Em tempos de aquecimento global e mudanças climáticas, as pessoas estão cada vez mais repensando o automóvel individual e aderindo novas formas de transporte, como por exemplo a bicicleta. Não podemos esquecer que, além de sustentável, andar de bike faz bem à saúde! Para estimular seus cidadãos, o governo dos Estados Unidos acaba de anunciar que a esperada ciclovia que atravessa 12 estados de costa a costa está prestes a ser inaugurada.

projeto de ciclovia que atravessa a costa nos estados unidos
Imagem: active.com

A ciclovia Great American Rail-Trail terá cerca de 6 mil quilômetros de extensão, vai de Washington DC até o Oceano Pacífico e já foi apelidada de “Rua Principal da América”. Perfeita para os mais aventureiros, que podem atravessar o país de bicicleta ou até mesmo a pé.

projeto de ciclovia que atravessa a costa nos estados unidos
Imagem: Getty Images

A construção da ciclovia teve início em maio de 2019 e até agora cerca de 3000 quilômetros já foram concluídos. Multiuso, a rota conectará mais de 145 caminhos existentes.

mapa com a rota da ciclovia
Imagem: bikecowboytrail

O projeto dessa ciclovia começou há muito tempo, no entanto. De acordo com Brandi Horton – vice-presidente de comunicações da Rails-to-Trails Conservancy (RTC), a empresa passou os últimos 30 anos trabalhando na melhor rota. Segundo ele, uma vez concluída, um em cada seis americanos viverá a menos de 80 quilômetros da rota.

great american rail-trail
Imagem: Great American Rail-Trail

Com a ciclovia prestes a ser inaugurada, o momento não poderia ser mais propício. O uso de trilhas nos Estados Unidos aumentou muito devido à pandemia do coronavírus. Hoje as pessoas estão mais cuidadosas em relação ao meio ambiente, e sobretudo à própria saúde. Não é à toa que a prática de esportes ao ar livre ganha novos adeptos a cada dia.

projeto de ciclovia que atravessa a costa nos estados unidos
Imagem: Great American Rail-Trail

“Acho que a pandemia demonstrou a muitos funcionários que o acesso ao ar livre é realmente a chave. Criar essas conexões é realmente necessário”, afirmou Horton.

Fonte: Sunny Skyz

Já pensou se tivéssemos uma ciclovia dessas no Brasil? O que você acha? Comente!

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Engenharia 360

Gabriela Glette

Jornalista e escritora, Gabriela já passou por grandes sites, como Hypeness e Razões para Acreditar, até que decidiu criar um que só falasse sobre coisas boas e inspirações - o Quokka Mag. Vive na França há mais de 3 anos e tem um gosto especial em falar sobre inovação e sustentabilidade.

Bridge Building é o nome de um dos mais importantes marcos históricos da região de Nashville, a capital do estado norte americano do Tennessee. Anteriormente conhecido como NABRICO, este edifício projetado pela empresa Hastings Architecture Associates e sua divisão greenSTUDIO, está localizado às margens do rio Comberland. E, apesar de servir hoje apenas como centro de eventos para a cidade, é conhecido mundialmente como um exemplo de Engenharia e Arquitetura sustentáveis. Saiba mais a seguir!

Bridge Building, com placa de Nashville river front
Bridge Building (imagem de The Bridge Building)

Fatos importantes da história do Bridge Building

A estrutura original do Bridge Building foi construída no ano de 1908, servindo primeiro como edifício de escritórios da companhia Nashville Bridge – por isto o nome NABRICO. Nesta época, eram construídas, no local, dezenas de embarcações para a Marinha dos Estados Unidos – algo que se intensificou no período das Grandes Guerras Mundiais. Logo este ponto do país seria conhecido como referência na produção de barcaças terrestres.

Imagem antigo NABRICO, em Nashville
Imagem antigo NABRICO (imagem de The Bridge Building)

Passadas as décadas, a empresa deixou de utilizar essas estruturas e a área ficou abandonada. Nos anos 90, a cidade elaborou um projeto de revitalização justamente para esta velha faixa industrial de Nashville, propondo a construção de um novo estádio para a Liga Nacional de Futebol. Porém, o edifício da NABRICO foi poupado, assim como outras duas construções antigas.

Imagem antigo NABRICO , em Nashville
Imagem antigo NABRICO (imagem de ArchDaily)

Então, em 2001, começou um extenso trabalho de reconstrução da orla da cidade. E especificamente este edifício foi reformado entre 2011 e 2012; e inaugurado pelo Infinity Hospitality Group em 2012. A modernização da estrutura contou com a instalação de novos sistemas gerais, incluindo de segurança; e a adição de novas áreas de planta, como um parque aquático. De fato, o trabalho de Engenharia e Arquitetura foi muito bem feito. Não demorou a que fosse reconhecido como o “mais verde” do mundo. Entenda por que nos tópicos seguintes!

