Assim como a Língua, Arte, Música ou Culinária, a Arquitetura de um país é registro inegável de sua Cultura – que traz traços também da história dos seus imigrantes. No célebre romance “O Corcunda de Notre-Dame”, publicado em 1831, Victor Hugo define a arquitetura gótica como “o grande livro da humanidade”. E, embora homenageie a Catedral, à época tão deteriorada por servir de depósito de armamentos durante a Revolução Francesa, a metáfora transcende tempo e lugar.  

De fato, construções e monumentos arquitetônicos não servem apenas ao propósito funcional para o qual foram construídos. São também registro da história humana: conflitos, movimentos e valores podem ser lidos em páginas de três dimensões. 

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Imigrantes e arquitetura no Brasil 

Há quem diga que falta identidade na arquitetura brasileira. É certo que 520 anos de idade é pouco tempo para se criar tradições – em comparação com a China, por exemplo, que aplica o princípio do feng shui em construções há pelo menos cinco milênios, até hoje.  

Contudo, mesmo com “pouca” idade, o Brasil é mais do que experiente quando o assunto é miscigenação cultural. E é justamente esse fator que torna sua arquitetura original.  

Afinal, o próprio país outrora chamado de Pindorama foi edificado por povos diferentes, e com sua identidade arquitetônica não seria outra coisa. Veja a seguir como os imigrantes de países como Itália, Alemanha e Japão contribuíram para essa originalidade.

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Imigrantes italianos

O maior contingente que migrou para o Brasil a partir da metade do século XIX. Uma característica marcante das construções feitas por italianos são as casas estreitas e enfileiradas, principalmente nas cidades. Geralmente divididas em dois andares, as casas também possuíam porão e sótão. 

Alguns destaques são bairros de São Paulo historicamente ocupados por italianos, onde ainda é possível ver construções desse tipo, como Brás, Mooca, Barra Funda, e Bexiga. 

arquitetura brasileira - imigrantes
Imagem de Diego Torres Silvestre em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Matarazzo_Building.jpg

Influência da Alemanha 

A imigração alemã para o Brasil se iniciou na década de 1820. Os alemães migraram para as regiões Sul e Sudeste, a maior parte concentrada nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 

O estilo de arquitetura trazido pelos alemães é próximo ao da região da Bavária, que ocupa o sudeste da Alemanha e parte da Áustria. Algumas cidades como Blumenau (SC), Pomerode (SC), Gramado (RS) e Campos do Jordão (SP) são exemplos dessa influência. 

exemplo de arquitetura alemã no brasil
Imagem: Marinelson de Almeida | via Flickr

Arquitetura do Japão no Brasil

Chegados em 1908 no porto de Santos, a bordo do navio Kasato Maru, os japoneses não deixaram de contribuir nas mudanças urbanas, sobretudo em São Paulo. Um de seus traços mais expressivos é a simplicidade e a horizontalidade.  

Exemplos são as cidades de Tomé-Açu (PA), Assaí (PR) e Ivoti (RS), praticamente colônias japonesas. O famoso bairro da Liberdade, em São Paulo, também é destaque, abrigando cerca de meio milhão de japoneses e descendentes. 

bairro liberdade são paulo com traços da arquitetura japonesa
Imagem: tanaminharota.com.br

E então, gostou de conhecer mais sobre essas influências? Deixe seu comentário!

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Fontes: Passeios Baratos em SP.

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Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

O curso de bacharelado em engenharia elétrica é um dos mais procurados do Brasil, tanto quando se trata de engenharias quanto no Ensino Superior em geral. A graduação dura em média 5 anos e o profissional formado pode atuar em diferentes áreas, como Automação, Construção Civil, Tecnologia da Informação, e obviamente no Fornecimento de Energia Elétrica.  

Além da grande procura, há também um expressivo número de universidades que oferecem o curso em todo o país. Sendo assim, e para facilitar a pesquisa de quem deseja seguir nessa carreira, veja abaixo um pouco sobre algumas das mais reconhecidas de todo o Brasil.  

Escola Politécnica (USP) 

Uma das escolas de engenharia mais tradicionais do Brasil, na área elétrica a USP oferece um bom leque de especializações: 

  • Controle e automação
  • Computação 
  • Energia e automação 
  • Sistemas eletrônicos 
  • Telecomunicações 

Além de seu alto conceito nos rankings do país, a POLI foi uma das escolas pioneiras e oferecerem um duplo-diploma.

Isto é, por meio de convênio com universidades parceiras, o estudante consegue um segundo diploma. A maioria dessas universidades parceiras são europeias. 

mão sobre planta elétrica representando curso engenharia elétrica faculdade

Instituto Militar de Engenharia (IME) 

Até receber o nome com a sigla IME, esta escola militar carioca passou por várias mudanças, sendo herdeira da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, existente desde 1792.  

Sendo localizada no bairro da Urca, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, os cursos de graduação desta instituição são conhecidos por serem de difícil admissão. Além de ser altamente concorrido, a dificuldade das provas é considerada acima da média. 

Além da forte tradição, atualmente o curso de engenharia elétrica do IME é o mais bem conceituado pelo Ministério da Educação (MEC). 

Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) 

Localizada no município de Juazeiro (BA), na fronteira com Pernambuco, a UNIVASF tem se destacado nos últimos anos como um importante polo na área da engenharia elétrica.

Oferecendo uma sólida formação em Sistemas Agroindustriais, a universidade também pode ser uma ótima opção para aqueles que procuram uma pós-graduação. 

Em 2018 realizou-se o I CONEEVASF, o primeiro Congresso de Engenharia Elétrica do Vale do São Francisco. O evento foi realizado no Complexo Multieventos da universidade, também em Juazeiro, reunindo pesquisadores de todo o Brasil.  

Dentre os principais assuntos discutidos no evento, vale ressaltar o uso de energias renováveis, principalmente a energia eólica. 

E então, gostou do artigo? Concorda com a lista dos melhores cursos de engenharia elétrica? Comente!

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Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

Pode-se dizer que é impossível ouvirmos falar sobre ‘jardim suspenso’ sem lembrarmo-nos da antiga história sobre a Babilônia. Esta era a cidade central da Mesopotâmia – hoje Iraque e Kuwait -, berço da atual civilização ocidental. Seu auge foi no Período do Bronze, há mais de três mil anos a.C. E de acordo com relatos passados de geração em geração, o Rei Nabucodonosor II – governante entre 604 a.C. a 562 a.C. – teria mandado construir um grande monumento com jardins em estilo oriental. Porém, nunca houve qualquer registro oficial sobre os fatos, nem mesmo vestígios arqueológicos disso. Será que trata-se apenas de puro misticismo?!

