Durante o 3DEXPERIENCE WORLD 2021, a Dassault Systèmes anunciou duas novas ofertas: 3DEXPERIENCE SOLIDWORKS para estudantes e o 3DEXPERIENCE SOLIDWORKS para fabricantes. O objetivo é dar aos alunos e aos fabricantes acesso baseado em nuvem a um poderoso ambiente de design, engenharia e inovação colaborativa.

3DEXPERIENCE SOLIDWORKS para estudantes

Essa oferta visa impulsionar o desenvolvimento de habilidades e certificações reconhecidas pelo setor da indústria, ajudando os alunos a começarem suas carreiras. Segundo a própria Dassault Systèmes, ele “ajuda a preparar os alunos para a empregabilidade em um mercado de trabalho altamente competitivo, desenvolvendo as habilidades de engenharia, colaboração, gerenciamento de projetos e inteligência de dados.” Todos esses são itens muito procurados pela indústria e pelo mercado de trabalho de modo geral.

É possível acessar essa oferta de qualquer lugar. Ela inclui: aplicativos 3DEXPERIENCE SOLIDWORKS Student, 3D Designer Student e aplicativos Collaborative Business and Industry Innovator, acesso a uma comunidade online global de colegas e especialistas na plataforma 3DEXPERIENCE e duas certificações reconhecidas pelo setor.

Como forma de apoiar o lançamento dessa novidade, a Dassault está realizando a World Wide Virtual Career Fair durante o 3DEXPERIENCE WORLD 2021. Nela, estudantes universitários localizados na América do Norte, Europa e Japão terão a oportunidade de conhecer e interagir individualmente com a equipe global de aquisição de talentos e clientes SOLIDWORKS da Dassault Systèmes.

Segundo Gian Paolo Bassi, CEO da empresa, com essa novidade, “os alunos podem usar as ferramentas certas desde o início para desenvolver as habilidades buscadas pela indústria e prosperar no local de trabalho”.

Homem trabalhando em projeto no solidworks
Imagem: blogs.solidworks.com

3DEXPERIENCE SOLIDWORKS para fabricantes

Essa oferta reúne criadores, mentores e ideias com o objetivo de criar, conectar e colaborar. Segundo a Dassault, é possível inovar usando os aplicativos 3DEXPERIENCE SOLIDWORKS Professional, 3D Creator e 3D Sculptor, e compartilhar seus projetos pessoais com a comunidade global de fabricantes Madein3D para ajuda e inspiração. Essa última parte conta com curadoria de Dassault Systèmes com a participação de criadores, influenciadores e inovadores.

Bassi afirmou que “os fabricantes podem fazer parte de uma comunidade que compartilha sua paixão por fazer produtos e está pronta para ajudar com sua experiência e desejo de colaborar”. Segundo ele, as duas ofertas juntas permite que estudantes e fabricantes adquiram o conhecimento e o know-how necessários para se sobressair na criação de experiências revolucionárias.

O 3DEXPERIENCE SOLIDWORKS para estudantes estará disponível em maio de 2021 e 3DEXPERIENCE SOLIDWORKS para fabricantes estará disponível no segundo semestre de 2021. Eles podem ser acessados através de uma experiência na plataforma 3DEXPERIENCE.

Leia também: Como acessar a versão Gratuita de SOLIDWORKS para Estudantes?

O que você achou dessas novidades? Comente!

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

No começo de 2021, muito foi falado sobre uma possível greve dos caminhoneiros. Hoje, em 2022, pós eleições, vemos a greve dos caminhoneiros em manifestação a favor do atual presidente Bolsonaro. E não podemos nos esquecer da famosa greve de 2018, quando pudemos observar e nos atentar pela dependência do país a essa classe trabalhadora, já que a maior parte do transporte de produtos é feita pelo modo rodoviário.

A greve em 2018

Com a greve realizada em 2018, podemos observar o efeito que a paralisação deste serviço acarreta no país. Com o efeito tipo “dominó”, a interrupção do transporte causa desde aumento do preço dos produtos, como combustíveis e alimentos, até a sua falta nos estabelecimentos. Isso acaba causando grande preocupação a população, já que muitos são produtos essenciais.

Imagem de rodovia com caminhões paralisados devido a greve do setor
Imagem: El País

A greve em 2021

A greve do setor foi comentada em diversas mídias desde o começo do ano e, provavelmente, se ocorresse, seus efeitos seriam maiores que a greve em 2018. Vale ressaltar que 70% da categoria estava aderida à greve e que, devido à COVID-19 e ao isolamento social, o consumo das pessoas aumentou e os valores de produtos também. Com a diminuição da oferta, esses valores poderiam disparar e a preocupação e o medo das pessoas causaria filas e aglomerações em diversos estabelecimentos.

O presidente Jair Bolsonaro, que participou em uma inauguração no Paraná em fevereiro do mesmo ano, acabou se pronunciando e reconhecendo o trabalho dos caminhoneiros e agradecendo a não adesão da greve, comentando também que todos seriam prejudicados sem exceção e que o Brasil não pode parar.

Após este fato, começou a ser discutido sobre a redução dos encargos sobre combustíveis e o governo começou as negociações com os estados para a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O governo espera que essa ação possa gerar estabilidade e previsibilidade para os preços.

