A discussão sobre a necessidade de diminuir a quantidade de carros nas ruas e começar a construir cidades mais sustentáveis e amigáveis para os pedestres e ciclistas já existe faz tempo. Foi pensando nisso que, Kristen Tapping, que estudou Engenharia Industrial pela Universidade de Londres, conseguiu resolver as duas questões de uma só vez ao desenvolver uma bicicleta ecológica capaz de filtrar a poluição ar enquanto você pedala.

peças da bibicleta
Imagem: Kristen Tapping

Por ajudar a combater a poluição e a descongestionar as cidades, ela acaba de receber um prêmio de design. A ideia surgiu enquanto ela andava de bicicleta por Londres,  repleta de carros, trânsito e de poluição. Embora as bicicletas sejam um dos meios de transporte mais ecológicos, ela queria que elas fossem ainda mais importantes na sociedade. Foi quando pensou em incluir purificadores de ar nas rodas para reter e filtrar a poluição das ruas.

Kristen Tapping mostrando as rodas da bicicleta que filtram poluição
Imagem: Kristen Tapping

O design é chamado de “Rolloe” e aproveita a energia cinética gerada pelo corpo ao pedalar, absorvendo o ar de fora para a cavidade central, purificando-o através de filtros, e por fim o expelindo. Segundo ela, as rodas purificadoras podem filtrar 0,665 m³ de ar a cada quilômetro percorrido, o que significa que, se as 13.000 bicicletas nas ruas de Londres usassem sua bike, cerca de 80.000m³ de ar por dia seriam filtrados.

mulher pedalando bicicleta com filtro nas rodas pelas ruas
Imagem: Kristen Tapping

Inovadora, ela espera que sua bicleta esteja em breve nas ruas do mundo inteiro e nós também! Conheça mais sobre seu projeto aqui.

A bicicleta ecológica que filtra a poluição do ar enquanto você pedala
Imagem: Kristen Tapping

Fonte: Inhabitat

Você investiria em uma bicicleta dessas? Deixe seu comentário!

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Agora, mais do que nunca, as pessoas têm a necessidade de uma conexão wi-fi mais potencializada. Afinal, em 2020, em paralelo à pandemia de Covid-19, houve uma expansão sem precedentes na prática da educação a distância (EAD) no mundo todo.

Em todos os níveis de ensino, desde educação básica até graduação e pós-graduação, inúmeros cursos migraram para a modalidade online. Além disso, diversos tipos de trabalho também foram adaptados para serem realizados em casa, trazendo mudanças significativas em empresas e instituições, que podem ser permanentes neste sentido.

Por isso, algumas condições são essenciais para realizar tais atividades com segurança, e talvez a principal delas seja uma conexão wi-fi estável. Sendo assim, trazemos aqui duas dicas para você melhorar a qualidade de sua conexão, seja para trabalhos, estudos ou lazer.

internet wi-fi imagem ilustrativa de roteador

Localização do roteador

É fácil perceber, quando estamos em casa, que em algumas áreas e cômodos a internet Wi-fi não “pega” tão bem. Quando estamos fazendo uma videochamada, assistindo a um filme ou jogando um jogo, por exemplo, falhas de conexão podem atrapalhar bastante.

Para isso, uma tática simples, mas que pode resolver o problema com eficiência, é observar a localização do roteador. Normalmente, roteadores comuns têm um raio de alcance de cerca de 40 metros para ambientes internos, e de 90 metros para ambientes externos.

Esta diferença ocorre por conta das paredes, móveis e objetos de dentro de casa que bloqueiam as ondas de conexão. Por isso, se o roteador fica dentro de um armário, coloque-o para fora, sobre o mesmo armário ou outro móvel.

Uma ótima opção é deixá-lo em um ponto central da casa, de modo que cubra a maior área possível e que fique perto de dispositivos como computadores e consoles, que sempre estão conectados com a internet. Também verifique se você não vai precisar aumentar os cabos de conexão para fazer essa mudança.

Repetidor de sinal de internet

Uma alternativa interessante para casas grandes e mais espaçosas, o repetidor de sinal muitas vezes não inspira confiança. Muito se fala sobre esse tipo de aparelho deixar a internet mais lenta, o que é mito.

Como o próprio nome diz, o aparelho apenas repete, ou seja, retransmite o sinal que recebe do roteador central, apenas aumentando a área de alcance.
Uma vantagem do repetidor é que não é necessário haver correspondência de sua marca com a marca do roteador. Isso facilita caso você queira consultar lojas e ofertas de diferentes marcas.

No entanto, se atente às configurações necessárias do aparelho, para ter um melhor proveito possível, assim como um melhor custo-benefício. E então, o que achou das sugestões? Tem alguma outra que também funciona? Conte para a gente nos comentários!

Leia também: Saiba mais sobre a Internet das Coisas (IoT) na Construção Civil

Conhece mais alguma dica? Deixe nos comentários!

