Rebites, parafusos e chavetas: como escolher e dimensionar corretamente?
por Mauricio da Silva | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de MAGO DE CASA
Uma das tarefas de engenheiros e projetistas durante projetos, é dimensionar os elementos de fixação – que no caso são os rebites, parafusos, chavetas e afins. Mas o que são eles? Bem, falando de um modo simples, os elementos de fixação são componentes que servem para unir peças, garantindo a fixação delas de maneira segura e confiável, possibilitando a montagem.
Imagem reproduzida de Loja Brafer
Imagem reproduzida de Soluções Industriais
Na imagem acima temos um rebite de repuxo, utilizado para unir peças de metal. E embaixo, temos parafusos de cabeça chata, utilizados principalmente em áreas aparentes, que requerem um acabamento mais refinado. Confira!
O que são parafusos?
São peças em formato cônico ou cilíndrico, feitas de materiais resistentes como, por exemplo: metais, PVC, plástico, etc. A estrutura do parafuso é feita em uma haste em espiral contínua com vãos ao longo de sua parte externa e uma base superior (cabeça) de fixação (há parafusos sem cabeça).
Imagem de Pixabay
Como dimensionar parafusos?
Primeiro determinamos as forças sobre as quais ele estará sujeito, se ele sofrerá alguma carga, usando a seguinte expressão:
FORÇA = TENSÃO * ÁREA
Tensão é o limite de resistência à tração do parafuso, conforme a norma do fabricante.
Área é o diâmetro interno do parafuso (descontando os filetes de rosca), definida da seguinte forma:
Imagem reproduzida do canal “Repuxando”
Legenda:
d1 = Diâmetro interno
D = Diâmetro externo
P = Passo da rosca
1,28 = Altura dos filetes
Como dimensionar rebites?
Primeiro vamos à definição: rebites são, basicamente, elementos fixadores utilizados para unir duas ou mais peças permanentemente.
Para se especificar o rebite adequado, é necessário saber qual o material do rebite e da chapa que se pretende unir; se o tipo de cabeça está adequado à função; o diâmetro do corpo e o cumprimento útil.
O comprimento útil do rebite corresponde à parte do corpo que formará a união. A parte que fica fora da união é chamada de sobra necessária, sendo utilizada para formar a outra cabeça do rebite.
Na especificação do rebite, é importante saber qual será o comprimento útil e a sobra necessária. Assim leva-se em conta o diâmetro do rebite, o tipo de cabeça a ser formado e o modo de fixação do rebite: a frio ou a quente.
Abaixo, temos um exemplo de como realizar a rebitagem a frio:
A saber, na rebitagem a quente, o rebite é aquecido por meio de fornos até que fique rubro. Arebitagemaquenteé indicada para rebites com diâmetro superior a 6,35 mm, sendo aplicada principalmente em rebites de aço. abaixo temos mais um vídeo explicativo onde podemos ver esse tipo de rebitagem:
O que são e como dimensionar chavetas?
São elementos mecânicos que permitem a transmissão do movimento de um eixo para cubos como os de engrenagens e polias. São normalmente constituídas de aço com formas que variam de acordo com as características de trabalho e tipos de esforços.
As chavetas estão disponíveis em vários formatos. Cada uma tem suas características e vantagens próprias. Dependem de qual aplicação terão. Sendo elas: paralelas, de Woodruff, cunha encaixada, plana, meia-cana, tangenciais, embutidas e transversais.
Imagem reproduzida de Lure Engenharia
Para dimensioná-las, devemos considerar o material do eixo e o da chaveta, podemos fazer isso consultando uma tabela de propriedades dos materiais. Feito isso, também devemos considerar o diâmetro e rotação do eixo, o momento torsor, rendimento, tensão dos materiais e o coeficiente de segurança.
O vídeo do abaixo ajuda a explicar melhor a dimensionar as chavetas:
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Confira aqui TUDO o que você precisa saber para atuar como engenheiro pessoa jurídica
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de Blog Ebradi
Se você é estudante ou recém-formado como engenheiro, temos uma pergunta para lhe fazer: como você pretende exercer as suas atividades profissionais? Talvez você possa ser um trabalhador de carteira assinada em uma empresa privada ou pública. Contudo, há outra opção, ser autônomo, atuando como pessoa jurídica. Saiba que esta escolha pode determinar o seu futuro!
Imagem reproduzida de Projuris
Quais as principais características dos engenheiros pessoas jurídicas?
Antes de tudo, precisamos lembrar que uma pessoa jurídica vai atuar no mercado como um prestador de serviços – de ‘empresa para cliente contratante’ ou ‘empresa para empresa’. Apesar de não usufruir dos benefícios e seguranças que a Consolidação das Leis Trabalhistas, o engenheiro pode encontrar na modalidade as seguintes vantagens:
Consolidação de nome por meio de uma marca própria;
Construção de um portfólio;
Possibilidade de ofertar seus serviços e trabalhar com mais de uma empresa;
Menores custos tributários;
Maiores chances de obter créditos em bancos para investimentos na carreira.
