Em tempos de crise, a dificuldade para se manter ativo no mercado de trabalho é enorme e um pequeno detalhe na entrevista de emprego pode diminuir as chances significativamente.
As empresas têm feito processos seletivos mais rigorosos, a fim de garantir profissionais qualificados para seus cargos. Para isso, elas procuram fazer perguntas diferentes e criativas, em busca de conhecer mais a fundo quem poderá entrar para o time de funcionários. Com isso, é comum que você fique um pouco ansioso e acabe dizendo algo que comprometa seu bom desempenho no processo de seleção, mesmo sem perceber.
Uma frase mal colocada pode expressar algum comportamento que não é bem-visto em uma entrevista de emprego. É o seu caso? Conheça as 6 frases que você deve evitar nesse caso.
1- “Desculpa, mas é que sou muito ansioso.”
É impressionante a quantidade de vezes que ouvimos este tipo de afirmação nos dias atuais. Todos estão munidos de um senso de urgência incrível e de alguma forma, agem contribuindo para que esse comportamento se alimente dele mesmo. Afinal, ansiedade gera ansiedade, além, é claro, de também gerar outras coisas tão negativas quando ela. Na aflição de pensa que não vai dar tempo, muitos estão sendo superficiais em suas escolhas, improvisando na maioria do tempo e cometendo falhas pela simples falta de visão estratégica.
Descrever-se como “ansioso” demonstra uma preocupação em justificar possíveis falhas e equívocos durante a entrevista e que, certamente surgirão, caso você seja contratado.
2- “Quero trabalhar em uma empresa em que eu possa crescer”
Claro que durante a entrevista devemos expor nossas expectativas, mas saiba que o entrevistador não está interessado nelas prioritariamente. Quando pergunta sobre o tema, na verdade, está querendo avaliar quanto de responsabilidade pela própria carreira o candidato estará colocando na conta da empresa.
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Expor a expectativa de que tem ambições profissionais pode parecer correto, mas só se você tem total consciência de que a responsabilidade é exclusivamente sua e não do local onde pretende trabalhar.
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3- “Eu não gostava do que fazia no meu último emprego”
Realmente fazer o que gosta é uma boa meta pessoal, mas é preciso lembrar que mesmo a mais interessante atividade, tem momentos que não são tão bacanas. Na verdade, devemos lidar com as frustrações em qualquer atividade que nos envolvemos. Quando falamos negativamente sobre o último trabalho, levamos o entrevistador a buscar detalhes sobre “o que não se gostava no último emprego”, pois é bem provável que na nova oportunidade, o candidato irá encontrar situações equivalentes. Deixar a impressão de que está buscando apenas fazer o que gosta demonstra imaturidade e fragilidade profissional.
4- “Sou focado em resultados quando me dão desafios”
Quando estamos “vendendo” nossas competências, podemos não perceber que exageros sempre são recebidos com desconfiança por quem está entrevistando.
Vincular resultados a desafios e não às realizações é um equívoco muito comum, mas demonstra que pretende transferir a responsabilidade dos acontecimentos para a empresa, visto que ficará sempre a dúvida se você trará resultados se não houver desafios, mas sim, apenas as tarefas rotineiras da vaga.
5- “Eu nunca fui reconhecido”
Reconhecimento é um desejo de todo profissional, contudo ele se manifesta de formas diferentes durante as diferentes etapas de nossa vida. Há momentos onde o reconhecimento é financeiro, mas essa não é a única forma, pois somos estimulados também por desafios e pelas possibilidades de recompensas indiretas como prestígio, conquistas e realizações.
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Justificar escolhas por falta de reconhecimento é como admitir-se como alguém que só se motiva se houver recompensas. Na verdade, todo resultado que alcançamos com nossas escolhas é uma forma de reconhecimento.
Se não foi de acordo com nossas expectativas, devemos aprender e fazer escolhas diferentes.
6- “Meu maior defeito é ser muito perfeccionista”
O erro é grave, pois ao associar “perfeição” e “defeito” em uma mesma frase, o candidato demonstra falsidade ideológica ou ignorância intelectual, o que já seria suficiente para fazer o entrevistador desconfiar da confiabilidade do candidato. Além disso, consegue indiretamente dizer que é detalhista de forma negativa, o que deixa sempre margem para desconfiar que o candidato “perfeccionista” é, na verdade, um chato resistente e intolerante.
Fonte: Sidnei Oliveira / LinkedIn; Fotos: Aegis / Avante Brasil / Doutíssima / Curriculum.
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Clara Ribeiro
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.