Portugal inaugurou a maior ponte suspensa para pedestres do mundo, visando resgatar o turismo em uma região histórica do país. 


Fontes: ABC RepórterPúblico PTViagem e Turismo Abril.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Detectar ondas eletromagnéticas vindas de outra galáxia é uma atividade comum na Astronomia. ‘Comprimento, amplitude e velocidade’ são características medidas por sensores espalhados ao redor do planeta. E essas medições ajudam os astrônomos a classificar e identificar a origem desses sinais.

Mas, recentemente, especialistas e estudiosos ficaram intrigados com um padrão nunca visto. Isso se repetiu nos últimos meses e levanta a questão: “Qual será a sua origem?”. Descubra no texto a seguir!

atrofísica
Imagem de Shaunl – iStock – Getty

Os sinais de ondas de rádio captados

Por quatro dias, sinais de onda de rádio chegaram à Terra de forma aleatória. Depois, pelos próximos 12 dias, nada foi captado. Então, por mais quatro dias, novamente os pulsos apareceram seguidos por 12 dias de “silêncio”. Enfim, esse padrão foi identificado pelos astrônomos por mais de um ano.

Pesquisa aprofundada

A estudante de doutorado da Universidade de Toronto, Dongzi Li, começou a estudar esses sinais em 2019. Seu estudo é baseado em um fenômeno astrofísico chamado ‘explosão rápida de rádio’ (FRB na sigla em inglês). Explicando melhor, diariamente, a Terra é atingida por esses FRBs – sinais invisíveis, por poucos milissegundos.

Durante um dos monitoramentos no telescópio de rádio de British Columbia, Dongzi Li identificou um padrão diferente nos FRB’s – quatro dias captando e 12 dias não. Esse sinal recebeu código de identificação 180916.J0158+65; e, detalhe, ele foi o primeiro a apresentar esse tipo de padrão. Mas de onde veio isso? Astrônomos identificaram que sua origem é uma galáxia a aproximadamente 500 milhões de anos-luz da Terra!

ondas sonoras
O telescópio Chime observa o céu na província canadense de British Columbia (Imagem de ANDRE RENARD – CHIME COLLABORATION)

A importância da descoberta

A descoberta é importante quando consideram que as primeiras evidências do fenômeno quase foram descartadas como um acaso. O primeiro FRB foi descoberto em 2007 quando astrônomos na Austrália procuravam por outro sinal astrofísico. A ideia inicial foi que o padrão era causado por algum erro no telescópio ou interferência nas ondas captadas. E então, sinais semelhantes começaram a aparecer em outros telescópios.

Os astrônomos apresentaram algumas possíveis explicações para a fonte do FRB captado. Talvez o objeto esteja girando de forma que sua luz aponte para a Terra apenas a cada quatro dos 16 dias. Outra possibilidade é que sejam dois objetos: uma estrela de nêutrons em órbita com outra semelhante ou um buraco negro. Ou então, a fonte reside na perda de uma fonte de gás interestelar que amplifica suas emissões de rádio, permitindo assim que captamos apenas quando essas ondas estão amplificadas.

Imagem aérea do telescópio CHIME, British Columbia

Os astrônomos estão interessados em estudar o material existente entre as galáxias porque “não temos outra informação além da que os FRB’s estão começando a nos dar”, diz Shami Chatterjee, astrofísico da Universidade Cornell, que estuda esse tipo de sinal. Para conseguir atingir uma teoria coerente, os astrônomos precisam da ajuda dessas ondas que eles mal entendem.

E você, o que achou dessas ondas de sinais? Acredita na sua origem? Se quiser ler mais matérias sobre essa aqui no 360, escreva para nós nos comentários!

Veja Também: Astronomia: pesquisadores descobrem quatro exoplanetas maiores que Júpiter


Fontes: The Atlantic.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Qual a importância do trabalho do engenheiro eletricista?

Vamos começar com um exemplo de como a falta de energia pode ser “irritante”. No dia 17 de fevereiro de 2021, durante um jogo entre Santos e Corinthians, na Vila Belmiro pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, o jogo teve que ser paralisado graças a falta de energia no estádio.

A energia elétrica influencia em todos os segmentos da nossa sociedade, sejam os jogos de futebol ou construções na grande São Paulo. Enfim, a eletricidade tornou-se um ator-chave no desenvolvimento econômico mundial.