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Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

O Brasil é um dos países com maior potencial de energia limpa do mundo e, de fato, vem investindo muito no setor. Prova disso é o novo empreendimento da empresa de energia Enel, que irá construir o maior parque eólico e solar da América do Sul no estado do Piauí.

vista aérea do parque eólico no piauí
Imagem: divulgação

Localizado nos municípios de Lagoa do Barro e São Gonçalo do Gurguéia, as usinas vão evitar a emissão de mais de dois milhões de toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. A primeira etapa do projeto começou a operar ainda em 2020, quando a Usina São Gonçalo já gerava cerca de 475 MW. Agora, a primeira expansão do parque está sendo finalizada, deixando o Brasil à frente no quesito na América Latina.

vista aérea do parque eólico no piauí
Imagem: divulgação

O objetivo é alcançar 608 MW, que vai fazer com que o parque gere mais de 1.500 GWh por ano, evitando a emissão anual de mais de 860 mil toneladas de CO2. Além da energia eólica, o parque usa módulos solares bifaciais, que capturam energia solar de ambos os lados do painel.

linha de energia
Imagem: divulgação

Batizado de Lagoa dos Ventos, o parque eólico terá a imensa quantidade de 230 aerogeradores que, quando estão em pleno funcionamento, podem gerar mais de 3,3 TWh por ano! Graças a isso, o Brasil evitará a emissão de mais de 1,6 milhão de toneladas de CO2.

placas solares
Imagem: divulgação

Wilson Brandão, secretário de Estado da Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, comemora: “Podemos dizer que, no ranking da eólica, o Piauí ocupa o quinto lugar entre os maiores produtores desse tipo de energia no Brasil, ficando atrás apenas da Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul; quanto à energia solar, somos o terceiro, mas somos o estado que mais constrói e que tem o futuro mais promissor na potencialidade para geração dessa energia“.

Além de evitar as emissões de gás carbônico, no entanto, não podemos esquecer que as usinas também irão gerar milhares de empregos na região. De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), o setor energético renovável pode gerar 29 milhões de empregos até 2030.

Fonte: Ciclo Vivo

Você já ouviu falar dessa usina? Comente!

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Engenharia 360

Gabriela Glette

Jornalista e escritora, Gabriela já passou por grandes sites, como Hypeness e Razões para Acreditar, até que decidiu criar um que só falasse sobre coisas boas e inspirações - o Quokka Mag. Vive na França há mais de 3 anos e tem um gosto especial em falar sobre inovação e sustentabilidade.

Um dos efeitos mais graves e preocupantes das mudanças climáticas é em relação à vida animal. A drástica redução da taxa de natalidade dos pinguins-imperadores, que deixaram de procriar nos últimos 3 anos, fez o arquiteto iraniano Sajjad Navidi desenvolver um sistema de proteção para estes animais. Desta maneira, eles podem se procriar e sua ferramenta ainda reduz o derretimento do gelo polar – fundamental na vida dos pinguins e outros animais.

pinguins em sistema de reprodução
Imagem: Sajjad Navidi

Dividido em duas partes, seu sistema funciona verticalmente e possui um formato de iglu, que serve aos pinguins e uma concha subaquática. Simples e eficaz, o arquiteto criou este conceito quando decidiu participar do Concurso de Arquitetura e Artes da Fundação Jacques Rougerie, onde conquistou o sétimo lugar na categoria “Inovação para o Mar”.

iglu criado para sistema de reprodução dos pinguins
Imagem: Sajjad Navidi

O sistema que ajuda os pinguins

A parte superior do iglu fornece um substituto artificial para o habitat natural cada vez menor dos pinguins das plataformas de gelo da Antártica. Através dele, eles podem continuar colocando seus ovos sem medo de que a estrutura derreta antes que os filhotes possam sobreviver sem o abrigo. Inspirado nos próprios pinguins, que costumam se amontoar para proteger seus filhotes, a esperança é de que o sistema salve a espécie da extinção.

esquema do projeto
Imagem: Sajjad Navidi

O objetivo da estrutura inferior, em contrapartida, é reduzir o derretimento do gelo polar, diretamente relacionado com a extinção de centenas de espécies. O iglu invertido cheio de crateras é inspirado na esponja marinha e está conectado a um pêndulo subaquático oscilante. Quando o pêndulo é movido por ondas, a eletricidade é gerada e usada para resfriar a área.

pinguins dentro do iglu para reprodução
Imagem: Sajjad Navidi

Ao resfriar a água, Navidi espera que ajude a controlar o gelo polar que está derretendo em velocidade recorde. O próximo passo é transformar o protótipo em realidade e adequá-la às necessidades do mundo animal.

pinguins nadando em água sob os iglus
Imagem: Sajjad Navidi

Fonte: My Modern Met

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Engenharia 360

Gabriela Glette

Jornalista e escritora, Gabriela já passou por grandes sites, como Hypeness e Razões para Acreditar, até que decidiu criar um que só falasse sobre coisas boas e inspirações - o Quokka Mag. Vive na França há mais de 3 anos e tem um gosto especial em falar sobre inovação e sustentabilidade.

