamento de alvenarias em edificações, incluindo:
Tijolos a 45°: são tijolos cerâmicos colocados na diagonal, de modo a absorver as tensões da estrutura.
Argamassa expansiva: é uma argamassa que se expande após a aplicação, o que ajuda a fixar a alvenaria à estrutura.
Poliuretano expandido: é um material flexível que se adapta às deformações da estrutura.
Esferas de isopor: são esferas de isopor que são inseridas entre a alvenaria e a estrutura.
Placas de Neoprene: são placas de Neoprene que são inseridas entre a alvenaria e a estrutura.
Imagem reproduzida de Guia da Engenharia
Qual a importância do encunhamento na construção civil?
As alvenarias podem sofrer as ações advindas das estruturas e, se não forem bem distribuídas, podem gerar problemas até mesmo antes do término da construção. Assim, a principal função do encunhamento é distribuir e absorver as cargas sobre a alvenaria, além de, é claro, promover o fechamento da última fiada. Quando mal executadas, a região poderá apresentar fissuras antes mesmo do fim da obra, gerando problemas para a qualidade da construtora.
Imagem reproduzida de Engsette
Acontece que, com a aceleração do crescimento imobiliário, houve um aumento significativo no número de edifícios, fazendo com que o tempo de execução seja reduzido drasticamente em busca de atender ao mercado. Redução essa que, muitas vezes, é resultado da não obediência das normas que ditam o tempo mínimo de execução, como, por exemplo, a desforma. Por causa disso, tem ocorrido cada vez mais manifestações patológicas nas ligações da estrutura com a alvenaria, levando à necessidade de aplicação de elementos mitigadores.
Vale apontar que, segundo alguns estudos, esses problemas têm gerado altos custos para as construtoras com crescimento no acionamento das garantias, custos esses que não se encontram no orçamento inicial, acarretando num estouro de orçamento.
Quais as melhores práticas para o encunhamento na construção civil?
Para o local de encontro das estruturas com a alvenaria, o ideal é executar esse encunhamento com uma argamassa flexível, expansiva, sendo que a melhor maneira de executá-la é fazendo uso de uma bisnaga, assim fica garantida uma camada mais uniforme da massa. Outras técnicas que podem ser seguidas são:
Respeitar um tempo mínimo de 14 dias entre o término da alvenaria e seu encunhamento e, se for possível, retardar ao máximo o seu encunhamento, permitindo mais tempo de deformação da estrutura;
Executar o encunhamento de cima para baixo, assim, ao chegar no primeiro pavimento, toda carga de apoio já está atuando e foi sendo absorvida gradualmente. Caso não seja possível, optar por alternar entre os pavimentos.
Por se tratar de técnicas simples, fica evidente que são práticas bem mais em conta do que ter que fazer consertos das patologias que surgem, tornando-se imprescindível que as construtoras se atentem cada vez mais para a qualidade de sua execução.
Normas técnicas para o encunhamento
Indicamos como leitura complementar a este texto as seguintes normas:
NBR 8545 – sobre condições exigíveis para execução e fiscalização de alvenaria sem função estrutural de componentes cerâmicos
NBR17505 – requisitos mínimos para a execução de alvenaria de blocos cerâmicos que fazem parte da estrutura da edificação.
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O brinquedo preferido de muitas crianças e adultos também serve para fazer esculturas belíssimas que podem fazer seu nome entrar no Guinness.
Montar estruturas de LEGO é um passatempo para muitas pessoas, mas algumas levam a ideia realmente a sério e montam verdadeiras obras de arte. Para provar, separamos algumas criações impressionantes nesta lista. Confira!
Trailer
A construção dessa incrível obra levou apenas 12 semanas. O mais incrível é que ela não é apenas a carcaça ou maciça por dentro: há uma mini-cozinha, uma cama, e uma sala de estar. Tudo é perfeitamente detalhado.
Imagem: guinnessworldrecords.com
Mapa futurístico do Japão
A tarefa recrutou de 5000 estudantes japoneses. O projeto, chamado Project Build-up Japan, foi patrocinado pela própria LEGO para celebrar seus 50 anos de presença no Japão. Não é exatamente uma réplica do Japão, mas um conceito mais futurístico.
