Para fazer isso, eles coletaram informações do sistema de navegação de um robô e usaram técnicas de processamento de sinais e deep learning não só para entender a fala, mas também identificar programas de televisão, por exemplo, em execução no mesmo ambiente que o dispositivo. A pesquisa conseguiu mostrar que qualquer dispositivo usando a tecnologia de detecção e alcance de luz (chamada LiDAR, do inglês Light Detection And Ranging) é suscetível a manipulação para coleta de som, mesmo que ele não possua microfone.
Os pesquisadores adaptaram o sistema de navegação baseado em laser em um robô (à direita) para captar vibrações sonoras e capturar a fala humana ricocheteando em objetos. Imagem Sriram Sami | Via University of Maryland
Como um morcego, o sistema LiDAR lança um feixe de laser no ambiente e recebe o retorno para mapear o local e, assim, evitar esbarrar em objetos. Isso permite um movimento mais fluido pela local.
A ideia da pesquisa surgiu quando a equipe começou a se perguntar se os robôs seriam capazes de gravar a voz dos usuários, uma vez que esses eles podem violar privacidade ao gravar os mapas das casas na nuvem (o qual pode ser usado por anunciantes). Para comprovar, primeiro os pesquisadores hackearam um robô aspirador de pó para controlar a posição do feixe de laser, recebendo os dados sem interferir nos movimentos.
Em seguida, eles fizeram testes com duas fontes de som: uma voz humana recitando números e um áudio de diferentes programas reproduzidos na televisão. O sinal de laser foi detectado pelo sistema de navegação do aspirador quando ele ricocheteou em objetos colocados perto da fonte de som.
Os sinais recebidos foram passados para algoritmos de deep learning treinados para corresponder a vozes humanas ou identificar sequências musicais dos programas de televisão. O sistema, que recebeu o nome de LidarPhone, foi capaz de identificar o que era falado e os programas de televisão com 90% de precisão.
Algoritmos de deep learning foram capazes de interpretar ondas sonoras dispersas, como as capturadas por um robô, para identificar números e sequências musicais. Imagem Sriram Sami | Via University of Maryland
“Colocamos esses dispositivos em nossas casas e não pensamos nada sobre isso. (…) Mas mostramos que, embora esses dispositivos não tenham microfones, podemos reaproveitar os sistemas que eles usam para navegação para espionar conversas e potencialmente revelar informações privadas.”, afirmou Nirupam Roy, da equipe de pesquisa.
Os pesquisadores alertam que isso pode ser perigoso em situações cotidianas, como pedir comida ou até mesmo falando número de documentos/cartão de crédito. Ainda, a quantidade de informações pessoais que pode ser armazenada pode permitir que alguém consiga traçar bem seu perfil, direcionando ou manipulando isso contra você. Segundo eles, muitos outros dispositivos podem estar abertos a espionagem e vulnerabilidades semelhantes.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
A importância do estágio na engenharia civil: depoimentos
por Júlia Sott | | ATUALIZADO EM 8min
Eles falaram sobre escolhas, rotina, estágio, reprovações na faculdade, dificuldades enfrentadas e também deram ótimos conselhos!
Como eu sempre falo aqui: ouvir as experiências da galera que tem uma trajetória parecida com a nossa pode agregar muito na nossa vida! E foi por isso que hoje eu trouxe 2 parceiros meus para contarem sobre seus estágios em engenharia e como isso faz toda a diferença na carreira de um engenheiro que quer ingressar no mercado!
Eles falaram sobre escolhas, rotina, estágio, reprovações na faculdade, dificuldades enfrentadas e também deram ótimos conselhos! Se liga aí no que o Igor Kist e o Lucas Marques têm para nos contar!
Foto: Igor Kist
Foto: Lucas Marques
Por que vocês escolheram esse curso?
Igor:
“A escolha da engenharia civil foi algo que aconteceu naturalmente. Desde criança eu ficava fascinado ao observar as obras pela cidade, as residências e os prédios sendo construídos. Lembro do meu primeiro questionamento quando criança, que era ‘como os construtores conseguiam fazer os vãos das janelas e portas sem que todos os tijolos caíssem?’, bendita vergas e escoras!”.
“O início da faculdade foi até certo ponto bem desanimador pra mim, pois eu iniciei o estágio um mês antes de ter a minha primeira aula da faculdade. Logo no primeiro semestre eu via que o que eu estava aprendendo era completamente diferente do que eu já estava vivenciando, o que eu gostava mesmo era do estágio. Porém, assim que passei da metade do curso, comecei a ter apenas as cadeiras específicas de engenharia. Aí sim, tudo virou uma maravilha, pois eu juntava os ensinamentos das aulas com meu dia a dia do estágio.”
Lucas:
“A engenharia civil nunca foi minha primeira opção, foi algo que simplesmente aconteceu. Como fiz todo meu ensino médio em uma escola técnica em agropecuária, a ideia inicial era seguir nesta área. Mas, aconteceu que não passei nos primeiros vestibulares, então dei tempo ao tempo. E foi neste meio tempo parado que veio meu primeiro emprego, com 17 anos, como jovem aprendiz em uma construtora da cidade. Eu era apenas auxiliar administrativo e fazia serviços como ir ao banco, arquivar documentos e algumas vezes digitar orçamentos.”