Imagem antigo NABRICO, em Nashville
Imagem antigo NABRICO (imagem de ArchDaily)

A Engenharia e Arquitetura do Bridge Building

Atualmente, o Bridge Building tem sua Engenharia e Arquitetura totalmente renovadas, com áreas personalizadas aos novos tempos. Algo que chama muito a atenção em sua volumetria é a cobertura do pátio central, com vista privilegiada para a cidade de Nashville. Os novos e antigos traços do edifício se misturam em seus seis andares de alas e quase dois mil metros quadrados de área, formando um novo conjunto volumétrico de design espetacular, que respeita a história e expõe o que de melhor tem a contemporaneidade.  

Veja também: Retrofit: conheça esta tendência sustentável para conservação do patrimônio histórico em Arquitetura e Engenharia

A edificação renovada da antiga NABRIGO traz em sua estética trechos em formatos e materiais que lembram as antigas embarcações fabricadas no local. O espaço público ao redor também foi trabalhado com uma série de praças, em projeto de implantação, para criar um bonito diálogo entre este velho marco e a cidade. E, relembrando, que apesar da adição de vários elementos novos em sua Engenharia e Arquitetura – como escadas e elevadores, o caráter e a integridade da estrutura original não foram perdidos.

Bridge Building atual, em Nashville
Bridge Building (imagem de ArchDaily)
Bridge Building atual, em Nashville
Bridge Building (imagem de ArchDaily)

“A oportunidade de reconstruir um ícone arquitetônico raro como o The Bridge Building é uma experiência extraordinária.”

“(…), reconhecemos coletivamente a oportunidade de fazer uma contribuição significativa para o domínio público, bem como garantir o legado do edifício no horizonte de Nashville, estabelecendo um marco para a sustentabilidade. Não poderíamos estar mais satisfeitos com os resultados.”

– David Bailey, diretor da Hastings Architecture, em reportagem de Biz Journals.

O Selo Verde LEED Core & Shell

Em todo o mundo, existem apenas cerca de cinco mil edifícios com a certificação padrão LEED Core & Shell, emitida pelo Green Building Council. Ela serve para apontar quais os empreendimentos obedecem de forma rígida certas normas que garantem uma construção econômica e sustentável. E o projeto para a antiga NABRIGO ganhou a pontuação mais alta nos Estados Unidos – 99 de 110 – nas áreas de Sustentabilidade, Energia e Atmosfera, Inovação e Créditos de Prioridade Regional. A partir disso, tal complexo de Engenharia e Arquitetura passou a ter a significativa classificação Platinum.

Veja Também: Edifício em faculdade da Califórnia recebe certificação Zero Energia

Nashville
Bridge Building (imagem de The Bridge Building)
Nashville
Bridge Building (imagem de The Bridge Building)

O que você achou da renovação do edifício? Deixe sua opinião nos comentários!


Fontes: Architect Magazine, Archello, Arch Daily, Biz Journals, The Bridge Building.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Se o ato de servir uma cerveja pode, para algumas pessoas, representar um alívio de fim de expediente, para outras serviu de inspiração para um projeto ousado de um novo restaurante na cidade de Bangkok, na Tailândia.

arquitetura do ambiente inspirada em servir uma cerveja
Imagem: Enter Projects

Moderno e aconchegante, o Spice & Barley foi projetado de maneira a unir técnicas modernas de design a práticas ancestrais de construção utilizadas no país. Não é à toa que os arquitetos responsáveis projetaram as estruturas usando tecnologia de modelagem digital paramétrica, mas construíram todas as imensas colunas de rattan – material feito de plantas que costuma ser usado para criar cestos trançados vendidos para turistas que visitam o país.

arquitetura do ambiente inspirada em servir uma cerveja
Imagem: Enter Projects

Foi a partir da estreita relação entre tecnologia e artesanato que o restaurante foi projetado com softwares de ponta para gerar novas formas de construção. O resultado é um lugar que combina com o ambiente em que ele está inserido, ao mesmo tempo que com a era da informação e da tecnologia.

arquitetura do ambiente inspirada em servir uma cerveja
Imagem: Enter Projects

Mas a ideia da estrutura inusitada não é apenas fazer uma homenagem à cerveja, como também esconder aparelhos feios que podem poluir o ambiente. É atrás desta estrutura superdimensionada, que ficam o ar-condicionado e distribuidores de cerveja.

ar-condicionado e outros equipamentos ficam atrás da estrutura
Imagem: Enter Projects

Tipicamente asiático, os clientes também se deparam com belos retratos em preto e branco, que contam a história das donas do empreendimento. As irmãs May, Zaza e Fei deixaram sua casa em Sichuan para seguir diferentes caminhos na vida, mas se reencontraram anos depois para construir seu próprio restaurante.

imagem do interior do local
Imagem: Enter Projects

As colunas de rattan que saem do chão e se espalham pelo teto denunciam: para inovar, é preciso ousar!

colunas de rattan que vão do chão ao teto
Imagem: Enter Projects
colunas de rattan que vão do chão ao teto
Imagem: Enter Projects

Fonte: My modern met

O que você achou desse restaurante? Acha que essa arquitetura lembra mesmo o ato de servir cerveja? Deixe sua opinião nos comentários!