Imagem: spoon-tamago.com
Arranha-céu
Construído pela LEGO Itália, essa obra com cerca de 35 metros precisou de 18 mil construtores e 550 mil pecinhas.
Imagem: guinnessworldrecords.com
Batmóvel de LEGO
Essa incrível criação é do artista Nathan Sawaya, que também é responsável por outras obras espalhadas por museus.
Imagem: pinterest.com
Volvo
Se você não achou o Batmóvel legal, também há a opção de um Volvo XC60. A verdade por trás dessa obra é que a LEGOland resolveu fazer uma pegadinha com o gerente geral em 2011, substituindo seu veículo por um idêntico, mas feito de LEGO. Para colocá-lo no lugar, foi preciso uma empilhadeira, já que ele pesa uma tonelada.
Imagem: planetcarsz.com
Quadros de LEGO
O estadunidense Eric Harshbarger faz quadros usando pelas de LEGO. Além de originais, ele refaz obras famosas, como a Monalisa (que usou 30 mil peças).
Imagem: ericharshbarger.org
Casas que parecem mansões assombradas
Construídas por Mike Doyle, essas casas vitorianas são extremamente detalhadas e parecem, ao mesmo tempo, locais assombrados.
Imagem: pristina.org/arte/mike-doyle
Navio
Depois do trailer, do batmóvel e do Volvo, você também pode ficar impressionado com esse navio. Ele possui mais de 2,5 milhões de peças de LEGO e levou dois meses para ser construído, com ajuda de mais de mil pessoas. São 2,8 toneladas distribuídas em 8,44 m de comprimento, 1,33 m de largura e 1,53 m de altura.
Imagem: maritime-executive.com
Robô
O Herobot Nine Thousand foi construído com mais de 2,8 milhões de peças de LEGO. Ele possui 11 metros de altura e impressiona pelos detalhes.
Imagem: flickr.com
X-Wing versão LEGO
Essa escultura em tamanho real da X-Wing usou 5,3 milhões de peças de LEGO e possui 20,8 toneladas. Ela chega até 10 metros de envergadura e pode os motores podem rugir.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
Por que o Brasil não forma mais profissionais nas áreas de Engenharia Civil e Arquitetura?
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 5minImagem: blog.ucl.br
Por baixo de discussões políticas há uma sociedade brasileira que pouco sabe sobre a importância de se investir em áreas da ciência, como Arquitetura e Urbanismo, que tem impacto na indústria e preservação da natureza.
Mesmo em tempos de crise, a construção civil resiste. É que sempre vai haver mercado para quem quer trabalhar com novos empreendimentos e também com reformas de imóveis antigos. Sendo assim, a demanda de trabalhos em Arquitetura e Engenharia Civil, além de técnicos em edificações, é constante. Mas a pergunta que fica é: por que o Brasil ainda forma poucos profissionais nessas áreas? Vamos debater o assunto no texto a seguir!
Imagem: This is Engineering | Via Unsplash
Qual a importância da Arquitetura e Engenharia para a indústria brasileira?
Atribuições profissionais
A Arquitetura e a Engenharia Civil trabalham com pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na área civil, atendendo às necessidades da sociedade. Seus profissionais é que irão projetar e gerenciar as obras de edifícios, praças, ruas, pontes e mais – cada qual com as suas capacidades. Ou seja, eles vão planejar desde os ambientes internos dos prédios ao desenho das quadras das cidades – todos os espaços construídos que habitamos.
(imagem de Pixabay)
Por esta lista de atribuições, podemos concluir, então, que a contribuição da Arquitetura e Engenharia para a ciência é fundamental; e que construção e crescimento de um país depende disso.
O problema é que, infelizmente, o Brasil, neste segmento, ainda não é autossuficiente. Explicando melhor, nosso país apenas oferece sua matéria-prima aos outros países – às vezes, de modo subestimado – e não explora ou valoriza adequadamente sua mão-de-obra, muito menos investe como deveria na produção de tecnologia!
Esta lamentável atitude por parte do Governo acaba se refletindo também na imagem que a população brasileira faz da própria Arquitetura e Engenharia.