Em setembro de 2021 voltou-se a falar novamente sobre uma possível grave, agora dos tanqueiros – motoristas de caminhão tanque, que levam os combustíveis. Estes estão, neste momento, apoiando o presidente. Muitos acreditam que os preços exorbitantes em que se encontram os combustíveis no país é devido ao ICMS cobrado a nível estadual. Mas será que este pensamento está correto? Alguns economistas descordam!

O modal rodoviário no Brasil

No Brasil, o principal meio de transporte é o rodoviário, com cerca de 63% é feito por rodovias. Para entender o motivo pelo qual este meio é o predominante, entraríamos em grandes questões políticas, mas isto não vem ao caso.

Gráfico mostrando matriz de transportes do Brasil
Imagem: Ilos

Desta maneira, percebemos que estamos nas mãos dos caminhoneiros para a entrega de mercadorias e o quão importante é a não paralisação deste setor. Outros países investem em outros modais como, o ferroviário e aquaviário, já que possuem menor custo de manutenção e conseguem fazer uma maior quantidade de escoamento de produtos.

Vale ressaltar que, mesmo sendo o principal modal de transporte e recebendo investimentos bilionários, ainda possui grandes problemas, desde falta de manutenção em diversas rodovias ou até mesmo não pavimentação em muitas redes em todo o território brasileiro.

Tabela mostrando a pavimentação no Brasil dividida por regiões
Imagem: Cola da web

Qual a solução?

É importante a discussão de realizar o escoamento em outros modais de transportes. Mas, para isso, é necessário muito investimento. Em um próximo artigo vamos falar sobre a importância dos multimodais!

Veja Também: Crise Urbanismo: uma reflexão sobre a Arquitetura Brasileira e a qualidade das cidades pós-pandêmica [PARTE 2]

E você, o que acha que aconteceria com a greve? Deixe seu comentário!

Comentários

Engenharia 360

Guilherme Menezes

Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.

Começou o 3DEXPERIENCE WORLD 2021 e nós, do Engenharia 360, estamos ligadinhos e vamos contar tudo que acontece no evento! Hoje é oficialmente o primeiro dia do evento com palestras e uma programação diversificada. Fique ligado em nossas redes sociais e aqui no site para não perder nada!

SOLIDWORKS 2021

Craig Therrien começou falando das novidades do SOLIDWORKS 2021. Ele apresentou melhorias no softaware, falou sobre a melhor performance na hora de projetar e a melhor performance gráfica. O objetivo é tornar as coisas mais rápidas, uma vez que o usuário não quer esperar durante a execução do seu projeto.

Therrien também apresentou rapidamente todas as opções contidas no SOLIDWORKS 2021, como visualização, projetos e mais. Ele também destacou a conexão e interação entre a plataforma 3DEXPERIENCE e as vantagens de poder compartilhar um projeto de forma simples e rápida.

SOLIDWORKS 2021

Uma vantagem dessa integração é que, uma vez na plataforma, todos os dados ficam conectados e ali, você não precisa ficar buscando “pedaços” do projeto para abrir separadamente e sem saber qual é a versão mais atualizada, por exemplo.

Ainda, foram anunciadas duas novidades. Uma é para impulsionar o desenvolvimento de habilidades de estudantes, fazendo com que eles tenham maior empregabilidade, o 3DEXPERIENCE SOLIDWORKS for Students. A segunda é o 3DEXPERIENCE SOLIDWORKS for Makers, que é voltada para fabricantes. Ambos permitem o acesso baseado em nuvem ao ambiente digital da plataforma para projetos, engenharia e inovação.

General Session: Dos produtos à plataforma | Estratégia e direção

Na General Session de abertura, o primeiro a falar foi Gian Paolo Bassi, mostrando como mesmo sendo virtual, a intenção é passar a sensação como se o evento fosse real. Ele destaca como é importante estar conectado com seus colaboradores e clientes, não importa a distância, principalmente em uma situação como a pandemia, na qual a presença física não é possível.

3dexperience world 2021

Bassi também falou sobre a transformação contínua do produto para a plataforma e como a Dassault Systèmes consegue unir “natureza”, “produtos” e “vida”. Em seguida, ele chama Bernard Charlès, CEO da Dassault Systèmes, para se juntar a ele na General Session.

Charlès fala sobre como inovação mudou o mundo e, especialmente, como recursos tecnológicos foram investidos no mundo inteiro em uma busca comum: combater a pandemia. Um exemplo foi a busca não só de grandes farmacêuticas, mas também a fabricação de respiradores hospitalares (ventiladores), o mapeamento do espalhamento da epidemia e muito mais. Ele afirma, ainda, que é nisso que se baseia a indústria do renascimento do século 21: adoção, invenção, modelagem, simulação e mais ferramentas para criar uma solução sustentável.

Bernard Charlès também abordou um pouco sobre o que podemos esperar no evento: muita tecnologia e inovação aplicadas aos projetos da indústria. Ainda, ele citou os projetos voltados para a educação.

3dexperience world 2021
Gian Paolo Bassi durante apresentação no 3DEXPERIENCE WORLD 2021

Ao retornar, Bassi falou sobre agilidade, flexibilidade, colaboração na nuvem e em um mundo completamente conectado, termos que provavelmente vamos ouvir bastante durante o evento.