Logo, entramos num ciclo virtuoso, a demanda por energia cresce e a necessidade por profissionais qualificados acompanha esse crescimento.

Por isso, leia este post até o último parágrafo para entender os cinco motivos para você escolher Engenharia Elétrica.

engenheiro eletricista
Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay

1.Salário de engenheiro eletricista

Conforme a pesquisa ‘Universidades e Estudos de Engenharia: Relação Salarial por Escola’, o rendimento médio mensal dos formados em Engenharia Elétrica é de R$ 7.834. Um dos maiores salários entre os profissionais de engenharia. No entanto, em empresas de grande porte o salário do profissional pode chegar a R$ 14.917,50.

2.Potencial de emprego

Durante sua graduação, o universitário do curso de Engenharia Elétrica será exposto às diversas áreas que um engenheiro pode atuar, entre elas estão: controle e automação, telecomunicações, sistemas de fornecimento de energia elétrica e circuitos eletrônicos.

Nesse sentido, por ter acesso a esse leque de opções, o engenheiro eletricista pode trabalhar em todos os setores da indústria brasileira e mundial. Ainda vale ressaltar a carreira acadêmica, um ramo que ainda é pouco explorado pelos profissionais de engenharia.

3.Crescimento do setor de energias renováveis

Nos últimos anos, o mercado de energias renováveis tem crescido bastante. No Brasil, o mercado de energia solar cresceu 212% em 2019, alcançando a marca de 2,4GW (gigawatts) instalados.

No entanto, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, o setor de energia solar corresponde a apenas 1,94% da matriz energética do Brasil. Esses dados nos mostram que ainda existe um grande caminho pela frente.

Além disso, quando falamos de energia eólica, o Ministério de Minas e Energia destacou o índice registrado em 22 de julho, que apontou, pela primeira vez, que as usinas eólicas geraram energia capaz de abastecer 102% da região Nordeste durante um dia inteiro.

4.Possibilidade de atuar em qualquer país do mundo

Atualmente, já é possível fazer parte da graduação em muitos países da Europa e o mercado de trabalho internacional também oferece várias possibilidades.

Apesar de o ótimo salário ser a parte mais atrativa dessa jornada, profissionais que escolhem atuar fora do Brasil podem desfrutar de uma vida repleta de novidades como conhecer novas culturas, lugares e pessoas, além de ainda poder aprender outra língua.

5.Setor de pesquisa

No ano 2000, o Nokia 3310 atingiu a marca de 216 milhões de unidades vendidas, um verdadeiro sucesso. Você, provavelmente, está lendo este artigo através de um smartphone, certo?

À primeira vista, a mudança que aconteceu nos últimos anos é incrível. Por exemplo, os dispositivos que eram usados apenas para ligações e mensagens de texto, hoje, nos permitem gravar vídeos, tirar fotos, escanear documentos, acessar dados bancários e até mesmo pedir um sanduba sem sair de casa.

Em síntese, toda essa evolução só se tornou possível graças ao setor de pesquisa eletrônica, um ramo da engenharia essencial para otimizar tarefas simples e complexas que realizamos no nosso cotidiano.

Estes são alguns dos motivos para você seguir a carreira de engenheiro eletricista e poder escolher entre milhares de possibilidades. Se gostou dessa opção, escreva para nós nos comentários!


Fontes: UOL, TechTudo, Agência Brasil, Empresa de Pesquisa Energética, Unsplash.

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Engenharia 360

Marcos Vitor Feitosa

Aluno de engenharia elétrica pela Universidade Federal do Pará, fascinado por inovação, gestão e tecnologia.

A discussão sobre os malefícios causados pelas embalagens plásticas depositadas na natureza já é antiga. É assim, quando não descartadas de forma correta vão parar em ruas, bueiros, rios, lixões, aterros sanitários, florestas e oceanos. E em consequência, milhares de animais, terrestres e aquáticos, ficam presos nos resíduos e muitos não conseguem ser salvos e já são encontrados mortos.

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Imagem de Heamna Manzur por Pixabay

Além da morte de animais, os resíduos plásticos contaminam as águas, o solo; e, quando se decompõem (em alguns casos podendo levar 400 anos ou mais), liberam gases que contribuem para o efeito estufa.

