Vivemos novos tempos; e os últimos anos e meses nos provaram isto! O atual cenários de agravamento do efeito estufa, do desmatamento de florestas, da poluição de cidades e da distribuição desigual de chuvas pelos municípios trouxe mais escassez de água. E esta situação, infelizmente, deve se agravar muito.

O momento é de repensarmos sobre uma antiga prática cultural milenar para armazenamento de água da chuva, água de poço ou degelo de neve em caixa d’água especial, melhor dizendo, em cisterna de água. Saiba mais neste texto do Engenharia 360 sobre este modelo de reservatório no texto a seguir!

Cisterna construída no Rio Grande do Sul
Cisterna construída no Rio Grande do Sul (imagem de Wikipedia) – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Fotografia_de_Cisternas.jpg

Sobre o surgimento e a utilização das cisternas

A história da cisterna de água foi iniciada na França do século XI. Naquele tempo, montes de Cister, em Borgonha, desenvolveram um tipo de sistema para a drenagem do solo e armazenamento de água que acabou, tempos depois, se popularizando por toda a Europa. Agora, ele tem inspirado vários projetos de Arquitetura e Engenharia de casas e edifícios.

Ainda é preciso destacar que há diferença entre cisternas comuns e caixas d’água. Apesar de ambas serem utilizadas para armazenagem de água, o destino dado para o líquido no interior de cada uma será diferente!

A caixa d’água comum de uma casa, por exemplo, é projetada para abastecer todo o imóvel com a água fornecida pelo serviço público. Mas a origem da água da cisterna é pluvial, não considerada potável; quer dizer que a ela não poderá ser consumida pelos moradores. Contudo, poderá ser destinada a diferentes atividades domésticas – que não exigem a filtragem -, como lavagem de pisos, irrigação de gramados e descarga de bacias sanitárias.

Veja Também:

5 medidas sustentáveis para redução das inundações urbanas

Sobre as principais vantagens das cisternas

Explicando novamente, as cisternas são a melhor solução para captação, armazenamento e conservação de água de reuso. Normalmente, ela é muito simples de ser feita e rápida de ser instalada. E mesmo que fosse o contrário, seu investimento vale muito a pena se pensarmos no retorno.

Em primeiro lugar, viabilizando o aproveitamento da água da chuva ou mesmo da “água cinza” – proveniente dos banhos, máquina de lavar roupa e lavatórios . Isto pode cobrir cerca de 50% a 70% do consumo total de água da casa. Uma economia que não apenas diminui o valor da conta no fim do mês, como também alivia a pressão sobre os mananciais.

Cisterna de lona
Cisterna de lona (imagem de Sidineis em Wikipedia) – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cisterna_lona.jpg

Veja Também:

Lajes verdes: entenda o que são e quais suas vantagens

Sobre as opções de cisterna de água para casa

As cisternas são caixas que precisam armazenar dezenas de litros – dependendo da necessidade dos moradores, do potencial de captação e da poluição do ar local. 

Este sistema tem muito mais itens, como filtros de folhas, câmaras de tratamento, calhas, dutos, conexões e mais. E tudo isto precisa ser bem feito e periodicamente revisado, com partes devidamente vedadas para evitar qualquer contaminação e proliferação do mosquito da dengue, entre outros insetos; e para que a luz não penetre, estimulando a multiplicação de algas. As únicas partes abertas deverão ser a entrada de água, vinda do telhado, e o ladrão, direcionando o excesso de líquido para outro sistema, o de irrigação do solo ao redor.

Esquema de uma cisterna em casa
Esquema cisterna (imagem de The Natures Blend)

Tipos mais complexos de cisterna

Alguns modelos menores de cisternas podem ser feitos de plástico mesmo – sendo atóxico e, por vezes, reciclado. Eles são projetados para ter alta resistência e podem ser encontrados em diversos tamanhos e formas nas lojas do ramo.

Claro que ainda existem as cisternas de fibras de vidro, com uma estrutura mais simples e custo baixo, porém vedação menos eficiente. Já pensando em garantir totalmente qualquer proliferação de insetos e controlar a variação de temperatura da água, uma cisterna em alvenaria pode se mostrar uma solução melhor.

cisterna vertical laranja instalad aem residência
Cisterna vertical (imagem de Ciclo Vivo)
cisterna enterrada, ilustração em uma residência
Cisterna enterrada (imagem de CEC)

Geralmente, o tipo de cisterna de água em alvenaria é colocado enterrada no solo, ocupando menos área de superfície de terreno. Só que, neste caso, é fundamental ter a opinião de um especialista para analisar as condições do terreno. E a construção desta estrutura precisará ser feita com muito mais controle, para evitar qualquer risco de infiltrações. Os materiais comumente utilizados em situações assim são cimento, tijolo, cal e impermeabilizantes.

cisterna de placas em residência
Cisterna de placas (imagem de Fronteira em Wikipedia) – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cisterna_de_placas_em_Paratinga.jpg
Cisterna para produção em terreno, com homem e mulher
Cisterna para produção (imagem de Wikipedia via Agro2.0) – https://agro20.com.br/cisterna/

Tipo mais simples de cisterna

Grandes caixas de fibra ou mesmo de alvenaria podem servir muito bem como cisternas de água. Porém, há uma alternativa mais prática e barata para casas, apartamentos e espaços comerciais pequenos de áreas urbanas. É o caso das minicisternas!

