Casas, prédios, pontes e muitos outros modelos de construção são erguidas sobre tipos de fundação. Porém, para cada situação de projeto é exigido um tipo diferente de solução estrutural. E é exatamente por isso que foram desenvolvidos tantos tipos diferentes de tecnologias, os quais são estudados nos cursos de Engenharia e Arquitetura. Mas você os conhece? Não tem problema, pois iremos apresentar os principais no texto a seguir!

O que são fundações?
Antes de já ir tentando mostrar e explicar sistemas de fundação, vamos falar sobre qual é o papel, de fato, deste elemento estrutural. Bem, as fundações ou alicerces fazem parte do “esqueleto” das obras. Elas agem como “pés” em contato direto com o solo, dando todo o suporte para o “corpo” das construções, ajudando a transferir toda a sua carga para o terreno onde estão apoiadas. Isso garante que, mesmo havendo deslizamentos de terra, nada se mova. Porém, pelo que já é de se esperar, só especialistas na área é que conseguem determinar qual o tipo de fundação compatível com cada situação.
Mas você quer começar a estudar o assunto, sugerimos que consulte a NBR 6122!

Quais são os tipos de fundação mais comuns?
Fundações rasas | Vigas Contínuas e Radier
Também chamadas de superficiais, as fundações rasas são o resultado de pouca escavação de solo. Elas quase sempre são feitas manualmente, utilizadas em obras de pequeno porte e em solo de boa capacidade de suporte. Sua profundidade é igual ou inferior a 3 metros. Já o seu formato ou faz o contorno a construção – como é caso das fundações compostas de blocos de pedra ou vigas baldrames de concreto armado – ou vai além dela – como é o caso das vigas contínuas e do radier, também de concreto -, ficando todas estas diretas sobre os terrenos.


Fundações profundas
Imagine uma longa perna, com pés e sapatos que sustentam um corpo humano. Esta é a melhor comparação que podemos fazer para explicar como são as fundações profundas.
Justamente pensando nesta analogia, tais tipos de fundação passaram a ser chamados de sapatas. São indicados para terrenos com presença de argila e outros materiais semelhantes e dimensionadas para que as tensões exercidas pela estrutura da construção sobre a fundação sejam resistidas – só que, neste caso, mais pela armadura do que pelo concreto, como acontece nos modelos de fundações rasas.
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Existem vários submodelos de tipos de fundação profundas. As estacas comuns, feitas com escavação manual, atingem um pouco mais de 3 metros de profundidade. Mas se precisamos ir além, devemos contar com outras soluções de Engenharia.
Sapata isolada
Com base quadrada, retangular, circular ou outra, e com o topo reto ou piramidal – é ideal para terrenos mais profundos com boa resistência. Neste caso, cada coluna suporta cargas individualmente ou recebem a carga de dois pilares ou mais, sendo associadas.

Quanto à materialidade desses tipos de fundação mais profundos, óbvio que, nos dias de hoje, o concreto é o material mais utilizado. Com ele, podemos fazer estruturas de grandes profundidades através de perfuração mecânica de solo. Existem aquelas pré-moldadas, lógico – porém com limitadas de seções e comprimentos -, mas também aquelas moldadas in loco, ou seja, direto no canteiro de obras.
Estacas tipo Franki
A fundação tipo Franki é feita por ajuda de um grande tubo no qual uma armadura vai sendo retirada para que o concreto seja inserido na estaca.
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Estacas tipo Strauss
Já na tipo Strauss, o concreto é colocado dentro de uma perfuração pré-escavada.
Estacas tipo Tubulão
A tipo Tubulão possui um diâmetro mais largo – não menos que 50 cm – e pode ter uma base alargada – ideal para construções submersas, onde a retirada da água é feita por meio de um equipamento que introduz ar comprimido.

Estacas de madeira
Por fim, devemos lembrar que é possível construir sobre estacas de madeira, feitas de troncos de árvores cravadas no solo – solução que hoje em dia serve mais para estruturas provisórias, já que, a longo prazo, precisa de tratamento contra ataques de organismos.

Estacas de metal
Ainda, também é possível construir sobre estacas em perfis ou trilhos de metal, que recebem um processo de escavação bem semelhante às das fundações pré-moldadas de concreto, mas com emendas e precisando de pintura especial de proteção ou “encamisamento” de concreto.
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Como escolher a fundação ideal para cada construção?
No fim das contas, toda fundação precisa ser bem resistente, considerando o peso total e os materiais da estrutura que irá suportar. Mas algo que realmente faz toda a diferença na tomada de decisão do modelo ideal para a construção é a situação do terreno, mais especificamente as características do seu solo. E isso é o tipo de coisa que deverá ser analisado com muita cautela. Qualquer tiro no escuro pode trazer prejuízos irreparáveis, sobretudo com relação a vidas humanas.
Resumidamente, quanto mais “mole” e instável for o terreno, mais profunda deverá ser a estrutura de fundação da construção. Normalmente, para solos mais compactos, com camadas de pedra, indicam-se as fundações mais rasas. Solos arenosos já são mais permeáveis e podem se movimentar com mais facilidade. Em casos como esses, o melhor são as estacas profundas, para melhor segurança e estabilidade da estrutura. Mas, voltamos a dizer: esta é uma decisão que deve ser tomada com base em um laudo técnico, a sondagem, e o parecer de um especialista em estruturas.

Você já conhecia os tipos de fundação? Comente!
Veja Também: Fundações em rocha: aplicações na construção de Barragens
Fontes: Entenda Antes, Sienge, Blog para Construir, Mapa da Obra, Inova Civil.
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Simone Tagliani
Graduada em Arquitetura & Urbanismo e Letras; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital e Marketing Digital; estudante de Gestão de Projetos; e proprietária da empresa Visual Ideias.