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O aquecimento global é uma realidade que nos obriga a buscar novas formas de viver com mais consciência e sustentabilidade. Foi pensando nisso que o governador de Massachusetts, Charlie Baker, acaba de anunciar um plano ousado. De acordo com ele, até 2035 todos os novos carros vendidos no estado deverão ser elétricos.

O plano foi apelidado de Mapa de Descarbonização de Massachusetts 2050 e busca alternativas a vários fatores que contribuem para a poluição do carbono, entre eles a poluição nas ruas. Segundo especialistas, os carros são os maiores contribuintes para a poluição do carbono, e qualquer plano para atingir emissões zero deve incluir a erradicação de automóveis movidos a combustíveis fósseis.

carros em rua, imagem ilustrativa
Imagem: Unsplash

Secas recordes, aumento do risco de incêndios florestais, clima severo e inundações são apenas alguns exemplos dos impactos negativos das mudanças climáticas na vida das pessoas. Em nota à imprensa, Baker afirma que os custosos impactos das mudanças climáticas tornam fundamental que o governo tome medidas.

A secretária estadual de Energia e Assuntos Ambientais, Kathleen Theoharides, concorda, mas diz que alcançar emissões zero requer esforços conjuntos. “Sabemos que zerar as emissões até 2050 exigirá muito trabalho e colaboração em todos os setores da economia. O novo roteiro estabelece um plano que nos ajudará a atingir nossos objetivos climáticos de uma forma que seja econômica e proporcione benefícios significativos para os residentes de toda a comunidade, especialmente aqueles em nossas comunidades mais vulneráveis”, afirma.

carro elétrico recarregando
Imagem: Unsplash

Divulgado no dia 31 de dezembro de 2020, o relatório tem destaque para os carros elétricos, mas também descreve a mudança de uma rede de combustível fóssil para uma rede de energia renovável. Isto porque as residências de baixa renda no estado não têm acesso a ar condicionado em comparação com as residências mais ricas. O plano analisa o aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas e observa que todas as casas exigirão energia limpa para facilitar o ar-condicionado doméstico.

Com o novo plano, Massachusetts será um dos poucos estados norte-americanos a ter uma estratégia completa para zerar as emissões de carbono.

O que você acha dos planos de Massachusetts? Comente!

Veja Também:


Fonte: Inhabitat

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Gabriela Glette

Jornalista e escritora, Gabriela já passou por grandes sites, como Hypeness e Razões para Acreditar, até que decidiu criar um que só falasse sobre coisas boas e inspirações - o Quokka Mag. Vive na França há mais de 3 anos e tem um gosto especial em falar sobre inovação e sustentabilidade.

Você sabe dizer ao certo o que é ‘ducha higiênica’? Bem, este é um acessório que veio para trazer mais praticidade e conveniência, tanto para a vida de mulheres quanto para a dos homens também, sabia? Além do bem que pode trazer para a saúde do nosso corpo, algo assim ainda proporcionaria um design mais moderno e um melhor aproveitamento de espaços de áreas de serviços e banheiros pequenos. Saiba mais no texto a seguir!

Instalações hidráulicas de ducha higiênica em banheiro
(imagem de Pixabay)

O que é ‘ducha higiênica’ para a Arquitetura de Interiores?

A ducha higiênica, como nós já dissemos antes, é um acessório. Ela aparece como parte do projeto hidráulico de algumas áreas de casas, sobretudo de banheiros privativos. Nada mais é do que um gatilho ligado a uma mangueira que, quando acionado, libera um fluxo de água contínuo. Além do mais, o aparelho apresenta um aspecto bem interessante, oferecendo um visual mais moderno paras as decorações!

Qual a função das duchas higiênicas?

A intenção dos pesquisadores com a invenção da ducha higiênica era justamente encontrar um bom substituto para os antigos bidês, equipamentos que já ficaram obsoletos nas propostas de Arquitetura de Interiores por conta da diminuição dos ambientes. Por certo, as duchas ocupam muito menos espaço e não deixam nada a desejar em seu funcionamento, sendo bem fáceis de manipular!

imagem de bidê ao lado de vaso sanitário
(imagem de Pixabay)

Uma função atribuída a este novo acessório é o da higienização pet. No caso, o modelo de ducha higiênica com opção de aquecimento da água é instalado na lavanderia. Por lá, o proprietário pode criar um pequeno box para dar banhos em seu animalzinho de estimação. Desta forma, será bem mais fácil administrar a tarefa.

Porém, como é de se imaginar, as duchas instaladas em banheiros podem, assim como os bidês, fazer a limpeza das partes íntimas dos humanos. Ao invés de se limpar com papel higiênico, que agride demais esta região do corpo, a pessoa se limparia com água. Esta prática, inclusive, já é adotada em vários países ao redor do mundo, como no Egito!