Este tipo de cisterna é quase sempre são encontrado no mercado com o nome de “kit de reuso de água”! Alguns modelos até são modulares, permitindo que se possa aumentar a capacidade de armazenamento sempre que desejado. E nenhum deles necessita de cloração ou bomba para tratar e retirar a água para consumo. Observe o esquema a seguir para compreender melhor como tudo funciona!

esquema de minicisterna
Esquema cisterna (imagem de imguol)
Modelo de minicisterna
Modelo de minicisterna (imagem de Ecycle)

Você já pensou em instalar uma cisterna em sua residência? Comente!

Veja Também:


Fontes: Site Sustentável, Eco Eficientes, Wikipedia, Ecycle.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Segundo o autor James Clear, “hábitos são os juros compostos do autoaperfeiçoamento”. O senso de melhoria contínua deve ser algo presente no dia a dia do engenheiro e, para tornar-se um engenheiro bem-sucedido, é necessário cultivar hábitos que sejam condizentes a um profissional competente e de resultados. Pensando nisso, trouxe hoje 7 hábitos dos engenheiros altamente eficazes.
imagem ilustrativa de mesa com gráfico, ilustrando hábitos
Foto: Isaac Smith – Via Unsplash

1. Padronização

Processos sem padrão trazem todos os tipos de problema: resultados inconsistentes, falta de previsibilidade, ruídos na comunicação e no envio e recebimento de informações, entre outros. Trazer padronização para os processos produz benefícios importantes para o trabalho e é importante que o engenheiro avalie e padronize processos sempre que possível e que isso se mostrar positivo. Alguns benefícios incluem maior facilidade na gestão, redução de conflitos, maior eficiência e até mesmo redução de custos.

2. Aprendizagem contínua

A aprendizagem contínua é de extrema importância, tanto no sentido de manter-se atualizado das novas tecnologias, materiais, processos e/ou outras variáveis importantes para a posição executada pelo engenheiro, quanto para criar repertório e tornar-se um profissional mais competitivo. O engenheiro nunca deve parar de aprender.

3. Análises bem fundamentadas

Como sabemos, vivemos em um ambiente volátil e incerto. Neste cenário, é importante fundamentar bem as análises e trabalhos feitos. Quais as premissas consideradas e por quê? Quais foram os dados utilizados para a análise e por quê? Qual o método utilizado e por quê? O engenheiro deve ser assertivo e ter fundamentos ao executar, entregar e apresentar seus trabalhos. Ninguém deve conhecer melhor seu trabalho que você mesmo.

mãos escrevendo em papel, com notebooks ao lado
Fonte: Scott Graham – Unsplash

4. Análises bem documentadas

Além de fundamentar bem seu trabalho, o engenheiro precisa documentar esse processo. Não tem nada pior que entregar um relatório ou análise para a liderança da empresa ou para um cliente e, tempos depois, quando questionado sobre algum aspecto da entrega, o profissional “não lembrar” o que foi feito. Para evitar problemas futuros, é vital que o engenheiro documente bem o trabalho feito – quais as premissas, dados, métodos e fontes utilizadas na execução da análise.

5. Bom gerenciamento do tempo

No mundo ideal, teríamos apenas a quantidade de tarefas e responsabilidades que coubessem nas 8h (ou mais…) de trabalho, mas não é isso que acontece na maioria das vezes: temos mais coisas a fazer que tempo disponível. Assim, torna-se imprescindível que o engenheiro saiba gerenciar o seu tempo e priorizar suas entregas de forma a maximizar os resultados de seu trabalho.

6. Procura entender o todo

Nosso trabalho nunca é uma variável isolada. Principalmente dentro de empresas, cada decisão ou mudança geralmente afeta várias áreas diferentes: produção, finanças, planejamento, entre outras. Sendo assim, ao desempenhar um trabalho, fazer um projeto ou executar uma análise, é importante questionar-se quais são os outros setores envolvidos, quais são as possíveis consequências desse projeto/decisão ou se existe alguma legislação pertinente ao caso, por exemplo. Esses questionamentos tornarão o trabalho mais assertivo e reduzirão as chances de conflitos e problemas futuros.

7. Proatividade

Algo comum a todo trabalho é o surgimento de problemas – é para isso que nós engenheiros somos contratados: para desenvolver soluções para nossos clientes e empregadores. Todo profissional de sucesso deve primeiramente trabalhar sempre na prevenção dos problemas e, quando os eles forem inevitáveis, atuar proativamente na busca solução. A proatividade é considerada uma das chaves para o sucesso profissional.

Você já possui algum dos hábitos acima? Qual precisa mais se desenvolver? Conta para a gente aqui nos comentários!

Veja Também: Conheça 4 livros de negócios que vão te surpreender | Lista 360

Comentários

Engenharia 360

Jéssica

Engenheira industrial; formada pela Universidade Estadual do Norte Fluminense; com passagem pelo Instituto de Tecnologia de Rochester; tem experiência em cadeia de suprimentos (supply chain), e já atuou nas funções de Logística, Planejamento e Programação de Materiais.

Os amantes de Fórmula 1 tomaram um susto no último domingo (29/11), durante o Grande Prêmio de Bahrein 2020. O piloto Romain Grosjean, da equipe Hass, se envolveu em um acidente gravíssimo na primeira volta da corrida.

Logo na curva 3, Grosjean teve contato com outro piloto e saiu da pista direto para o guard rail. O impacto, a 222km/h, dividiu seu carro ao meio e as chamas começaram logo em seguida. O francês escapou apenas com queimaduras leves após ficar 29 segundos dentro do automóvel em chamas.

carro de Grosjean em chamas durante acidente
Imagem da internet

O resumo dessa história mostra como a revolução da segurança na F1 salvou a vida de Grosjean e a importância da engenharia em momentos como esse. Mas o que, de fato, contribuiu para que o piloto saísse andando depois do grave acidente?