Claro que para receber estes benefícios, o profissional precisará, no processo de se tornar uma PJ, abrir uma empresa. Desse jeito, ele receberá um número de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), que permitirá a realização de inscrições estaduais e municipais – que podem variar com sua localidade -, registro de pessoa jurídica no CREA, e todo mais necessário para atuar em regularidade.
Lembre-se, na hora de registrar sua empresa, informar qual será sua natureza jurídica e regime tributário.
Quais as vantagens e desvantagens de atuar como engenheiro pessoa jurídica no Brasil?
Vantagens
Como dito antes, a pessoa jurídica deve cumprir com as suas responsabilidades legais; a principal delas, é o pagamento em dia dos seus impostos. E quanto maior ficar a sua empresa, mais obrigações fiscais ela acumulará. Mas nem tudo são despesas, que fique claro. Pode-se abater muito bem esses valores por meio dos lucros. A saber, muitas empresas têm optado por realizar contratações de pessoas jurídicas, não tendo as diversas obrigações da CLT para arcar – como pagar INSS e FGTS.
Então quer dizer que, se regulamentar, requer muitas obrigações fiscais, mas pode abrir muitas portas no mercado de trabalho, ampliando as chances de montar uma carteira de clientes e fechar negócios! Além disso, te permitirá conduzir uma rotina com flexibilidade de horários, adequada à sua vida pessoal e seu plano de expansão de carreira.
Desvantagens
Como você pode ter percebido pelo que foi dito no parágrafo anterior, ser um profissional autônomo parece uma desvantagem para quem espera juntamente pagamento de 13° salário e férias, por exemplo. Várias outras despesas ficarão na conta do profissional, como combustível para deslocamento com veículo, material de escritório, EPIs, etc. Sem contar a necessidade de suporte de especialista contábil.
Então, a interpretação de se vale a pena ser um engenheiro pessoa jurídica vai depender da percepção de cada um, olhando para o caminho que pretende trilhar como profissional e as condições legais vigentes no período. De modo geral, é uma excelente alternativa para seu futuro, sim! Pense nisso!
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Prédios tortos de Santos: confira metodologia construtiva utilizada no reaprumo de prédio inclinado
por Cristiano Oliveira da Silva | | ATUALIZADO EM 7minImagem reproduzida de IG-Unicamp
Já escrevemos, em momento anterior, sobre os prédios tortos de Santos que se encontram inclinados. Mas, na matéria a seguir, descrevemos a metodologia construtiva utilizada para o reaprumo do prédio localizado na orla de Santos, o Bloco B do Edifício Nuncio Malzoni, que contou com uma fundação nova e adequada ao tipo de solo e macaqueamento do edifício, cujo objetivo foi retomar condições de utilização e serviço, bem como estabilizar os recalques e valorizar o imóvel. Confira!
Apresentando o estudo geotécnico que inspirou a execução de obra em prédio inclinado
A metodologia descrita foi proposta pelo Prof. Dr. Carlos Maffei, que também realizou os cálculos estruturais e o gerenciamento da obra, através de seu escritório, a Maffei Engenharia. Foram mapeados cerca de 100 edifícios construídos entre 1950 e 1975, apresentando inclinações devidas a recalques diferenciais da ordem de 2 graus. Isso deve-se a uma condição geológica particular da região, conforme estudo geotécnico da Prof. Dra. Heloísa Helena Silva Gonçalves.
Nesse estudo, com base nos dados de sondagem do solo, observa-se uma camada de uns 10 m de solo bom, uma areia compacta (com resistência adequada à solução de fundação rasa, como sapatas interligadas com vigas de rigidez, solução inicialmente utilizada) seguido por uma camada espessa, da ordem de 50 m, com um solo de material muito adensável (portanto, sujeito a recalques ao longo do tempo). Em seu estudo, a Professora observa que esse material continua sofrendo o processo de adensamento, com recalques da ordem 0,5 a 1,5 cm por ano.
Prédios tortos de Santos | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Informações gerais sobre a metodologia construtiva adotada
O problema de correção do prumo do prédio inclinado foi resolvido seguindo as etapas apresentadas a seguir:
entendimento do problema, mapeamento dos deslocamentos e condições de contorno;
modelagem estrutural do edifício para cálculo dos esforços na fundação e esforços devidos ao reaprumo;
elaboração do projeto da fundação, onde serão implementadas estacas e elementos estruturais adequados ao tipo de solo e cargas observados (no presente caso, as fundações foram executadas independentes das originais e foram adotados blocos sobre estacas raiz);
transferência das cargas dos pilares temporariamente para a fundação nova, para que possa ser realizado seu corte (desvinculação da sapata antiga);
realização do macaqueamento para reaprumo, conforme preconizado em projeto;
resolidarização do pilar à fundação reforçada;
serviços finais e entrega.
Entendimento do problema
Parte do entendimento do problema foi mapear as causas dos deslocamentos, que já foi bem explicado com base nas características geotécnicas do local.
A outra parte do entendimento, resume-se às medições in loco das condições existentes.