Na sequência, foi a hora de ouvir dos clientes da plataforma 3DExperience. O primeiro a falar foi Taco Van Der Maden (da Ikea Communications AB), seguido por Jim Keravala (CEO da OFFWorld AI) e Duncan Wardle (Former Head of Innovation & Creativity da Disney).

Sessões:

Confira a seguir algumas das sessões que nós participamos durante a tarde:

LinkedIn para estudantes: como construir sua rede e impulsionar sua carreira

Afirmando que membros do LinkedIn têm 4x mais chances de serem contratados quando indicados, esta sessão ensinou aos alunos osbre as práticas recomendadas para construir seu Perfil do LinkedIn e sua marca profissional e como eles podem construir sua rede e avançar em sua carreira. Foram mostradas algumas táticas sobre como construir sua rede e como utilizá-la para se conectar a oportunidades.

linkedin  para estudantes

Coisas que os maquinistas desejam que os engenheiros saibam

Ministrada por Tyler Williams, engenheiro projetista, esta sessão falou sobre os principais problemas na comunicação entre os funcionários da indústria e os engenheiros projetistas. Ele comentou sobre as melhores práticas para os engenheiros quando se trata de desenhos, modelagem e peças de chapa metálica.

SOLIDWORKS Visualize and 3D Render: qual o melhor render

Essa apresentação foi sobre as principais diferenças entre o SOLIDWORKS Visualize e o 3D Render, apresentando as principais características de cada um e os recursos que tornam cada um deles melhor para determinadas situações, de acordo com a sua necessidade, infraestrutura e perfil de negócio.

Como a inclusão épica vence: uma cadeira de rodas mágica e a história da Dassault Systèmes

Nesta sessão a gente relembrou de uma das palestras do ano passado, no 3DEXPERIENCE WORLD 2020, sobre a Magic Wheelchair, é uma organização sem fins lucrativos que cria fantasias épicas para crianças em cadeiras de rodas, tudo sem nenhum custo para as famílias. Essa criação só é possível por causa da plataforma 3DEXPERIENCE e, nesta sessão, nós conhecemos um pouco mais dessa história, além de ficarmos sabendo sobre o processo de construção da cadeira de rodas dentro do software.

magic wheelchair 3dexperience 2021

Jovens líderes educacionais

Nessa sessão, Lucas Crupi (Chefe de Engenharia da IncoNav), Danielle Boyer (Fundadora e CEO da The STEAM Connection), Aidan Aird (Cofundador da STEM Kids Rock), Vinaya Gunasekar (The STEAM Connection)Rob Maldonado (Engenheiro de Design Mecânico da VirtualFlatCAD e Influenciador) falaram sobre suas experiências com a plataforma 3DEXPERIENCE e com o SOLIDWORKS. Além disso, também comentaram um pouco sobre como a modelagem e as tecnologias relacionadas vão ter um papel essencial na indústria do futuro.

Leia também: 3DEXPERIENCE: saiba tudo sobre o uso da plataforma na Engenharia [+ licença gratuita]

Fique ligado porque amanhã a gente volta com mais cobertura do 3DEXPERIENCE WORLD 2021!

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O homem sempre gostou de ouvir histórias sobre as culturas antigas e sempre foi fascinado por observar relíquias resgatadas em sítios arqueológicos. É uma maneira de viajar no tempo e tentar descobrir o que aconteceu ao longo dos séculos aqui na Terra. Algumas destas peças encontradas inclusive nos dão uma perspectiva diferente sobre como as pessoas viviam no passado, o que lhes era essencial, o que apreciavam mais.

Sabemos que a arte sempre acompanhou o desenvolvimento humano, prova disso são as mais diferentes pinturas rupestres e hieróglifos já encontrados – inclusive na Amazônia. E uma peça bem peculiar, guardada no acervo do MET, em Nova York – recentemente divulgada nas mídias, demonstra ainda mais a força que a arte teve na história mundial. Saiba tudo sobre ela no texto a seguir!

Arquitetura Egipcia
Pirâmides egípcias (imagem de PXhere)

O objeto

A peça artística que ficou recém-famosa na Internet pertencente hoje ao MET, é originária do Antigo Egito e pode ter sido criada entre 1390 e 1352 a.C.. Trata-se de uma placa de mármore, com poucos centímetros de comprimento e tendo seis buracos na parte superior onde, acredita-se, um artista costumava armazenar certa quantidade de tinta – que poderia ser para a pintura de retratos ou para a escrita diplomática. Mas antes de chegar ao museu, ela estava de posse de Lord Carnarvon, o mesmo que lançou a expedição que acabou descobrindo a tumba de Tutancâmon, em 1923.

paleta de cores utilizadas no Egito Antigo
(imagem de Megacurioso)

A paleta egípcia

Na peça guardada no museu nova-iorquino, está gravada uma inscrição dizendo que a mesma era de um serviçal do faraó Amenós III – também conhecido como “O Magnífico”, líder da 18ª dinastia do Império Novo e responsável por grandes obras de expressão artística deste período. Também é possível detectar nela alguns fragmentos intactos de tinta em seis tons diferentes – vermelho, verde, azul, amarelo, preto, branco -, cada qual indicado por um símbolo particular. E, sendo assim, ficou conhecida como “a paleta de cores mais velha já registrada pelo homem“.