Instalações hidráulicas mão feminina apertando ducha higiênica
(imagem de Lumi Energy)

Para os homens, a água da ducha ajudaria na melhor higienização da região ao redor do ânus. E para as mulheres o ponto mais positivo deste tipo de limpeza é a higienização da região genital – a parte externa do sistema reprodutor feminino, protegendo-a contra sujeiras e micro-organismos. E depois de se lavar, a pessoa então pode se secar bem com uma toalha íntima.

Veja também: Saiba por que vale a pena investir em um sistema de cisterna de água [+ exemplos de modelos]

Quais os tipos de duchas que existem e como se faz a instalação?

Existe o modelo de ducha higiênica convencional, mais simples, apenas com saída de água fria. Depois, a ducha elétrica, que obviamente precisa de energia para funcionar, com a possibilidade de saída de água aquecida de sua mangueira – alguns modelos possuem até regulagem de temperatura. E, por fim, a ducha com misturador, contando com água fria e quente que vem de um aquecedor instalado na casa – sendo a gás ou solar.

Instalações hidráulicas
(imagem de Lumi Energy)

No geral, todas as duchas higiênicas vêm com um gatilho para a saída da água; uma mangueira flexível de cerca de 1,20 m de comprimento; anéis de vedação; e, em alguns casos, um sistema de registro de segurança. Esta última peça nada mais é do que uma derivação que permite a instalação do conjunto com a própria caixa acoplada da bacia sanitária. Aliás, esta é uma solução para quem precisa adaptar o sistema em uma casa já construída.

esquema de instalação de ducha higiênica
(imagem de Arquilog)
esquema de instalação de ducha higiênica
(imagem de TOC Casa)

Existem muitos tipos de duchas higiênicas à venda nas lojas, com diversas cores e acabamentos, como em cromado. Tem, por exemplo, peças em cobre e plástico. Na hora de escolher o modelo, é importante a pessoa levar em consideração o tamanho do banheiro e também avaliar o ponto de saída de água e qual a pressão que o acessório aguenta. Na dúvida, é sempre bom consultar um profissional especializado em instalações hidráulicas e elétricas.

Estes dois vídeos complementam a nossa explicação, mostrando, passo-a-passo, como devem ser as instalações de duchas higiênicas!

Já pensou em instalar a ducha higiênica em sua casa? Comente!


Fontes: TOC Casa, Deca, Lumie Energy, AEC Web, Magazine Luiza.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Toda criança um dia sonhou em ter uma casa na árvore, mas a verdade é que pouquíssimas puderam realizar este sonho. Hoje, no entanto, com a ajuda da tecnologia e de novas técnicas de construção, cada vez mais pessoas podem ter uma casa na árvore para chamar de sua. Foi pensando nisso que a empresa de design e construção O2 Treehouse acaba de anunciar seu novo empreendimento: uma vila inteira de casas na árvore!

imagem ilustrativa de vila de casas na árvore
Imagem: O2 Treehouse

Baseada em Oakland – Estados Unidos, se antes a empresa já investia em casas na árvore de diferentes estilos, o objetivo a partir de agora é investir em um novo conceito de hospitalidade em larga escala. Desta maneira, as pessoas podem alugar as casas tanto nos finais de semana, quanto viver nelas (os mais minimalistas, é claro).

casa na árvore idealizada pelo projeto
Imagem: O2 Treehouse

Através de uma campanha de financiamento coletivo, a empresa abriu uma franquia chamada Treewalkers e já conseguiu arrecadar mais de US $ 180.000 (quase 1 milhão de reais) para investir neste grandioso projeto.

casa na árvore idealizada pelo projeto
Imagem: O2 Treehouse

A Treewalkers será uma rede mundial de casas na árvore para alugar, uma espécie de vila de casas na árvore. “Nossa tecnologia de ponta e design modular oferecem aos investidores uma oportunidade de baixo risco com um grande retorno sobre o investimento. Oferecemos tudo para que o anfitrião da natureza tenha belas casas na árvore, projetadas para o ecoturista moderno”, explicou o fundador Dustin Feider.

interior do projeto, mostrando cama
Imagem: O2 Treehouse

O projeto

De acordo com Feide, todas as casas possuem um design de tamanho único chamado Tetratuss, mas ele pode ser modificado com base na localização. Segundo ele, esta é uma maneira de fornecer custos mais baixos e expandir o espaço de uma árvore. O objetivo é oferecer uma conexão única com a natureza, prática cada vez mais procurada pelas pessoas que cansaram da cidade grande. A empresa já possui 85 casas na árvore encomendadas.

casa na árvore idealizada pelo projeto
Imagem: O2 Treehouse

Pesquisas mostram que a indústria do ecoturismo cresce em média 14% ao ano. Segundo a Treewalkers, eles vão inicialmente disponibilizar 15 casas através da plataforma Airbnb, mas o intuito é criar sua própria plataforma de aluguel, a O2 Treehouse. Esta é uma maneira de democratizar a casa na árvore, afinal, elas não costumam ser baratas!

interior do projeto, com uma cama de casal, tapete e poltrona
Imagem: O2 Treehouse
casa na árvore idealizada pelo projeto
Imagem: O2 Treehouse

Fonte: Inhabitat

Você alugaria uma dessas? Conte para a gente!