1. HALO

Implantado em 2018, o dispositivo de segurança HALO fornece a proteção frontal do piloto. No caso de Grosjean, foi crucial para que o guard rail não atingisse a cabeça do francês, além de criar um espaço para que ele pudesse sair, uma vez que seu carro estava preso entre as ferragens.

halo, equipamento presente nos carros da F1
Foto: infoesporte
halo, equipamento presente nos carros da F1
Foto: infoesporte

2. Roupa antichama

Sair apenas com queimaduras leves, depois de ficar 29 segundos em meio ao fogo, também é mérito da engenharia. Os macacões usados pelos pilotos de Fórmula 1 resistem a temperaturas de até mil graus Celcius por 20 segundos. Embaixo disso, os pilotos ainda usam camiseta antichama.

roupa antichamas usadas por pilotos de fórmula 1
Foto: infoesporte
Capacete de Grosjean que derreteu por conta do fogo
Capacete utilizado por piloto de drag race . Mostra a importância da utilização dos equipamentos de segurança em corridas. Imagem da internet

Mesmo com tais conquistas da engenharia, essa história trouxe alguns questionamentos aos organizadores da Fórmula 1 . Para o diretor desportivo Ross Brawn, o fato do guard rail se romper, permitindo que o cockpit o atravessasse e ficasse preso, é algo que deve ser analisado. “Também é preciso entender por que houve um incêndio e por que o carro se partiu em dois”, acrescentou.

Reconstrução gráfica do acidente de Grosjean. A partir dele é possível entender as falhas, tanto do cockpit quanto do guard rail.
Carro de Grosjean após o acidente
Imagem da Internet

A partir de agora, o foco na segurança das corridas será redobrado. Acidentes como esse mostram a importância da engenharia nos esportes, bem como sua real funcionalidade. O final dessa história não foi mais trágico por mérito dos equipamentos e tecnologias de proteção.

Fontes: Folha, Racing, Autoportal, GE, F1Mania

Leia também: Engenheiros hackearam veículos elétricos para demonstrar vulnerabilidades de cibersegurança

O que achou dessa matéria? Deixe nos comentários!

Comentários

Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

O neozelandês Chris Boniface pesquisa sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) na medicina. Segundo ele, as leis de seu país atualmente não estão aparelhadas para lidar com essa nova realidade.

“No momento a IA na área da saúde é limitada a algumas funções como realizar diagnósticos e informar sobre interações com drogas. Não é tão comum ou difundido como na Ásia e na Europa, mas é algo que definitivamente está chegando (…)”, conta o doutorando (Ph.D.) em Direito da Universidade de Canterbury (NZL).

Em artigo de sua autoria, publicado este ano no New Zealand Law Journal, Chris argumenta que é indispensável considerar quem irá responder judicialmente em casos de erros médicos atribuídos à Inteligência Artificial. O artigo apresenta a problemática já no título: “Medical negligence in the age of artificial intelligence” (Negligência médica na era da inteligência artificial, em tradução literal).

Chris Boniface sentado em sofá e sorrindo para a câmera
Chris Boniface

Para ilustrar a negligência na era da inteligência, ele traz um caso de 2015 em Newcastle, Inglaterra, onde um paciente faleceu numa cirurgia de baixo risco. Um médico-legista descobriu, mais tarde, que a morte foi parcialmente causada pelo uso do Da Vinci, robô fabricado pela companhia Intuitive Surgical.

“Acho que existem algumas questões prementes sobre a responsabilidade e a culpabilidade quando as coisas dão errado”, pondera o pesquisador.

“O robô em si não poderá ser culpado, ele não paga contas, nunca vai perder o emprego (…). Assim surge o problema: quem responsabilizar? Afinal não há uma pessoa diretamente envolvida”.

Ele também ressalta os objetivos de sua pesquisa: engendrar possíveis soluções para que, “no momento em que a IA chegar, se tenha pelo menos conversado sobre isso, pois o sistema de saúde na Nova Zelândia é bem diferente dos estrangeiros.”

mulher em hospital segurando recém nascido ao lado de médicos-robôs

Aceitação dos médicos-robôs pela população

No momento, Boniface trabalha no apuramento de entrevistas que realizou com 200 pessoas (em maioria pós-graduandos), a fim de descobrir suas opiniões sobre a atuação de médicos-robôs, assim como IA de modo geral.

Os resultados preliminares indicam que os jovens se sentem mais confortáveis com a ideia de médicos-robôs, enquanto os mais velhos têm mais ressalvas, preferindo lidar com pessoas do que com uma máquina. De acordo com o neozelandês, as respostas também revelam o desconhecimento geral sobre o assunto.

“A Inteligência Artificial funciona retendo dados continuamente. Provavelmente as pessoas não se sentirão confortáveis com suas informações médicas sendo usadas e compartilhadas dessa maneira, mas elas talvez nem entendam que isso está implícito na ideia de IA”, diz ele.

Pensando em termos práticos, Boniface propõe a movimentação da classe jurídica de seu país. “Acho que seria preciso um inquérito sobre a IA no geral, para tratar questões como consentimento, privacidade e negligência médica.”, afirma.

Fontes: RNZ; TechXplore

O que você acha do uso de inteligência artificial e médicos robôs na medicina? Deixe sua opinião nos comentários!