Abaixo são mostradas imagens onde são indicados os deslocamentos a serem corrigidos:
Diferença frontal | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Diferença lateral | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Modelagem Estrutural
Essa etapa é de fundamental importância, visto que é nessa fase que serão calculados os esforços nas fundações, além do entendimento do caminhamento das cargas como um todo, uma vez que é de suma importância garantir o controle para que a operação atenda a todos os requisitos de segurança estrutural.
Nessa etapa também é prevista toda instrumentação do edifício, para medição de deslocamentos e recalques através de extensômetros e, a partir desses, observar o comportamento da estrutura durante a operação e ter um maior controle do processo através do conhecimento das deformações e esforço, fomentando assim a tomada de decisões mais seguras do ponto de vista de Engenharia.
Modelagem da Fundação e do Edifício – vista inferior | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Em resumo, busca-se nessa etapa a representação da realidade local através de um modelo numérico-analítico, onde seja possível conhecer esforços e deformações para garantir o cumprimento dos requisitos de segurança da operação.
Projeto e Execução da Nova Fundação
Haver solo mole e deformável não é o problema. O problema é não prever a fundação adequada a esse caso.
Dessa maneira, o projeto de fundação deve considerar esse fato. Nesse caso, a solução mais adequada é aquela que utiliza a solução em fundações profundas, ou estacas. As estacas do tipo raiz, foram cravadas no entorno da sapata existente e não houve necessidade de serem solidarizadas ao bloco/sapata. Há, evidentemente, a necessidade de transferência do apoio do pilar, inicialmente nas sapatas, para as novas fundações. Como isso será feito, é melhor explicado mais adiante.
Arranjo esquemático – fundação antiga x fundação nova | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Portanto, esse projeto irá calcular a fundação necessária para serem estabilizados os recalques mediante aplicação das cargas dos pilares.
Preparação para o Macaqueamento
O preparo consiste em:
executar as demolições locais necessárias, afim de expor a estrutura do edifício;
adequar os sistemas existentes (água, luz, esgoto, sistemas de ventilação) para não interferirem nos trabalhos. Importante adequação, visto que os apartamentos não foram desocupados para a realização da obra;
concretagem dos consoles na lateral do pilar.
montar o sistema de transferência de carga do pilar para a fundação nova. O sistema idealizado para permitir a movimentação de corpo rígido do edifício, buscando a posição nivelada, consiste na adoção de 3 macacos por pilar: 2 auxiliares, utilizados para o calçamento do pilar e transferência da carga do pilar para a fundação, e o outro macaco utilizado para efetivamente realizar a elevação do nível da base de apoio do pilar e, por consequência, do prédio inclinado como um todo.
Para a transferência da carga do pilar, são concretados 2 consoles em cada pilar, como “orelhas” sob as quais são posicionados os macacos que irão realizar a transferência de carga após o corte/separação do pilar da estrutura do bloco de fundação. Uma vez que esse calçamento foi realizado, procede-se com o corte de uma seção do pilar. Então trata-se a base de apoio e posiciona-se o terceiro macaco.
Preparação dos apoios secundários através do posicionamento de macacos hidráulicos sob os consoles | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Pilar com seção removida para posicionamento do macaco hidráulico principal | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Arranjo para movimentação da carga – macaco como continuidade do pilar | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Macaqueamento e Reaprumo
Início da movimentação – Dia 1 | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Trata-se de uma etapa delicada, onde se faz necessário todo um planejamento das ações. Alguns cuidados são destacados:
deve haver sincronia entre os macacos, para evitar recalques diferenciais de distorção no edifício, devendo-se buscar executar o movimento de corpo rígido apenas;
procede-se então com o levantamento através do macaco principal, o qual tem seu curso esgotado e são novamente instalados os macacos auxiliares, para que possa ser reposicionado o macaco principal e dar sequência ao levantamento da carga do edifício.
Acompanhamento online das diferenças conforme se realizam os trabalhos | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Comparativo – Dia 1 (início) e Dia 5 (final) | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Recomposição dos Pilares e Serviços Finais
Uma vez concluído o reaprumo, o pilar deve ser recomposto e a carga deve ser conduzida à nova fundação.
Essa etapa é delicada, destaca o Prof. Maffei, pois uma série de cuidados devem ser observados, como, por exemplo, recompor a seção do pilar, com armadura atendendo adequadamente requisitos de segurança e traspasse da armadura.
Para isso, são consideradas duas etapas: Primeiro: considera-se a montagem de uma forma, instalação de uma gaiola de aço com traspasse garantido conforme previsto em norma para a transferência adequada dos esforços do pilar para a fundação. O objetivo aqui é retirar o macaco principal e recompor a seção do pilar que foi retirada para a operação de macaqueamento principal.
Parte 1 – Recomposição da seção do pilar | Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Posteriormente, devem ser realizados os serviços finais de remoção dos consoles de concreto usados para transferência dos esforços na fase de preparação do macaqueamento. Em seu lugar, concreta-se um “colarinho” em torno do pilar e garantindo que a carga do pilar caminhe para a nova fundação.
Parte 2 – Recomposição da seção do pilar – retirada dos consoles e concretagem do colarinho do pilar
| Imagem de Maffei Engenharia em YouTube
Nota: gostaríamos de destacar, mais uma vez, que todas as imagens apresentadas neste texto foram extraídas do vídeo https://www.youtube.com/watch?v=R22WWyFpjS0, disponível publicamente e produzido pela Maffei Engenharia.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.