“Porém, já com seis meses na empresa acabei simpatizando com a área. Olhava aquelas plantas e achava tudo muito interessante! Fazia algumas visitas em obras, sem nem ter ideia do que estava fazendo e também comecei a conviver com os materiais usados na área. Foi neste mesmo meio ano que resolvi prestar vestibular na área e entrando na faculdade.”
“Contudo, como qualquer estudante, no começo estava um pouco perdido, mas disposto a aprender. Acabei reprovando em algumas cadeiras, pois não estava acostumado ainda com a rotina de conciliar trabalho e estudo, mas o trabalho me agregou demais! Da metade para o final do curso começaram cadeiras mais práticas, deixando tudo mais óbvio e facilitando o aprendizado.”
Em qual semestre vocês começaram a estagiar e como conseguiram a vaga?
Igor:
“Eu estagiei em duas empresas, porém em três períodos diferentes. O primeiro estágio eu comecei um mês antes do início da faculdade, o qual consegui através de uma entrevista com um dos melhores e mais experientes engenheiros da cidade, em que as nossas famílias tinham um certo grau de amizade.”
”Mas, após 8 meses de estágio, acabei saindo por decisão própria e indo pra outra construtora. Passei em torno de 4 meses acompanhando voluntariamente a construção de um dos maiores edifícios aqui da minha cidade. Como a obra já estava na etapa de revestimentos acabei optando por sair e ficar apenas com os estudos. E, posteriormente, voltei para a primeira empresa que estagiei, a Portlan Engenharia, na qual já estou há quase quatro anos.”
Lucas:
“Quando comecei a faculdade ainda fiquei seis meses como Jovem Aprendiz, já um pouco ambientado com a área. Assim que saí da empresa, tive sorte e logo apareceu a oportunidade de estagiar em um escritório, na época novo na cidade.”
“Eu era aquele estudante curioso, com vontade de trabalhar na área e aprender mais do que a faculdade me ofertava. Neste estágio aceitei trocar trabalho por experiência e aprendizado, e posso dizer que foi algo que abriu muito minha cabeça para a construção civil.”
Como foi começar a estagiar? Conte-nos como era sua rotina, seus deveres e como foi conciliar o estágio com a faculdade
Imagem: Lucas Marques
Igor:
“O começo do estágio foi bem complicado, pois eu não tinha nada de conhecimento de engenharia. O engenheiro com quem eu trabalhava (e trabalho atualmente) era extremamente exigente, me cobrava como cobrava qualquer outro estagiário que havia na empresa e que já tinha mais experiência que eu. Nos primeiros dois meses eu ficava meio turno na empresa, e a partir disso comecei a ficar em tempo integral, em torno de 8h/dia.”
“Meus deveres normalmente eram em iniciar os quantitativos dos orçamentos, memoriais descritivos, todos os documentos necessários para aprovações de projetos e até mesmo fazer ART, na qual eu fiz a minha primeira quando estava no primeiro mês de faculdade (obviamente supervisionado e instruído pelo engenheiro).”
“A parte mais difícil com certeza foi conciliar a faculdade com o estágio, pois eu estudava em outra cidade, aproximadamente 110 km de onde moro, então eram 3 horas de viagem diária de ônibus, as aulas e mais as 8 horas de estágio. Eu sempre estava cansado, mas era o que eu gostava de fazer, então segui firme por todo o primeiro semestre.”
”Porém, quando reprovei em algumas cadeiras achei melhor parar no oitavo mês, para focar mais na faculdade. Como eu havia gostado tanto de fazer estágio e sabia que muitas das coisas que eu estava aprendendo ali no começo não eram utilizadas no dia a dia, acabei voltando a estagiar, por mais que fosse extremamente desgastante, era realmente o que eu gostava de fazer.”
Lucas:
“Eu fiz mais de um estágio durante a faculdade. No primeiro, onde troquei trabalho por aprendizado, foi onde aprendi a fazer projetos. Também tive a oportunidade de fazer memoriais descritivos e laudos técnicos, sempre com auxílio, e durou em torno de 1 ano.”
”O segundo estágio eu fiz na Prefeitura Municipal, no cadastro de IPTU do município, onde eu recebia as matrículas do registro de imóveis e atualizava os registros do município. Foi algo diferente dos estágios mais comuns da área, que são com projetos e obras. Porém a engenharia civil vai além disso e foi ali que aprendi a trabalhar melhor com documentos, aprendendo a ler e desenrolar os famosos ‘pepinos'”.
”Após estes dois estágios trabalhei com alguns engenheiros do município, na maioria das vezes em casa mesmo, fazendo projetos, na tentativa de ter uma renda. Foi aí que acabei tendo a ideia de começar algo por conta na área de projetos mesmo, incluindo um diferencial: maquetes eletrônicas. E sim, estava dando certo, porém eu achava que ainda faltava algo e acabei dando um tempo para ir atrás de outro estágio que pudesse agregar mais.”
”Foi então que tive a oportunidade de trabalhar na empresa Flach & Werle, uma empresa de renome no município. E nesta altura da faculdade, já mais preparado e com facilidade de enxergar com clareza como é a engenharia, tive oportunidade de adquirir mais experiência prática e tudo acabou acontecendo ao natural e é onde estou trabalhando hoje.”