Certamente não podemos prever como será o fim da pandemia; muitas coisas ainda nós precisamos viver e aprender. Especialistas dizem que pode levar anos para que se possa tentar voltar à normalidade; que talvez o normal como conhecemos nunca mais retorne. É que os últimos meses nos levaram a perceber o mundo e um modo diferente. Os desafios impostos acabaram escancarando os problemas mais graves da nossa sociedade, sobretudo de urbanismo – já que tivemos que adotar o distanciamento social em nossa rotina.

É provável que, passado este período obscuro, muitas mudanças ocorram no planejamento as cidades. De fato, o Brasil nunca precisou tanto de um Estado que realmente se importe com as políticas públicas, concretizando projetos e seguindo as regras de maneira rigorosa e profunda!

Não podemos olhar para os problemas do mesmo modo. Devemos ir à busca do que é o melhor para todos, destacando tudo que de mais positivo podemos fazer. Só assim poderemos sair deste caos no qual nos encontramos hoje.

imagem ilustrativa de Urbanismo de Cidade brasileira
Cidade brasileira (imagem de Pixabay)

A Covid-19 infelizmente ceifou a história de muitas pessoas. Ela levou entes queridos, mas também veio para nos ensinar. Ou seja, este é o tempo de aprender e de mudar! Temos a oportunidade agora de criar uma realidade diferente para as próximas gerações. Só que isto será apenas possível se, de fato, quisermos. Precisamos colocar toda a nossa força a favor desta mudança, cada um na sua área fazendo o que pode de melhor! Neste texto, vamos analisar quais as lições tiradas desta pandemia no setor de planejamento de urbanismo.

Urbanismo representado por ruas de Cidade brasileira
Cidade brasileira (imagem de Pixabay)

O papel do Arquiteto Urbanista neste novo cenário mundial

Devemos aceitar o fato de que o Brasil vive hoje uma situação de caos urbano. Nosso Estado possui muitas deficiências, sendo a pior delas a de desigualdade social. Lamentavelmente, muitas áreas habitadas ainda não são contempladas com os serviços mais básicos – como água e energia elétrica. As zonas mais nobres recebem toda a atenção, enquanto as mais pobres quase sempre são deixadas de lado pelos gestores. E mesmo estas, quando são atendidas, acabam provocando sobre os moradores um processo de gentrificação – alteração da dinâmica local.

Favelas Rio de Janeiro
Favelas Rio de Janeiro (imagem de Pixabay)

O Arquiteto Urbanista

Muitos se perguntam sobre de quem é a responsabilidade sobre o que está acontecendo. Bem, existe um profissional que deveria planejar as cidades, incluindo a sua expansão, criação de corredores comerciais, de áreas verdes e mais, que é o Arquiteto Urbanista. Este profissional está habilitado para a tarefa. Porém, por incrível que pareça, ele quase nunca aparece na lista de contratação de prefeituras ou em editais de concursos públicos. No fim das contas, quase todas as decisões mais sérias são tomadas por políticos com interesses financeiros. E o resultado disso está aí para quem quiser ver.

Mas aqueles arquitetos que têm a chance de se envolver com estes projetos urbanos, mesmo que indiretamente, devem pensar sobre o peso de sua contribuição. Afinal, qual a marca que quer deixar para a sociedade? O profissional não pode olhar para as coisas no presente. Ele deve se virar para o passado, resgatando boas técnicas já desenvolvidas – incluindo para urbanismo -, e também para o futuro, tentando simular algumas hipóteses para cada decisão de projeto que tomar. Por fim, ele precisará ir atrás de soluções que deixem boas marcas com o passar dos anos.

Urbanismo do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (imagem de Pixabay)

A ideia não é o urbanista resolver sozinho todos os problemas sociais. Claro que ele precisará de ajuda. Sua obrigação é olhar para o todo de um modo geral. Mas, na etapa de detalhamento dos planos para as cidades, será necessário que ele se junte a outros profissionais, agregando conhecimentos, experiências e habilidades. Afinal, uma cidade não é composta apenas de estruturas de edificações, mas de vias públicas, redes de abastecimento de recursos, plantas e mobiliário urbano. E todas estas coisas devem servir bem a todos da sociedade, com equidade.

praça de curitiba
Curitiba (imagem de Pixabay)

O que deve mudar no urbanismo brasileiro em caráter emergencial

São tantas coisas que precisam mudar no urbanismo brasileiro que seria impossível citar tudo neste texto. Com certeza absoluta, precisaríamos passar por uma reforma urbana completa!