O grande Jardim Suspenso da Babilônia

Sabe-se que toda a fama dos Jardins Suspensos da Babilônia começou após a análise de textos de autores como Beroso, de 290 a.C., que se preocupou em relatar alguns processos de arquitetura que eram desenvolvidos na época, comentando sobre uma grande construção de ordem do rei. E o que eles disseram fez o mundo crer que os jardins, de fato, existiram. Uma ideia que se concretizou tanto na mente das pessoas que vários artistas, posteriormente, interpretaram isto em suas obras – como é o caso da pintura de Maarten van Heemskerck. E, por fiz, fez com que tais jardins entrassem para a lista das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

Ilustração representando os Jardins Suspensos da Babilônia, por Maarten van Heemskerck
Ilustração representando os Jardins Suspensos da Babilônia, por Maarten van Heemskerck (imagem de Wikipedia)

“Neste palácio ele ergueu calçadas muito altas, sustentadas por pilares de pedra; e plantou o que foi chamado de paraíso suspenso, e encheu-o com todos os tipos de árvores, o que lhe rendeu a perspectiva exata de um país montanhoso. Ele fez isso para satisfazer sua rainha, pois ela havia sido criada em Media, e gostava de locais montanhosos.”

Flávio Josefo, cerca de 37-100 d.C.

Influência na atualidade

Depois de séculos, os jardins suspensos ainda fazem parte da Arquitetura e Engenharia Mundial. Agora, existem muito mais versões deles, com diferentes propósitos e funções. E eles não fazem parte apenas de projetos de grandes palácios, mas podem ser vistos aplicados a outros tipos de construções, incluindo fachadas de residências e edifícios empresariais, interiores decorados, estruturas de equipamentos urbanos, e mais. E é exatamente sobre este assunto que nós, do Engenharia 360, iremos abordar no texto de hoje!

IRB e jardim Burle Marx
IRB e jardim Burle Marx (imagem de às na manga)

Os novos jardins suspensos da Babilônia

Mesmo que nunca tenham existido, os Jardins da Babilônia inspiraram diversos projetos de Arquitetura e Engenharia ao longo da história, e isto desde os tempos palacianos até os dias de hoje. Recentemente, algumas obras nesta linha têm chamado bastante atenção!

Exemplos de projetos

Gardens By The Way e Anel Periférico México

Jardins suspensos The Gardens
The Gardens (imagem de gardensbythebay)

Para começar, o grande Parque Gardens By The Way, em Marina Bay, Singapura. Neste local, há dezoito grandes estruturas em forma de árvore artificial que abrigam centenas de espécies de plantas, funcionando como um grande viveiro. E não podemos deixar de falar das estruturas de pilares do Anel Periférico, na Cidade do México, com milhares de colunas em elevado revestidas de verde, com mais de 30 km de extensão, que ajudam a filtrar o ar e a amenizar as altas temperaturas na região.

“Essa proposta soava como algo que faria bem à cidade, mudando tanto o cenário quanto dando um benefício com o qual todos estamos comprometidos hoje, que é a luta contra as mudanças climáticas.”

político Miguel Ángel Mancera, em reportagem de Jornal La Prensa.
Jardins suspensos de Via Verde, México
Via Verde, México (imagem de Sustenta Aqui)

Terraços de Fé Ba’hai

Agora, mais num “formato” digamos semelhante ao que se teorizou serem os Jardins Babilônicos, podemos citar outros quatro projetos. Primeiro os Terraços de Fé Ba’hai, no Santuário do Báb, em Israel; eles foram construídos nos anos 80, com a supervisão do arquiteto Fariborz Sahba; é quase um quilômetro de jardim gramado com vista para a cidade e o mar.

Jardins Suspensos Ba'hai
Jardins Suspensos Ba’hai (imagem de Tudo por Email)

ACROS

Já do segundo exemplo em diante, vemos projetos um pouco mais atuais, ou seja, construídos após os anos 2000 e 2010. Como o projeto ACROS, por exemplo, que fica no centro financeiro de Fukuoka, no Japão; um edifício comercial, projetado pelo arquiteto Emilio Ambasz, com 15 terraços escalonados com 35 mil plantas.

ACROS Fukuoka
ACROS Fukuoka (imagem de Kenta Mabuchi)

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Terraço Oásis

O Terraço Oásis é um projeto de Serie Architects, em Singapura; uma versão moderna de jardim suspenso com milhares de metros quadrados de áreas verdes ligadas a terraços vizinhos.

Jardins suspensos Oasis Terraces Singapore
Oasis Terraces Singapore (imagem de in Design Live)

Complexo em Shanghai

Por fim, temos um complexo comercial e hoteleiro em Shanghai, às margens do Rio Suzhou, projetado por Tomas Heatherwick, com uma fachada com várias pequenas plataformas repletas de árvores. Este é mais um empreendimento que foi apelidado de “Jardim Suspenso da Babilônia”!

Thomas Heatherwick Suzhou Shanghai
Thomas Heatherwick Suzhou Shanghai (imagem de Fotografia Noah Sheldon em Wallpaper)

O conceito moderno de terraço jardim

Durante os anos de 1920, em pleno período moderno da Arquitetura Mundial, o renomado artista Le Corbusier desenvolveu um conceito diferente para edifícios, com cobertura destinada à convivência e lazer. Para ele, este terraço realmente poderia conter um jardim repleto de vegetações, ou ser constituído de espaços abertos e elementos construídos, como um solário.

Obras no Rio de Janeiro

Este tipo de terraço, proposto por Le Corbusier, passou a fazer parte dos “cinco pontos da nova Arquitetura”. E também pôde ser visto, anos depois, em projetos de Arquitetura Moderna Brasileira, como do Edifício do Ministério da Educação e da Saúde – atual Palácio Gustavo Capanema; e no prédio do Instituto de Resseguros do Brasil, com terraço jardim criado pela ArtRio. Ambos os projetos estão localizados no Rio de Janeiro; possuem áreas de paisagens desenhadas por Burle Marx; e são belos exemplos de jardins suspensos!

Palácio Gustavo Capanema
Palácio Gustavo Capanema (imagem de Archdaily)

Mais exemplos de jardins suspensos

Há outros modelos diferentes de jardins suspensos além dos terraços, com outras formas de suspensão de jardins. Muitos deles podem ser feitos de diferentes modos e com outras estruturas arquiteturas ou mesmo com vasos acima do solo. Ideias assim podem ser facilmente adaptadas a propostas de interiores e até fazerem parte da decoração da sua casa!

Você pode criar em sua residência, por exemplo, uma estrutura de fachada com paredes adornadas com plantas e folhagens – com toda uma preparação rigorosa para irrigação, substrato e drenagem da água, claro. Ou cobrir um muro inteiro do pátio com vasos fixados a grades de ferro ou ripados de madeira, colocar vasos pendentes em aspecto de pêndulo em cordas ou correntes no teto da varanda e vasos sobre prateleiras ou nichos numa sacada. Ficará lindo!

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Vantagens dos jardins suspensos

  • Maior retenção da água da chuva, diminuindo a possibilidade de enchente nas cidades;
  • Embelezamento das construções;
  • Melhora da qualidade do ar e aumento da biodiversidade local;
  • Melhora do isolamento acústico das edificações;
  • E também a melhora do isolamento térmico, o que leva a melhor eficiência energética, reduzindo os níveis de consumo de luz elétrica – inclusive diminuindo a necessidade de refrigeração nos ambientes.
Scy Garden, Milão
Scy Garden, Milão (imagem de Thoni Litsz)

A ideia de apresentar tudo isto neste texto é provar que é possível, sim, unir Arquitetura, Engenharia e natureza em um lindo projeto!