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Pense no corpo humano: há uma estrutura que o suporta, chamada de coluna vertebral. O mesmo acontece com os edifícios. Existem elementos construtivos que os suportam, como as colunas ou pilares, e outros mais básicos, como as fundações, lajes e vigas. Neste texto do Engenharia 360, vamos desvendar juntos especialmente os segredos dos pilares de concreto. Confira!

imagem ilustrativa de obra
(imagem de Pixabay)

Veja Também: Quais são os Diferentes Tipos de Estruturas de Pontes na Engenharia Civil?

O que são pilares?

Pilares são elementos estruturais das construções. Eles dão sustentação para paredes, pisos, vãos, revestimentos, coberturas e mais cargas de edifícios, pontes e muitas outras obras de Engenharia e Arquitetura. Eles são colocados na vertical, com a função simples de repassar para as fundações todas as cargas que são da própria construção, oriundas principalmente das lajes e vigas, e que a construção recebe do meio externo, como dos ventos. Esta lógica é a garantia para a estabilidade das obras.

exemplo de pilares de concreto
(imagem de PIXNIO)

Veja também: Quais são os tipos de fundações e quando usar cada um?

Quais os tipos de pilares que existem?

Material

Os pilares podem ser feitos de muitos materiais. As famosas colunas ou pilastras gregas, por exemplo, eram compostas de blocos de pedra. Também se podem fazer pilares de madeira e metal. Mas o material mais utilizado para estruturas assim, sem dúvidas, é o concreto – com cimento, areia, agregados e aço.

Formato

Nessa linha, dos pilares de concreto, temos vários tipos diferentes de estruturas. Pra começar, aquelas com formatos circulares; retangulares maciços ou retangulares vazados; e em seção de cruz, ‘L’, ‘U’, ‘I’ ou ‘T’.  

Localização

Ainda quanto ao formato, devemos citar que é a localização destas peças nas estruturas e as flexões que podem fazer com relação às cargas que irão receber que provocará estas diferenças.

Por exemplo, alguns pilares serão posicionados na parte interna dos edifícios, na maioria das vezes recebendo apenas cargas verticais de compressão simples. Também haverá peças de borda, com flexão normal ou composta. E, por fim, pilares de canto, com possível flexão oblíqua.

imagem com os diferentes tipos de pilares ilustrados
(imagem de Saber Mais Engenharia)

Dimensionamento

O dimensionamento é mais uma característica que diferencia os tipos de pilares de concreto. Mas sobre este assunto, vamos detalhar melhor no tópico a seguir.

Como dimensionar pilares de concreto?

Elementos estruturais só devem ser calculados por engenheiros calculistas e, dependendo da obra, por arquitetos. Isto porque essas peças possuem uma composição muito complexa. Qualquer erro no seu dimensionamento pode comprometer não apenas a estabilidade das construções, mas a segurança de seus usuários. Só os profissionais no assunto podem, de fato, compreender qual são os esforços críticos que atuam em cada um destes elementos, as consequências disso e o que pode ser feito a respeito!

São os principais fatores a se considerar no dimensionamento de pilares de concreto:

  • esforços críticos,
  • cargas,
  • e segurança dos usuários.

Existem fórmulas para pré-dimensionamento de pilares que inclusive são utilizadas pelos calculistas em diversas fases dos projetos. As mesmas são baseadas em cargas conhecidas. Mas os seus resultados obviamente não são definitivos. É preciso posteriormente realizar um dimensionamento exato de todos os elementos da construção, o que irá determinar coisas como a “receita” do concreto, a quantidade de ferragens, o distanciamento dos estribos e muito mais.

exemplo de dimensionamento de pilares
(imagem de Arquiteta Page)

Pré-dimensionamento

No cálculo de pré-dimensionamento, costuma-se adotar os dados de um concreto de baixa resistência e um coeficiente de segurança igual a 10mpa ou 100kgf/cm². Também são consideradas as medidas da seção transversal – a x b – versus a carga estimada contra isto.

Atenção! Não se pode considerar a mesma situação em todos os andares de uma construção, como um edifício. Em cada pavimento as influências sobre os pilares serão diferentes. Assim, quanto mais para cima, menos carga de lajes, paredes, revestimentos e cargas acidentais se terá. Já a primeira fiada, que está em contato com o solo, é que receberá a carga superior de maior valor – em kgf/m²; são esses pilares que terão o tamanho de seção transversal maior.

O correto é mesmo calcular cada pilar individualmente. São processos comuns utilizados pelos calculistas: o de pilar-padrão, pilar padrão com rigidez, e pilar padrão acoplado. E durante este dimensionamento final serão analisados, enfim, os efeitos de segunda ordem. São destes: índice de esbeltez, raio de giração, comprimento de flambagem, excentricidade e classificação dos pilares.

forças exercidas sobre pilar
(imagem de Toutube de João Takashi)

Quais os desafios para a concretagem de pilares?