Comentários

Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

2020 foi um ano realmente difícil, mas também muito revelador! Diante de uma grave crise mundial, várias empresas e profissionais precisaram repensar os seus métodos de trabalho. Uma coisa que pesou bastante foi o deslocamento e a aglomeração de pessoas, temporariamente não recomendados. Ao invés disso, muita gente preferiu tentar adaptar o máximo de tarefas ao sistema de home office, ou seja, de trabalho em casa.

Mas qual será o significado disso em longo prazo? Será que estas recentes mudanças nos levarão a novas oportunidades ou a outra crise no mercado de trabalho? O Engenharia 360 irá debater esta questão no texto a seguir! Confira!

homem fazendo home office
(imagem de Pixabay)

Por que muitos apostaram no home office como uma saída para a crise de 2020?

A Covid-19 é um grande mistério para a ciência. Ainda há muito para a medicina aprender sobre esta enfermidade. Por isto mesmo é que tantas medidas drásticas foram adotadas ao longo do ano de 2020. Uma delas é a de fechar, temporariamente, estabelecimentos de trabalho que possam aglomerar uma quantidade maior de pessoas, considerada um risco extremo para a proliferação da doença. E as empresas que conseguiram permanecer funcionando neste período precisaram adotar um esquema de escala de trabalho alternada, com um efetivo reduzido.

Pois bem, diante desta situação, foi preciso ser criativo para manter a economia girando. Todos que puderam adaptar as suas operações fora das sedes das empresas o fizeram, a maioria passando os últimos meses realizando trabalho em casa. E foi neste momento que surgiram novos desafios!

home office
(imagem de Pixabay)

Benefícios para empregado e empregador

Muitos não estavam realmente preparados para executar as suas tarefas à distância dos escritórios. A maioria precisou se aligeirar para realizar instalações de telefonia e internet em seus imóveis; além disso, adquirir mais computadores e equipamentos de suporte. E, neste meio tempo, alguns descobriram a dificuldade que é ser mais disciplinado diante das distrações do lar e não deixar que nada interfira no seu desempenho profissional.

De toda forma, apesar dos desafios, o trabalho em home office caiu na graça de muita gente! Algumas pessoas se descobriram empreendedoras, apostando em novas atividades ou em um novo nicho de mercado para fugir das complicações trazidas pela Covid – como um trabalho alternativo ou possivelmente permanente, a partir de agora. Já as corporações também viram vantagem nisso, garantindo a produtividade e, assim, os empregos de vários trabalhadores. Infelizmente, também há o outro lado disso tudo, ou seja, as falsas intenções mascaradas por trás da adoção desta medida. Por exemplo, será que é mais vantajoso para o empregado ou empregador este sistema de trabalho em casa?

home office mulher em escritório em casa
(imagem de Pixabay)

Quais os motivos que levariam algumas empresas a continuarem incentivando o trabalho em casa pós-pandemia?

Não precisar enfrentar o trânsito caótico das grandes cidades todo dia já é um enorme incentivo para que vários trabalhadores optem pelo regime de home office. Mas muitos, mesmo que não queiram esta realidade, já perceberam que, justificado pela Covid-19, perderam os seus postos fixos em sedes de empresas. Quer dizer que, mesmo pós-pandemia, não deixarão de realizar os seus trabalhos em casa. E será que devem entender isto como uma vantagem? Bem, nem sempre!

Tem gente que não enxerga os problemas escondidos por trás desta situação! Primeiro, não é fácil adaptar a sua rotina doméstica com o trabalho em casa sem interferir diretamente no cotidiano da família. A própria arquitetura e decoração do imóvel da pessoa acaba sendo afetada pela criação de um espaço de home office. Há despesas com mobiliário, aparelhagem, instalações de sistemas, usos de recursos e mais. E tudo isto fica a cargo da pessoa que está trabalhando, ou seja, do empregado. Já o empregador fica no lucro de não pagar despesas de vale refeição, vale transporte ou mesmo combustível e manutenção de veículo caso o seu trabalhador precise se deslocar, oferecendo um salário líquido muito mais reduzido.

home office imagem ilustrativa de escritório
(imagem de Pixabay)

Consequências para o mercado

Nesta sistemática, várias portas se fecham no mercado. Muitas empresas reduzem as suas instalações físicas e operam apenas em sedes distantes de capitais ou mesmo países.  E, para diminuir a burocracia, várias delas até terceirizam os serviços para aqueles que atuam de modo independente – como os que realizam trabalho em casa.  Já estes, por sua vez, para poder exercer as suas atividades, precisam se formalizar de algum modo – como realizando cadastros de ME e MEI -, ficando responsáveis por emissões de notas, declarações, registros e pagamentos de seguro social e impostos – até mesmo, por vezes, assumindo responsabilidades legais pelos serviços prestados. Então, voltamos a perguntar novamente, vantajoso para quem?

Arquitetos e engenheiros
(imagem de Pixabay)

Por que outros setores do mercado já pensam em chamar os seus trabalhadores de volta para as sedes das empresas?