Veja Também: Meio ambiente – conheça o robô em forma de estrela lançado pelos cientistas para estudar o fundo do mar

O que são bioplásticos?

Já existem, em todo mundo, os chamados bioplásticos para embalagens plásticas, produzidos a partir de fontes renováveis, como cana-de-açúcar, milho, mandioca, batata e beterraba, além de outros produtos de origem vegetal e até mesmo animal.

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Imagem reproduzida de Legado Consultoria Júnior

Vantagens do bioplástico

Uma das maiores vantagens do bioplástico, em relação às embalagens plásticas feitas de materiais fósseis, é liberar em torno de 68% menos gases na atmosfera. Além disso, são atóxicos e, geralmente, biodegradáveis

Entende-se por produto biodegradável aquele que se decompõe naturalmente através do processo de biodegradação, feito pela ação de micro-organismos (bactérias) que transformam o material original (matérias-primas biológicas) em moléculas menores. 

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Imagem reproduzida de Green Plastics

Embalagens plásticas verdes NÃO verdes

Porém, nem todo bioplástico é biodegradável, pois alguns métodos de fabricação de bioplásticos resultam na transformação dos componentes químicos originais em novos componentes químicos. Desta forma, os micro-organismos sentem dificuldade em consumi-los. E para sua decomposição, esses plásticos precisam das chamadas condições ideais; e, mesmo assim, pode levar até alguns anos. Por exemplo, o plástico verde, feito a partir do etanol (álcool da cana-de-açúcar), é utilizado na fabricação de sacolinhas e outras embalagens plásticas, mas pode levar até 400 anos para se decompor.

Desvantagens do bioplástico

Além do tempo de degradação, em alguns casos, não ser tão rápido como se esperava, em comparação com o plástico comum, o bioplástico tem a desvantagem de ser menos resistente e para sua fabricação serem necessários vários investimentos em equipamentos. 

O que são biodegradáveis?

Além dos bioplásticos para embalagens plásticas, já existem as embalagens biodegradáveis, que podem ser  produzidas a partir do milho, mandioca e cascas de vegetais, por exemplo.

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Embalagens biodegradáveis – Imagem reproduzida de RG Nutri
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Imagem reproduzida de Casa e Jardim – Globo

Plástico comestível existe?

Grande parte dos bioplásticos, produzidos no Brasil, são feitos com a fécula da mandioca. Quando o plástico é composto apenas do amido ele pode ser comestível. Se quando vamos comer um sorvete podemos comer a casquinha, por que não comer também a pazinha feita de bioplástico, fabricado a partir do amido de mandioca? Resultado: zero resíduos!

É importante ressaltar a importância da higienização durante os processos de fabricação e embalagem dos chamados “plásticos comestíveis”, para se evitar contaminação biológica.

Observa-se, entretanto, que existem outros plásticos feitos do amido de mandioca que não são comestíveis, pois precisam de aditivos para se tornarem mais firmes e resistentes. Tudo vai depender da finalidade do plástico.

Vantagens das bioembalagens

Uma das grandes vantagens é a redução no consumo de água no processo de fabricação. Para a fabricação de um copo de fécula de mandioca, por exemplo, são usados 10 ml de água, enquanto na produção de um copo de plástico comum são usados 3 litros. Além disso, ele pode se decompor em 30 dias, tempo esse que pode ser reduzido para 3 dias se o material for colocado sob a água.

Desvantagens das bioembalagens

Para os produtores a desvantagem está na produção em alta escala, que baixaria os custos, mas que exige o desenvolvimento de novos maquinários, próprios para esse fim. Sendo assim, o custo de fabricação das embalagens biodegradáveis é muito maior, em comparação com as embalagens comuns.

Bioplásticos e Bioembalagens X Meio Ambiente

Apesar dos produtos, que não utilizam aditivos na sua fabricação, terem um tempo de degradação bem menor do que aqueles fabricados a partir de resíduos fósseis, eles ainda possuem desvantagens.