Imagens: Lucas Marques
”Desde o começo do curso sempre trabalhei na área e nunca tive medo. Apesar de ser difícil conciliar trabalho, enfrentar viagens de quase 3 horas diárias, mais o estudo, tendo que manter as cadeiras em dia, algumas vezes até reprovando, era necessário trabalhar. Era algo que me agregava muito conhecimento e do meu jeito eu sempre resolvia os meus problemas, nunca pensando em desistir e acreditando que tudo tinha um motivo.”
Que importância você dá para o estágio e quais os maiores aprendizados que você tirou disso?
Igor:
”Eu realmente acho que oestágio é a verdadeira faculdade. Por mais que a matemática seja exata, a engenharia não é! Cada obra é uma obra, cada situação é uma situação em que se pode resolver de “n” maneiras diferentes. Em um se faz assim, na outra se faz assado, mas sempre levando em conta o embasamento teórico que a faculdade lhe dá.”
”Um grande aprendizado foi a convivência e contato com os clientes. Ao longo do tempo se tornou extremamente fácil entender o que eles queriam te pedir mesmo antes de eles terminarem o diálogo. A convivência com os profissionais das obras (mestre de obras, pedreiro e serventes) foi também de grande valia! Com eles aprendemos o cotidiano da obras, as gírias e vários métodos de construção civil que a faculdade só lhe dá em imagens em slides.”
”Contudo, o maior aprendizado de todos foram os incontáveis “se vira” do meu chefe. Ele inicialmente fazia com que eu penasse me virando sozinho, desde o começo do estágio e até mesmo hoje que estou no último, me dando o maior ensinamento de todos: na obra, a tua palavra é a última que vale! Tu és o responsável, então pesquise, raciocine, faça o certo e principalmente, demonstre segurança no que você decidir.”
Lucas:
”Eu acredito que todo o estudante que tiver a oportunidade de estagiar durante a faculdade, por mais complicado que seja a conciliação do estudo com o trabalho, deve aproveitar. A verdade é que estágio é algo que facilita muito a vida profissional depois, pois a prática é um complemento para a teoria. Mesmo que tenhamos algumas práticas e visitas técnicas durante a faculdade, ainda falta muito. Não temos aquela convivência do dia-a-dia, de ir em obras e enxergar as falhas, e são com elas que aprendemos!”
Imagens: Lucas Marques
”Também não existe aquela convivência com pessoas, tanto clientes quanto os profissionais que trabalham em conjunto conosco. E algo que eu sempre digo é: o mais complicado é se acertar com pessoas. Portanto, o aprendizado é diário, a cada dia uma coisa nova, cada obra é de um jeito e cada cliente tem atitudes diferentes.”
”Eu não critico de maneira alguma quem apenas estuda. Porém é depois de formado que vamos agradecer as oportunidades aproveitadas durante a faculdade, e é isso que torna tudo muito mais fácil.”
Quais conselhos vocês dariam para os estudantes que estão iniciando a faculdade de engenharia civil?
Igor:
”Fazer estágio o quanto antes, e sempre que puder, mesmo que não seja remunerado. É no estágio em que você vai descobrir suas maiores afinidades nas áreas da engenharia civil, a qual tem um enorme campo de atuação. Sempre haverá um maior interesse em uma ou outra disciplina, e com o estágio você poderá adquirir diversos ensinamentos e experiências que poderão te diferenciar dos demais no mercado de trabalho.”
Lucas:
”O conselho que eu dou é: não pense somente no financeiro, pense no que irá te agregar em experiência e conhecimento. Não precisa pressa, as coisas acontecem ao natural e no tempo certo. Procure um estágio logo cedo, ele te abrirá portas! Te ajudará a amadurecer, crescer como pessoa e irá te preparar para a vida profissional, ajudando a escolher o melhor caminho na área. Aproveite todas as oportunidades que a faculdade te dá, pois tudo soma. Mantenha sempre os pés no chão e não tenha medo de encarar, mesmo que não souber, pois te forçará a ir atrás e aprender.”
Engenheira Civil, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; estudou também na Stanford University; passou um período trabalhando, estudando e explorando o Vale do Silício, nos Estados Unidos; hoje atua como analista de orçamentos ajudando a implantar novas tecnologias para inovar na construção civil.
Engenharia 360 lança linha de camisetas em parceria com os Engenheiros sem Fronteiras
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 2min
Se é blusinha de engenharia que você quer, a gente tem! Conheça os novos modelos.
Se você nos acompanha por aqui no site nas redes sociais, deve saber da nossa loja de camisetas para todas as engenharias e várias estampas diferentes. Agora, nós lançamos nossa mais nova coleção, em parceria com os Engenheiros sem Fronteiras Brasil.
“Ser Engenheiros Sem Fronteiras é acreditar na importância da engenharia para o desenvolvimento social e ser protagonista desta transformação. O ESF-Brasil faz parte da rede Engineers Without Borders – International (EWB-I), presente em 65 países ao redor do mundo. Desde 2010 no Brasil já transformamos mais de 84 mil vidas. Acreditamos na importância do envolvimento comunitário, do diálogo e da cooperação.”