Talvez esta seja a melhor alternativa de fazer as construções “conversarem” melhor com o meio ambiente. Fora que, além disso, ainda deve promover a sustentabilidade.

Se já sabíamos disso no Período do Bronze e no Período Moderno, por que não continuamos a empregar esta ideia com tanta regularidade nos planejamentos atuais? De fato, não há argumentos contra isto, não é mesmo? Então, que tal mudarmos a nossa realidade assumindo uma nova postura diante dos projetos de Arquitetura e Engenharia, criando mais e mais jardins verdes pelas cidades?! Pense nisto!

Já pensou em fazer um jardim suspenso em sua residência? Comente!


Fontes: ArchDaily, Wikipedia, Tudo por Email, Blog de Decoração, Diário de Pernambuco, Mega Curioso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Com a saturação e as constantes crises do mercado de trabalho, a busca por concursos públicos, para se alcançar a tão sonhada estabilidade profissional e financeira, bom salário e outros benefícios, vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. Para os engenheiros de produção que pretendem concorrer por uma vaga em um cargo público, separamos as melhores opções e explicaremos mais informações acerca dos certames, para auxiliar na preparação.

mulher trabalhando em indústria representando engenheiras
Imagem: hbr.org

1. Concurso para o corpo de engenheiros da Marinha (CP-CEM)

Sendo um dos concursos mais concorridos e prósperos do Brasil, o processo seletivo da Marinha oferece um salário acima do peso salarial para engenheiros, além de um plano de carreira bem definido e outros benefícios inerentes à carreira militar. O certame oferece vagas para engenheiros de produção durante todos os anos – o que auxilia o candidato a estudar e se planejar para a admissão no cargo.

O concurso envolve duas prova escritas: a primeira inclui questões objetivas acerca de matemática e física, além da redação, e tem duração de 4 horas, enquanto que a segunda envolve conhecimentos específicos, com questões discursivas e tradução de texto, e dura 5 horas. Além dessa avaliação, o candidato deverá se preparar para uma prova de títulos (PT), inspeção de saúde (IS), avaliação psicológica (AP) e teste de aptidão física (TAF).

engenheiros da marinha representando engenharia de produção
Imagem: Divulgação

Detalhes das provas

Na avaliação de matemática, são cobrados assuntos como: cálculo diferencial e integral básicos; equações diferenciais ordinárias; cálculo vetorial e integração múltipla; álgebra linear; séries e sequências; probabilidade e estatística; cálculo numérico. Para física: dinâmica da partícula; dinâmica de sistemas termofluidos; estática; eletricidade e magnetismo.

Dentre alguns dos temas exigidos na prova de conhecimentos de Engenharia de Produção estão:

  • gestão da qualidade;
  • logística empresarial;
  • contabilidade e custos industriais;
  • planejamento e controle de produção;
  • análise do processo de produção;
  • análise financeira;
  • planejamento de instalações industriais.

Benefícios oferecidos

Após aprovado no processo seletivo, os engenheiros de produção ingressam na escola Centro de Instituição Almirante Wandenkolk, localizada no Rio de Janeiro. É lá que fazem o Curso de Formação de Oficiais (CFO), com o objetivo de se tornarem oficiais da Marinha do Brasil. Seguidamente, esses profissionais são nomeados como primeiro-tenente e passam a receber um salário de R$ 8.245,00, com adicionais de 19% (militar) e de 16% (habilitação), além dos benefícios de alojamento, alimentação, assistência médico-odontológica, auxílio-fardamento, transferências remuneradas, instalações sócio recreativas e dos salários indiretos.

Militares da marinha ainda possuem o direito à aposentadoria integral, isto é, ainda que estejam inativos, a remuneração não sofre alterações devido às limitações relacionadas ao teto da previdência social.

2. Concurso para oficial temporário da Marinha (SMV)

O SMV é um concurso de meio regional, promovido por cada Distrito Naval (DN). Como o nome sugere, o oficial da reserva de segunda classe (RM2) tem seu tempo de serviço renovado anualmente e pode ocupar o cargo por 8 anos. O candidato deve ter acima de 18 anos e, no máximo, 40 anos. Além disso, precisa ter bons antecedentes e estar cumprindo com suas obrigações eleitorais.

Assim como o CP-CEM, esse processo seletivo é dividido em 6 etapas: Prova Objetiva (com duração de 3 horas), Prova de Títulos (PT), Verificação de Dados Biográficos, Verificação Documental, Inspeção de Saúde (IS) e Teste de Aptidão Física (TAF). Entretanto, a prova escrita aborda conteúdos de português e formação militar naval, e é realizada em um único dia.

oficiais da marinha representando engenharia de produção
Imagem: Cedida/Marinha

Detalhes das provas

A prova objetiva é composta por duas fases. Em ambas são cobrados as seguintes disciplinas:

  • Área de Concentração I – Língua Portuguesa (25 questões)
  • Área de Concentração II – Formação Militar-Naval; Liderança e História Naval; Relações Humanas (25 questões).

Cada questão dessas etapas equivale a dois pontos, ou seja, a avaliação totaliza 100 pontos. Serão aprovados aqueles que alcançarem nota igual ou maior que 50 no total da prova.

No teste de aptidão física (TAF) são realizadas atividades de natação e corrida, acompanhando as seguintes regras:

  • Nadar o trajeto de 25 metros no tempo regulamentar de 1 minuto, para o sexo feminino, e de 50 segundos, para os candidatos do sexo masculino;
  • Correr um roteiro de 2400 metros durante no máximo 16 minutos, para os participantes homens e 17 minutos, para as mulheres. A corrida deve ser executada em uma pista oficial de atletismo ou em qualquer percurso plano adiantadamente delimitado.

Benefícios oferecidos

Após o resultado, os aprovados passam a ocupar o posto de Guarda-Marinha (GM) durante 6 meses e recebem um salário de R$ 7.315. Posteriormente, o oficial assume o posto de Segundo Tenente. A remuneração é R$ 7.490. Com um ano de incorporação o salário aumenta para R$ 8.245.

3. Concurso para engenheiro da Petrobras

O certame realizado pela Petrobras é um dos mais esperados pelos concurseiros, devido aos altos salários e número de vagas em diversas áreas, além de promessa de desenvolvimento profissional e por não ter limite de idade – tornando-o um dos mais concorridos do Brasil.

Os engenheiros de produção selecionados no concurso se tornam responsáveis por conduzir, participar e desempenhar o serviço de manutenção de equipamentos de unidades industriais, bem como conferir a produção de materiais e equipamentos, desenvolver estudos de efetividade técnica e econômica e, ainda, fiscalizar os serviços de montagem, construção. Além disso, atuam nas tarefas relacionadas à respectiva área de especialização.

engenheiro da petrobras de costas

Detalhes da prova

O processo seletivo é composto apenas por uma prova escrita com 20 questões de conhecimentos básicos, sendo 10 de inglês e 10 de português, além de 50 questões sobre conhecimentos específicos. Também fazem parte do concurso a inspeção de saúde (IS) e a avaliação psicológica.