Agora, a terceirização excessiva de serviços – acompanhada de falta de treinamento qualificado, monitoramento e gerenciamento das atividades – pode levar a erros irreparáveis a qualquer empresa. Infelizmente, tivemos vários exemplos terríveis disso em 2020, incluindo o lamentável “caso Carrefour” – que não é um caso isolado e, certamente, pode acontecer com qualquer empregado ou empregador que siga o mesmo caminho. Estando à distância, mesmo com o auxílio das avançadas tecnologias de comunicação que temos nos dias de hoje, muitos trabalhadores podem cometer erros sem o conhecimento de seu superior ou podem ficar sem explicações básicas de suas funções.

grupo de pessoas trabalhando em torno de mesa
(imagem de Pixabay)

Melhor caminho a seguir

Para conscientizar e informar melhor os seus trabalhadores da situação da empresa, muitos empregadores gastam fortunas com relações públicas. Mas nem isto garante que as informações se percam no caminho! Estando juntos, num único ambiente corporativo, estes trabalhadores poderiam ser mais bem treinados, participando constantemente de programas de conscientização e capacitação. Também ter acesso a bancos de dados virtuais, backups de arquivos digitais, arquivos físicos e opinião de colegas no exato momento da dúvida. E, dependendo da área profissional que atuem, este pode ser um grande diferencial!

De fato, muitos serviços não podem ser executados de casa, através das redes digitais! Vários trabalhadores precisam ir a campo, visitar terrenos e fazer contato direto com os clientes. Por isto, é provável que muitas empresas – sobretudo nos diferentes setores da indústria – voltem a chamar os seus empregados pós-pandemia. Grandes e pequenas corporações têm a chance, neste momento, de ponderar os prós e os contras dos dois modelos de sistema. Mas é preciso que todos os atores, empregados e empregadores, estejam atentos ao que é mais vantajoso para eles e para a sociedade como um todo!

três mulheres conversando em entrevista de emprego
(imagem: Unsplash)

E você? Sonha em realizar trabalho em casa ou ainda prefere o modelo tradicional – em ambientes de escritórios, lojas, fábricas e mais? Conte-nos nos comentários, logo abaixo!

Leia Também:


Fontes: UOL, O Tempo, G1, Valor Econômico.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Por conta do falecimento da avó de sua esposa durante a pandemia de Covid-19, o engenheiro civil Alaor Ferreira da Cruz Junior, de Goiânia, foi tomado por uma profunda tristeza.

Contudo, o luto também o motivou a desenvolver a Asepsis Machine, cabine projetada para desinfetar corpo e roupas de uma pessoa em 15 segundos. 

A partir do momento em que teve a ideia, Alaor executou o projeto em apenas 20 dias. Contando também com a ajuda de seu irmão (que é engenheiro mecatrônico) para criar o software do equipamento, o investimento inicial foi de R$ 128 mil.

Depois da fabricação veio a fase de testes, primeiramente pela Santa Casa da Misericórdia e pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do estado de Goiás (CREA-GO), em Goiânia. O engenheiro relata: 

“Fiz uma série de testes em laboratórios de Goiânia e fui até Campinas com a máquina para o teste no Laboratório de Virologia do Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que é referência no país”. 

Os testes mostraram uma eficácia de 99,99% na desinfecção de Covid-19, que é feita com hipoclorito de sódio e água, solução indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Também é possível utilizar outros desinfetantes. 

cabine de desinfecção criada pelo engenheiro civil Alaor Ferreira da Cruz Junior invenção covid

Como age contra a Covid-19

Asepsis funciona da seguinte maneira: primeiro é identificado, por meio de um detector, quando um indivíduo entra.

Ao fechar das portas se inicia o lançamento dos jatos, que vêm de 60 micropontos distribuídos por toda a parte interna do equipamento, de modo a cobrir a maior área possível do corpo de uma pessoa. Logo após 15 segundos ela é liberada para sair do outro lado. 

Depois de mais de 2 mil testes, e de acordo com as especificações da Norma Regulamentadora número 12 (que garante a segurança de máquinas e equipamentos), a Asepsis Machine passou a ser comercializada.

Características

A máquina pesa 120 quilos e não exige uma instalação complexa: apenas liga-se na tomada, semelhante a uma geladeira. Outra vantagem é o baixo custo de energia: calcula-se menos de R$ 00,02 (dois centavos) por pessoa que entrar na cabine. 

O equipamento está sendo vendido para todo o Brasil e pode ser usado principalmente em hospitais, indústrias, terminais de ônibus, centros comerciais e eventos artísticos.

Tendo em vista que o padrão mundial de higiene está mudando devido à pandemia, o produto continuará tendo validade mesmo para desinfecção de outros microrganismos nocivos, além do Sars-CoV-2.

Fontes: O Hoje, Canal Tech, Crea-GO

O que você achou da invenção? Comente!

Comentários

Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

Recentemente, foi publicado no Diário Oficial da União – portaria 21.073, do Ministério da Justiça – uma autorização, requerida por parte do Departamento Penitenciário Nacional para a contratação de mais profissionais. O interesse público é atender, de modo temporário, uma deficiência na construção civil brasileira, chamando 98 engenheiros – como especialistas técnicos – e 9 arquitetos – como analistas técnicos de obras – para trabalhar em projetos e acompanhamento de construções, reformas e ampliações de presídios e outros estabelecimentos de Arquitetura Penal.

Esse edital do Governo Federal, que esteve circulando nas mídias no mês de outubro de 2020, deve ser publicado na íntegra em até seis meses – ou abril de 2021. Mas o Engenharia 360 faz, antes, uma importante proposta de debate sobre por que é tão válido considerar a participação de arquitetos em planejamento de presídios. Continue lendo para saber mais!

presídios imagem ilustrativa
(imagem de Pixabay)

Motivos que levaram o Brasil a repensar sua Arquitetura Penal

O sistema prisional mundial já passou por várias fases. Porém, só na era moderna é que se pensou em criar os primeiros abrigos exclusivos para apenados com privação de liberdade. Especialmente o Brasil, que desde o período colonial tenta superar as suas falhas. O primeiro código penal até mencionava certa preocupação quanto à qualidade dos espaços penitenciários construídos. Todavia, algumas discussões perderam força ao longo dos séculos. E, hoje, o país enfrenta uma situação de precariedade bastante séria da sua estrutura carcerária.