Uma das desvantagens é a relutância do mercado em aceitar tais produtos em troca dos produtos habitualmente utilizados. A justificativa é de que eles não são tão firmes e resistentes como os plásticos comuns e, por serem biodegradáveis, não são adequados para armazenagem de alimentos, visto que a umidade poderia danificá-los,

ecologia
Imagem de Dorothe por Pixabay

Entretanto, a maior desvantagem dos produtos chamados “bioplásticos” e “bioembalagens” é justamente por serem fabricados a partir de vegetais e, em alguns casos, de animais. Hoje, o agronegócio já utiliza uma enorme extensão de terras para plantação de alimentos, se a fabricação de “bioplásticos” e “bioembalagens” se intensificar o desmatamento de florestas será ainda maior. Além disso, a água utilizada nos processos de plantio, e posterior fabricação dos produtos (nesse caso de forma reduzida), está sendo contaminada. E no mundo a água potável está cada vez mais escassa!

A biodegradação, por sua vez, que em princípio seria benéfica, pela quantidade de resíduos se tornaria mais um problema. Quando este material se degrada, ele se transforma em gases, como metano e gás carbônico.

Resumindo, todo resíduo se torna prejudicial se não tiver controle, redução e destinação correta. A conscientização das pessoas em reduzir o consumo desnecessário é fundamental. Fala a sua parte compartilhando o link deste texto para quem interessar!


Fontes: G1, Yvy Brasil.

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Engenharia 360

Redação 360

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O arquiteto e designer iraniano Milad Eshtiyaghi desafia as leis da gravidade com o projeto Mountain House. A casa suspensa fica em Vancouver, no Canadá.


Fonte: Revista ReconstruaMilad Eshtiyagi.

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Engenharia 360

Redação 360

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Recentemente, aconteceu mais um acidente de Engenharia: a ponte metálica sobre o Rio Pinheiros, em São Paulo, que era uma ampliação da plataforma de embarque e desembarque na estação Santo Amaro, linha 5 lilás da CPTM, ruiu. O consórcio informou que a obra tinha seguro e os prejuízos serão cobertos. Por sorte, não houve perdas de vidas humanas, apenas dois funcionários ficaram levemente feridos.

Ponte Rio Pinheiros
Imagem reproduzida de R7

Como saber o que ocorreu? Quais perguntas devem ser respondidas de modo a se esclarecer o ocorrido e evitar que ocorra novamente acidentes dessa natureza? Acompanhe na matéria a seguir!

Quem são os personagens envolvidos num projeto dessa natureza?

Durante a construção de um empreendimento dessa magnitude, há uma gama muito grande de áreas da Engenharia Civil envolvida. Veja quais:

  • equipe geotécnica – responsável pela análise do solo;
  • escritório de projeto – responsável por projetarem a estrutura, bem como realizar a análise de construtibilidade;
  • construtora – responsável por seguir o projeto e executar a obra.

É muito comum também a contratação de um segundo escritório de projeto, independente do projetista, que irá realizar a verificação desse projeto. A essa etapa, é dado o nome de CQP ou ‘controle da qualidade de projeto‘.

Ponte Rio Pinheiros
Imagem reproduzida de R7

Que perguntas devem ser respondidas pelos especialistas?

Em relação ao projeto da ponte

As primeiras perguntas que devem ser feitas são: “O projeto, estava adequado?”, e “Foram previstas nas etapas construtivas escoramentos e ligações com resistência suficientes?”.

Já as respostas a esses questionamentos podem direcionar as investigações. Caso o projeto não tivesse “CQP”, é possível que tenha havido alguma falha ou erro de projeto que levou ao acidente.

Ponte Rio Pinheiros
Imagem reproduzida de R7

Em relação à construção da ponte

Supondo que o projeto estivesse adequado, outras perguntas são importantes: “A construção seguiu as recomendações do projeto?”, e “Houve alguma recomendação negligenciada?”.

Em relação a esses questionamentos, devem ser coletadas informações em canteiro, como a qualidade do material utilizado para escoras temporárias, qualidade das soldas realizadas, e se alguma sequência prevista não foi seguida.

Que conclusões podem ser tiradas desse incidente?

É fundamental que projeto e construção estejam plenamente alinhados, dado que um fornece diretrizes para o outro.

A prática de adoção de CPQ por parte das construtoras também é recomendada, visto que é possível que os projetos contenham falhas.

Obras como essa, além do projeto final, devem ter o projeto de construtibilidade, onde são indicados o método construtivo e o sequenciamento da execução da obra.

Para você ter consciência das proporções desse acidente, assista aos vídeos a seguir:

Veja Também:


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Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.