paleta de cores utilizadas no Egito Antigo
(imagem de Hypeness)

A importância da descoberta

A cor sempre foi uma questão importante na elaboração artística em várias culturas, mas em especial nas culturas antigas – incluindo os gregos e os romanos -, algo fortemente relacionado com tradição, religião e simbolismo. Acredita-se que o motivo das cores nesta paleta egípcia ainda estarem bem preservadas em tons vibrantes, depois de milhares de anos, seria em razão de seu processo de fabricação – a partir de elementos extraídos da natureza.

desenho de faraós antigos
(imagem de Aventuras na História UOL)
imagem de faraós antigos
(imagem de Rosetta dos Ventos)

Veja Também: Saiba quais materiais eram empregados na engenharia da antiguidade

Estudar uma peça como esta é algo precioso para os historiadores, ajudando os a entender como estas pessoas do passado retratavam sua “visão de mundo egípcio”, quais seus aspectos imaginativos, além dos parâmetros adotados pelos artesãos. Eis o que eles sabem quanto as cores da paleta:

  • Vermelho: utilizado, por exemplo, para a representação de tronos, discos solares, montanhas, portas das naos, pupila de olhos, figos, pães, hipopótamos, jubas de leões e vestes.
  • Verde: utilizado para a representação de flores, partes de deuses e vestes.
  • Azul: utilizado para a representação de tronos, flores de lótus, cabelos de deuses e bancos.
  • Amarelo: utilizado para a representação de cântaros, pães, esteiras, colunas, braseiros, colares, cestos, barcas, gatas, luas, panteras, carneiros e vestes.
  • Preto: utilizado para a representação de andorinhas e morte.
  • Branco: coisas sagradas, como as utilizadas em rituais.
significado das cores no Egito antigo
(imagem de Slideplayer – Publicado por Cauã Betancourt)

O que achou deste texto? Deixe sua opinião nos comentários!


Fontes: Megacurioso, Rosetta dos Ventos, Hypeness.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A empresa norte-americana, fundada por Steve Jobs e seu time, anunciou em novembro de 2020 sua independência em processadores. O lançamento do M1 para a linha MacBook e iMac tem como principal objetivo superar os chips da empresa agora concorrente, Intel.

No site da empresa, o chip é classificado como multitarefas. Com um design muito mais integrado e simples, essa peça única realiza o processamento, conexão, segurança, e memória. M1 é incrivelmente complexo. Apresenta 16 bilhões de transistores tão minúsculos que são medidos em átomos.

imagem processador M1 Apple
Fonte: site a Apple

Memória

A arquitetura de memória unificada (UMA – sigla em inglês) combina uma memória de baixa latência e alta largura de banda em um único conjunto de recursos. Isso quer dizer que os dados não serão copiados de uma unidade para outra. Na prática, essa tecnologia traz uma melhora no desempenho e consumo de energia. Vídeos apresentam gráficos mais nítidos e detalhados e o processamento de imagem ficou muito mais rápido.

Desempenho da CPU

O chip M1 conta com oito núcleos divididos em dois tipos: um de alto desempenho e outro de alta eficiência. Essa combinação torna qualquer atividade rápida e com baixo consumo da bateria.

Desempenho da CPU por consumo de energia do chip M1 Apple
Desempenho da CPU por consumo de energia. Imagem do site da Apple.

Processador

Segundo a Apple, o M1 “é também o processador gráfico integrado mais rápido do mundo em um computador pessoal”. Em comparação com o chip mais recente de laptops PC, o M1 apresenta um desempenho gráfico significativamente superior – até o dobro da velocidade.

Teste comparativos

Utilizando a GFXBench 5.0, uma ferramenta para medir desempenho gráfico e a pontuação de dispositivos e PCs, foram comparados chips da Nvidia GeForce 1050Ti, AMD Radeon RX 560 e o M1 da Apple. Os resultados mostram o M1 constantemente à frente dos concorrentes. No teste Aztec Ruins, na configuração normal, o Radeon ficou com 146,2 FPS, a GeForce com 159 FPS e o M1 com 203,6 FPS.

Testes de desempenho entre os processadores M1, GeForce GTX 1050Ti e Radeon RX 560.
Testes de desempenho entre os processadores M1, GeForce GTX 1050Ti e Radeon RX 560.

No mercado a M1 está no MacBook Air, MacBook Pro 13” e Mac Mini. Para a empresa da maça, essa tecnologia vai mudar completamente a experiência de notebooks domésticos.

Fontes: Apple; Oficina da Net; Olhar Digital.

Leia também: Apple lança primeiras versões dos Macs com processador ARM

O que achou dessa novidade? Deixe nos comentários.

Comentários

Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Muito difícil conhecer alguma pessoa que nunca entrou ou passou em frente de um estádio ou arena. Essas construções estão voltadas principalmente para a realização de esportes, atualmente usadas também para a realização de eventos de categorias diversas.

Os primeiros estádios foram construídos para a prática dos jogos olímpicos, sendo que o primeiro foi o Estádio Panatenaico, por volta do ano 500 a.C onde ocorriam as Panateneas a cada 4 anos em celebração a deus Atena, com diferentes competições.