É inaceitável que já na segunda década do século XXI ainda tenhamos soluções e projetos não sustentáveis. Também áreas loteadas sem saneamento básico; construções que não atenda os pré-requisitos de acessibilidade; congestionamento; poluição; bolsões de calor; corte desnecessário de árvores; ocupações irregulares; e mais. E como se resolve isto? Com planejamento sério!

Urbanismo representado por tráfego intenso em cidade brasileira
Cidade brasileira (imagem de Pixabay)

Redes sociais

Óbvio que não se pode resolver tudo no papel e que nem tudo que é colocado em papel é aceito tão facilmente pela sociedade. Uma coisa que a pandemia tem nos ensinado é que precisamos lutar em todas as frentes. Primeiro, votando em pessoas que realmente queiram trabalhar pelo país da forma mais correta e honesta possível. Sobretudo, apoiar pessoas que pensam não apenas no bem do empresariado, mas nos trabalhadores e na natureza. Depois, apoiar causas que defendam os nossos direitos, seja por meio de abaixo-assinados, campanhas, trabalhos voluntários, e mais. E, por fim, se comprometer em usar as Novas Mídias, como as redes sociais, para compartilhar informações verdadeiras que possam inspirar boas ações nas outras pessoas!

Preservação Natureza

Precisamos de cidades que tenham mais áreas verdes, visando a renovação do ar, a diminuição das temperaturas e a preservação da biodiversidade dentro das áreas urbanas. Precisamos de cidades com mais áreas que estimulem as atividades ao ar livre e melhores sistemas de captação e tratamento de água e esgoto – o que ajudaria muito na saúde pública. E precisamos de cidades com mais perimetrais, corredores e bons ônibus, ciclovias e alternativas que tornem o trânsito mais fluido e adequadamente veloz, permitindo um tecido urbano mais funcional.

imagem ilustrativa de via de cidade brasileira
Cidade brasileira (imagem de Pixabay)

As novas tecnologias e o compromisso com o meio ambiente

Por sorte, hoje temos muitas tecnologias avançadas a nossa disposição. Isto inclui computadores, softwares, satélites, câmeras e drones. Mas estas coisas não trabalham sozinhas, precisando ainda do conhecimento dos profissionais para resolverem questões. Por isto é importante que ainda sejam ministrados muitos cursos de capacitação, assim como aulas técnicas, de graduação e especialização em diversas áreas. Arquitetura e Urbanismo não é algo que possa ser aprendida de forma remota e dentro de casa.

Apesar de termos tido um avanço do ensino EAD neste último ano, passada a pandemia precisamos retomar com as atividades em campo, com análise de dados e aulas em sala de aula, com consulta de materiais e debate entre alunos e professores.

Tecnologias avançadas plicadas à construção de edifícios.
Tecnologias avançadas plicadas à construção de edifícios. (imagem Pixabay)

Arquitetura Verde

Com todo o horror contra a natureza que o Brasil tem testemunhado nos últimos anos, certamente o trabalho dos urbanistas precisa focar mais na preservação do meio ambiente. Devemos assumir um papel de maior compromisso com a natureza. Não basta apenas pedir para que as pessoas mudem seus hábitos para salvar as florestas, oceanos e animais. É preciso colocar em prática soluções mais ecológicas. Isto vai desde a adoção de novos materiais, como madeira de reflorestamento e concreto verde, à criação de estruturas mais sustentáveis, sistemas que funcionem com base em energias renováveis e muito mais.

Veja também: Um pouco de verde sobre o cinza

Novos modelos

Pós pandemia, precisamos também adotar mais as tecnologias para facilitar serviços que já foram desenvolvidos ou aprimorados durante os últimos meses. É o caso dos programas que ajudam a identificar rotas e a quantidade de passageiros dentro de coletivos urbanos ou em espaços de convívio social. E, ainda, os aplicativos que ajudam a conectar clientes e empresas, principalmente de logística.

Aliás, o urbanismo brasileiro deve avaliar melhor a questão das rotas e paradas de ônibus e caminhões de diferentes portes dentro das cidades. E também os arquitetos devem pensar como serão os novos modelos edificações de comércios e escritórios depois deste período. Será que a população ainda apreciará shoppings, por exemplo? A maioria vai continuar trabalhando em casa? Ficam estas questões!


Quais você acha que serão as mudanças na arquitetura e no urbanismo pós pandemia? Comente!

Clique aqui para ler a parte 2!


