Sustentabilidade

Fontes renováveis ultrapassarão hidrelétricas no Brasil até 2040

{{post.author.node.name}}

Por: Lucie Ferreira | Em: | Atualizado: 8 anos atrás | 1 min de leitura

Compartilhe »

Você deve ter notado que o Engenharia 360 publica muitos posts sobre a produção e o investimento em energia renovável no Brasil. Em 2015, cerca de 6% da energia gerada em território nacional vinha de fontes eólicas ou solares, enquanto as fontes hidrelétricas foram responsáveis por 64% do total produzido. Pois os investimentos em novas plantas de geração eólica e solar devem ter resultados satisfatórios nos próximos 25 anos. Ao menos é isso o que aponta o relatório New Energy Outlook 2016, que contou com especialistas para analisar a evolução do mercado de energia em mais de 60 países. Realizado pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF), o estudo aponta que, em 2040, 43% da energia produzida no país será de fontes renováveis, especialmente eólicas e solares. Com essa quantidade impressionante, a produção de energia por meio de hidrelétricas sofreria um forte declínio, com participação reduzida para 29%.
Fontes-renovaveis_01_blog-da-engenharia

A geração eólica é uma das fontes renováveis mais populares do mundo (Foto: Shutterstock)

+ Tecnologia e economia

Atualmente, muito se fala sobre o alto valor de implementação de fontes de energia solar e eólica. Nos últimos anos, essas tecnologias tiveram um grande avanço, algo que deve continuar. O resultado será refletido em equipamentos mais baratos para gerar energia renovável, especialmente as placas fotovoltaicas. Com materiais mais baratos, o investimento será ainda maior no Brasil. Tanto é que a pesquisa estima que daqui a 25 anos serão investidos US$ 237 bilhões em energias renováveis - e isso apenas em território brasileiro. Mas não significa que outras fontes, como as fósseis e as próprias hidrelétricas, serão deixadas de lado. Apesar de diminuir bastante, o investimento em fontes fósseis, como o carvão, o gás e o petróleo, deve ser de US$ 24 bilhões. As hidrelétricas, por outro lado, receberão um pouco mais, contabilizando US$ 27 bilhões. Os valores demonstram que, realmente, a energia renovável é a menina dos olhos (e o planeta agradece).
Fontes-renovaveis_02_blog-da-engenharia

Usina solar em Tauá, no Ceará: primeira no Brasil a gerar eletricidade em escala comercial (Foto: Diário do Nordeste/Kiko Silva)

+ Energia no telhado

O investimento em plantas imensas de produção de energia solar não será a única maneira de alcançar os números estimados pelo estudo da BNEF. Outra medida irá se popularizar em 2040: as placas solares em telhados de casas e topos de edifícios. A quantidade de imóveis com a tecnologia saltará de 3,5 mil, em 2015, para impressionantes 9,5 milhões, em 2040. Além de consumir a própria energia, produzida por painéis fotovoltaicos instalados no telhado da casa, o proprietário poderá vender o excedente para o sistema elétrico, recebendo créditos em troca. A prática, bastante popular hoje em dia, é conhecida como geração distribuída de energia e deve crescer ainda mais.
Fontes-renovaveis_3_blog-da-engenharia

Placas solares em telhados impulsionarão a produção de energia renovável no Brasil (Foto: NatureMed)

Fontes: eCycleNew Energy Outlook 2016 e Engenharia 360

LEIA O PRÓXIMO ARTIGO