Benefícios oferecidos

Compete aos engenheiros de produção aprovados o acompanhamento e a operação da organização e métodos de trabalho, com enfoque na otimização da produtividade, verificando os processos correntes, sugerindo rotinas e padronizações efetivas das atividades; realizar a supervisão técnico e administrativo de contratos. Exercendo essas atividades, esses profissionais recebem um salário básico de R$ 6.242,99 com certificação de pagamento mínimo de R$ 10.544,04.

Veja Também: Quais tipos de ART um engenheiro de produção pode assinar?

4. Concurso da Transpetro

O concurso da Transpetro possui muitas semelhanças com o da Petrobras, principalmente no que tange ao processo seletivo, tendo em vista que a CESGRANRIO é a banca organizadora de ambos os certames – o que corrobora para que o conteúdo e a estrutura das provas sejam praticamente iguais, concedendo ao estudante a possibilidade de se preparar para os dois concursos simultaneamente.

Quando aprovado, o engenheiro ocupará um cargo em uma das empresas estatais mais cobiçadas no setor de engenharia e terá que se preparar para aplicar seus conhecimentos específicos, tendo a opção de escolher em qual das unidades da Federação trabalhar.

Quais são os melhores concursos para Engenharia de Produção?
Imagem: Divulgação

Detalhes da prova

A seleção é feita por intermédio de uma prova objetiva contendo 50 questões (30 de conhecimentos específicos e 20 de conhecimentos básicos). O exame de conhecimentos básicos, de caráter eliminatório e apenas para prováveis desempates, inclui 10 questões de Língua Portuguesa e 10 questões de Inglês Técnico Marítimo. A prova objetiva de conhecimentos específicos tem 30 questões.

O participante que não alcança um desempenho superior a 50% do total de pontos da prova objetiva de Conhecimentos Básicos, não obtém aproveitamento acima de 50% do pontos totais da prova objetiva de Conhecimentos Específicos ou conseguir grau ZERO em alguma das disciplinas da prova objetiva de conhecimentos básicos é desclassificado do processo seletivo.

Benefícios oferecidos

Os candidatos que são admitidos recebem os seguintes benefícios: assistência organizacional; assistência multidisciplinar de saúde e benefício farmácia; PAE – Programa de Assistência Especial (concedido à pessoas com deficiência, filhos (as) de empregados (as)); plano de previdência complementar, opcional; complementação do auxílio doença; e participação nos lucros e/ou resultados.

E você, pensa em fazer algum desses concursos? Comente!

Veja Também:


Fontes: Elo Concursos, Gran Cursos, Concursos no Brasil

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

Muitos artistas marcaram a história da arquitetura mundial. Mas alguns nomes realmente se destacam nessa lista. Inclusive, muitos deles se tornaram influência no mundo do design também. E é justamente sobre essas personalidades que nós, do Engenharia 360, iremos comentar neste post. Continue lendo para saber mais!

Lista de personagens emblemáticos da Arquitetura e Design Mundial

1. Alvar Aalto

Falecido arquiteto e designer finlandês. Suas obras têm como característica o estilo escandinavo, apresentando formas puras – talvez por influência do design tradicional da região onde nasceu. Criou várias obras maravilhosas de arquitetura e ainda desenvolveu mobiliários modernos utilizando compensado de madeira.

Biblioteca Municipal de Viburgo, ilustrando arquitetura
Biblioteca Municipal de Viburgo (imagem de Ninaraas)

2. Charles e Ray Eames

Este casal, também já falecido,  teve as suas obras de design expostas no museu MoMa – o Museu de Arte Moderna de Nova York. Juntos, eles criaram peças que revolucionaram o mercado mobiliário, utilizando madeira, plástico, alumínio e couro. Mas também participaram de um projeto mundialmente famoso, promovido por uma revista de Las Vegas, que ficou conhecido como ‘Case Study Houses’.

Casa Eames - Case 8 , ilustrando arquitetura
Casa Eames – Case 8 (imagem de Wikiarquitetura) – https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/casa-eames-case-study-house-no8-2/

3. Eero Saarinen

Mais um arquiteto finlandês, falecido na década de 1960, e que foi atuante nos Estados Unidos, ao lado de Charles e Ray Eames. Ele criou a famosa ‘Cadeira Tulipa‘, feita de plástico. E assinou o projeto de arquitetura do terminal da companhia aérea TWA no aeroporto JFK, em Nova York; e do aeroporto de Dulles, em Washington.

Terminal TWA
Terminal TWA (imagem de pheezy em flickr)

4. Frank Lloyd Wright

Arquiteto californiano já falecido. Também trabalhava com arquitetura e decoração. Desenhou cadeiras e poltronas famosas. Porém, ficou mais conhecido por suas obras em arquitetura. Sua fama deve-se, sobretudo, à construção da sua residência chamada de “Casa da Cascata”, com grandes panos de lajes em balanço sobre uma linda paisagem natural.

Casa da Cascata
Casa da Cascata (imagem de Lykantrop)

5. Frank Gehry

As obras deste profissional não se compara a nenhuma outra no mundo da arquitetura. Suas formas e volumes irregulares realmente impressionam e funcionam como uma verdadeira assinatura do artista. Dentre todas essas construções se destacam: o Museu de Design Vitra, na Alemanha; e o Museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha.

Arquitetura do Museu Guggenheim
Museu Guggenheim (imagem de Astronaut em Wikipedia) – https://www.wikiwand.com/pt/Museu_Guggenheim_Bilbao

6. Le Corbusier

Falecido também nos anos sessenta, este brilhante arquiteto moderno desenhou inúmeras peças mobiliárias. Mas no campo da arquitetura predial, sua maior contribuição foi o estudo residencial. Le Corbusier enxergava as casas como “máquinas de habitar”. E muitas das suas obras são caracterizadas por base em pilotis, fachada com panos envidraçados, e terraço jardim. Essa visão inclusive influenciou as criações de outros arquitetos, como do brasileiro Oscar Niemeyer.

Arquitetura
Villa Savoye (imagem de Rory Hyde em flickr)

7. Mies Van Der Rohe

Este último arquiteto da nossa lista também é um excelente representante do estilo moderno internacional. Ele faleceu perto dos anos 70 e deixou para trás um grande legado para a arquitetura e design. Muitas das suas peças mobiliárias eram feitas com estrutura de aço tubular, como é o caso da “Cadeira Barcelona“. E Mies também foi professor da famosa escola de artes Bauhaus, além de participar de um projeto de planejamento urbano também na Alemanha, chamado de Weissenhof.