Fontes: Instituto de Engenharia, Unifor, Uninter, SEESP, Diário do Comércio.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Não basta criar projetos incríveis, a arquitetura de hoje pede cada vez mais que as construções estejam de acordo com os ambientes em que elas estão inseridas. Uma biblioteca comunitária recém inaugurada na Indonésia é uma amostra disto. Exemplo de iluminação e ventilação natural, ela aposta na arquitetura bioclimática e no design multifuncional, cujos móveis agregam duas ou mais finalidades.

visão externa da biblioteca
Imagem: KIE

Feita 100% de madeira certificada, ela está localizada na cidade de Semarang, da ilha de Java, e foi batizada de Warak Kayu. Pequena, porém eficiente, a construção é inspirada na arquitetura local e também no sistema de palafitas, geralmente usado em regiões alagadiças.

interior da biblioteca
Imagem: KIE

Por ser suspensa, a biblioteca possui um espaço útil aberto no térreo, que pode ser usado para diversos fins, inclusive eventos e comemorações. Tudo pode ser aproveitado de diversas formas, as escadas, por exemplo, também podem servir como arquibancadas, se necessário.

escadas e espaço aberto da construção de madeira
Imagem: KIE

O objetivo foi criar um espaço democrático para a comunidade, não é à toa que ela abriga mesas, bancos adicionais e um “piso de rede”, que funciona como um sofá para ler e relaxar. Instalada em uma praça pública em pleno centro da cidade, o objetivo destes espaços confortáveis é estimular as pessoas a criar o hábito da leitura também.

Projetada pelo escritório de arquitetura Shau, vale lembrar que o espaço é público, gratuito e administrado pelo Harvey Center, uma instituição sem fins lucrativos, em parceria com a prefeitura de Semarang.

detalhe em madeira
Imagem: KIE

Biblioteca feita através da arquitetura bioclimática

O grande objetivo deste tipo de arquitetura é aproveitar as condições climáticas locais, de forma inteligente, em favor de uma construção sustentável. É por isto que, na biblioteca, as paredes de madeira possuem aberturas que promovem a ventilação cruzada para resfriar o interior do imóvel, o que elimina necessidade de ar condicionado.

mesa no interior da biblioteca
Imagem: KIE

Já as saliências no teto impedem a incidência direta de radiação solar. Como resultado, temos um ambiente moderno, acolhedor e ventilado.

corredor da biblioteca
Imagem: KIE
crianças lendo no interior da construção
Imagem: KIE
crianças lendo no interior da construção
Imagem: KIE
visão externa da biblioteca
Imagem: KIE

Fonte: Ciclo Vivo

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Engenharia 360

Gabriela Glette

Jornalista e escritora, Gabriela já passou por grandes sites, como Hypeness e Razões para Acreditar, até que decidiu criar um que só falasse sobre coisas boas e inspirações - o Quokka Mag. Vive na França há mais de 3 anos e tem um gosto especial em falar sobre inovação e sustentabilidade.

Construída na Ilha Awaji, em Hyogo, no Japão, tudo o que um casal queria era ter uma casa que representasse a família em crescimento e oferecesse uma total interação com a natureza em volta. Como resultado, o escritório japonês Ryuichi Ashizawa Architects & Associates projetou esta incrível casa em espiral com telhado verde.

casa em espiral com telhado verde, vista frontal
O telhado verde também ajuda a refrescar a casa. Imagem: Kaori Ichikawa

Sustentável e cercada de vegetação por todos os lados, a Spiral Garden (casa espiral) foi construída em terra e madeira local, o que demostra a preocupação dos moradores com o meio ambiente. O telhado é sustentado por vigas de madeira e cada parte da construção de madeira foi entalhada à mão por carpinteiros.

casa em espiral com telhado verde imagem durante a construção
Imagem: Kaori Ichikawa

Com o objetivo de valorizar técnicas de construção japonesas, quase tudo na casa foi construído através de técnicas ancestrais, como por exemplo o chão, feito a partir de um método conhecido como Tataki, que utiliza madeira batida como revestimento. Já as paredes são feitas de malha de bambu trançada e acabamentos de terra, para ajudar a armazenar o calor e controlar a umidade.

interior da casa com telhado espiral
Imagem: Kaori Ichikawa

Com janelas por todos os lados e uma claraboia que pode ser aberta, a casa aproveita o máximo possível de iluminação e ventilação natural, evitando o uso de eletricidade e refrigeração. Mas o mais incrível é o teto verde em espiral, que permite com que os moradores passeiem por ele e cultivem suas plantas.

interior da casa com telhado espiral
Imagem: Kaori Ichikawa

Isto sem contar que o escorregador verde ajuda no resfriamento da casa e oferece mais autonomia, já que a água da chuva irriga a vegetação e o excesso serve como reservatório. O terreno ainda possui uma horta em espiral, forno ao ar livre e banheiro seco.

interior da casa com telhado espiral
As paredes são feitas de malha de bambu trançada. Imagem: Kaori Ichikawa

Aqui no ocidente, nós não estamos acostumados a ver casas como esta. Apesar de causar estranheza, no entanto, os arquitetos explicam que o projeto da casa espiral faz referência às moradias locais da ilha Awaji, que são feitas de madeira e revestidas de terra e se parecem com as casas primitivas.

mulher sentada no jardim da casa
Imagem: Kaori Ichikawa
vista do teto espiral
A clarabóia pode permanecer aberta ou fechada. Imagem: Kaori Ichikawa
imagem da construção da residência
Imagem: Kaori Ichikawa
projeto da residência
Imagem: Kaori Ichikawa
imagem da construção da residência
Imagem: Kaori Ichikawa

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Fonte: Ciclo Vivo

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Engenharia 360

Gabriela Glette

Jornalista e escritora, Gabriela já passou por grandes sites, como Hypeness e Razões para Acreditar, até que decidiu criar um que só falasse sobre coisas boas e inspirações - o Quokka Mag. Vive na França há mais de 3 anos e tem um gosto especial em falar sobre inovação e sustentabilidade.