Para conferir nossas blusinhas da parceria, basta clicar neste link e neste link. Abaixo nós colocamos algumas delas para você já escolher a sua! Lembrando que elas estão disponíveis em diferentes cores e são produzidas pela Reserva Ink.
E não se esqueça de acompanhar os Engenheiros sem Fronteiras aqui no nosso site também! Eles são parte da nossa equipe de redação e periodicamente produzem conteúdo publicado aqui. Confira alguns títulos a seguir e clique aqui para acessar todos os textos:
E aí, já garantiu sua blusinha? Então corre lá na loja e escolha entre os diferentes modelos! Depois, conte para a gente qual você escolheu e envie uma foto ou publique e marque nosso perfil para publicarmos também em nosso Instagram!
Falcon Nest e Antilia: qual é a maior e qual é a mais alta casa do mundo?
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 4minAntilia House (imagem extraída de Toronto Storeys)
Cada ano surgem mais e mais arranha-céus, cada vez mais altos e com volumes mais ousados. Mas a arquitetura de casas também pode surpreender.
Desde sempre, o homem tem uma verdadeira fascinação por ultrapassar barreiras. Já na antiguidade, ele tentava atingir novas marcas para a arquitetura – o maior monumento, o maior edifício e mais. Um importante exemplo disso é o conjunto de pirâmides do Egito. Mas, neste texto, vamos apresentar outras duas construções realmente surpreendentes: a casa mais alta do mundo e a maior casa do mundo. Confira!
Falcon Nest House (imagem extraída de Home Crux)
Falcon Nest: a casa mais alta do mundo
Localização
Em primeiro lugar, vamos falar da Falcon Nest. Ela é conhecida como a casa mais alta do mundo. Seu terreno fica localizado perto de Prescott, a uma hora ao norte de Phoenix, no estado do Arizona, nos Estados Unidos, em uma região de lindas vistas, próximo ao marco chamado de Thumb Butte. Tal edificação tem dez andares de altura e foi construída no ano de 1994, com projeto assinado pelo arquiteto Sukumar Pal.
Falcon Nest House (imagem extraída de Arizona Oddities)
Importância arquitetônica
De acordo com informações divulgadas na internet, em seus 575m² , a Falcon Nest teria três quartos e quatro banheiros, mais cozinha. Porém, o que impressiona mesmo é a vista de 360 graus que se tem dos ambientes para o vale. Do solário coberto por vidros, no sétimo andar pode-se enxergar até mesmo os picos de São Francisco, na Califórnia – estado vizinho. E para acessar cada um dos andares é possível utilizar um elevador hidráulico.
Porém, além de ser conhecida como a casa mais alta do mundo, a Falcon Nest também foi apelidada como uma das casas mais ecológicas do mundo. É que, de fato, seu projeto arquitetônico apresenta qualidades que demonstram certa consideração com o meio ambiente. Por exemplo, com sistemas de aquecimento e resfriamento de ambientes alimentados por energia solar – por isto outro apelido, “Palsolaral House”.
Diz-se que a Falcon Nest, a casa mais alta do mundo, seria um bom exemplo educacional de arquitetura, geologia e sustentabilidade. Também que é um ótimo lugar para relaxar e aproveitar vistas únicas, como um SPA!
Falcon Nest House (imagem extraída de Luxuo Thailand)
Falcon Nest House (imagem extraída de Luxuo Thailand)
Antilia: a maior casa do mundo
Localização
Bem como a Falcon Nest – casa mais alta do mundo –, a Antilia – chamada assim em homenagem a uma ilha no Atlântico – também impressiona. Ela é considerada a maior casa do mundo. Foi projetada pelo escritório de arquitetura Perkins + Will, em parceria com a empresa Leighton Holdings. Está localizada no bairro Altamount Road, em Mumbai, na Índia. Ela pertence ao bilionário Mukesh Ambani, um dos homens mais ricos desse país e do mundo, de acordo com a revista Forbes.
Antilia House (imagem extraída de Toronto Storeys)
Importância arquitetônica
À primeira vista, Antilia parece um típico arranha-céu. Mas se trata mesmo da maior casa do mundo – maior até que o Palácio de Versalhes, na França. É um símbolo máximo de riqueza, mas também de excesso, justamente por estar em um dos países com mais pobres e miseráveis do planeta. No total, a casa possui 27 andares – uma medida, contudo, menor que a da casa anteriormente citada -, e 37 mil m² de área, num design bem futurista – sendo que seus diferentes níveis podem ser acessados por nove elevadores diferentes.
Antilia House (imagem extraída de All That’s Interesting)
Esta propriedade privada, além de grandiosa, prometia ser “o edifício mais verde do mundo”. Era para ter uma fachada coberta por folhagens. Contudo, não passa hoje de uma austera estrutura em aço. Ainda assim, sua volumetria e geometria atraem bastante a atenção dos observadores – em tese, podendo resistir até mesmo à abalos de oito pontos na escala Richter de terremotos.
Dentro da Antilia há amplas instalações. Por exemplo, uma garagem para 168 carros com oficina mecânica, um templo hindu, um ginásio de esportes, um estúdio de ioga, uma sala de cinema para 50 pessoas, piscinas, salões de festa, e jardins. Fora isso, na cobertura, ainda tem-se um heliponto e uma torre de controle de tráfego aéreo.