Se calcular um pilar não é tarefa fácil, imagine a construção de armadura e a concretagem das peças. Não existe um padrão, cada pilar será diferente, com dimensões diferentes. Será exigida muita atenção em cada etapa da sua execução, com a necessidade da inspeção por parte dos engenheiros e mestres de obras.  E qualquer ação errada neste momento pode acarretar em problemas sérios e irreparáveis para a obra.

“Temos que evitar o que a gente chama de segregação e exsudação. A gente chama de ninho de concretagem ou bicheira a patologia que dá no pé do pilar. E a exsudação ocorre na parte superior, nas emendas que são necessárias.”,

“Na cabeça e no pé do pilar é onde, geralmente, temos mais problemas de qualidade, e que, normalmente, apresentam as maiores imperícias.”

– engenheiro Paulo Helene, em reportagem de Mapa da Obra.

construção usando pilar de madeira
(imagem de Bog Pra Construir)
Concreto
(imagem de Pxhere)

Dicas Extras

Para começar, no momento da concretagem, todas as fôrmas e armaduras precisam estar limpas. Porém, não totalmente. Se a argamassa ficar presa nas laterais limpas dos moldes, só as pedras vão chegar ao fundo, comprometendo a qualidade da estrutura finalizadas. E tem mais! O lançamento da massa dentro da fôrma, se feito de maneira muita rápida e com muita energia, pode incorporar ar na mistura – outro problema grave! O certo é ir lançando o concreto em camadas – algo aproximado a 50 cm – e ir fazendo o adensamento.

Se você quiser saber mais sobre projetos e execução de estruturas de concreto, recomendamos que faça a leitura das seguintes normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR 6118 e NBR 14931.

funcionários trabalhando em obra
(imagem de Pixabay)

Exemplos práticos, estudos de caso sobre pilates de concreto

Estudos recentes abordaram diversos aspectos do comportamento e da aplicabilidade de pilares de concreto. A Universidade de São Paulo (USP) conduziu uma análise abrangente sobre a resistência desses pilares sob diferentes tipos de carga, incluindo compressão, flexão e torção. Enquanto isso, o Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP) focou em avaliar o desempenho dos pilares em ambientes adversos, como os que apresentam alta salinidade e umidade.

Por fim, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) explorou a viabilidade do uso de concreto reciclado na produção de pilares, destacando os benefícios em termos de sustentabilidade e redução do impacto ambiental.

Esses estudos contribuem significativamente para o avanço do conhecimento e das práticas na Engenharia Civil.

Aliás, com relação à Engenharia e Arquitetura Brasileira, são exemplos notáveis de obras com pilares de concreto:

  • Edifício Copan, conhecido por seus pilares circulares com capitéis em forma de cogumelo que permitiram um vão livre de 10 metros;
pilares de concreto
Imagem de Kleber Narvaes em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:COPAN_1.jpg
  • Ponte Rio-Niterói, a maior do país, que utiliza pilares pré-moldados de concreto protendido para garantir maior resistência e durabilidade;
pilares de concreto
Imagem de Mario Roberto Duran Ortiz Mariordo em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Rio-Niter%C3%B3i#/media/Ficheiro:Rio_de_Janeiro_Ponte_Niteroi_Aerea_102_Feb_2006.jpg
  • Museu de Arte de São Paulo (MASP), famoso por seus pilares em forma de “V” invertido, que sustentam o volume principal do edifício e criam um espaço aberto e convidativo no térreo.
pilares de concreto
Imagem de Wilfredor em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MASP_Brazil.jpg

Você já projetou algum pilar ou já ficou curioso para saber como ele é projetado? Conte para a gente!

Veja Também:


Fontes: Mapa da Obra, Homify, ArchDaily, Mais Engenharia.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A Amarok é considerada a picape-média mais potente do Brasil. Curiosamente, nos últimos anos, apesar de toda a crise econômica global, ela tem sobrevivido no mercado brasileiro. Só no primeiro trimestre de 2022, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, 1.711 unidades emplacadas foram vendidas no país. Mas, afinal, quais motivos teríamos para comprar esse veículo? Veja no texto a seguir!

Volkswagen Amarok V6
Foto de Eduardo Mikail

Sobre o design da Volkswagen Amarok V6

A primeira coisa que você precisa saber sobre esse veículo é que ele possui uma excelente performance. Em contrapartida, ainda apresenta uma série de recursos que o deixam um pouco atrás de seus concorrentes diretos. Mesmo assim, vem com detalhes de ótimo design, que facilmente seduzem os admiradores de picapes. E são esses que queremos compartilhar com você nesse texto.

Para começar, a Amarok V6 possui cinco lugares e quatro portas. Sua capacidade volumétrica é de 1.280 litros, que é um bom número para quem lida com trabalho pesado. Inclusive, o veículo usa feixe de molas na suspensão traseira, que deixa sua estrutura mais robusta para lidar bem com tais atividades.