Descubra o implante ocular inovador que pode transformar a maneira como experimentamos a realidade virtual
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de Olhar Digital
O 360 traz para este texto um importante debate, sobre o destino do desenvolvimento da tecnologia de realidade virtual. Antes de tudo, precisamos esclarecer que realidade virtual permite a criação de um ambiente simulado projetado para ser interativo, próprio para o entretenimento, parecido com a realidade e que é capaz de ser experimentado através de dispositivos de visualização e de áudio. Isso inclui os óculos VR, por exemplo, muito utilizados pelos gamers e projetistas de design, arquitetura e até medicina.
O salto na tecnologia de realidade virtual e aumentada
Pois bem, ao mesmo tempo existem também outras tecnologias sendo desenvolvidas, como os chips cerebrais, que podem dispensar diversos dispositivos, aumentando nossa capacidade cerebral, elevando nossa capacidade cognitiva e capacidade de interpretação de informações. Isso já é bastante investigado pela Neuralink, que é uma das empresas do bilionário Elon Musk. Só que um ex-sócio da empresa, Max Hodak, está estudando outra solução ainda mais polêmica, que é um implante ocular diferente.
Imagem reproduzida de Olhar Digital
Hodak abriu, em 2021, uma startup de interface cérebro-computador chamada Science Corp. E seu projeto ambicioso é um olho artificial – centro do projeto “Science Eye” – que poderia contribuir no tratamento de cegueira. Contudo, o mesmo também pode abrir caminhos para a realidade virtual e aumentada. Por hora, a tecnologia foi testada apenas em animais – aliás, uma prática científica muito errada, que não deveríamos mais adotar. E os testes em humanos já estão programados para os próximos meses.
“A abordagem técnica que estamos desenvolvendo é extremamente diferente do que a Neuralink estava fazendo.”,
“Em última análise, porém, nossa visão vai muito além de apenas próteses visuais clínicas.”,
“(a Science Corp está) focada em colocar nosso primeiro produto em pacientes”.
Como funcionaria o olho artificial da Science Corp
O olho artificial da Science Corp combinaria terapia genética com uma tela de microLED sobre a retina ocular do usuário. Essa super tecnologia, acredita Hodak, poderia levar a uma experiência virtual imersiva. O empresário afirma que esse pode ser um possível caminho para a melhoria de exibição de realidade virtual e aumentada. E para tranquilizar a sociedade, ele esclarece que o procedimento não precisaria de cirurgia significativa.
Imagem reproduzida de Rádio Itatiaia
Imagem reproduzida de Olhar Digital
A saber, segundo o site Bloomberg, a startup Science Corp foi considerada, há alguns meses, a segunda empresa de interface cérebro-computador mais bem financiada, atrás apenas da Neuralink.
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Solução ou problema? Projeto de muros no rio Xingu coloca em risco a biodiversidade da região
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de O Estadão
Há anos, convivemos com um debate sério, complexo, sobre a exploração de áreas indígenas em prol do desenvolvimento econômico do Brasil. Isso inclui a polêmica construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, obra de 2019. Ela foi responsável pelo esvaziamento de quilômetros do Xingu para encher seu reservatório. E, agora, se cogitou a ideia de erguer muros gigantescos dentro do leito do rio, no Pará. Saiba o porquê no texto a seguir!
Rio Xingu antes e depois da construção do complexo hidrelétrico Belo Monte | Imagem reproduzida de O BOTO – Alter do Chão
Qual a proposta de Belo Monte?
A ideia de projeto, apresentada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) pela concessionária Norte Energia, dona de Belo Monte, foi a da construção de um conjunto de 130 km de muros para a formação de uma cascata de lagoas artificiais abaixo da usina – ao menos sete “soleiras” – e, assim, aumentar o volume de água desviada por suas barragens. Esta seria uma tentativa de minimizar a situação crítica que a usina impôs ao curso d’água desde quando fechou seu reservatório no trecho conhecido como Volta Grande do Xingu.
As estruturas teriam 1,5 km de extensão, 83 metros de largura – 6 metros em sua extremidade – e base no fundo do rio, num formato como de pirâmide saindo da água. Mas, ao final, o Xingu pareceria como um labirinto. E é aí que entra a polêmica: “Como ficaria a biodiversidade após esta obra?”, “Quanto o meio ambiente seria impactado?”. Sabe-se que o Ibama analisou a ideia em março do ano passado e apontou uma série de consequências negativas do projeto.
De acordo com a concessionária Norte Energia, todo o passo a passo e possíveis impactos negativos estão sendo revisados pela empresa e avançando no Ibama, dentro do contexto do licenciamento ambiental do Brasil. Estima-se que, para a construção desses muros, precisam ser removidas milhões de toneladas de pedras e sedimentos na região. Com isso, se conseguiria ampliar a área de inundação de trechos de florestas aluviais “fundamentais para a reprodução e alimentação de peixes, quelônios e toda a cadeia ecológica da Volta Grande do Xingu”.