Casas, prédios, pontes e muitos outros modelos de construção são erguidos sobre tipos de fundações. Porém, para cada situação de projeto é exigido um tipo diferente de solução estrutural. E é exatamente por isso que foram desenvolvidos tantos tipos diferentes de tecnologias, os quais são estudados nos cursos de Engenharia e Arquitetura. Mas você os conhece? Não tem problema, pois o Engenharia 360 apresenta os principais no texto a seguir!

tipos de fundações
Imagem reproduzida de Pixabay

O que são fundações na construção civil?

Antes de mostrarmos e explicarmos os sistemas de fundação, vamos falar sobre qual é o papel, de fato, deste elemento estrutural.

As fundações ou alicerces fazem parte do “esqueleto” das obras. Elas agem como “pés” em contato direto com o solo, dando todo o suporte para o “corpo” das construções, ajudando a transferir toda a sua carga para o terreno onde estão apoiadas. Isso garante que, mesmo havendo deslizamentos de terra, nada se mova. Porém, como é de se esperar, somente especialistas na área conseguem determinar o tipo de fundação compatível com cada situação.

Se você quer começar a estudar o assunto, sugerimos que consulte a NBR 6122!

tipos de fundação
Canteiro de obras | Imagem de Pxhere

Quais são os tipos de fundações mais comuns na construção civil?

1. Fundações rasas: Vigas Contínuas e Radier

Também chamadas de superficiais, as fundações rasas resultam de pouca escavação de solo. Elas quase sempre são feitas manualmente, utilizadas em obras de pequeno porte e em solos de boa capacidade de suporte. Sua profundidade é igual ou inferior a 3 metros. Existem dois formatos: aqueles que contornam a construção, como os blocos de pedra ou vigas baldrames de concreto armado, e aqueles que se estendem além dela, como as vigas contínuas e o radier, também de concreto, ficando todas essas fundações sobre diretamente os terrenos.

Fundação rasa tipo radier
Fundação rasa tipo radier | Imagem reproduzida de Tudo Construção
Fundação rasa tipo viga contínua
Fundação rasa tipo viga contínua | Imagem reproduzida de Tudo Construção

Veja Também: Fundações em rocha: aplicações na construção de Barragens

2. Fundações profundas

Imagine uma longa perna, com pés e sapatos que sustentam um corpo humano. Essa é a melhor comparação que podemos fazer para explicar como são as fundações profundas.

Pensando nessa analogia, esses tipos de fundações passaram a ser chamados de sapatas. São indicados para terrenos com presença de argila e outros materiais semelhantes, dimensionadas para que as tensões exercidas pela estrutura da construção sobre a fundação sejam resistidas – mas, neste caso, mais pela armadura do que pelo concreto, como acontece nos modelos de fundações rasas.

Existem vários submodelos de tipos de fundações profundas. As estacas comuns, feitas com escavação manual, atingem um pouco mais de 3 metros de profundidade. Mas, se precisamos ir além, devemos contar com outras soluções de Engenharia.

Fundação profunda tipo sapata
Fundação profunda tipo sapata | Imagem reproduzida de Viva Decora

Veja Também: Saiba como funciona o serviço de perícias técnicas em Arquitetura e Engenharia Civil

Sapata isolada

Com base quadrada, retangular, circular ou outra, e com o topo reto ou piramidal – é ideal para terrenos mais profundos com boa resistência. Neste caso, cada coluna suporta cargas individualmente ou recebe a carga de dois pilares, ou mais, sendo associadas.

Quanto à materialidade desses tipos de fundações mais profundos, o concreto é o material mais utilizado atualmente. Com ele, podemos fazer estruturas de grandes profundidades via perfuração mecânica de solo. Existem aquelas pré-moldadas, lógico – porém com limitadas de seções e comprimentos -, mas também aquelas moldadas in loco, ou seja, direto no canteiro de obras.

Fundações profundas, modelos de sapatas existentes: sapata, sapata associada, bloco e sapata corrida
Fundações profundas, modelos de sapatas | Imagem reproduzida de Núcleo do Conhecimento

Estacas tipo Franki

A fundação tipo Franki é feita por ajuda de um grande tubo no qual uma armadura vai sendo retirada para que o concreto seja inserido na estaca.