Arquitetura do Pavilhão de Barcelona
Pavilhão de Barcelona (imagem de Hans Peter Schaefer em Wikipedia) – https://en.wikipedia.org/wiki/Barcelona_Pavilion#/media/File:Barcelona_mies_v_d_rohe_pavillon_weltausstellung1999_03.jpg

Veja também: A história da humanidade contada pelas diferentes fases da Arquitetura do passado

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Fontes: Casa Cláudia.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O segmento de veículos elétricos (VEs) é o futuro do mercado automotivo. Isso porque, além de contribuir com o meio ambiente, ainda há uma pressão vinda dos governos para que esse setor se desenvolva mais rápido. A maior parte almeja que por volta de 2030 a produção desses modelos cesse e que em 2040 não circulem mais nas ruas. A situação do Brasil é bem parecida, a diferença é que no Projeto de Lei que determina os prazos há a exigência de que em 2050 modelos a gasolina e diesel não circulem nas ruas.

Todo esse mercado é sustentado por diversos fatores, como: a mudança de comportamento do  consumidor, incentivos governamentais, desenvolvimento de tecnologias mais eficazes, e entre outros. Com a pandemia, e o setor de veículos sendo um dos mais impactado, muitas dessas questões passaram por mudanças, gerando novas projeções para o setor de elétricos.

Mercado de veículos elétricos antes da pandemia

Em 2019, a frota mundial de VEs era de 7,5 milhões, com um market share de 2,5%. Dela, 3,4 milhões de veículos estavam na China, 1,7 milhões na Europa e 1,5 milhões nos EUA. Porém, no mesmo ano, as vendas nesse segmento caíram 15%. Assim, a China, Europa e EUA somaram um pouco mais de 2 milhões de VEs vendidos. Por mais que esse cenário parecesse favorável, a expectativa era de crescimento e não redução.

Mercado de elétricos em 2019
Mercado de elétricos em 2019. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Com isso, para 2020, o mercado esperava um crescimento favorável. Um exemplo disso são as projeções de investimento nesse setor por empresas de transporte. Uber, DiDi, e Ola tinham fortes expectativas de crescimento no uso de veículos elétricos (VEs). As duas últimas previam que cerca de 1 milhão de VEs rodassem para cada uma até 2021. Porém, a pandemia acabou modificando os planos, trazendo novos hábitos para o consumidor e uma resposta diferente dessas e de outras empresas.

Comportamento do consumidor e resposta de mercado

Com o início da pandemia, diversas cidades fecharam estabelecimentos, escolas e afins para que as pessoas ficassem em casa, gerando uma grande mudança de comportamento da população em relação ao uso de veículos. O primeiro impacto que foi possível de perceber é dos níveis de emissão de poluentes.  Com menos veículos nas ruas, as pessoas puderam perceber como a substituição de modelos a combustão por verdes pode impactar positivamente a qualidade de vida delas.

No topo da imagem é possível ver um mapa da Europa e China antes da pandemia, e depois da pandemia. Na qual ressalta a grande diferença entre os níveis de emissão de poluentes. Na parte de baixo, é possível perceber como as paisagens de Londres, Nova Deli e Wuhan mudaram com os baixos níveis de emissão.
Impacto das baixas emissões de carbono, podem mostrar a realidade gerada pelo uso de veículos elétricos. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

A discussão que já existia sobre as futuras condições do ar mantendo os níveis de emissão de hoje tomaram ainda mais força. Diversas notícias começaram a se espalhar sobre como a baixa presença de poluentes em meio a pandemia evitou milhares de mortes. Tudo isso fortaleceu ainda mais a discussão sobre a necessidade de uso de veículos verdes.

Não foi apenas a mentalidade das pessoas que mudou, mas seus hábitos de consumo. Quando a pandemia iniciou, houve uma quede grande do uso de transporte individual e coletivo, que vem se recuperando aos poucos. Mas, o que se percebe com o tempo, é que as pessoas passaram a preferir o uso de transporte individual em relação ao de uso público. Isso porque muitas delas tinham medo de se contaminar pelo vírus quando usassem o transporte coletivo.

O gráfico mostra a queda do uso de veículos individuais e públicos pela população dos EUA e Europa, no início da pandemia. Além do crescente uso do transporte individual em relação ao publico em ambos os locais.
Preferências por transporte individual e coletivo nos EUA e Europa. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Em meio a essa situação, as empresas preferiram postergar o lançamento dos veículos que entrariam em 2020. Eram mais de 500 novos modelos segmentados em bateria elétrica, híbridos plug-in e Fuel cell que seriam inseridos. Porém, com a chegada do coronavírus, mudança de comportamento do consumidor e uma forte crise econômica, as empresas preferiram postergar os lançamentos.

O gráfico apresenta a crescente disponibilidade de elétricos (Fuel Cell, Plug-in hybrid e Battery electric) dos anos de 2008 até 2020
Número de EVs e Fuel Cell disponíveis mundialmente. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Em meio a essa reação do mercado, os números mostram que o setor seria impactado com uma redução de cerca de 25% nas vendas de modelos elétricos, sendo o de ônibus que menos sofre com a crise. 

á quatro gráficos na imagem que representam as quedas do mercado de elétricos nos setores de suas rodas, veículos de passageiros, veículos comerciais e de ônibus.
Reação do mercado a pandemia de COVID 19. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Porém, é importante destacar que essa é uma visão generalizada. Os países reagem de diferentes maneiras. A China e Europa conseguem com que os consumidores passem a confiar no segmento de elétricos, o que deve ajudar a não ter uma queda brusca nas vendas. E os EUA se coloca em uma situação contrária por conta das novas metas de emissão de carbono. O que tem forte tendência a mudar com a entrada do presidente Biden.

Na imagem, EUA tem uma caixa sobre onde está escrito “Requisitos de emissões (CAFÉ) reduzido de 5% para 1,5% ao ano até 2026, desestimulando perspectivas de eletrificação veicular das montadoras”. Sob Europa está: “Vendas de veículos caíram em toda Europa, mas a participação VEs tem aumentado a cada mês. Pandemia Covid permitiu visualizar o mundo sem emissões de transportes”. E, por fim, na China está: “Políticas de extensão dos subsídios aos VEs de isenção de impostos sobre suas vendas prorrogado até 2022”.
Reação do mercado de elétricos em cada país na pandemia de COVID 19. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Como fica o mercado com o passar dos anos?

Com as mudanças de comportamento do consumidor e as medidas tomadas por diversos países, as expectativas para o mercado permaneçam as mesmas, o que acontece é que elas foram postergadas. As empresas continuam com seus planos de lançamento de elétricos, as metas dos governos continuam as mesmas. O que é possível ver nos gráficos de projeções é que a queda do mercado em 2020 não irá impedir que o crescimento continue. Nos gráficos abaixo, é analisada a presença de elétricos (a bateria elétrica e plug-in hybrid), na China, Europa e EUA. Sendo que, no gráfico abaixo, é possível analisar a presença desses automóveis por região.

O primeiro gráfico mostra a presença de veículos elétricos a bateria e os Plug-in Hybrid. No segundo, a participação de cada país em relação a volume total de elétricos no mundo. O gráfico vai de 2016 até 2023, começando com 0.7 milhões de veículos e terminando com 5.4 milhões
Projeções da presença de elétricos no mercado. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Ademais, na análise abaixo, o market-share de elétricos em relação aos a combustão é baixo apenas no momento da crise. A previsão para os anos seguintes é de forte crescimento, estimando que até 2035-2036 a presença de veículos verdes em relação aos a combustão chegue a 50%.