Novos olhares

Acredita-se que, se algumas mudanças, a começar na Lei de Execução Penal, fossem realizadas, a Arquitetura Penal brasileira viria a ser outra, de modo a contribuir mais positivamente para o apenado. Seria importante, por exemplo, que os presos pudessem ter um melhor convívio social; também, que eles fossem estimulados à educação e ao trabalho; ou que, pelos menos, as suas celas tivessem condições mínimas de garantir uma melhor saúde física e psicológica.

Para mudar a realidade atual, as instalações penais no Brasil precisariam melhorar e muito. Infelizmente, hoje, é difícil demais uma pessoa cumprir a sua sanção de maneira realmente eficaz. O Art. 10 da LEP ainda ressalta que “a assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade”. Contudo, enquanto o índice de reincidência do mundo é de 20%, por aqui, a taxa alcança 70%. E pode ser que investir em mais arquitetura seja a única esperança de baixar este número.

“Quando você diz que o espaço prisional é um espaço com o qual não devemos nos preocupar, você está segregando uma parte considerável da população. Mas é preciso lembrar que essas pessoas vão voltar para a sociedade e impactar de alguma maneira as nossas vidas.”

– arquiteta Suzann Cordeiro, em reportagem de Casa e Jardim.
presídios
(imagem de Pixabay)

Principais desafios dos projetos de Arquitetura Penal

A primeira coisa que os arquitetos precisam pensar, no momento de elaborar uma proposta de presídio, é a localização desse complexo, pois isto deverá impactar no próprio cotidiano dos apenados, policiais, advogados entre outros. Para começar, a orientação solar do edifício.

Outra coisa importante é a construção do programa de necessidades para o projeto. Embora a legislação atual permita uma flexibilização disso – Resolução Nº 9 / 2011 -, é possível pensar melhor nos espaços como cozinhas, lavanderias, áreas de trabalho e locais de visita – principalmente levando em consideração o número de presos na instituição.

Estrutura

Quando se trata de Arquitetura Penal, o padrão de construção precisa ser outro, bem mais elevado. O projetista deve considerar a hipótese de que qualquer elemento inserido na sua proposta venha a ser, no futuro, utilizado como arma.

Portanto, não são quaisquer materiais que poderão servir de revestimento. Na verdade, eles precisarão ser mais resistentes e não inflamáveis. E as estruturas em concreto, por exemplo, deverão ter a sua armação de ferro mais reforçada, instalada longe da superfície externa – pois os presos gostam de tirar os vergalhões. Além disso, é possível considerar o uso do concreto vitrificado em algumas partes da edificação.

 imagem de cerca em presídios
(imagem de Pixabay)

Interiores

Para melhorar a conduta dos presos e evitar mais infrações, muita coisa pode ser melhorada nas estruturas penais do Brasil. Antes de colocar qualquer ideia no papel, o arquiteto deve pesquisar o perfil dos criminosos que utilizarão as instalações por ele projetadas.

Os ambientes dos presídios devem ter tamanho proporcional à quantidade de presos previstos para a instituição – mesmo que não existam normas legais que determinem a quantidade de pessoas por cela. O layout do edifício, no geral, deve evitar a superlotação dos espaços, garantir melhor monitoramento, além de ajudar a manter a ordem e a disciplina de todos.

câmera fazendo monitoramento de presídio
(imagem de Pixabay)

As celas realmente não precisam ser muito grandes; suas janelas precisam ser gradeadas e ficar em um nível acima da cabeça dos presos – uma referência também para o pé-direito; e as camas devem ser intercaladas, para que uma pessoa, ao se levantar, não fique de frente para a outra. Muros e divisórias precisam ser altos. Corredores devem ser largos; já os pátios, estreitos e virados para uma orientação que favoreça os banhos de sol. Todos os ambientes devem ser revestidos de material de fácil e rápida limpeza e manutenção. E é melhor que as tonalidades dos revestimentos sejam mais alegres, pensando na questão da psicologia ambiental.

celas individuais em presídio
(imagem de Pixabay)
pátio de presídio
(imagem de Pixabay)

Casos de sucesso fora do Brasil que servem de referência

Como é de se imaginar, a situação da Arquitetura Penal fora do Brasil é bem diferente. Em certos países, os presídios parecem até hotéis de luxo. Acredita-se que, em grande parte, este seja o motivo da menor taxa de reincidência dos presos, além de sua convivência mais pacífica durante o tempo de cárcere. Nestes locais, as instalações são super confortáveis. Todos os apenados trabalham, se profissionalizam, fazem exercícios físicos e participam de programas educativos.

Em Bastoy, na Noruega, os presos vivem em casas-prisão e trabalham em fazendas.  Já em Loben, na Áustria, os presos ficam em celas com banheiro privativo e pequena cozinha. Na prisão de Aranjuez, na Espanha, há creches para as crianças, que ficam com os pais – pai e mãe, numa cela de 150m² – até os 3 anos de idade, com direito a bercinho e tudo. E voltando à Noruega, Halden é considerada a instituição penal mais humana e luxuosa do mundo – com muitas áreas recreativas e biblioteca, além de celas com vistas panorâmicas para uma floresta abundante.

imagem ilustrativa de presídio
(imagem de Pixabay)

Qual a sua opinião sobre a Arquitetura Penal?