Estacas tipo Strauss

Já na tipo Strauss, o concreto é colocado dentro de uma perfuração pré-escavada.

Estacas tipo Tubulão

A tipo Tubulão possui um diâmetro mais largo – não menos que 50 cm – e pode ter uma base alargada – ideal para construções submersas, onde a retirada da água é feita por meio de um equipamento que introduz ar comprimido.

Diferentes modelos de sapatas moldadas in loco
Diferentes modelos de sapatas moldadas in loco | Imagem reproduzida de Inova Civil

3. Estacas de madeira

Por fim, devemos lembrar que é possível construir sobre estacas de madeira, feitas de troncos de árvores cravadas no solo – solução que hoje em dia serve mais para estruturas provisórias, já que, a longo prazo, precisa de tratamento contra ataques de organismos.

Fundações
Fundação estaca de madeira | Imagem reproduzida de Grupo AE

4. Estacas de metal

Também é possível construir sobre estacas em perfis ou trilhos de metal, que recebem um processo de escavação bem semelhante às das fundações pré-moldadas de concreto, mas com emendas e precisando de pintura especial de proteção ou “encamisamento” de concreto.

Fundação com estaca de metal
Fundação estaca de metal | Imagem reproduzida de Oficina de textos)

Como escolher a fundação ideal para cada construção civil?

No fim das contas, toda fundação precisa ser bem resistente, considerando o peso total e os materiais da estrutura que irá suportar. Contudo, algo que realmente faz toda a diferença na tomada de decisão do modelo ideal para a construção é a situação do terreno, mais especificamente as características do seu solo. E isso é o tipo de coisa que deverá ser analisado com muita cautela.

Qualquer tiro no escuro pode trazer prejuízos irreparáveis, sobretudo com relação a vidas humanas!

Resumidamente, quanto mais “mole” e instável for o terreno, mais profunda deverá ser a estrutura de fundação da construção. Normalmente, para solos mais compactos, com camadas de pedra, indicam-se as fundações mais rasas. Solos arenosos já são mais permeáveis e podem se movimentar com mais facilidade.

Em casos como esses, o melhor são as estacas profundas, para melhor segurança e estabilidade da estrutura. Mas, voltamos a dizer: esta é uma decisão que deve ser tomada com base em um laudo técnico, a sondagem, e o parecer de um especialista em estruturas.

tipos de fundações
Imagem reproduzida de Igeologico

Compartilhe nos comentários qual tipo de fundação você acha mais interessante e por quê!

Veja Também:


Fontes: Entenda Antes, Sienge, Blog para Construir, Mapa da Obra, Inova Civil.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Como toda ruptura provoca reações e enfrenta dificuldades, a troca das matrizes fósseis por sustentáveis tem sido protelada nas últimas décadas. Entretanto, devido aos grandes impactos causados pelos gases de efeito estufa, se tornou mais do que necessária a busca por estas novas soluções.

Pode-se dizer que o interesse pelo hidrogênio teve início na década de 90, quando as mudanças climáticas e a poluição ganharam espaço mundial. Para fins energéticos, o hidrogênio é utilizado em motores de combustão interna (MCI) e em células de combustível, como também tem sido bastante utilizado em processos industriais. E aqui nesse artigo iremos focar em sua utilização e aplicação em MCIs.

E por que o hidrogênio?

Este gás tem a maior relação energia-peso que qualquer outro combustível e, quando reage com oxigênio puro, produz apenas calor e água; já com o ar, gera alguns óxidos de nitrogênio, mas sua queima produz muito menos poluentes do que os combustíveis fósseis.

A primeira vez que o hidrogênio gasoso foi usado como combustível foi em 1852, por Henri Griffard, para levantar uma aeronave em Paris e, por isso, hoje o hidrogênio é muito utilizado como combustível de foguetes.

Já como combustível automobilístico, o hidrogênio ganha espaço não só em relação à baixa emissão de poluentes (quase nula) como também na noção de que os perigos não são maiores do que aqueles com um carro a gasolina, o que enche os olhos de qualquer pesquisador na área de biocombustíveis e demais alternativas energéticas menos agressivas ao meio ambiente.

O hidrogênio é o combustível que tem maior energia por unidade de peso. Isso ocorre porque ele é o elemento mais leve que existe e não tem os átomos de carbono, que são pesados e estão presentes nos outros combustíveis. Sob temperatura e pressão ambientes (25ºC e 1 atm.), esse gás apresenta-se em forma gasosa, sua molécula é muito menor que a do metano e do octano, por exemplo. E isso significa que ele ocupa menos espaço sem perder suas capacidades energéticas e inflamáveis.

Carros  parado ao lado de posto de abastecimento de hidrogênio

Misturas pobres (mais ar e menos combustível) de hidrogênio corroboram com a economia e na redução do combustível não queimado, como também na redução da emissão do NOx e melhoria do processo de combustão, devido as suas propriedades como ampla inflamabilidade, baixa energia de ignição no ar, alta velocidade de chama e de aquecimento. Por outro lado, seu armazenamento é caro e de grande dificuldade, gerando uma desvantagem.