O primeiro gráfico mostra as vendas de veículos a bateria, plug-in Hybrid, Fuel Cell em relação aos a combustão interna. Prevendo que atinja um market-share de 58% em 2040. O segundo gráfico mostra a frota de veículos a bateria, plug-in Hybrid, Fuel Cell em relação aos a combustão interna. Prevendo que a frota global de elétricos represente 31% em 2040. Todos os dados vão de 2015 a 2040
Market-share entre elétricos e movidos a combustão. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Essa mudança de market-share em 2035 é gerada por mais uma mudança do consumidor. A população estará mais velha, a renda será maior e mais de 60% da população mundial estará nas cidades. Essa situação fará com que seja necessário trazer meios de locomoção que não sejam individuais, pois não haverá estrutura para isso. Dessa forma, será investido ainda mais no setor de transporte público elétrico. Fazendo com que a população tenha que se desprender dos velhos hábitos criados no início da década por medo de infecção por coronavírus.

Após esses anos, é possível ver uma regressão no número de vendas de veículos, consequência de um mercado limitado. Porém, por mais que as previsões futuras sejam boas, é importante destacar que quando destrinchamos o setor de elétricos em diversos segmentos, percebe-se que nem todos terão um crescimento alto no mercado de VEs. Isso porque muitos modelos possuem problemas de autonomia, como o de veículos pesados (comerciais pesados), fazendo com que seu crescimento seja lento.

O gráfico mostra o crescimento dos segmentos de elétricos em modelos como ônibus, duas rodas, passageiro, comercial leve, médio e pesado. Com foco no grande crescimento dos dois primeiros, um crescimento leve no comercial leve e médio.
Crescimentos dos segmentos de elétricos e hibridos. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Dessa forma, por mais que o mundo esteja em uma crise e o mercado de veículos tenha sido um dos mais impactados, a expectativa ainda é de crescimento para os próximos anos. Consequência de um novo comportamento do consumidor, metas de emissão e de investimentos feitos na área.

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Fontes: Uol, Instituto de Engenharia

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Engenharia 360

Letícia Nogueira Marques

Estudante de Engenharia de Materiais e Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC e mecânica de produção veicular pelo SENAI Mercedes-Benz; já atuou na área de Facilities com foco em projetos de sustentabilidade para redução de impacto ambiental.

Precisamos falar seriamente sobre a atual situação da arquitetura mundial. Em 2020, a Pandemia do coronavírus transformou completamente a visão que nós tínhamos sobre muitas situações da vida. Para várias pessoas, a transformação foi completa. Elas mudaram os seus conceitos e passaram a valorizar um tipo de consumismo diferente, muito mais consciente com as questões ambientais, engajado na sustentabilidade e com responsabilidade social.

E o que tudo isso significa? Significa que a arquitetura não poderá ser mais a mesma, focando nas mesmas questões de sempre e  colocando em primeiro lugar o status. E certamente alguns assuntos constantemente ignorados não mais poderão ficar de fora da pauta dos projetos! O mundo precisa de mais mudanças positivas e a arquitetura tem tudo a ver com isto!

Arquitetura e Urbanismo Mundial
Imagem de Darkmoon_Art em Pixabay

Qual o papel da arquitetura nas mudanças mundiais?

Muitas pessoas não conseguem vislumbrar a importância do trabalho do arquiteto e urbanista. Porém, o que todo mundo sabe é que seres humanos precisam de abrigos para sobreviver. Com o tempo, a maioria dos povos abandonou as cavernas e passou então a erguer edifícios e grandes cidades.

No início, o impacto disso sobre a natureza não era tão expressivo. Mas hoje notamos o quanto isso tem comprometido o ambiente. Inclusive, podemos dizer que a arquitetura também fomenta o desmatamento, a poluição e muito mais coisas ruins. Isto porque, infelizmente, muitos projetistas e clientes não consideram a questão ambiental nos seus projetos. E o reflexo disso todos nós podemos ver!

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Arquitetura e Urbanismo Mundial
Imagem de summa em Pixabay

Agora, não quer dizer que arquitetura é inimiga mundial! Pelo contrário, a resposta para a solução de grande parte dos problemas mundiais está justamente nos estudos de arquitetônico e urbanismo. Só que muitos governos, como o brasileiro, não investem o suficiente em planejamento arquitetônico, ou mesmo em educação arquitetônica.

Isto faz com que a população, de um modo geral, desconheça as soluções que poderiam inibir os impactos ambientais. E isso se entende até mesmo para o mundo acadêmico! Pois, se velhas técnicas, menos eficientes e mais degradadoras da natureza, continuam sendo ensinadas em sala de aula,  não podemos exigir que os novos profissionais formados façam diferente. Afinal, o bom conhecimento não lhes foi compartilhado!

Arquitetura e Urbanismo Mundial
Imagem de StockSnap em Pixabay

Porém, o papel de todo profissional é ir em busca de respostas. Ao redor do mundo, pesquisadores já desenvolveram diversas técnicas revolucionárias – muitas ecológicas e sustentáveis. E qualquer uma delas pode servir de exemplo positivo para que criemos soluções para os problemas do nosso país – obviamente que sempre adaptando à nossa realidade.

Mas o ponto principal é que devemos educar a sociedade para que ela pense diferente, começando por consumir produtos e serviços mais duradouros e de menor impacto contra a natureza, garantindo a sobrevivência das próximas gerações.

Também é obrigação dos arquitetos pensarem nos problemas que vêm surgindo nos últimos anos, desde a questão do conforto ambiental ao caos urbano. Por exemplo:

  • Estimulando mais o uso de energia limpa e de sistemas que façam o reaproveitamento da água;
  • Propondo desenhos de vias públicas que priorizem o pedestre; 
  • Planejando ambientes abertos e fechados com acessibilidade total;
  • Construindo mais áreas verdes que possam resgatar a biodiversidade das cidades e acabar com os bolsões de ar quente;
  • E também espaços compartilhados e privados que possam ser facilmente protegidos e higienizados, pensando sobretudo nas novas questões de segurança pública.

Tudo isto só para começar! A lista com certeza é mais extensa do que isto, mas é o mínimo que se precisa começar a fazer para mudar a realidade no qual nos encontramos!

Placas solares
Placas solares (imagem Pixabay)

Quais os tópicos da arquitetura que precisam ser revisados já?

Talvez fosse um exagero dizer que é preciso uma revisão completa na conduta dos arquitetos, ou pode ser a triste verdade. Muitos, com a justificativa de que precisam trabalhar por dinheiro, se vendem para ideias  que nada combinam com o seu discurso. E, de fato, ‘ecologia, sustentabilidade e responsabilidade social’ não se sustentam apenas no discurso! É preciso ações práticas!

