Para reforçar a defesa de 8,5 mil km de costa marítima, a Marinha do Brasil recentemente incorporou à sua frota, na Base da Ilha da Madeira, no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro, o primeiro dos quatro submarinos do tipo convencional adquiridos através do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Infelizmente, não podemos comemorar muito, pois a entrega ocorreu cinco anos após o prazo previsto em cronograma, impactando também a entrega dos demais submarinos. Mesmo assim, apesar de os pesares, na solenidade estavam presentes o atual Ministro da Defesa, além de representantes do Exército e da Marinha.
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O novo submarino do Brasil
O S-BR1 - também chamado de 'Riachuelo', em homenagem à Batalha Naval do Riachuelo, ocorrida em 1865, durante a Guerra da Tríplice Aliança -, opera com propulsão diesel-elétrica. Ele possui seis tubos lançadores de armas, com capacidade para lançamento de torpedos eletroacústicos pesados, mísseis táticos do tipo submarino-superfície e minas de fundo. Eis os seus dados gerais:
- 70,62 metros de comprimento,
- 62 metros de diâmetro,
- 1740 toneladas de deslocamento na superfície, e
- 1900 toneladas de deslocamento de imersão.
A saber, esse modelo de submarino, S-BR, é derivado da classe francesa Scorpène. Inclusive, faz parte de um projeto original da empresa Naval Group. Só que teve seu projeto original modificado por engenheiros brasileiros e fabricado no parque industrial do Complexo Naval de Itaguaí pela Itaguaí Construções Navais (ICN). Pode-se dizer que a construção da embarcação só foi possível graças à realização da parceria estabelecida entre o Brasil e a França, e o programa que se propõe à ampliação da capacidade de proteção da chamada Amazônia Azul, área com dimensões de 5,7 milhões de km².
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As perspectivas do Prosub
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) integra um conjunto de estratégias da Marinha para o futuro do Brasil. Por hora, ter o S-BR já é considerado um salto tecnológico para o nosso país. Mas também está previsto no projeto a construção de um submarino armado com propulsão nuclear - também chamado pela sigla SCPN; sendo que, para isso, será necessário o apoio de uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), um Estaleiro de Construção (ESC) e outro de Manutenção (ESM), além de uma Base Naval. Fora que a Política Nacional de Defesa já impulsiona a capacitação de pessoal e contribui para a soberania nacional, em sua expressão tecnológica.
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Fontes: Yahoo.
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Eduardo Mikail
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