A companhia afirmou que, apesar dos apontamentos dos agentes ambientais, “a navegação não será interrompida, pois uma das premissas básicas para a implantação das soleiras é não afetar as rotas permanentes de navegação – isto é, rotas que perduram o ano todo, indiferentemente do período hidrológico do rio Xingu”. Contudo, existem outros agravantes, outros possíveis impactos que podemos esperar desta obra, se executada. Confira no próximo tópico!
Imagem reproduzida de
Quais os possíveis impactos podemos esperar caso a obra seja executada?
Por hora, a recomendação dos técnicos especialistas no segmento ambiental é de que a obra não seja autorizada. Contudo, a diretoria do Ibama decidiu dar andamento ao processo no fim do ano passado. Então, o que podemos esperar:
No mínimo, um severo impacto visual das estruturas.
Dificuldade de navegação em determinadas áreas do Xingu – especialmente em rotas secundárias.
Comprometimento da biodiversidade local.
Imagem reproduzida de O Estadão
A saber, quando questionado pela imprensa, o Ibama informou, ainda em dezembro, que “não rejeitou a proposta técnica, mas entende que, para avaliar qualquer projeto, faz-se necessária apresentação de estudos ambientais fundamentados”. Já a Norte Energia declarou que tem atendido aos pedidos do Ibama.
A usina de Belo Monte tem uma potência total de 11.233 MW, mas sua geração média no ano chega a 4.571 MW, por causa da oscilação do nível de água do Xingu.
NOTA IMPORTANTE
A Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, informa que não se tratam de muros, mas sim de intervenções físicas na forma de soleiras vertentes, que têm como objetivo principal ampliar o período e a área de inundação de trechos de florestas aluviais e formações pioneiras que são fundamentais para a reprodução e alimentação de peixes, quelônios e toda a cadeia ecológica da Volta Grande do Xingu.
De acordo com a empresa privada, soleiras vertentes não são um fato novo. Tais medidas físicas de mitigação já estavam previstas no contexto do licenciamento ambiental da UHE Belo Monte, cuja avaliação de implantação faz parte do período de testes do hidrograma ecológico ao longo de seis anos a partir do enchimento dos reservatórios da usina.
O projeto foi inicialmente apresentado ao Ibama em março de 2022 e vem sendo desenvolvido e aperfeiçoado, por meio da escuta ativa em espaços de diálogo estruturado promovidos pela Norte Energia. Aliás, vale ressaltar que a Norte Energia vem mantendo diálogo permanente com Ibama, Funai e comunidades, no intuito de evoluir no projeto com o consenso das soluções apresentadas diante dos benefícios que trarão para a biodiversidade e, consequentemente, para as populações residentes na Volta Grande do Xingu, no chamado Trecho de Vazão Reduzida da UHE Belo Monte.
A próxima etapa da agenda será o diálogo com os indígenas do território, acompanhados pelo órgão indigenista e respeitando todas as premissas de participação e protagonismos desses povos, para que possam visitar o modelo reduzido. E a promessa é de que a navegação não será interrompida, justamente porque uma das premissas básicas para a implantação das soleiras é não afetar as rotas permanentes de navegação – isto é, rotas que perduram o ano todo, indiferentemente do período hidrológico do rio Xingu.
Ademais, as sinalizações que serão instaladas pela Norte Energia atenderão aos critérios da legislação e estarão próximas às soleiras indicando as rotas seguras de navegação.
PL 3.081/2022: a medida controversa que impacta a carreira dos engenheiros
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de JASB
Vergonha! Anos e anos nós, das engenharias, arquitetura e outras áreas profissionais, lutamos de forma árdua para garantir o reconhecimento, direitos e valorização de diversas categorias. Para essa luta, para as nossas reivindicações, sempre encontramos apoio nos conselhos e sindicatos, além de outros órgãos regionais e federais. Mas a PL 3.081/2022 é, hoje, uma ameaça absurda a tudo que já foi conquistado.
Imagem reproduzida de O Documento
Por que certas profissões precisam de diploma?
Vale lembrar que diploma não é sinônimo de experiência, claro. Mesmo profissionais graduados, com anos no mercado, podem falhar, demonstrando péssima conduta e preparo técnico – isso vale para todas as áreas. Agora, pior realidade teríamos se os trabalhadores chegassem ao mercado sem qualquer instrução e fiscalização de seus serviços. E parece que alguns vêm articulando manobras justamente para tirar o que, na visão deles, são “entraves” para os que não querem estudar, se especializar, desejando atuar de qualquer jeito para atender a sociedade. Uma tragédia anunciada!
O próprio governo já aceitou, pouco a pouco, que diversas graduações e pós-graduações pudessem ser ensinadas cem por cento à distância. O problema é que várias disciplinas, como das engenharias e arquitetura, simplesmente não podem ser transmitidas pelos professores e absorvidas pelos alunos nesse modelo EAD. Muitos que frequentaram os cursos presenciais já saem hoje no mercado se sentindo despreparados. Agora imagine nesse novo cenário! Pode dar certo?