Tem profissionais que afirmam que o maior inimigo da arquitetura são os clientes. Mas talvez seja obrigação da arquitetura educar estes clientes. Fazê-los enxergar a importância de uma boa arquitetura e de investir em um planejamento bem feito, mostrando a eles que realmente só com um bom planejamento arquitetônico é que obtiveram os resultados que esperam.

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Arquitetura e Urbanismo Mundial
Imagem de Pexels em Pixabay

Um dos principais assuntos que precisam ser revisto na arquitetura mundial é a utilização de elementos de concreto, grande fonte de emissão de CO2. Outra questão é a utilização de matéria-prima proveniente de áreas florestais protegidas, incentivando a grilagem e o desmatamento. Também a utilização de produtos prejudiciais à saúde humana. E o descarte indevido de materiais, os quais poderiam ser mais bem reaproveitados.

Arquitetura e Urbanismo Mundial
Imagem de GregReese em Pixabay

E quem pensa que estas coisas não tem nada a ver com os problemas que temos vividos hoje em dia, está enganado. Tudo que o ser humano faz está interligado a isso! E certamente não podemos esperar resultados diferentes se continuamos fazendo as coisas do mesmo modo!

Qual a proposta de conduta para os arquitetos em 2021?

Certamente, todos os profissionais trabalham porque precisam de dinheiro. E às vezes, precisam assumir uma postura que não desejam pensando na sobrevivência. Porém, sempre que possível, devemos pensar em como podemos fazer a diferença, ajudando o mundo a se tornar melhor com o nosso trabalho! Assim, se todo dia todas as pessoas fizerem o seu melhor – de forma honesta, séria e respeitosa -, não tem como as coisas darem errado!

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Arquitetura e Urbanismo Mundial
Imagem de borevina em Pixabay

Se for possível, o arquiteto deve manter este pensamento e não aceitar propostas de clientes que vão de encontro ao seus princípios, mesmo que lhe seja oferecido muito dinheiro em troca. Além do mais, se atuasse de forma ruim, ele estaria também manchando a sua imagem, denegrido uma profissão e arrastando consigo outros profissionais – que teriam as suas atividades e salários seriamente comprometidos.

Existe uma outra questão também, que é fazer coerência com aquilo que já foi desenvolvido e seguir o padrão da sua profissão. Enquanto acadêmico, o arquiteto aprende sobre vários estilos artísticos e de que forma eles podem ser melhor representados, e isto deve ser mantido! Novamente, é obrigação do arquiteto educar a sociedade sobre o que é boa arquitetura. E, por fim, compartilhar o máximo de informações com os seus colegas!

2020 nos ensinou que não há mais espaço no mundo para a ignorância humana! Precisamos mudar a nossa conduta, debater sobre certas questões, agir diferente, e pensar mais no coletivo e menos no individual!

O que você acha que podemos esperar da arquitetura e urbanismo no futuro? Comente!


Fontes: ArchDaily.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Apesar de já terem sido apontados por outro estudo como insuficientes para atender as metas climáticas, os veículos elétricos podem ser a melhor opção para o transporte rodoviário mais limpo, segundo uma nova pesquisa. Para chegar a essa conclusão, cientistas do Research Associate at the Centre for Sustainable Road Freight fizeram uma análise estocástica do consumo de veículos movidos a hidrogênio e elétricos.

Os veículos analisados foram leves (como carros de passeio) e pesados (como caminhões e ônibus). Para determinar qual a melhor opção, a equipe avaliou as seguintes áreas para o transporte rodoviário:

  • Eficiência da via energética do hidrogênio e do veículo elétrico;
  • Eficiência energética de gás natural;
  • Eficiência energética da rede;
  • Intensidade de carbono – com foco na produção e uso de energia enquanto o veículo está em operação;
  • Intensidade de CO2 do gás natural e caminhos de energia da rede;
  • Restrições financeiras de futuras vias de combustível..
imagem de parada de veículos elétricos para abastecimento. Carro elétrico pintado de branco em retângulo verde no chão
Imagem: Michael Marais | Via Unsplash

Os resultados da pesquisa mostraram que adotar veículos elétricos à bateria oferecem maior eficiência energética e maior potencial para reduzir os gases do efeito estufa. Os veículos elétricos leves movidos a bateria têm uma eficiência de até 65% quando comparados com os veículos que usam hidrogênio. Já os pesados podem atingir até 67% de redução de emissões.

Porém, um alerta da pesquisa é que, para que todo o potencial desses veículos seja aproveitado, é preciso fazer melhorias na rede para atender a demanda elevada de eletricidade. Também será necessário aumentar a disponibilidade das estações de carregamento. À medida que essa tecnologia melhora, espera-se ter maior redução das emissões de gás carbônico.

Mollu Haugen, integrante da equipe de pesquisa, afirmou que “usar energia renovável para produzir hidrogênio para uso em células a combustível e, consequentemente, desperdiçar cerca de 60% dela para processos de sistema, vai prejudicar a capacidade dos recursos renováveis de auxiliar na descarbonização de outros setores”. Desse modo, quando comparados com os veículos que usam hidrogênio, os elétricos à bateria têm uma vantagem na corrida por um futuro sustentável.

A pesquisa completa foi publicada da revista Applied Energy. Clique aqui para conferir.

Fonte: University of Cambridge

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Engenheiros são frequentemente encontrados em cargos de liderança nas grandes empresas. Por exemplo, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, é engenheiro eletricista, bem como Mary Barra, da General Motors, e Jeff Bezos, da Amazon. Tim Cook, CEO da Apple, possui graduação em engenharia de produção, a brasileira Cristina Junqueira, fundadora da Nubank, também tem a mesma formação; e a lista continua. Neste artigo do Engenharia 360, exploraremos as habilidades e competências que tornam esses engenheiros bons líderes. Confira!

engenheiro em cargos de CEO e donos de empresas
Imagem de tejipta em Pxhere

Engenheiros em cargos de liderança

Atualmente, a alternação de profissionais entre diferentes áreas e o advento de novas profissões vêm sendo estimuladas pelo acesso da sociedade à tecnologia e pela instabilidade do mercado de trabalho. O crescimento da atividade de engenheiros em posições de liderança nas grandes empresas e/ou como donos de seus próprios negócios é um exemplo disso. Inclusive, de acordo com um estudo da Harvard Business Review, 34 dos 100 melhores CEOs do mundo são formados em engenharia.

A lista da Harvard Business Review, publicada em 2018 pela Harvard Business Publishing, apresentou os 100 melhores CEOs do mundo. Em território nacional, a edição de 2020 do prêmio Executivo de Valor, do jornal Valor Econômico, premiou 23 gestores em reconhecimento por suas habilidades com gestão e liderança, entre eles 11 são engenheiros, 7 são administradores, 3 formados em economia e 2 em outras áreas.

Engenheiros são bons líderes? Por que eles ocupam cargos de CEO e donos de empresas
Imagem: Snowing/Freepik

Engenheiros como gestores de empresas

De acordo com Renata Honda, especialista em recursos humanos, que trabalha com processos seletivos no CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), a explicação para isso está no perfil estratégico e analítico adquirido na formação em engenharia. “O engenheiro é marcado pela habilidade técnica, pelo raciocínio lógico e pela objetividade. Isso facilita na produtividade e na entrega de resultados”, afirma.