Volkswagen Amarok V6
Foto de Eduardo Mikail
Volkswagen Amarok V6
Foto de Eduardo Mikail

Modelo Extreme

A versão Extreme pode vir com o pacote “Black Style”. Nessa versão, a picape pode ser encomendada nas cores ‘Branco Cristal’ e ‘Preto Mystic’. Também com capas de retrovisores externos na cor preta; grade dianteira preta brilhante com frisos horizontais inferiores e verticais cromados; moldura do painel de instrumentos também preta brilhante; para-choque traseiro pintado de preto e com estribo integrado; pneus 255/50 R20; e rodas de liga leve de 20 polegadas – com novo desenho – na cor preta brilhante.

Interior da picape

Uma das coisas que mais agrada na Amarok V6 é a posição do volante, com possibilidade de regulagens de altura e profundidade da coluna. Outro destaque são os bancos, revestidos de couro, sendo o banco do motorista com espuma reforçada e ajustes elétricos. E especialmente o modelo Extreme se diferencia ainda mais por dentro e por fora, por meio de itens exclusivos, como capas para pedais esportivas e tapetes de carpetes com a inscrição “Extreme”, fazendo valer o investimento adicional.

Contudo, vale destacar que, de um modo geral, o modelo tradicional da Amarok possui um interior relativamente simples, com pouca tecnologia embarcada – sobretudo se comprado aos seus concorrentes diretos. E justamente, por isso, costuma ser alvo de críticas dos consumidores.

Volkswagen Amarok V6
Foto de Eduardo Mikail

Performance do motor

A saber, essa picape Volkswagen Amarok usa combustível diesel. Ela vem com câmbio automático de 8 marchas. Também um motor 3.0 V6 turbo com injeção integral 4Motion, de excelente potência e maior torque em seu segmento no mercado brasileiro – 550 Nm (56,1 kgfm), já entregue a partir de apenas 1.500 rpm e mantendo-se pleno até as 2.500. E são 225cv, conseguindo fazer uma faixa de 3.000 rpm a 4.500 rpm, podendo chegar a 190 km/h, acelerando de 0 a 100 em poucos segundos. Explicando melhor, trata-se de um desempenho próximo ao de modelos esportivos da mesma marca.

Para finalizar, um diferencial da Amarok é a função “Overboost”, que eleva a potência para 272cv durante dez segundos quando o pedal do acelerador é acionado em, no mínimo, 70% do seu curso – chegando à potência total quando o pedal fica a 95%. Claro que isso quando a velocidade está entre 50 e 120 km/h. Tal oferta muda completamente a experiência do usuário nas retomadas de força do sistema durante o processo de ultrapassagem. Ficou impressionado? Comente o que achou dessa picape na aba de comentários!

Volkswagen Amarok V6
Foto de Eduardo Mikail

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A vida dos mineiros é mesmo repleta de surpresas, afinal, quando eles menos esperam, se deparam com alguns “presentes” da natureza. Foi exatamente isso o que aconteceu com alguns mineiros da Uruguay Minerals durante algumas escavações. Quando os trabalhadores abriram uma pedra, se derem conta de que tratava-se de uma ametista em forma de coração.

dois mineiros segurando a ametista em forma de coração no Uruguai
Foto: Marcos Lorenzelli

O caso aconteceu na fronteira do Uruguai com o Brasil e, logo em seguida depois de publicarem uma imagem da ametista de coração, a descoberta viralizou. “Estávamos abrindo a mina para trabalhar normalmente, mas a terra era difícil de trabalhar e nossos funcionários disseram: ‘Temos que encontrar algo realmente bom devido ao trabalho árduo que estamos fazendo”, explicou Marcos Lorenzelli, um dos mineiros.

zoom na ametista em forma de coração no Uruguai
Foto: Marcos Lorenzelli

Os geodos são formações rochosas que ocorrem em rochas vulcânicas e ocasionalmente em rochas sedimentares. Eles são comuns, mas não neste formato. A Uruguay Minerals vende pedras através do site O Novo Tesouro e pode considerar que o ano de 2021 começou bem. Não é todo dia que nos deparamos com formações naturais em formato de coração!

imagem dos dois lados da ametista em forma de coração no Uruguai
Foto: Marcos Lorenzelli

A coloração roxa da ametista é atribuída à presença de ferro, mas ela é capaz de ser alterada e até removida por aquecimento ou radiação ultravioleta. O mineral é comum, sobretudo no Brasil e Uruguai. Aqui no Brasil, as jazidas mais importantes ficam na Bahia, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, estado onde já foram registrados geodos de mais de 2 metros de altura.

Fonte: My Modern Met

Parece que esses mineiros começaram bem o ano de 2021, não é mesmo?

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Redação 360

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A Times Square é ponto quase que obrigatório para quem visita o distrito de Manhattan, em Nova York. Local do famoso beijo do soldado com a enfermeira na noite de Ano Novo, ao final da Segunda Guerra Mundial. A região onde as grandes massas de turistas mais se concentram, esperando ver os diversos anúncios luminosos espalhados pelos prédios ao redor.

De fato, esta publicidade praticamente domina a paisagem local. A pergunta que fica é: como seria a Arquitetura sem estes enormes painéis brilhantes? Infelizmente, esta é uma característica definidora desta zona da cidade. Mas, todavia, consegue imaginar? O texto a seguir dá uma ajudinha!