Infelizmente, não há qualquer indício no edifício de eficiência energética, o que tira desta arquitetura qualquer título original de eco-friendly!
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Conheça a tecnologia da UFMG que auxilia na previsão e combate a queimadas ambientais
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 3minImagem de Ylvers por Pixabay
O software já foi testado em diferentes Unidades de Conservação brasileiras.
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma série de incêndios florestais, especialmente em áreas de grande importância ambiental, como o Pantanal e a Amazônia. Para lidar com parte dessas queimadas, o Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) do Instituto de Geociências da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) desenvolveu um software capaz de projetar modelos de propagação de fogo, permitindo estimar o comportamento das chamas.
Qual a origem das queimadas?
As queimadas podem ter origem criminosa ou natural, como causadas por quedas de raios. Segundo o INPE, até setembro deste ano, a Amazônia registrou 45,6% dos focos de incêndio, totalizando 76 mil pontos. Já o Pantanal teve 23% de sua área total queimada. No cerrado, onde ocorrem mais incêndios naturais, foram registrados 21 mil focos entre janeiro e agosto deste ano.
Imagem de pvproductions
em Freepik
Como funciona a tecnologia da UFMG?
A tecnologia desenvolvida pela UFMG tem como objetivo estimar quando, onde e com que intensidade as chamas irão se espalhar em um incêndio florestal. Ela faz parte do projeto chamado Desenvolvimento de Sistemas de Prevenção de Incêndios Florestais e Monitoramento da Cobertura Vegetal no Cerrado Brasileiro.
Para realizar essas estimativas, o software cruza um conjunto de variáveis ambientais. Conforme explica o professor Ubirajara Oliveira, da UFMG, “esse modelo utiliza os focos de incêndio detectados por satélite como pontos iniciais do fogo e calcula a direção, intensidade e tamanho das áreas que serão afetadas pela queima”.
Vantagens
A tecnologia possui baixo custo e deve auxiliar no planejamento ambiental de Unidades de Conservação. Ela já foi testada no Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas Gerais, para o planejamento do combate ao incêndio que devastou mais de 16 mil hectares da área no último mês de outubro, e no Parque Nacional da Serra da Canastra, também em Minas Gerais, para o controle de um incêndio ocorrido em agosto, que consumiu aproximadamente 24 mil hectares. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, também já aplicou essa tecnologia.
O software desenvolvido pela UFMG tem o potencial de contribuir significativamente para a redução do número de incêndios florestais no Brasil. Ao fornecer informações precisas sobre a propagação das chamas, as autoridades e equipes de combate podem tomar medidas mais eficazes para conter e controlar os incêndios. Além disso, o planejamento adequado com base nessas estimativas pode ajudar na prevenção de incêndios e na proteção de áreas ambientalmente sensíveis.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
Arquitetura saudável: saiba o que é preciso para tornar os ambientes dos prédios livres de contaminantes
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 5min(imagem de Pixabay)
O novo coronavírus nos trouxe um alerta: o de que devemos repensar a forma como pensamos e construímos arquitetura, visando prédios mais saúdáveis.
Em 2020, começamos a nos deparar com uma nova realidade, a do Sars-CoV-2. E diferente do que vinha focando os projetos de arquitetura contemporânea – com o incentivo à coletividade -, o distanciamento social se tornou a melhor alternativa para a preservação da vida humana.
Todavia, esta é uma realidade que não podemos mais sustentar, pois temos que buscar formas de voltarmos à nossa rotina de estudo e trabalho. Mas, enfim, algo que esta experiência já nos ensinou é a importância de repensarmos a forma como fazemos arquitetura – visando, daqui para frente, projetar locais com menor risco de contaminação.
(imagem de Pixabay)
A Covid-19 e a Arquitetura
Conforme estudos científicos realizados recentemente, tem-se uma classificação de quais seriam os modelos de arquitetura que oferecem riscos para a saúde!
Acredita-se que o novo coronavírus tem mais chances de transmissão em hospitais, bancos, lotéricas, estações de ônibus e de metrô, cinemas, restaurantes, academias e igrejas – em comparação à outros estabelecimentos, como supermercados. E entram nesta lista também os elevadores – mesmo os edifícios residenciais.
(imagem de Pixabay)
Claro que não podemos nos esquecer de que existem outras ameaças à saúde humana além da que passamos a conhecer neste ano.
Quer dizer que, mesmo pós-pandemia, ainda precisaremos nos atentar às características dos edifícios que construídos e habitamos. Obviamente, já percebemos como a qualidade do ar tem influência direta na nossa saúde. E é aí o porquê do planejamento arquitetônico, tentando amenizar quaisquer efeitos negativos consequente das condições ambientais.
Fatores que favorecem o coronavírus
Uma coisa que já sabemos sobre o novo coronavírus é que ele permanece mais tempo em lugares fechados e com pouca ventilação!
O causador desta doença se espalha pelo ar, por meio da respiração, tosse ou fala das pessoas. As partículas caem nas superfícies como pólen e se espalham pelos ambientes por horas, antes de evaporar. E, para completar, quando o local ainda é climatizado, ficando sem filtragem e taxa de umidade adequadas, as chances da propagação destes patógenos aumenta.