Veja Também: Visitamos a Prisão de Alcatraz! Confira como foi a experiência


Fontes: O Antagonista, Metrópoles, Revista Casa e Jardim, JUS, Mega Curioso, Vitruvius, AC24horas.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Uma equipe de pesquisadores da School of Electrical and Computer Engineering da Ulsan National Institute of Science and Technology, na Coreia do Sul, desenvolveu um sistema chamado GUIComp que usa inteligência artificial (IA) que vai ajudar pessoas que não tem muito conhecimento sobre design a projetar aplicativos e softwares para smartphones e computadores. A ideia é que ele auxilie a fazer algo fácil, rápido e que seja amigável.

O GUIComp é baseado em uma inteligência artificial de deep learning que fornece recomendações sobre os melhores layouts. Isso acontece por meio da avaliação de interfaces gráficas de usuário (as graphical user interfaces — GUIs).

interface gráfica do GUIComp ao lado de dois dos pesquisadores
Imagem: UNIST

O GUIComp é capaz de estudar os pontos fortes e fracos dos padrões de design de GUI existentes, avaliando as GUIs criadas para aplicativos móveis e sugerindo alternativas. Essas interfaces gráficas permitem que os usuários interajam com dispositivos eletrônicos usando ícones gráficos e outros indicadores visuais. Quanto mais atraente intuitiva e prática, maior a chance de atrair clientes em potencial. Por isso, a IA desenvolvida é tão importante para os leigos no assunto.

O GUIComp integra três tipos de mecanismo de feedback: recomendação, avaliação e atenção. Ele pode ser conectado ao software de design de GUI como uma extensão e fornece feedback multifacetado e em tempo real sobre o design atual do usuário.

Confira a seguir o vídeo que explica o GUIComp:

Para testar, os pesquisadores pediram a um grupo de estudantes que criassem GUIs móveis usando o GUIComp, enquanto outro grupo fez o mesmo sem a ferramenta. Os resultados experimentais mostraram que o GUIComp facilitou o design iterativo e os participantes com o GUIComp tiveram uma experiência de usuário melhor e produziram designs mais aceitáveis do que aqueles que não o fizeram.

Esses resultados foram publicados na ACM Conference on Human Factors in Computing Systems. Clique aqui para conferir.

O que você achou da tecnologia? Comente!

Veja Também: Pesquisadores usam inteligência artificial para acelerar simulações de rede elétrica


Fontes: Ulsan National Institute of Science and Technology

Comentários

Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Entre os dias 02 e 04 de dezembro irá acontecer o 22º Congresso Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho (CONEST) em Cuiabá, o maior evento de Segurança do Trabalho da América Latina, que terá como tema: “Inovação Tecnológica e o Futuro da Engenharia de Segurança do Trabalho”.

O evento contará com 16 palestras, 4 minicursos e exposições de trabalhos científicos. Os temas das pesquisas a serem apresentadas são as seguintes: saúde ocupacional, gestão da segurança e saúde no trabalho, riscos ocupacionais, higiene ocupacional, ergonomia, meio ambiente do trabalho, psicologia do trabalho.

O prazo para mandar os trabalhos foi até dia 30 de outubro, mas não se preocupe, o local da 23º edição da CONEST será divulgada!

banner 22  CONEST

Qual a importância do CONEST?

O congresso abre oportunidade para que os Engenheiros de Segurança do Trabalho se atualizem na área técnica, científica e legislativa, se integrem a classe e tenham contato com experiências de outros colegas.

De acordo com os dados do CONFEA, apenas 62.000 profissionais são engenheiros de segurança do trabalho com cadastro ativo no CREA. Sabemos que o campo de atuação desses profissionais especializados é de suma importância para não haver acidentes no ambiente de trabalho, eles lidam diariamente a favor da vida.

“A previsão é de que o congresso receba 700 participantes, entre profissionais, engenheiros, empresas, docentes, estudantes e agentes públicos de várias localidades do Brasil, além de congressistas internacionais. Será com certeza uma excelente oportunidade para fortalecer a integração da classe e o relacionamento entre as associações de diversos estados”, avalia o presidente em exercício do Confea, eng. civ. Osmar Barros Júnior, pontuando que a agenda viabiliza ainda o debate sobre os principais problemas que afetam a área, visando a avanços nas melhorias das condições de trabalho e eficácia na gestão.”

CONFEA

Para saber mais sobre o evento acesse o site: https://www.conest2020.com.br/

Você vai participar? Comente!

Comentários

Engenharia 360

Alliny Izabely

Formada em Engenharia civil e pós-graduanda em Segurança do Trabalho e também em Avaliações e Perícia de imóveis. Londrinense que ama dançar samba de gafieira. Nas horas vagas também busco a qualidade, só que em conversas, livros e vivência.

O Autodesk University 2020 aconteceu entre os dias 17 a 20 de Novembro, de forma online. Neste texto, nós contamos os principais pontos do evento, que é voltado para profissionais.

Logo no início, Scott Borduin, vice-presidente sênior e Chief Technology Officer da Autodesk, convidou seus principais parceiros para se juntarem a ele e falar sobre transformações digitais. Esse convidados foram: Jeff Wood (Chief Strategy Officer da Lenovo), Bruce Blaho (Chief Technologist da HP), Christian Lang (CEO da Enscape), Frank J. Soqui (vice-presidente e Cliente Computing Group General Manager da Intel), Julien Faure (VP of Verticals da Unity Technologies) e Mike Haley (vice-presidente da Autodesk).