Vista do estádio Panatenaico
Imagem: Tudo sobre atenas

E podem acreditar este estádio existe até hoje, ele foi reformado para receber os jogos olímpicos de Atenas em 1896, sendo todo de mármore e em formato de U tem capacidade para 80mil espectadores. Em 2004, foi utilizado para as provas de tiro com arco e chegada da maratona.

E os outros estádios, como surgiram?

Os romanos construíram posteriormente aos gregos dois tipos de estádio, sendo eles em circo e anfiteatro. Cada um com sua finalidade, o em circo recebia a versão romana do hipódromo, onde os carros eram puxados por cavalos. No formato de anfiteatro é onde aconteciam as famosas lutas de gladiadores. Umas destas construções é o Coliseu de Roma. Porém, com a queda de muitas cidades, os estádios caíram em decadência, só retornando após muitos anos depois.

Foto da fachada do Coliseu de Roma
Fonte: Super Abril

Um dos primeiros estádios a ser construído após a retomada dos esportes foi o Melbourne Cricket Ground, na Austrália construído em 1854 atualmente com capacidade para 90 mil expectadores. Após isso, com a retomada dos jogos olímpicos, muitos estádios foram surgindo e com a prática de outros esportes também.

Foto aérea do Melbourne Cricket Ground
Fonte: austadiums

Mas o que a engenharia tem a ver com os estádios?

A engenharia está diretamente ligada a eles, já que as estruturas são dimensionadas para atender os usuários com conforto e segurança. Porém, para o dimensionamento desses estádios, as análises são um pouco mais complexas, já que tem que ser considerados diversos outros fatores. Um deles é a movimentação da torcida, que gera um carregamento dinâmico.

Com o avanço tecnológico e as diversas novas formas de métodos construtivos, os estádios e arenas tiveram grandes soluções de engenharia e arquitetura complexa. É necessário realizar uma análise dinâmica devido as solicitações e cargas que as estruturas estarão submetidas cada estádio é implantado uma solução para absorver esta carga dinâmica.

Atualmente, os estádios e arenas são dimensionados cada vez mais para atender uma quantidade maior de espectadores com conforto e segurança e para poder sediar não apenas um só tipo de evento, sendo assim necessária a utilização de diversas soluções.

Quais os maiores estádios?

Chegamos ao esporte que os brasileiros amam, o futebol! Segue uma lista com os 5 maiores estádios de futebol no mundo.

Em quinto lugar temos o Rose Bowl que possui este nome devido aos mais de 100 tipos de rosas plantadas ao redor do estádio. Localizado em Pasadena, nos Estados Unidos, sua capacidade é de 90.888 espectadores.

Em quarto lugar vem o FNB- Soccer City, localizado em Johanesburgo na África do Sul. Foi o principal local da Copa de 2010 e em 1990 foi palco para um dos mais importantes discursos de Nelson Mandela. Sua capacidade é de 94.736 pessoas.

Em terceiro, lugar temos o Camp Nou, que também é o terceiro estádio do time de futebol FC Barcelona. Ele carrega este nome pois sua tradução significa “campo novo”, possuindo não apenas o campo de futebol e arquibancada, como também parte administrativa, museu do clube e dormitórios para os jogadores da categoria de base, comportando 99.354 espectadores.

Em segundo lugar vem o Melbourne Cricket Ground, localizado em Melbourne na Austrália. Foi construído para o Futebol Australiano, isto mesmo, não foi para o nosso conhecido futebol. Sua capacidade é de 100.024 pessoas.

E por fim chegamos ao maior estádio do mundo, que leva o nome de Primeiro de Maior Rungrado, localizado em Pyongyang, na Coréia do Norte. Sua capacidade oficial é de 114.000 pessoas, porém números não oficias dizem que sua capacidade chega a 150.000 espectadores. Apesar de ser um estádio de futebol, os eventos nos quais recebe a maior quantidade de público são eventos comemorativos e militares.

A tecnologia nos estádios

Então, só de imaginar a quantidade de pessoas dentro destes estádio e após esta lista dos maiores estádios do mundo, chegando até 114 mil de espectadores em números oficiais, podemos imaginar que são necessárias diversas análises estruturais. Porém, as soluções tecnológicas não são apenas para fazer a estrutura suportar a carga solicitante. Veja alguns exemplos:

AT&T Stadium

Este estádio possui diversas soluções tecnológicas, ele é o quarto maior estádio da NFL, que é a liga de futebol americano, possuindo uma capacidade de 80.000 espectadores e o maior espaço sem colunas e pilares do mundo.

Imagem aérea do interior do AT&T Stadium
Imagem: Lance

Além disso, possui duas portas de vidro a 36 metros de altura, fazendo a cobertura do campo. São as maiores portas de vidro elétricas do mundo. E, para finalizar, ainda possui um dos maiores e mais tecnológicos telões, o qual é localizado no centro do estádio.

Sapporo Dome

Este estádio pode ser difícil de acreditar, mas é a sede de dois clubes de esportes distintos. Um deles pratica o baseball e o outro futebol.

Já deu para imaginar quão complicado um mesmo estádio comportar dois times que praticam esportes diferentes? Mas isto não foi problema, a solução tecnológica adotada foi possuir um gramado natural para receber os jogadores de futebol.