Em meio a Pandemia, a sociedade brasileira tem demandado melhorias na prestação de serviços na área da saúde, sobretudo na produção de vacinas. Nesse panorama, a atuação do engenheiro de produção tem sido essencial, tendo em vista a gama de conhecimentos sobre melhoria contínua, gestão de recursos e estoque, planejamento, padronização dos processos produtivos de insumos, qualidade e logística de abastecimento. Aliás, esses fundamentos vêm sendo utilizados em centros de fabricação de imunizantes, como em Bio-Manguinhos, produtor de imunobiológicos da Fiocruz.

Planejamento institucional

O Programa de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PEP/UFRJ) convidou a vice diretora de Gestão e Mercado de Bio-Manguinhos, Priscila Ferraz – mestre e doutora em Engenharia de Produção –, para uma palestra sobre a “Engenharia de produção e o enfrentamento da Covid-19: produção de vacinas em Bio-Manguinhos/Fiocruz”. No webinar, foi abordado como a unidade de Bio-Manguinhos se preparou, interna e externamente, para encontrar soluções e prestar apoio ao Ministério da Saúde frente à pandemia da Covid-19.

Com a chegada do novo coronavírus ao Brasil, alguns desafios relacionados à gestão foram impostos ao Instituto. Primeiramente, foi necessário reforçar o trabalho de prospecção tecnológica. Antes de tudo, objetivando a procura por respostas sobre o enfrentamento da então nova doença, na área de diagnóstico (testes moleculares e rápidos) e tratamento (criação de vacinas ou medicamentos).

engenharia de produção
Imagem reproduzida de Bernardo Portella – Bio-Manguinhos

Veja Também: Qual é o papel do engenheiro de produção no setor energético sustentável?

Frentes de trabalho

Dessa forma, surgiram outras frentes de trabalho. Foram cerca de 70 iniciativas de combate à Pandemia (como a elaboração de uma construção fabril para a produção de máscaras, visto ser necessário manter os funcionários de atividades essenciais da unidade operando presencialmente). Isso exigiu da instituição uma retificação do planejamento e controle das operações, das preferências (projetos e intentos); novos princípios de trabalho; bem como novas estruturas de governança e gestão (como comitês para estudo de questões sustentáveis ligadas ao vírus), considerando o aumento da demanda e a redução de recursos.

Além disso, também foi primordial arquitetar uma estrutura de engenharia industrial, com a finalidade de realizar análises de capacidade das linhas de produção, tal qual uma área de planejamento e controle das análises dos processos de controle de qualidade. Medidas tradicionais da engenharia de produção que precisaram ser acionadas ligeiramente.

engenharia de produção
Produção de vacinas em Bio-Manguinhos – Imagem reproduzida de Peter Ilicciev – Fiocruz

Diagnóstico

O primeiro obstáculo da Pandemia foi a disponibilidade dos testes, que hoje são conhecidos como PCR, moleculares e padrão. À vista disso, o instituto de Bio-Manguinhos ficou responsável por desenvolver um kit molecular que fosse apto a detectar o vírus em um indivíduo. Para isso, foi preciso escalonar a produção, rever o sistema produtivo e automatizar a operação de envase, a fim de elevar a produtividade e capacidade de entrega para o Ministério da Saúde. Além disso, com o trabalho minucioso da área de logística, foi possível produzir um plano de gestão de riscos dos insumos escassos ao nível mundial. Dessa maneira, o kit foi desenvolvido em menos de 40 dias após o sequenciamento do genoma do SARS-CoV-2.

Logo, o próximo passo era organizar a distribuição desses kits para o Sistema Único de Saúde (SUS). Para isso, utilizou-se mais uma ferramenta da Engenharia de Produção: a cadeia produtiva. Inicialmente, um dos principais problemas dessa cadeia era a capacidade laboratorial. Com isso, foi utilizada a estratégia de concentração – também bastante conhecida pelo setor. A mesma consistia em estabelecer centrais de grande processamento, capazes de gerar o máximo de output (ou seja, o maior número de amostras processadas para os resultados gerais da população). E em um tempo recorde de 45 dias, foram implantadas 25 plataformas de testagem no Rio de Janeiro, em Curitiba e São Paulo.

engenharia de produção
Cadeia de testes moleculares desenvolvida para organizar os processos envolvidos na testagem – Imagem retirada do webinar da UFRJ

A logística também está incluída nessas etapas. Era necessário coletar as amostras e transportá-las em 24 horas até as centrais de processamento, com o propósito de que o indivíduo obtivesse o resultado rapidamente.