(imagem de Pixabay)
Depois da crise mundial energética dos anos de 1970, aumentou o número de construção de edifícios envidraçados fechados ou com mínimas aberturas para ventilação. Os interiores destes prédios possuem uma taxa insuficiente de renovação do ar, provocando um excesso de concentração de poluentes que ameaçam a saúde das pessoas. Para resumir, esta é a receita do desastre.
O simples ato de poder renovar, de forma natural, o ar dos ambientes – principalmente casas e locais de trabalho -, ajudaria a diluir os contaminantes transportados pelo ar, minimizando as chances de contaminação.
(imagem de Pixabay)
A Síndrome dos Edifícios Doentes
Em 1982, a OMS – Organização Mundial da Saúde – reconheceu o termo ‘Síndrome do Edifício Doente’ como sendo algo real. Nesse ano, cerca de 35 pessoas morreram no estado da Filadélfia, nos Estados Unidos, após serem expostas ao ar contaminado de um hotel. E o estudo deste caso, ainda nos dias de hoje, serve como referência.
Se uma casa ou local de trabalho provoca reações desagradáveis nas pessoas, impactando a sua saúde de algum modo, é porque tem coisa errada nesta construção que precisa ser investigada!
Aliás, existem problemas ignorados durante a construção dos edifícios que até desaparecem com o tempo. Mas outros se mantêm, deixando permanentemente os seus frequentadores doentes. Um grave problema.
Aqui no Brasil, a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – é a que ajuda a determinar certos padrões referenciais de qualidade para as construções, incluindo de ar interior para ambientes de uso coletivo climatizados artificialmente, com boas recomendações para controle e correção desses locais. Mas a primeira legislação nacional voltada para assuntos neste sentido só saiu na Portaria 3.523/98 – atualizada em 2000 e 2002, pelo Ministério da Saúde.
(imagem de Pixabay)
A cura através do Planejamento Arquitetônico
Já sabemos, portanto, que é preciso ter uma atenção redobrada com os sistemas de ventilação dos edifícios. Seria melhor se as grandes fachadas de vidro das obras modernas pudessem ser substituídas por janelas comuns. Porém, nos dias de hoje, a tal ‘Síndrome do Edifício Doente’, na verdade, se tornou a ‘Síndrome do Edifício Espelhado ouArranha-céus’. E inegavelmente não há jeito para isto. A solução é planejar uma melhor ventilação mecânica para os prédios.
(imagem de Pixabay)
Primeiramente, pensando na Covid-19 e em outras doenças, talvez seja o caso de tentar complementar este tipo de sistema com purificadores de ar portáteis. Também priorizar equipamentos de aquecimento e ventilação que possam regular a umidade dos ambientes na faixa de 40% a 60%. E, finalmente, devem-se repensar os materiais de todas as superfícies, como bancadas, trocando-as por algo que possa ser mais facilmente higienizado, além de ecológico e antitóxico.
(imagem de Pixabay)
Lembrando também que devem-se eliminar quaisquer traços de infiltrações e vazamentos. Posteriormente, revisar as condições de reservatórios de água e aparelhos de ar – olhando, principalmente, as bandejas de condensado, os filtros e as serpentinas de ar. E, ainda, restringir, por completo o acesso de animais, como roedores e aves, dentro das estruturas e instalações de equipamentos.
Seguindo estas dicas, decerto, podemos tornar a arquitetura dos prédios mais segura para os seus usuários. Estes cuidados devem nos ajudar a prolongar as nossa saúde e garantir que possíveis futuras pandemias tenham consequências menores.
(imagem de Pixabay)
E você, já tinha parado para pensar na arquitetura saudável? Comente!
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Facebook está usando inteligência artificial para evitar postagens de fake news
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 2min
Só durante a pandemia foram bilhões de visualizações em conteúdos falsos sobre COVID-19.
O Facebook já foi criticado algumas vezes por não fazer o suficiente para conter o discurso de ódio e também a disseminação de notícias falsas. Por causa disso, a rede social afirmou na última sexta (13) que usará machine learning para ajudar a fazer a moderação das postagens.
A tarefa de moderar as postagens, realmente, não parece fácil: são cerca de 1,62 bilhão de usuários ativos diariamente, os quais geram 4 pentabytes de dados (incluindo 350 milhões de fotos). Essa responsabilidade recai sobre 15.000 moderadores de conteúdo.
Imagem: Tim Bennett | via Unsplash
Com o uso de machine learning, a ideia é que os problemas mais graves sejam detectados e atribuídos aos moderadores humanos. Antes, a ordem de avaliação era praticamente cronológica e a ideia agora é que as mais importantes sejam vistas primeiro. As publicações serão avaliadas conforme três critérios: viralidade, gravidade e probabilidade de estarem violando regras.
“Usaremos este sistema para priorizar melhor o conteúdo. Esperamos usar mais automação quando a violação do conteúdo for menos grave, especialmente se o conteúdo não for viral ou for rapidamente compartilhado por um grande número de pessoas.”, afirmou Ryan Barnes, Product Manager da equipe Facebook Community Integrity.