O controle do governo sobre a execução de construções em todo o território é bastante deficiente – não à toa vemos com frequência incidentes absurdos com obras finalizadas e em andamento. Pense bem como seria o quadro nacional com engenheiros, arquitetos e mais com pior formação. É risco para nossa segurança, sim! Risco para a nossa saúde, sim! Risco para o meio ambiente, sim! Risco para a ordem pública e à incolumidade individual e patrimonial, sim! Já explico o porquê destas afirmações.
Como é o projeto de lei apresentado à Câmara dos Deputados?
Recentemente, o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) propôs à Câmara dos Deputados, a desregulamentação de 35 profissões, incluindo profissões como a de engenheiro, notoriamente uma atividade que lida com segurança pública. O PL 3.081/2022 ainda não teve andamento, nem foi aprovado, mas já causou polêmica nas mídias – claro, como era de se esperar.
De acordo com o deputado, tal medida não oferece “(…) risco à segurança, à saúde, à ordem pública e à incolumidade individual e patrimonial”. Na visão dele, o sistema atual adotado pelo Estado impõe barreiras ao exercício de profissões. Em outras palavras, favorecendo com que certos grupos capturem por completo uma significativa fatia do mercado para seu “exclusivo usufruto”. E como se não bastasse, Mitraud ainda afirma que, ter um diploma ou fazer um exame de admissão, não necessariamente indica que o profissional é qualificado.
Imagem reproduzida de Central Vale Noticia
Eis as profissões que podem ser desregulamentadas com a PL 3.081/2022:
Arquiteto (Decreto-Lei 8620/46);
Arquivista (Lei 6546/78);
Assistente Social (Lei 8662/93);
Atuário (Decreto-Lei 806/69)
Bibliotecário (Lei 4084/62);
Corretor de seguros (Lei 4594/64);
Economista (Lei 1411/51);
Educação Física (Lei 9696/98).
Engenheiro (Decreto-Lei 8620/46);
Engenheiro de Segurança do Trabalho (Lei 7410/85);
Estatístico (Lei 4739/65);
Fisioterapeuta e Terapeuta ocupacional (Decreto-Lei 938/69);
Fonoaudiólogo (Lei 6965/81);
Geógrafo (Lei 6664/79);
Geólogo (Lei 4076/61);
Guia de Turismo (Lei 8623/93);
Jornalista (Decreto-Lei 972/69):
Leiloeiro (Decreto 21.981/32);
Massagista (Lei 3968/61);
Medico Veterinário (Lei 5517/68);
Meteorologista (Lei 6835/80);
Museólogo (Lei 7287/84);
Músico (Lei 3857/60);
Nutricionista (Lei 8234/91);
Psicólogo (Lei 4119/62);
Publicitário (Lei 4680/65);
Químico (Lei 2800/56);
Radialista (Lei 6615/78);
Relações Públicas (Lei 5377/67);
Secretário (Lei 7377/85);
Sociólogo (Lei 6888/80);
Técnico de Administração (Lei 4769/65);
Técnico em Prótese Dentária (Lei 6710/79);
Técnico em Radiologia (Lei 7394/85);
Treinador de Futebol (Lei 8650/93);
Qual a conclusão que podemos tirar disso?
Mais do que nunca, precisamos nos unir para barrar tais ideias absurdas sobre como funcionam as profissões e o próprio mercado de trabalho, bem como a necessidade de distribuição de atribuições. Não podemos permitir o enfraquecimento do ensino ou das representações e direitos dos trabalhadores. E como combater isso? Educando os civis e governantes sobre a importância do papel de cada um na sociedade. Debates são bem vindos, sem dúvidas, mas quando pertinentes. A meu ver, a proposta da PL 3.081/2022 é um dos capítulos mais lamentáveis desta nossa luta. Mas, sigamos, na resistência!
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
6 estratégias para equilibrar a vida universitária e pessoal em cursos de engenharia
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem de pixabay
O Engenharia 360 lançou na primeira semana do ano de 2023 a seguinte pergunta nas redes sociais: “Como equilibrar o tempo entre aulas de engenharia, trabalhos, estudo e vida pessoal?”. As respostas, infelizmente, não foram positivas. Muitos seguidores disseram que isso não tem como dar certo, apenas se não dormir ou fazer três clones de si.
Por outro lado, recebemos também a opinião de dois colegas redatores do 360. Ademais, coletamos outras na Internet, selecionamos e trouxemos especialmente para você. Confira no artigo a seguir!
Dicas para equilibrar seu tempo nas engenharias
“Antes de tudo, é necessário montar a sua agenda. Simples assim mesmo.
Trata-se de um caso simples de gestão do tempo.
O dia tem 24 horas para todos e é nossa responsabilidade saber como alocar cada evento em determinado horário.
Exemplo: Quando fiz faculdade, o curso era integral e tinham “janelas”. Eu me programava para estudar e fazer os trabalhos nesses horários.
Tinha que considerar o tempo de deslocamento de minha casa para a USP.
Também havia uma vida social ativa. No campus sempre havia algum evento / festa / cerveja e claro que também tinha espaço na agenda.