A capacidade em atuar com cálculos, números e planilhas, a aptidão em encarar projetos complexos e a visão sistêmica do engenheiro influenciam esses profissionais a embarcarem em outras áreas. Durante a graduação, é desenvolvido um perfil estratégico e analítico, que é otimizado com as experiências do trajeto profissional, e uma facilidade para tomar decisões e solucionar problemas, que somados colaboram para que os engenheiros obtenham grandes cargos em empresas privadas ou se aventurem no empreendedorismo.

Engenheiros, no geral, são vistos como bons solucionadores de problemas e atuam geralmente com aptidão no gerenciamento de risco. Apesar de serem identificados pelo destaque em cálculo e física, muitos apresentam conhecimentos sobre liderança, gestão de pessoas e comunicação.

Por fim, sabe-se que atualmente os profissionais formados em engenharia estão procurando desenvolver soft skills (habilidades comportamentais): escrita, comunicação e técnicas de negociação eficazes, por exemplo. O intuito principal é moldar um profissional mais completo para o mercado de trabalho.

Com hard skills (habilidades técnicas) e soft skills, o engenheiro se torna mais requisitado para grandes cargos de executivo.

grupo de pessoas trabalhando em torno de mesa
Bons gestores precisam saber lidar com pessoas. Imagem: Unsplash

As soft skills essenciais para engenheiros

O CEO da Sky Brasil, Estanislau Bassols, formado em engenharia elétrica pela Poli-USP relembra sua trajetória: “É um curso extremamente amplo em termos de opções de campo de trabalho. Eu vinha de família de classe média baixa e mudar nosso padrão de renda era um objetivo de curto prazo”.

Ainda que seu objetivo principal não fosse atuar na área de engenharia, Bassols chegou a tentar exercer a profissão na Siemens, onde se deslocou naturalmente para ramos estratégicos, e se viu mais próximo dos campos de negócios. Bassols logo foi chamado para a Telefônica, e ingressou na Sky Brasil, em 2019, ocupando a cadeira da presidência da empresa, em que permanece até hoje.

Anthony Maalouf, ex-aluno da Poli-USP, ingressou em engenharia, mas se mostra aberto à eventualidade de ir além do sonho de atuar como engenheiro e seguir por outros caminhos. “Justamente por ter muita gente de sucesso que fez engenharia e foi para outras áreas, sabia que a escolha abriria portas caso mudasse de ideia e não quisesse mais ser engenheiro”, afirma.

As habilidades de liderança dos engenheiros

Entretanto, somente a graduação não é garantia da conquista de ótimos empregos — nem atuação em outras áreas. Ao procurar estágios fora da engenharia, os alunos recorrem a estudos independentes e cursos extras, com o intuito de se preparar para os requisitos que vão além do que é aprendido na faculdade.

Por serem vistos, na maioria das vezes, como profissionais introspectivos, Liedi Bernucci, diretora da Poli-USP, destaca que esses profissionais devem saber lidar com pessoas e por isso precisam apostar no desenvolvimento de soft skills. Ocupar altas posições em grandes empresas ou abrir o próprio negócio exige saber acerca das necessidades do mercado e compreender a expectativa do cliente. É necessário ter criatividade para sair da caixa e ter visão de futuro.

Se você é engenheiro e está pensando em seguir carreira em liderança, compartilhe este artigo com seus colegas. Você também pode se inscrever em nosso boletim informativo para receber mais informações sobre carreiras em liderança

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Fontes: G1 e UOU.

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

Se dormir nas ruas é uma realidade injusta e triste para mais de 800 milhões de pessoas, a situação para desabrigados em países frios é ainda pior. No entanto, se a desigualdade social e a questão da falta de moradia não são fáceis de resolver, existem algumas maneiras de oferecer mais dignidade a estas pessoas. Um bom exemplo é o que a cidade de Ulm, no estado alemão de Baden-Württemberg vem instalando cápsulas com isolamento térmico para essas pessoas passarem a noite.

cápsulas para desabrigados
Imagem: Facebook/UlmerNest

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Por dentro das cápsulas alemãs para desabrigados

Os dormitórios foram apelidados de Ulm Nest e representam uma alternativa mais agradável do que passar a noite ao ar livre com as baixíssimas temperaturas do inverno europeu. O design fechado e completamente isolado podem salvar a vida de muita gente. Não podemos esquecer que todos os anos centenas de pessoas morrem de frio na Europa.

Protegendo Desabrigados do Frio: Alemanha Instala Cápsulas com Isolamento Térmico
Imagem: Facebook/UlmerNest

As cápsulas, no entanto, são consideradas alternativas de emergência contra o congelamento das pessoas durante o inverno. Isto porque, a Alemanha, assim como outros países da Europa, oferecem uma série de medidas e auxílios para que as famílias de baixa renda não precisem viver nas ruas. Porém, algumas pessoas rejeitam estas medidas, ou simplesmente não são contempladas. Foi pensando nelas que os Ulm Nest foram criados.

Protegendo Desabrigados do Frio: Alemanha Instala Cápsulas com Isolamento Térmico
Imagem: Facebook/UlmerNest

Após inúmeros testes com especialistas de diferentes áreas, diversos protótipos foram criados até que o modelo final da cápsula fosse finalmente definido. Atualmente elas são feitas de madeira ecológica sólida e aço com revestimento em pó. Após a montagem, a madeira é vedada com um esmalte, para que possa resistir às condições climáticas esperadas.

Protegendo Desabrigados do Frio: Alemanha Instala Cápsulas com Isolamento Térmico
Imagem: Facebook/UlmerNest

Para garantir a segurança das pessoas, as cápsulas possuem vários sensores com GPS, temperatura e umidade, fumaça e CO2, além de detecção de movimento no interior, verificação eletrônica do travamento do interior, sistema de iluminação geral, alarme e sistema de ventilação. Através deste sistema inteligente, todas as informações fornecidas pelos sensores são registradas em uma unidade de controle central, armazenadas e transmitidas para um servidor de dados. Fácil de transportar e de manter a higiene, as cápsulas nunca se mostraram tão essenciais, ainda mais em tempos de pandemia e isolamento social!

Protegendo Desabrigados do Frio: Alemanha Instala Cápsulas com Isolamento Térmico
Imagem: Facebook/UlmerNest
Protegendo Desabrigados do Frio: Alemanha Instala Cápsulas com Isolamento Térmico
Imagem: Facebook/UlmerNest
cápsula aberta, mostrando interior, onde desabrigado pode passar a noite
Imagem: Facebook/UlmerNest
Protegendo Desabrigados do Frio: Alemanha Instala Cápsulas com Isolamento Térmico
Imagem: Facebook/UlmerNest
Protegendo Desabrigados do Frio: Alemanha Instala Cápsulas com Isolamento Térmico
Imagem: Facebook/UlmerNest

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Fonte: Bright Vibes.

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