Para ter uma ideia de como as fake news percorrem a rede social, um estudo realizado por uma organização sem fins lucrativos encontrou 3,8 bilhões de visualizações no Facebook de conteúdo enganoso relacionado à COVID-19. Por outro lado, há também a censura indevida, que é quando a rede classifica alguma foto como inadequada mesmo que não seja.
Segundo os funcionários do Facebook, o uso de machine learning é parte de um esforço para impedir que informações perigosas, ofensivas e enganosas não sejam disseminadas e as verídicas não sejam censuradas. A ideia é unir a inteligência artificial com moderadores humanos, minimizando os erros.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
Estudo alerta para a contaminação de diferentes ambientes pela poluição por plástico
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 3minImagem de Freepik
Plásticos estão por todo lugar, literalmente: desde acessórios que usamos todos os dias até o meio do oceano, como poluentes, podendo chegar na sua comida. Nesse sentido, pesquisadores da Princeton University descobriram como esse material é transportado por longas distâncias. Até o momento, não se sabia exatamente como as partículas de plástico se movimentavam e acumulavam no ambiente.
O estudo, que foi publicado na revista Science Advances, mostrou que as partículas de microplástico ficam presas em materiais porosos (como solo e sedimentos), mas depois se desprendem e continuam a se mover. Sujit Datta, do Andlinger Center for Energy and the Environment e também do High Meadows Environmental Institute e do Princeton Institute for the Science and Technology of Materials, afirmou que a identificação desse processo é algo novo.
Os pesquisadores de Princeton mostraram que o processo de deposição e erosão é cíclico; os entupimentos se formam e então são quebrados pela pressão do fluido ao longo do tempo e da distância, movendo as partículas ainda mais através do espaço dos poros até que os entupimentos se reformam. Segundo Datta, esse processo permite que as partículas se espalhem por distâncias ainda maiores.
Eles testaram dois tipos de partículas, “pegajosas” e “não pegajosas”, que correspondem aos tipos reais de plásticos encontrados no ambiente. A descoberta foi de que não há diferença no processo em si. A única diferença era que as partículas “não pegajosas” tendiam a ficar presas apenas em passagens estreitas, enquanto as pegajosas pareciam ser capazes de ficar presas em qualquer superfície do meio sólido que encontravam. Agora, ficou claro que mesmo as partículas “pegajosas” podem se espalhar por grandes áreas e por centenas de poros.
O objetivo final é usar essas observações de partículas para melhorar os parâmetros de modelos em maior escala e, assim, prever a quantidade e a localização da contaminação. Isso ajudaria a prever com mais precisão a contaminação sob diferentes condições de irrigação, chuva ou fluxo ambiente.
Imagem: Tanvi Sharma | Via Unsplash
Os pesquisadores também estudaram como a deposição do plástico pode impactar a permeabilidade do meio, incluindo a facilidade com que a água flui através do solo quando as micropartículas estão presentes. As descobertas são vantajosas não só para estudos ambientais, mas também para aplicação em processos industriais.
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Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
Células solares ecológicas e mais baratas são alternativas para amortecer mudanças climáticas
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 2minUsina Solar fotovoltáica (Fonte: Chelsea/Unsplash)
Elas também podem ser usadas para geração de energia em veículos terrestres e transporte marítimo.
Embora a energia solar seja considerada renovável, os painéis solares atuais são produzidos com materiais tóxicos. Para contornar esse problema, um time de cientistas coreanos (da Incheon National University) desenvolveu uma camada ZTO, uma alternativa mais sustentável para as células fotovoltaicas.
Normalmente, os painéis solares são compostos por células fotovoltaicas que geram corrente elétrica quando são expostas à luz. Elas possuem uma camada fina que é integrada aos painéis. Segundo JunHo Kim, líder do estudo com a camada ZTO, a maioria das células solares de película fina inclui elementos tóxicos e caros, que podem impedir a expansão das aplicações de células solares. Por isso, a equipe busca uma alternativa economicamente correta.
Imagem: American Public Power Association | via Unsplash
Os pesquisadores analisaram células ecológicas compostas de kesterita, um mineral natural que atua como absorvedor de fótons. A maioria das células de kesterita usa uma camada tampão feita de sulfeto de cádmio (CdS) para otimizar seu desempenho. O problema é que, apesar da eficiência, a poluição associada à fabricação desses tampões e a toxicidade do cádmio não são características desejáveis em uma célula solar ecologicamente correta.
É aí que entra a camada ZTO: para melhorar ainda mais a eficiência da célula solar, a equipe alinhou os níveis de energia dos elétrons entre a camada absorvente (kesterita) e a camada tampão (ZTO). Isso permitiu uma melhor circulação de elétrons entre as duas camadas, aumentando o desempenho geral da célula. A eficiência de conversão de energia foi de 11,22%.
As células de kesterita atuais usando camada CdS têm uma eficiência máxima de 12,6%, o que mostra que a célula proposta apresentou eficiência elevada. É a primeira técnica a ter um desempenho tão alto apenas com materiais que são ecológicos, abundantes e baratos.
“Células solares de película fina ecologicamente corretas podem ser instaladas nos telhados e nas paredes de edifícios e casas para produzir eletricidade perto de nós. Elas também podem ser utilizadas em veículos terrestres (carros, ônibus e caminhões) e transportes marítimos (barcos e navios de longo alcance) para suporte parcial de energia elétrica”, afirmou JunHo Kim.
