Engenharia 360

Como funcionam os reatores nucleares?

Engenharia 360
por Redação 360
| 10/08/2022 | Atualizado em 27/01/2023 3 min
Imagem reproduzida de Editora Brasil Energia

Como funcionam os reatores nucleares?

por Redação 360 | 10/08/2022 | Atualizado em 27/01/2023
Imagem reproduzida de Editora Brasil Energia
Engenharia 360

Com toda essa crise energética que enfrentamos, é normal escutarmos, de vez em quando, sobre energia nuclear. Por consequência, também podemos ouvir sobre reatores atômicos. Sabe o que é isso? Sem problema, explicamos! Trata-se de um tipo de dispositivo usado em usinas nucleares, como você pode imaginar, para controlar a reação de fissão, que é a quebra do núcleo de um átomo instável em dois núcleos menores de bombardeamento de partículas, como nêutrons.

Um dado muito importante nessa história: quando esse processo acontece, existe a possibilidade de haver liberação de calor, usado para ferver a água cujo vapor servirá para acionar as turbinas geradoras de eletricidade. Então, o reator nuclear serve, em resumo, para controlar essa fissão. E por quê? Porque se acontece de forma descontrolada, poderia provocar uma explosão.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Como funcionam os reatores?

Reatores nucleares possuem mecanismos especiais internamente que servem para controlar e reaproveitar o máximo de geração de energia possível. Os mesmos são montados de forma intercalada, com barras de combustível físsil - normalmente de urânio enriquecido ou plutônio 239 - e barras de moderador de nêutrons - que podem ser de carbono. Nos modelos mais modernos, usa-se "água pesada" ou "água deuterada", D20, com átomos deutérios - que é um isótopo mais pesado que o hidrogênio.

reatores nucleares
Imagem reproduzida de Educacional

Veja Também: Será que o Brasil precisa de especialistas em Engenharia Nuclear?

Geração de calor

Durante o processo de fissão nuclear, os nêutrons se colidem com os núcleos dos moderadores, que absorvem os nêutrons sem sofrer fissão. O resultado é que a reação em cadeia fica controlada, pois somente um dos nêutrons liberados em cada fissão pode reagir novamente. É assim que se forma a energia em forma de calor, que eleva a temperatura da água no interior do reator - do modo como foi explicado antes.

Agora, quer saber o que acontece com o vapor de água depois? Bem, ele passa por um trocador de calor, tipo um condensador, onde o vapor é resfriado por uma fonte externa natural, tipo um grande lago. Depois, a água finalmente volta em forma líquida ao circuito. E esse processo é estimulado a se repetir infinitamente. Anote aí: é por isso que as usinas nucleares costumam se encontrar em regiões próximas ao mar. Lembra-se da usina de Fukushima, no Japão?

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Bônus | As usinas nucleares do Brasil

O Brasil possui três reatores nucleares na Usina de Angra dos Reis. Elas fazem parte da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), um complexo localizado na cidade de Angra dos Reis (RJ) que abriga as usinas Angra 1 e 2, operando a plena capacidade; já Angra 3, a terceira usina do CNAAA, ainda está em construção e o esperado é que as atividades iniciem ainda nesta década.

reatores nucleares
Imagem reproduzida de Eletrobras Eletronuclear
reatores nucleares
Imagem reproduzida de EGT – Engenharia
reatores nucleares
Imagem reproduzida de Prefeitura Municipal de Angra dos Reis
reatores nucleares
Imagem reproduzida de Exame

Fontes: UOL.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Eduardo Mikail

Somos uma equipe de apaixonados por inovação, liderada pelo engenheiro Eduardo Mikail, e com “DNA” na Engenharia. Nosso objetivo é mostrar ao mundo a presença e beleza das engenharias em nossas vidas e toda transformação que podem promover na sociedade.

LEIA O PRÓXIMO ARTIGO

Continue lendo