Tem 2 livros ótimos para quem quiser saber mais sobre ferramentas para melhoria da gestão do tempo:
“É trabalhoso, e exige bastante foco e determinação para conciliar essas áreas. Várias pessoas acabam deixando de lado uma delas para focar nas outras. Mas, assim que entendemos que nesse mundo não temos tanto tempo como imaginamos, buscamos a maneira de equilibrar, mesmo que seja difícil.” – Maurício Silva.
1. Crie um cronograma
Anote todas as suas responsabilidades e compromissos e distribua-os de maneira equilibrada ao longo da semana.
2. Estabeleça prioridades
Decida quais tarefas são mais importantes e dedicar mais tempo a elas.
Imagem de pixabay
3. Evite multitarefa
Faça uma coisa de cada vez e você terá mais foco e produtividade.
4. Faça pausas regulares
Tire um tempo para relaxar e recarregar as baterias.
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5. Peça ajuda quando precisar
Se você estiver se sentindo sobrecarregado, não hesite em pedir ajuda a amigos, familiares ou professores.
6. Não seja muito duro consigo mesmo
Lembre-se de que é humano e que precisa de descanso e lazer para manter a saúde mental e física.
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Descubra a tecnologia nuclear do Brasil que pode se tornar uma grande potência
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 2minImagem reproduzida de Escola Educação
Conforme dados da World Nuclear Association, há treze países reconhecidos internacionalmente pelo setor de energia nuclear. O Brasil é um deles! E o país desenvolveu uma nova tecnologia nuclear que pode se tornar uma grande potência. A pesquisa partiu da Marinha, que vem trabalhando para avançar no setor de energia e, por isso, inaugurou a primeira fase da Usina de Enriquecimento de Urânio, em Resende (RJ). O foco, agora, é explorar a riqueza de urânio em território nacional.
Imagem reproduzida de Click Petróleo e Gás
Por que a tecnologia nuclear é tão valorizada no mundo?
Nos últimos anos, se intensificou o discurso sobre focar, pensando na transformação climática, na produção de energias renováveis. Especialmente, com a necessidade de gerar energia limpa e de fácil acesso, a tecnologia nuclear passou a ser um tema mais recorrente nos centros de pesquisas do mundo todo. Inclusive, antes de continuar este texto, recomendamos alguns títulos do Engenharia 360:
Como funciona a nova tecnologia desenvolvida pela Marinha?
Se o Brasil possui tanto urânio, é provável que consiga dominar o ciclo completo de produção de energia nuclear. E onde a Marinha entra nesta história? Bem, na instalação, produção e comissionamento das cascatas de ultracentrífugas. Com isso, quando possa finalizar a primeira fase de Usina de Enriquecimento, o Brasil poderá ser independente de serviços externos para enriquecimento isotópico entre MB e a INB.
Este sistema de fornecimento já consta em contratos assinados pelo Brasil desde os anos 2000. Nestes documentos constam as diretrizes para a instalação de dez cascatas para o enriquecimento de urânio. Isso serviria para a geração de eletricidade como, também, para a construção de um submarino que utiliza propulsão nuclear. Para isso, seria preciso, de acordo com o Programa Nuclear Da Marinha, o domínio do ciclo do combustível nuclear e o desenvolvimento de uma planta nuclear. E já estamos a caminho!
A saber, a 10ª cascata de ultracentrífugas já foi inaugurada e conseguirá gerar 70% de energia em Angra 1.
Série ChatGPT: usar inteligência artificial pode comprometer a educação dos jovens?
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de InfoMoney
Chegamos ao fim da nossa série especial de três capítulos sobre ChatGPT. Já conversamos sobre o potencial desta tecnologia e também sobre como usá-la em nosso dia-a-dia de trabalho. Mas agora vamos nos deter a um tema mais polêmico: quais as desvantagens deste chatbot, sobretudo quando se trata da educação dos mais jovens. Parece que precisamos refletir sobre a alfabetização digital versus o desenvolvimento de habilidades como redação e pesquisa.
Os defeitos ainda existentes na ferramenta ChatGPT
Imagem reproduzida de PB Já
“(O) ChatGPT é incrivelmente limitado, mas bom o suficiente em algumas coisas para criar uma impressão enganosa de grandeza. É um erro confiar nele para qualquer coisa importante agora.” – disse Sam Altman, CEO da Open AI.
De fato, Altman tem razão. Ao longo dessas últimas duas semanas, nós mesmos, do 360, realizamos vários testes dentro do ChatGPT. Para muitas perguntas, não obtivemos respostas, ou obtivemos respostas com dados desatualizados. Informações corretas sobre personalidades, empresas e endereços, por exemplo, são praticamente impossíveis de se obter com o chatbot. Porém, todo bom pesquisador sabe que, como de praxe, é preciso sempre fazer checagens de informações, cruzando preferencialmente dados obtidos.
Isso não é um problema grave, faz parte do desenvolvimento desse tipo de tecnologia. Outros modelos de inteligência artificial já foram acusados de preconceitos de raça, gênero, cultura, entre outros. E há uma explicação para isso; é que a origem dessas fontes também precisam ser mais ricos de informações corretas e sem tal tipo de violência. Os algoritmos são justamente treinados para extrair os dados da Internet, sem julgamentos subjetivos.