Prevenção

No que concerne a produção da vacina, a preocupação inicial era produzir uma alternativa que permitisse uma distribuição de curto prazo para a população. Diante disso, a opção viável era realizar a transferência de tecnologia de vacinas em etapas mais avançadas, sem abster das iniciativas de desenvolvimento tecnológico nacional.

engenharia de produção
Imagem – Arquivo JCS

Para a realização da transferência de tecnologia da vacina produzida pela Universidade de Oxford, foi necessário realizar o planejamento fino da produção (PFP), isto é, utilizar ferramentas que auxiliam a função de Planejamento e Controle de Produção (PCP) a atingir a flexibilidade da organização. Dessa forma, foram desenvolvidos estudos de capacidade, análise de turnos e feita a adaptação das áreas de produção baseada na demanda.

Além disso, foi montada a estrutura do projeto de transferência de tecnologia da vacina. O intuito era organizar as etapas incluídas no processo de transferência de tecnologia e impedir gargalos na produção. E também foram construídas estruturas laboratoriais de controle de qualidade, para impedir que o controle de qualidade não se tornasse um limitador da capacidade de produção e distribuição das vacinas.

Qual área da Engenharia de Produção lhe desperta mais interesse? Compartilha a sua opinião nos comentários!


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Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

O que você entende de meio ambiente? Aqui vai um dado importante: cerca de 70% da superfície da Terra é coberta por água. Contudo, apesar de anos de pesquisa, pouco se sabe ainda sobre o que habita nela. O ser humano vive em busca de vida em outros planetas, mas desconhece a importância da vida marinha para a sobrevivência do próprio planeta e sua sobrevivência. Já havia refletido sobre isso?

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Imagem de WikiImages por Pixabay

A importância dos mares e o descaso com o meio ambiente

Continuando, o que já se sabe, então? Bem, que os oceanos, por exemplo, abrigam a maior parte dos animais existentes na Terra. Que o ecossistema marinho é maior e mais antigo do que o terrestre, abrigando o dobro de filos animais e uma biodiversidade riquíssima. Que os mares produzem a metade do oxigênio disponível no planeta, regulam as condições climáticas, absorvem grande quantidade de gás carbônico e fornecem alimentos.  E também que, infelizmente, o desrespeito com eles é muito grande – como o despejo de lixo e resíduos tóxicos largados à beira ou dentro das águas, pesca predatória, turismo e exploração imobiliária desordenados, além de falta de programas de educação sobre meio ambiente. Ou seja, as consequências podem ser irreversíveis!

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Imagem de Rafael_Neddermeyer por Pixabay
esponja
Imagem de 358611 por Pixabay

As pesquisas sobre vida marinha e mudanças climáticas

Ainda existem muitos pesquisadores ocupados em descobrir mais sobre meio ambiente. Saber como vivem as plantas e animais marinhos, como funciona o seu ecossistema e como as alterações do clima do planeta podem afetá-los. Mas, muitas vezes, para realizar essas pesquisas, é necessário o uso de robôs. E eles podem realizar coleta de amostras, fazer registro de organismos marinhos usando câmera fotográfica ou filmadoras, medir as condições ambientais, como temperatura e quantidade da luz solar que chega até o fundo.

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Imagem reproduzida de O Petróleo

Robôs estrelas

Os pesquisadores notaram que os animais marinhos se assustam demais com a aproximação dos robôs, interferindo no comportamento deles e atrapalhando os estudos. Por isso mesmo é que cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, localizado em Cambridge, nos Estados Unidos, fizeram a proposta de montar um robô com a forma de um animal de vida marinha. E deu certo!