O aumento da busca por materiais ecológicos permite o crescimento de uma tendência sustentável que acompanha a demanda por painéis solares. A pesquisa completa foi publicada na revista Nano Energy.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem de Alexander Kachkaev em Wikipédia
As estações de metrô da Rússia, especialmente as de Moscou e São Petersburgo, são verdadeiras obras de arte que refletem a grandiosidade e o poder do governo soviético da época. Muitas dessas estações foram construídas durante a década de 1930, período marcado pelo início da União Soviética e pela construção de estruturas monumentais destinadas a servir como propaganda do regime comunista. Para isso, arquitetos e artistas renomados foram convocados para realizar projetos audaciosos, resultando em estações extremamente elegantes e luxuosas. Veja mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
O estilo e a beleza das estações de metrô russas
Essas estações são amplas e ricamente decoradas com materiais nobres, como mármore branco, lustres de cristal e detalhes esculpidos ou pintados nas paredes, que mais se assemelham a museus subterrâneos. Elementos arquitetônicos clássicos, como colunas decorativas e arcos, são frequentemente utilizados, conferindo às estações uma atmosfera grandiosa e sofisticada. Os arcos, em particular, são um artifício de engenharia milenar usado para manter o equilíbrio das forças de uma estrutura, além de permitir uma decoração variada e eficiente.
Metrô de Moscou e São Petersburgo
O metrô de Moscou, inaugurado em 1935 com apenas 11 km e 13 estações, atualmente possui quase 350 km de extensão e mais de 200 estações, sendo um dos maiores do mundo. Já o metrô de São Petersburgo, inaugurado em 1955, conta hoje com aproximadamente 113 km de extensão e cerca de 70 estações, destacando-se por ser um dos mais profundos do planeta. A Estação Admiralteyskaya, por exemplo, está localizada a impressionantes 86 metros de profundidade.
As estações mais belas do metrô russo
1. Estação Komsomolskaya, Moscou
Inaugurada em 1952, é frequentemente considerada a estação mais bonita de toda a rede de metrô. Localizada abaixo da Praça Komsomolskaya, ao lado das estações ferroviárias de Leningrado, Yaroslavl e Kasaner, possui 72 pilares octogonais revestidos em mármore claro e decorados com mosaicos monumentais que retratam cenas da história russa.
Imagem de A.Savin em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Comsomolhskaia_%28metro_de_ Moscovo,_linha_Kolhtsevaia%29#/media/Ficheiro:MosMetro_KomsomolskayaKL_img2_asv2018-01.jpg
2. Estação Mayakovskaya, Moscou
Inaugurada em 1938, essa estação impressiona com sua temática inspirada na Força Aérea Soviética. Seu teto abobadado abriga mais de 30 mosaicos, criando um efeito espacial único. A qualidade arquitetônica da estação rendeu-lhe o Grand Prix de Arquitetura em Nova York.
Imagem de FritzDaCat em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Moscow_Metro_Station_platform.JPG
3. Estação Avtovo, São Petersburgo
Desde 1955, essa estação encanta os visitantes com suas colunas ornamentadas de mármore e vidro, além de lustres de cristal que proporcionam uma iluminação majestosa.
Imagem de Alex ‘Florstein’ Fedorov em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Avtovo#/media/ Ficheiro:Metro_SPB_Line1_Avtovo.jpg
4. Estação Kiyevskaya, Moscou
Inaugurada em 1954, essa estação homenageia a amizade entre a Rússia e a Ucrânia por meio de belíssimos mosaicos. Seus lustres imponentes e arcadas esculpidas tornam o ambiente ainda mais sofisticado.
Imagem de Ludvig14 em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Kiyevskaya_%28Koltsevaya_line%29#/media/ File:MoscowMetro_KievskayaKoltsevaya_HG4b.jpg
5. Estação Arbatskaya, Moscou
Datada de 1953, essa estação exibe uma arquitetura inspirada no estilo barroco, com arcos decorativos e detalhes ornamentais impressionantes.
Imagem de Alex ‘Florstein’ Fedorov em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Arbatskaia_%28linha_Arbatsko-Pokrovskaia%29#/media/Ficheiro:Metro_MSK_Line3_Arbatskaya_(img1).jpg
Eficiência e tecnologia no metrô de Moscou
Além de sua beleza arquitetônica, o metrô de Moscou é conhecido por sua eficiência e funcionalidade. Operando das 6h da manhã até 1h da madrugada, oferece uma rede ampla que atinge todos os pontos de interesse da cidade, com intervalos curtos entre os trens. Isso o torna uma alternativa conveniente aos frequentes engarrafamentos de Moscou. Além disso, as estações oferecem redes Wi-Fi abrangentes, facilitando o uso de mapas online e proporcionando uma experiência mais agradável aos usuários.
Considerações finais
As estações de metrô da Rússia são muito mais do que simples pontos de transporte – elas representam uma combinação única de arte, história e engenharia. Para quem visita Moscou e São Petersburgo, explorar essas estações luxuosas é uma experiência imperdível que revela a grandiosidade da arquitetura soviética.
Colaborador: Antônio Lucas Sgrancio Uliana (graduando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo e membro temporário da organização Engenheiros sem Fronteiras).
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