Times Square por volta de 1904
Times Square por volta de 1904 (imagem de Época Negócios)
Times Square nos dias de hoje, em Nova York
Times Square nos dias de hoje (imagem de Twitter sci_phile)

Um pouco sobre a história da Times Square

O termo ‘Times Square’, traduzindo do inglês para o português, quer dizer ‘Quadra do Times’. Bem, na verdade, ela nem mesmo é uma quadra, mas um largo triangular formado pelo cruzamento da Sétima Avenida com a famosa Broadway.

Até o início do século XX, a região chama-se Long Acre Square, com o maior número de comércios de cavalos e carruagens. Só que, em 1904, o jornal The New York Times comprou a recém-construída torre da esquina – o então prédio mais alto da cidade, que passou a ser chamada de Times Tower. Então, por isto ‘Times Square’!

No mesmo ano, a empresa responsável pela construção do sistema de metrô de Nova York batizou a “praça” com este nome, prevendo uma de suas saídas no local.  Depois disto, movimento começou a aumentar na região, que passou a ganhar mais prédios comerciais e, consequentemente, mais letreiros. A iluminação elétrica também chegava à zona da Times Square, fazendo crescer a quantidade de propagandas com luminosos. Assim ficou a região até 1929, quando houve a depressão econômica que fez os empresários falirem, deixando o local a mercê de traficantes, assaltantes e prostitutas.

Times Square em 1880s , em Nova York
Times Square em 1880s (imagem de 6sqft)

O One Time Square

Pelo que sabemos, antes ou depois, a Times Square sempre teve seus outdoors. Contudo, o jornal The New York Times ficou neste endereço só até 1913. Ele é que foi responsável pelas primeiras exibições de shows de fogos de artifício na véspera de Ano Novo. Mais tarde, isto chegou a ser proibido na cidade, por questões de segurança. Foi quando um engenheiro eletricista chamado Walter Palmer teve a ideia da bola iluminada no topo da torre.

O prédio do Times ficou em ruínas por longos anos depois que o jornal foi para outro endereço – principalmente após a Crise de 1929. Durante a Guerra, o prédio chegou até mesmo a ser utilizado pelo FBI como presídio de espiões alemães. Somente nos anos de 1980 é que a cidade fez um plano para resgatar a Arquitetura e a Economia da região. Em 1995, Lehman Brothers comprou o One Time Square, transformando os seus vinte e cinco andares em um grande outdoor. Hoje, o seu proprietário é Jamestown Properties.

Antes e depois da Times Square, vista de 1919 e 2012, emNova York
Antes e depois da Times Square, vista de 1919 e 2012 (imagem de The Journal)

Por trás dos anúncios da Times Square

Enfim, a publicidade da Times Square é anterior a própria Times Square. Em 1904, as principais propagandas luminosas presentes neste largo eram da Trimble Whiskey, Budweiser e Vagões Studebaker. Mas, atualmente, pode-se ver anúncios de todos os tipos no local, sendo os mais famosos os da empresa Coca-Cola.

É tanta publicidade concentrada neste ponto da cidade que a luz até pode ser vista do espaço, de acordo com os astronautas. Conforme dito pelo jornal The New Yorker, só a Jamestown Properties ganha cerca de 23 milhões de dólares por ano com anúncios em seu prédio, quase 121 milhões de reais!

Times Square 1940
Times Square 1940 (imagem de 6sqft)

E o que tem dentro dos prédios, por trás destes anúncios publicitários? Nada!

Por incrível que pareça, a maioria destes edifícios cobertos por propagandas na Times Square está com as suas salas vazias e até mesmo com uma aparência mal cuidada. Alguns contornaram a situação alugando áreas para bares fechados, que não necessitam de iluminação natural para funcionar, ou para empresas que utilizam os espaços apenas como depósito. O One Times, por exemplo, tem apenas o andar térreo locado para uma loja e os andares mais superiores para a prefeitura, que guarda no local a aparelhagem do Show da Virada.

Nova York
(imagem de The Art Institutes Print Advert By David & Goliath)
Nova York
(imagem de Blog Aviary)

Uma Nova York sem anúncios

Em 2007, a prefeitura de Nova York estabeleceu novas diretrizes para as propagandas instaladas na cidade, pensando em evitar a expansão desta poluição visual. Mesmo assim, a quantidade de anúncios remanescentes espalhados pelos prédios incomoda muitos residentes. Em resposta, mais recentemente foi criado um aplicativo chamado No Ad – NY que ajuda a simular uma visão da Times Square em 360 graus sem anúncios. A ideia é dar uma oportunidade aos turistas de terem um olhar diferente sobre a Paisagem Urbana. Veja como tudo funciona com a imagem a seguir!

Nova York - Times Square
(imagem de Thrillist)

Veja Também: New York City: 10 locais para visitar na cidade que encanta engenheiros e arquitetos

Já pensou passear na Times Square sem propagandas?


Fontes: Super Interessante, Época Negócios, Thrillist, 6sqft, The Journal.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.