Esse gramado constantemente recebe a luz do sol e os tratamentos adequados. Para isso, o campo se locomove, saindo do estádio e voltando. Já para a pratica do baseball, é utilizado um gramado artificial, o qual é montado rapidamente depois do campo de futebol ter se deslocado para a lateral externa do estádio.

Imagem aérea da parte externa do Estadio Sapporo Dome
Fonte: Portal do Rugby

Allianz Arena

Este estádio localizado em Munique, na Alemanha, possui a capacidade para 75.000 espectadores. Ele possui o Museu do time Bayern Munchen, e é muito conhecido pois é o primeiro estádio do mundo capaz de mudar suas cores externas, proporcionando um grande espetáculo.

Fachada do estádio Allianz Arena
Fonte: Bayern.com

E o que podemos esperar?

A cada campeonato, olimpíadas ou copa do mundo, novos estádios e arenas são construídos e soluções de arquitetura e engenharia surgem, não nos deixando esquecer da importância da sustentabilidade. Desta maneira, podemos esperar grandes projetos que estão por vir, alguns serão usados na copa do mundo no Qatar em 2020, por exemplo, como o Education City Stadium, que nós já falamos aqui no Engenharia 360. Outros três estádios que serão palco para os jogos da Copa do Mundo de 2022 são:

AL Rayyan

O estádio carrega o nome da segunda cidade mais populosa do Qatar. Com capacidade para 40.000 lugares, possui em sua fachada uma arquitetura que se assemelha com as dunas de areias e fará parte de um empreendimento que possui o maior shopping center do país. O estádio se conectará à capital por uma linha de metrô e que, após a copa do mundo, terá metade da sua estrutura removida e doada.

Fachada do estádio al rayyan
Fonte: Fifa

Ras Abu Abound Stadium

Esse estádio possui um novo conceito, trazendo inovação e sustentabilidade. Sua construção está sendo realizada por contêineres. Isso significa que o estádio pode ser desmontado e transferido para qualquer local. Além disso, o uso dos contêineres reduz a quantidade de materiais de construção, gerando menos resíduos.

Imagem 3d de navio carregando conteineres para modulação do estádio ras abu
Imagem: QATAR22

O Estadio terá capacidade para 40.000 assentos removíveis e ficará localizado a beira-mar.

Imagem 3d da fachada do estadio ras abu
Imagem: QATAR22

Al Bayt Stadium

Esse estádio fará parte de um complexo que terá shopping, parque e até mesmo um hospital. Terá capacidade para 60.000 lugares e a aparência de uma tenda, possuindo um teto retrátil e tecnologia capaz de resfriamento interno no momento em que o teto estiver fechado.

Fachada do Al bayt Stadium
Fonte: QATAR22

Pensando na sustentabilidade, o estádio, feito de estrutura modular, será reduzido a uma capacidade de 32.000 lugares após a Copa do Mundo. Suas peças removidas serão enviadas para países que não possuem infraestrutura nos estádios.

E assim terminamos um pouco da história dos estádios e seus avanços com a engenharia e percebemos que, desde o primeiro, nas Olimpíadas em Atenas, até que estão por vir, mudou muita coisa, não é mesmo?

E você, sabe de algum outro estádio interessante? Curta e deixe seu comentário! V

Comentários

Engenharia 360

Guilherme Menezes

Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.

Ter uma horta em apartamento ou em casa é um desejo comum a muitas pessoas que querem ter uma vida mais saudável. Afinal, cuidar de uma horta pode trazer muitos benefícios, tanto no que se refere à alimentação quanto à saúde mental.  

Em cidades altamente cosmopolitas, onde a verticalização só aumenta, muitos se veem limitados quanto à ideia de ter uma horta no próprio apê. Contudo, é possível encontrar soluções interessantes para ter um cantinho verde em casa

Confira abaixo dicas para você que gostaria de algumas hortaliças frescas para cozinhar, mesmo morando em um apartamento. 

1 – Espaço para criar uma horta

Por mais reduzida que seja a área de seu apartamento, sempre se pode encontrar um lugar para as plantinhas. Pequenas hortaliças e especiarias têm a vantagem de ocupar pouco espaço, então você só precisa escolher o melhor lugar. 

Como estamos falando de plantas, você precisa de um local que receba de quatro a seis horas diárias de luz solar. Assim, veja quais os pontos mais bem iluminados do seu apê.

Se você tem uma sacada, por exemplo, pode ser o lugar ideal. Mas preste atenção aos ventos fortes e chuvas, para não ter sua horta devastada! 

como ter horta em apartamento

2 – Terra 

Depois de eleger o melhor lugar para a horta do seu apartamento, é hora de pôr a mão na massa.

Ou melhor, na terra: suas hortaliças vão precisar, inevitavelmente, de uma base rica em nutrientes. Além disso, a terra precisa conservar bem sua umidade, assim como ter uma textura esponjosa, para que o oxigênio circule. 

vaso horta em apartamento

3 – Vasos para a horta

Em seguida, você precisará dos vasos. A quantidade deles é você quem vai decidir, de acordo com a quantidade de ervas que você pretende cultivar. O material dos vasos pode ser bem diversificado. Você pode comprá-los prontos em lojas de jardinagem, onde há modelos de barro ou fibra plástica.  