Em uma conversa interessante, eles falaram sobre as mudanças na produção durante a pandemia, sobre o quanto a tecnologia fez diferença nesse contexto, sobre realidade virtual, conexão entre mundo real e virtual e muito mais.

imagem ilustrativa e banner do autodesk university 2020
Imagem: constructionblog.autodesk.com

Leona Frank, Senior Industry Marketing Manager da Autodesk, citou o desenvolvimento de tecnologias úteis em diferentes áreas e convidou Barent Roth, Sustainable Designer, para falar sobre reimaginar uma cadeia de produção sustentável com reciclagem localizada. Roth explicou todo o fluxo do plástico desde sua fabricação até a reciclagem ou disposição final.

Em seguida, Leona Frank chamou Julieta Moradei, Head of Research and Development da New Story, para falar sobre como uma organização não lucrativa construiu uma comunidade toda impressa em 3D. Ela abordou o fato de que bilhões de pessoas vivem em moradias inadequadas atualmente e que esse número deve aumentar até 2050 e depois mostrou vários projetos para minimizar esse problema, os quais envolvem muita engenharia. Por último, quem falou foi Tyler Mantel, presidente da The Ventilator Project, sobre projetos de respiradores para ajudar na luta contra a COVID-19.

Em outra apresentação, mas ainda com Leona Frank, conferimos projetos de manufatura aditiva para estruturas de concreto de alta definição (com Mania Aghaei Meibodi, professora da University of Michigan), transporte para o espaço (com Tom Markusic, CEO da Firefly Aerospace) e Digital Twins (com David Weir-McCall, Business Development Manager da Epic Games).

Novidades e projetos anunciados no Autodesk University 2020

Uma das novidades anunciadas é a expansão do portfólio Autodesk Construction Cloud, que visa que interligar ainda mais dados, fluxos de trabalho e equipes em todo o ciclo de vida de uma obra, do projeto às operações. As ferramentas anunciadas foram:

  • Autodesk Build: une o melhor do PlanGrid e BIM 360 com novas funcionalidades adicionais para criar uma solução abrangente de gerenciamento de campo e projeto. O Autodesk Build também inclui o aplicativo móvel PlanGrid Build com novos recursos adicionais, para trabalhadores de campo.
  • Autodesk Quantify: Capacita os engenheiros orçamentistas a automatizar a quantificação 2D e 3D a partir de uma única plataforma abrangente.
  • Autodesk BIM Collaborate: Permite que as equipes de projeto se alinhem e executem de acordo com a intenção de projeto, gerenciando toda a colaboração de design e o fluxo de trabalho de coordenação a partir de uma única solução para reduzir o retrabalho, melhorar a produtividade e acelerar a entrega do projeto.

“Há quase um ano, lançamos a Autodesk Construction Cloud, compartilhando nossa visão para o mais poderoso e completo portfólio de produtos de gestão da construção civil. Os novos produtos que anunciamos hoje representam um grande marco para a construção conectada, com a Autodesk Build fornecendo uma abordagem totalmente nova para a gestão de projetos. Continuamos cumprindo nossa promessa de ajudar construtores em todo o mundo como catalisador da transformação digital, tornando a construção mais previsível, segura e sustentável.”

Jim Lynch, vice-presidente e gerente-geral da Autodesk Construction Solutions, divisão da Autodesk responsável pelo Autodesk Construction Cloud.
imagem ilustrativa e banner do autodesk university 2020
Imagem: autodesk.com

Vikram Dutt, diretor-executivo associado de projetos de construção da Autodesk se uniu a Mark Zenet, vice-presidente sênior de Software de Gerenciamento de Energia da Schneider Eletric para discutir sobre o uso de BIM (Building Information Modeling) na engenharia elétrica. Segundo eles:

“Hoje, muitos engenheiros mecânicos já migraram para o BIM. No entanto, devido aos padrões regionais, fragmentação da indústria e processos desconectados, o engenheiros eletricistas têm se esforçado para fazer a mesma transição. Por isso, a nossa parceria tem como objetivo ajudar a acelerar essa migração e superar os fluxos de trabalho analógicos desconectados de hoje, para que os engenheiros eletricistas possam projetar e colaborar em projetos com mais eficácia.”

Ainda nesse sentido, a Schneider está trabalhando para desenvolver um novo serviço baseado em nuvem para projetistas na área de elétrica, utilizando o Autodesk Forge, uma plataforma de desenvolvedor baseada em nuvem da Autodesk.

Já a francesa Decathlon apresentou uma bicicleta projetada e produzida usando o Autodesk Fusion 360. Os materiais usados são de alta performance e ecologicamente corretos e a bicicleta é impressa em 3D.

Segundo Scott Reese, vice-presidente sênior da Autodesk, “A tecnologia Autodesk desempenhou um papel fundamental para ajudar projetistas e engenheiros da Decathlon a repensar o novo possível e ampliar o leque de opções que eles consideraram para esta bicicleta. O projeto de bicicleta da Decathlon ilustra perfeitamente as contribuições fundamentais que o design generativo pode oferecer ao processo criativo dos designers. Com a ajuda das ferramentas Autodesk, a Decathlon combinou inteligência artificial e criatividade humana para perseguir metas de sustentabilidade e desempenho que atendam às altas expectativas dos consumidores. O projeto também possibilitou que os designers se familiarizassem com novas tecnologias de design e fabricação que criarão os produtos do futuro”.

Você pode conferir ainda mais informações no próprio site do Autodesk University 2020 clicando aqui. Você também consegue ver a programação completa, que conta com muito mais informações, neste link e filtrar o que quer assistir.

Se você acompanhou ou pretende assistir as transmissões, deixe seu comentário sobre o que achou.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.