Qual a utilidade?

Além das pesquisas atuais sobre hidrogênio, concentradas na geração de energia elétrica, térmica e de água pura por meio das células de combustível, tem-se observado o crescimento de pesquisas focadas para que ele possa fornecer eletricidade e combustível para os setores residencial, comercial, industrial e de transporte, favorecendo a criação de uma economia energética a base de hidrogênio.

A produção mundial de hidrogênio é de cerca de 30 milhões de toneladas ao ano, vindo de diversas fontes, sendo duas naturais: água e o etanol, por exemplo. Na água, passa-se uma corrente elétrica (eletrólise), na qual o hidrogênio é liberado, mas não é economicamente viável.

imagem ilustrativa mostrando geração de hidrogênio em motor de veículo
Imagem: portal-energia.com

Outra técnica para obter o hidrogênio consiste em expor o gás natural ou outros hidrocarbonetos a vapor a altas temperaturas para produzir hidrogênio, monóxido de carbono e dióxido de carbono.

No futuro…

A obtenção de hidrogênio por meio da reforma térmica do etanol tem sido cada vez mais relevante na engenharia, já que desse modo estamos unindo um dos melhores combustíveis em relação à geração de energia limpa, que é o etanol com todo esse potencial que o hidrogênio pode nos oferecer.

A reforma acontece com a ajuda de um catalisador que faz com que o etanol gasoso se transforme em hidrogênio + NOx e, com isso, nos traga todos os benefícios acima citados de uma forma segura e eficiente.

Estamos começando a caminhar nessa linha, que eu particularmente amo, mas a certeza de que teremos um futuro promissor se explorarmos a utilização do etanol para a geração de hidrogênio é real.

Referências: AnapEcycle; Bastos, G.; Tavares, L.; Pinho,P. (Geração de Hidrogênio pela Reforma Térmica de Etanol em um Catalisador Automotivo).

Leia também: Combustíveis Sustentáveis: conheça mais sobre o etanol

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Engenharia 360

Giovanna Teodoro

Engenheira Mecânica e Pós Graduanda em Gerenciamento de Projetos. Mineira curiosa que se divide entre a engenharia, a leitura, a escrita e a música. Não carrego certezas, mas sigo querendo aprender.

As mudanças climáticas são uma realidade e, diante delas, a necessidade de criar políticas de preservação do meio ambiente e de construir um mundo mais sustentável é responsabilidade de todos nós. E quem está dando ótimo exemplo é um casal de agricultores da Nova Zelândia, que decidiu doar cerca de 900 hectares para a conservação. A área está localizada na cidade de Queenstown e corresponde a 1.681 campos de futebol. Intocada, a terra fica às margens do Lago Wakatipu e a partir de agora está à disposição da instituição Queen Elizabeth II National Trust.

 Queenstown, uma das mais conhecidas da Nova Zelândia
A região de Queenstown é uma das mais conhecidas da Nova Zelândia. Imagem: Remarkables Station

O intuito da organização não governamental é garantir que a paisagem e a biodiversidade na propriedade sejam protegidas em nome de todos os neozelandeses. Dick e Jillian Jardine receberam inúmeras ofertas de incorporadoras estrangeiras, que tinham planos de construir resorts, condomínios e centros comerciais no local. Eles recusaram todas. A família de fazendeiros se deu conta de que esta era a coisa certa a se fazer.

mapa da área doada na Nova Zelândia
Imagem: Remarkables Station

A região de Queenstown é conhecida por atrair bilionários estrangeiros que compram terras para construir mansões ou empreendimentos. “Esta terra está na família há quase um século e temos nos empenhado em melhorá-la e aprimorá-la ao longo desse tempo”, explicou Dick. A doação não poderia ter vindo em melhor momento. Com a pandemia do coronavírus, muitas nações estão se dando conta da necessidade, agora urgente, de preservar o ecossistema.

Lago Wakatipu
Lago Wakatipu. Imagem: Remarkables Station

“Este é um presente extraordinariamente generoso para a Nova Zelândia e que durará muito depois de todos nós partirmos”, afirmou o presidente da QEII – Bruce Wills. Atualmente, a propriedade ainda funciona como uma fazenda produtiva e lucrativa. Ela mudará oficialmente de mãos em 2022, coincidindo com o aniversário de 100 anos da terra nas mãos da família Jardine.

Fonte: Ciclo Vivo

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Engenharia 360

Gabriela Glette

Jornalista e escritora, Gabriela já passou por grandes sites, como Hypeness e Razões para Acreditar, até que decidiu criar um que só falasse sobre coisas boas e inspirações - o Quokka Mag. Vive na França há mais de 3 anos e tem um gosto especial em falar sobre inovação e sustentabilidade.