Também é perfeitamente possível reaproveitar recipientes como latas e potes de sorvete, por exemplo. Na verdade, qualquer recipiente que tenha de 7 a 15 cm de profundidade vai servir para o cultivo da maioria das ervas e temperos. 

Nesse caso, você só precisa fazer furos de drenagem no fundo de cada recipiente. Eles são indispensáveis, pois permitem que as raízes das plantas não apodreçam, então não se esqueça desse detalhe! 

horta em apartamento

4 – Suspenso ou no nível do chão

Muitas são as opções para quem quer uma horta ao nível da atividade manual, para que não haja a necessidade de se agachar para cuidar das plantinhas. Pallets, prateleiras e até imãs podem ser soluções interessantes para deixá-las suspensas. 

Outra opção é de cultivá-las ao nível do chão, o que não é necessariamente um problema. Tudo o que você precisa considerar é se as plantas são afetadas quanto à iluminação ou ocorrência de ventos e chuvas, como já mencionado acima.Ademais, pode não ser a melhor opção se você tem dores ou problemas nas costas e joelhos. 

E então, gostou das dicas? Tem alguma que esquecemos de listar? Deixe um comentário!

Comentários

Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

Os veículos elétricos se tornaram parte importante na luta conta a crise climática. A substituição do petróleo e do diesel se mostrou eficiente em desempenho e em redução de gastos para seus condutores. O grande problema dessa tecnologia é o tempo de recarga das baterias. Basta ver o Leaf, da Nissan.

Leaf, carro totalmente elétrico da Nissan
Leaf, carro totalmente elétrico da Nissan

O carro é totalmente elétrico com motor de 107 cavalos e capacidade de alcançar 144 km/h. Para rodar 160 quilômetros é preciso recarregá-lo por, no mínimo, 8 horas. Dentro da categoria é um feito notável, porém para motoristas em viagens longas, uma pausa de 8 horas talvez atrapalhe os planos.

Para Doron Myersdorf, CEO da StoreDot, o fator ansiedade controla o trânsito atual. “Você não quer ficar preso no engarrafamento, muito menos passar duas horas em uma estação de recarga porque seu carro ficou sem bateria.”

As novas baterias de íon-lítio, desenvolvidas pela empresa israelense StoreDot e produzidas pela Eve Energy, na China, prometem acabar com esse inconveniente. Elas podem ser recarregadas em apenas cinto minutos se forem utilizados carregadores muito mais potentes do que os disponíveis atualmente. Segundo a empresa, a tecnologia já está pronta para ser produzida e vendida em larga escala.

Como funcionam as novas baterias?

Nas baterias de íon-lítio convencionais, o grafite é usado como um dos eletrodos. Sua função é receber os íons presentes na solução aquosa e assim garantir a recarga da bateria. Se esse processo acontecer rápido demais, os íons podem ficar congestionados e acabar se transformando em metal (lítio metálico), causando um curto-circuito. A novidade nas baterias da StoreDot é a substituição do grafite por nano-partículas semicondutoras. Dessa forma, os íons passam com mais velocidade e organização.

Bateria de íon-lítio convencional
Bateria de íon-lítio convencional. Imagem: architecnologia

A próxima etapa é o avanço nos postos de abastecimento. Empresas desse setor ao redor do mundo então trabalhado para desenvolver novas tecnologias, como Tesla, Enevate e Sila Nanotechnologies. Os próximos postos precisam ter potência suficiente para carregar a bateria em minutos.

Essa tecnologia é de suma importância para o desenvolvimento sustentável e proteção contra crises climáticas. Em seu Twitter, Elon Musk publicou: “a produção de células de bateria é o limitador que atrasa o futuro da energia sustentável. Problema muito importante.”

Fontes : The Guardian

Leia também: Bateria mais eficiente do mundo deve ser comercializada em breve

O que achou dessa tecnologia? Deixe nos comentários.

Comentários

Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Foi na manhã do dia 29 de outubro de 2020 que, repentinamente, a marquise de um imóvel na Praça Oito, na região central de Vitória (ES), desabou. O ocorrido destaca a importância da manutenção e vistoria de estruturas.

O vendedor ambulante Willian Barbosa, de 44 anos, foi a única pessoa atingida. Segundo matéria exibida pela TV Gazeta, o camelô sofreu ferimentos na cabeça e foi levado para o antigo Hospital São Lucas, atualmente o Hospital de Urgência e Emergência. 

Condições do imóvel antes do desabamento

Segundo a Defesa Civil municipal, a construção do prédio data de 1930, no entanto teve sua marquise construída tempos depois de sua inauguração. Contudo, não há mais informações sobre quando isso ocorreu.  

Atualmente o imóvel funciona como loja de produtos eletrônicos e acessórios para celulares. A loja, aliás, foi inaugurada no próprio dia do acidente. Apesar de não ter havido feridos entre os que estavam na loja, pelo menos cinco pessoas ficaram presas no local, esperando a ajuda de militares e bombeiros. 

De acordo com Tenente Pennafort, do Corpo de Bombeiros, houve falta de manutenção e inspeção preventivas no imóvel.