Na sequência, foi escolhida a forma e aparência de uma estrela-do-mar, pela simplicidade de seus movimentos. Com o robô estrela, os pesquisadores esperam estudar o ambiente marinho sem chamar muito a atenção.

esponja
Imagem de Sophia Hilmar por Pixabay

Para concretizar a ideia, foi necessário o desenvolvimento de um sistema que funcionasse de forma 100% confiável embaixo d’água, capaz de se manter estável apesar das forças fluidas ao seu redor – como ondas e correntes marítimas. Para dar uma aparência mais “natural”, os designers usaram espuma de silicone na construção do corpo do robô. E por quê? Bem, porque o material usado é leve, elástico, flutua naturalmente e pode ser fabricado em questão de horas. No fim, satisfeitos com o resultado, eles pensam agora em criar outros robôs, mas inspirados agora em tartarugas marinhas, raias e tubarões, e usando estruturas mais complexas, como juntas e nadadeiras semelhantes às originais.

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Imagem reproduzida de Yahoo Finanças

Veja Também: Nova York – prefeitura pretende transformar ilha em laboratório de estudos climáticos


Fontes: Tecmundo, CanalTech, UOL, Fapesp.

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Redação 360

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A Neuralink, do empresário Elon Musk, apresentou um vídeo polêmico sobre o experimento inovador que a empresa está realizando! O Engenharia 360 conta!


Fontes: Bussiness InsiderThe Observer.

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Redação 360

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Atualização: A SpaceX adiou a primeira tentativa de lançamento da Starship devido a um problema técnico, mas agora está programada para a quinta-feira (20) de abril de 2023. A empresa terá uma janela de lançamento que abre às 7h28 (BRT) e fecha às 8h30 (BRT). O lançamento será transmitido ao vivo no site da SpaceX. A tentativa de lançamento original foi cancelada devido a um problema de pressurização.

Veja Também: Nova corrida espacial: missão da SpaceX traz materiais de pesquisa do espaço 


A proposta da empresa de Elon Musk sempre foi tornar as viagens espaciais algo mais “acessível”. Foguetes como da Starship, utilizados mais de uma vez, podem baixar, e muito, o valor das missões para a Lua ou outros planetas. A saber, hoje, o custo com o lançamento de um foguete, em sua maior parte, está ligado à quantidade de combustível utilizado para superar a gravidade terrestre. Por isso é que o abastecimento orbital parece uma ideia interessante para os desenvolvedores.

SpaceX Starship
Imagem reproduzida de SpaceX, via Canaltech – https://canaltech.com.br/espaco/spacex-mostra-em-video-como-planeja-levar-pessoas-ao-espaco-com-o-starship-151627/

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Conheça Gwynee Shotwell: presidente e COO da empresa de exploração espacial SpaceX

O sistema de transferência de fluidos da Starship

Funcionário da SpaceX pode adiantaram alguns detalhes sobre esse novo sistema. Em sua conta no Twitter, o usuário Erc X publicou uma representação com dois foguetes Starship acoplados, em órbita, para “transferir fluidos”. De acordo com o autor da imagem, ela foi feita a partir da descrição que o próprio Elon Musk fez sobre o novo sistema de abastecimento.

Esse sistema de abastecimento orbital é parte intrínseca para o avanço da exploração espacial. No ano de 2020, a NASA fechou acordos com 15 empresas para financiar pesquisas e desenvolvimento de projetos relacionados à gestão de propelente criogênico no espaço, principalmente na superfície lunar. Aliás, um desses acordos foi com a SpaceX!

Com um contrato de US$ 53,2 milhões, a empresa deve realizar uma demonstração em larga escala da Starship para transferir 10 toneladas métricas de oxigênio líquido entre os tanques de um veículo Starship. Na época em que o contrato foi divulgado, ficou dito que “combinar a rápida reusabilidade do Starship com o abastecimento orbital é algo crítico para o transporte de um grande número de pessoas e cargas à Lua e Marte”.

SpaceX
Imagem reproduzida de SpaceX, via Business Insider – https://www.businessinsider.es/colonia-falsa-marte-donde-vivieron-8-personas-durante-2-anos-376099

Detalhe que, em simulações anteriores, a proposta era realizar o abastecimento conectando as naves ponta a ponta, diferente da imagem publicada. É provável que, em muitas ocasiões ainda no futuro, a SpaceX tenteprovar que o seu sistema Starship está mesmo preparado para ir ao espaço.

https://www.youtube.com/watch?v=4drV3h7p5Kw

Para não perder nenhuma novidade da exploração espacial, continue acompanhando o Engenharia 360!

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Fontes: CanalTech.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.