Muitos simplesmente não compreenderem a importância do trabalho destes profissionais, preferindo terceirizar serviços sem controle de qualidade e acompanhando técnico especializado. E, como é de se esperar, as consequências deste ato são as piores possíveis, tendo impactos maiores na economia e preservação da natureza em solo nacional.
(imagem de Pixabay)
Necessidades do mercado
Arquitetos e engenheiros podem orientar a sociedade sobre a melhor forma de extrair, proteger e fabricar materiais. Toda a produção habitacional também deve ser guiada por eles. E sabemos que estes dois segmentos são alguns dos que o nosso país está mais deficiente.
Por exemplo, pense no enorme déficit habitacional, além das péssimas condições de saneamento básico, ao qual enfrentamos atualmente. E justamente parte destes problemas vem do fato de que há uma baixa formação e qualificação nestas áreas da construção civil!
Mudança do quadro
Sabe-se que, de um lado, existe a necessidade de mais contratações para trabalhos de Arquitetura e Engenharia. Mas, de outro, poucos candidatos capacitados. E o que deveria ser feito para mudar esta realidade?
A resposta é só uma: investir em educação – sobretudo técnico e superior. Depois, estimular uma competição saudável entre esses profissionais. Fazer as leis que regulam estes serviços serem seguidas e, por fim, conscientizar a população sobre os benefícios de se contratar os serviços de arquitetos e engenheiros.
Quais os maiores desafios da formação superior de arquitetos e engenheiros no Brasil?
Dificuldades dos alunos
Há vários motivos que levam à pouca formação de arquitetos e engenheiros no Brasil. Uma das linhas de análise que fazemos é sob o ponto de vista de quem é estudante. Primeiramente, é preciso destacar que ambos os cursos são caros. E que, mesmo frequentando instituições públicas, os alunos precisarão comprar muitos materiais e livros para acompanhar as aulas e realizar os exercícios solicitados.
Arquitetura e Engenharia são cursos com muita teoria e prática também. As disciplinas são difíceis e requerem muita dedicação, inclusive fora de sala de aula. E, desde cedo, é essencial conciliar o estudo acadêmico com estágios.
Só as disciplinas envolvendo desenho já assustam algumas pessoas. Mas o que mais apavora a maioria são as cadeiras de cálculo. E é possível que a raiz deste problema venha de muito antes do ingresso na faculdade.
(imagem de Pixabay)
Deficiência no ensino
O fato é que os alunos já chegam na universidade com graves deficiências em matemática; e matemática é algo fundamental para o exercício das profissões de Arquitetura e Engenharia!
A realidade é pior do que se pensa. Por causa da falta de incentivo às ciências no país, faltam professores para dar as aulas das disciplinas básicas de cálculo, álgebra e física – conhecimentos necessários para dar continuidade a diferentes estudos.
Atualmente, temos muito mais opções de cursos de graduação e pós graduação no Brasil. Contudo, até por conta disso, formações mais específicas, como matemática e história, têm sido menos procuradas, o que acaba se refletindo no ensino de Arquitetura e Engenharia também.
Fora isso, a criação apressada de cursos nas áreas da construção civil, e chocantes adaptações mal feitas de seus currículos para o método EAD, pioraram a formação destes estudantes, que muitas vezes saem com dúvidas demais, impedindo o exercício da sua profissão.
(imagem de Pixabay)
Reflexos no sistema
Por conta de tudo isso, há menos interessados em cursar Arquitetura e Engenharia e também em contratar arquitetos e engenheiros. Já se percebe uma redução de vagas para estes profissionais no mercado, inclusive em concursos públicos. Mas as necessidades do mercado estão aí, como dissemos no tópico anterior.
Seria preciso exigir que o poder público reverta o quadro, contando com a ajuda de ministérios do governo, como o da Educação, para uma melhor capacitação e contratação de professores, além da revisão dos currículos e planos de ensino das instituições. Também investir mais em propagandas para esclarecer dúvidas da sociedade sobre tal nicho de mercado. E, ainda, incentivar a população a contratar sempre mão-de-obra qualificada, sobretudo fazendo valer as normas naquilo que tange o exercício legal na construção civil!
Para você, qual o principal motivo pelo qual o Brasil não forma tantos profissionais em Engenharia Civil e Arquitetura?
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
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