“A estrutura é envelhecida. Eles colocaram as placas da loja tapando a marquise, então não conseguimos ter uma visualização exata da estrutura, mas parece se tratar mesmo de falta de manutenção. (…) Com o acúmulo de água pode ocorrer infiltração, porque a marquise tem pouca drenagem, então vai acumulando e com o tempo as drenagens entopem, a infiltração chega na armadura e vai corroendo o ferro”, relata o Tenente. 

Na verdade, a própria placa do estabelecimento pode ter ajudado a estrutura a cair. Para Jonathan Jantorno, coordenador da Defesa Civil de Vitória, as condições do imóvel estavam realmente precárias.

“(…) Existia uma placa de publicidade muito grande que não permitia a visualização do dano. Inclusive a placa pode contribuir para a sobrecarga da estrutura. A partir de agora nós fizemos a retirada, demolição e limpeza do local, para evitar novos acidentes, e vamos fazer a avaliação de risco”, disse Jantorno.

desabamento marquise vitória

Interdição do imóvel 

Logo depois do ocorrido, a Guarda Municipal de Vitória isolou o local. Para a retirada da estrutura que bloqueou a entrada da loja, foi utilizada uma retroescavadeira.

Além disso, também foi removida uma parte da marquise que ficou pendurada, assim como a marquise lateral, que embora estivesse intacta, precisou ser demolida a fim de evitar novos acidentes.  

A vistoria do local foi feita na tarde do mesmo dia, pela Defesa Civil Municipal. Assim, o imóvel foi interditado. Foi exigido que o dono do estabelecimento, chamado Davi Rodrigues, apresentasse um laudo técnico. Segundo ele, a queda foi completamente inesperada.

“A gente não esperava por isso. Temos outra loja também, três pontos antes de onde foi o acidente”, conta o dono do estabelecimento. 

Manifestação do Crea

A queda da marquise trouxe à tona um debate necessário acerca da manutenção de estruturas. Logo após a ocorrência, o presidente do Crea do Espírito Santo, Ricardo Guariento, se manifestou. Para ele, tudo aconteceu por mero descaso à situação da edificação.

“Engenharia sem manutenção não é engenharia”, sentenciou Guariento.

Além disso, fez questão de falar sobre a importância da vistoria pela prefeitura e órgãos responsáveis. Assim como lembrou da necessidade de avaliar o tipo de cada construção.

“Na engenharia, todo local em que passa um grande volume de água, pode ocorrer a agressão das armaduras ao longo do tempo, gera oxidação, a estrutura pode perder a resistência e termos o colapso daquela estrutura. São efeitos de causa e consequência”, explicou o presidente do Crea.

Qual a sua opinião sobre esse e outros acidentes que ocorrem por negligência? Conte para a gente aqui embaixo!

Comentários

Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

Quando pensamos em navios e grandes veículos marítimos, geralmente já os imaginamos navegando sobre o mar, em plena atividade. Contudo, novos navios e embarcações estão sendo constantemente construídos. Mas você já parou para pensar como eles são colocados sobre a água pela primeira vez?

Naturalmente, os navios são construídos em locais secos, e depois lançados ao mar. E, além disso, o mais lógico seria pensar que todo o processo é feito em lugares costeiros, baías ou fozes de grandes rios.

Parâmetros para construção de navios

Antes de tudo, devemos levar em conta que navios são veículos de grande porte e que, por isso mesmo, devem ser construídos com grande cuidado e atenção. Desse modo, a precisão dos cálculos é extremamente importante e não deve deixar margens para erros.

Na realidade, o projeto de um navio, desde seus primeiros esboços até sua concretização, torna-se progressivamente mais rígido em relação a seus cálculos. Para guiar todo esse processo, são adotados alguns princípios náuticos gerais, como a resistência a propulsões e a regularidade de oscilações.

De todo modo, para que o projeto do navio tenha sucesso, é necessário obter a melhor combinação possível entre os diversos princípios e requisitos pré-estabelecidos pelo estaleiro naval.

Hoje em dia, são utilizados softwares altamente especializados para auxiliar nesse processo. Como já mencionado, o navio é um sistema complexo e, por isso, qualquer mudança mínima pode afetar o todo.

navios novos colocados na água

Da terra ao mar

Enfim, chegamos à parte do processo em que, depois de construídos, os navios são lançados ao mar. Para isso, há duas opções de técnicas possíveis. A primeira, e menos utilizada, é a técnica chamada de “flutuação”.

Nessa técnica o navio já é construído em uma doca seca. Ou seja, a embarcação já ficará pronta em um “buraco” portuário que fica abaixo do nível do mar. De certa forma isso facilita o processo.

Afinal, após a construção, abre-se o portão da doca para que entre a água do mar. Dessa maneira o navio já está sobre a água e fica livre para transitar.

A outra técnica, que é mais comum em estaleiros e portos do mundo todo, é chamada de “lançamento”. Nesse caso, o navio é posto sobre uma rampa inclinada, com o objetivo de fazê-lo deslizar até a água.

Porém, devido ao seu enorme peso, são utilizados cabos de aço para equilibrá-lo ao chegar na água e impedir que o navio afunde. Por isso, além de ser mais comum, essa técnica é também mais impactante visualmente.

Já conhecia essas técnicas? Deixe um comentário abaixo!

Comentários

Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.