Se não exercitamos o nosso raciocínio e nos deixamos simplesmente nos levar pelas respostas do ChatGPT, podemos ficar vulneráveis a erros!
Os danos causados pelo ChatGPT na educação escolar e universitária
Imagem reproduzida de O Seu Jornal
Ferramentas que possam ajudar alunos de todas as idades a economizar tempo para a conclusão de tarefas sempre foram muito bem avaliadas. Pelo menos até agora, pois o modelo da tecnologia ChatGPT praticamente impede que os professores façam a conferência em softwares anti plágio, que verificam as semelhanças entre textos ditos autorais e textos localizados em outro lugar, como sites na Internet. O problema é que as crianças e jovens de hoje já praticamente nascem nativos digitais, e por começarem tão cedo a usar as tecnologias ao seu favor, se acostumam a estas facilidades sem perceber o problema disso.
Especialistas em educacional temem que chatbots de Inteligência Artificial possam comprometer programas de ensino – sobretudo não baseados nessas tecnologias avançadas e inovadoras. IA só poderia valer para tarefas específicas, como apoio no processo de aprendizagem. Acontece que a ampla gama de tarefas oferecidas – como poder escrever textos complexos, como redações “tipo Enem” -, poderia atrair os alunos a usarem a ferramenta gratuita e acessível como um substituto da Wikipédia para fazer o dever de casa e escrever tarefas para eles.
Duas perspectivas para o futuro
Negativa
Qual o problema disso? Gerações inteiras de alunos com deficiências na aprendizagem! Ou seja, o ChatGPT pode pôr em risco a vontade dos alunos de desenvolver habilidades como leitura, escrita, compreensão e crítica – cruciais para o seu futuro. Por outro lado, há quem enxergue diferente a situação, alegando que isso é normal de tempos em tempos, com o avanço das tecnologias, e que é a pedagogia que precisa se adaptar, revisando e se adaptando ao cenário, acompanhando a evolução das diferentes ferramentas.
Positiva
Existem professores que afirmam que a ferramenta pode muito bem auxiliar na educação, até mesmo incorporada ao ensino na sala de aula. Por exemplo, usada como ponto de partida para os alunos quando eles enfrentam um bloqueio de escrita, para obter exemplos de como uma resposta deve ser, reforçando o uso de citações em trabalhos acadêmicos. Também poderia incentivar a realização de pesquisas e verificações de fatos. Quanto ao corpo docente, bastaria manter seu currículo atualizado e se colocar aberto às novas tecnologias.
E você, o que acha? Depois de todas as informações que compartilhamos, acha que o ChatGPT é mesmo uma tecnologia revolucionária? Algo que vai facilitar nosso dia-a-dia ou comprometer nossas habilidades? Escreva sua opinião na aba de comentários!
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Confira aqui o projeto da maior ponte suspensa do mundo, anunciado pelo governo italiano
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de Revista Veja
Você não vai acreditar no tamanho da próxima construção da Itália, simplesmente a maior ponte suspensa do mundo. Por certo, esta será uma obra de proporções monumentais. Infelizmente, pode ser uma tentativa do governo de usar a Arquitetura e Engenharia, como acontecia no passado, em regimes autoritários, para exaltar poder. Mesmo assim, podemos admirar o projeto desta bela infraestrutura erguida nos tempos modernos, não é mesmo?
Dados gerais sobre a próxima maior ponte suspensa do mundo
Esta possível futura maior ponte suspensa do mundo, anunciada pela Itália através do ministro da Infraestrutura do governo da ultranacionalista Giorgia Meloni, projeto de Matteo Salvini, deve ligar a ilha da Sicília ao continente, passando sobre o Estreito de Messina, desembocando na Calábria; seriam cinco quilômetros de extensão, passando o tamanho. No passado, essa era uma rota para a passagem de barcos e barris com elefantes capturados pelos romanos. Hoje esse percurso só pode ser feito contratando serviço de ferry boats.
“O transbordo das balsas, além da poluição e da perda de tempo, custa mais às pessoas em um ano do que custaria construir a ponte.”,
“Falamos há décadas em cruzar o Estreito de Messina e desde 1981 gastamos centenas de milhões de euros sem conseguir nada.”
– ministro das Infraestruturas, Matteo Salvini, em reportagem de The Guardian.
Vale destacar que este plano mirabolante já foi condenado por especialistas de diversas áreas em várias ocasiões. Primeiro por conta do valor, 2 bilhões de dólares. Depois devido à região escolhida, de grande risco de terremotos da Europa. O medo é que todo esse dinheiro seja gasto para algo que possa não ser concluído ou colocar em risco a vida de muitos, inclusive operários. Contudo, por hora, nem estas razões foram suficientes para convencer as autoridades gestoras.
A saber, em um estudo de 2021, um grupo de cientistas localizou uma falha no fundo do mar do Estreito de Messina, que causou o terremoto devastador que matou 120.000 pessoas em 1908, o maior desastre sísmico do século XX. Então, o local previsto para a construção da ponte continua a ser uma das zonas com maior risco sísmico da Europa.
Fique, agora, com imagens do projeto da futura maior ponte suspensa do mundo:
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