O mundo busca hoje alternativas mais eficazes e ambientalmente amigáveis para suprir suas necessidades energéticas. Neste contexto, a economia do hidrogênio ganhou destaque como uma boa aposta para condução de diversos projetos de engenharia. Porém, essa própria economia entrou em queda nos últimos anos, colocando em xeque a viabilidade da continuidade do uso desse elemento. 

Hidrogênio
Imagem de wirestock em Freepik

Neste artigo do Engenharia 360, exploraremos as perspectivas para o futuro da economia do hidrogênio, analisando os desafios técnicos e financeiros, além das expectativas globais.

O estado atual da economia do hidrogênio

Antes de tudo, precisamos esclarecer que o hidrogênio pode ser produzido de diversas fontes, como por meio da eletrólise da água utilizando energia renovável – o que, aliás, beneficia demais a dependência do mundo de combustíveis fósseis, contribuindo para sua descarbonização. Por tudo isso e mais, a engenharia vê hoje o elemento com bons olhos, como um vetor energético, permitindo o armazenamento e transporte da energia gerada por fontes renováveis.

A questão é que a economia de hidrogênio não está passando por um bom momento. Por motivos técnicos ou financeiros, importantes projetos no setor conduzidos na Europa, Austrália e Estados Unidos foram cancelados ou estão paralisados. Por isso, nos últimos tempos, ações de empresas do setor chegaram a cair algo em torno de 30% a 50%, refletindo o descompasso entre as expectativas iniciais e a realidade atual. Mas por que tudo isso? Bem, pode haver explicações. Confira as ideias compartilhadas no video a seguir!

Desafios técnicos

Utilizar o hidrogênio pode ser mais complexo do que parece. Um dos principais desafios é superar o risco inerente de explosões, devido à alta inflamabilidade. Além disso, o armazenamento requer condições específicas, como alta pressão ou temperaturas extremamente baixas, o que complica a logística e eleva os custos. A degradação de materiais em contato com o hidrogênio é outro obstáculo. E para completar, a eficiência nos processos de produção também é uma preocupação.

Hidrogênio
Imagem de Freepik

Em verdade, atualmente, a eficiência realista da produção de hidrogênio é menor de 40%. Todo o processo depende de metais raros e altos custos operacionais. Por isso, fica difícil para o combustível competir com outras formas de energia renovável. Aliás, segundo especialistas, com a tecnologia que temos agora, e no ritmo em que a aprimoramos, nem mesmo parece possível atingir as metas estabelecidas para 2030. Por exemplo, a Europa esperava atingir 120 GW de capacidade instalada, e apenas 0,2 estão operacionais ainda.

Imagina, precisamos construir pela frente muitas estações de abastecimento, redes de tubulação e instalações de armazenamento. Todos esses componentes demandam capital significativo!

Hidrogênio
Imagem de brgfx em Freepik

As políticas públicas na promoção da economia do hidrogênio

Talvez possamos considerar que a exploração do hidrogênio em projetos de engenharia tenha sido acertada, mas acelerada – e até precipitada – por interesses políticos e industriais. Lembrando que boa parte do hidrogênio produzido e vendido no mercado é derivado de gás natural, ou seja, proveniente de empresas do setor de combustíveis fósseis. Teoria da conspiração? Talvez não! Alguns especialistas consideram que a ideia tenha sido mesmo manipulada para parecer atraente, sem considerar quaisquer limitações práticas e financeiras. O que você acha?

Quer saber das consequências? Na Austrália, a Origin Energy já retirou da reta o seu projeto de produção de hidrogênio verde devido aos altos custos envolvidos. Assim aconteceu também na Noruega, que alegou precisa aumentar investimentos em infraestrutura e transporte para exportação. E para finalizar, o Japão e a Coreia do Sul estão preferindo alternativas mais viáveis, como o amônio verde.

Hidrogênio
Imagem de zaie em Freepik

O futuro da economia do hidrogênio

Apesar dos pesares, a engenharia ainda crê no potencial do hidrogênio e seu papel na transição energética global, especialmente em setores difíceis, como o transporte marinho. Porém, como dissemos ao longo desse texto, existe necessidade de inovação tecnológica para reduzir os custos associados à produção e armazenamento do combustível – isso inclui muita pesquisa e o desenvolvimento de novos materiais e aprimoramento de métodos produtivos, além de subsídios e créditos fiscais.

A colaboração internacional é essencial para o avanço da economia do hidrogênio! Será que um dia veremos um mundo onde conhecimentos, tecnologias e recursos sejam amplamente compartilhados? Para viabilizar novos projetos, é fundamental desenvolver um mercado robusto e sustentável, capaz de suprir a crescente demanda por hidrogênio. Mas diante das atuais tensões globais, esse modelo de comércio seria realmente viável? Deixe a sua opinião na aba de comentários logo abaixo!

Veja Também: Hidrogênio Natural como Fonte Limpa de Energia


Fontes: Space Today, ABC News, Fuel Cells Works.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

No final de 2024, o Airlander 10 (com características meio de avião, meio de dirigível) ganhou destaque no noticiário global. Isso porque o seu projeto, da Hybrid Air Vehicles (HAV), finalmente pode estar prestes a se tornar realidade, transformando de vez o setor da aviação, que busca tanto pela eficiência energética e versatilidade operacional.

O Airlander 10 poderá ser a maior aeronave do mundo, com 92 metros de comprimento – superando até mesmo os icônicos Airbus A380 e Boeing 747. O objetivo é que possa oferecer viagens de luxo aos passageiros, mas também reduzir significativamente as emissões de carbono. Saiba mais sobre essa engenharia no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Airlander 10
Imagem reprodução via Correio 24 Horas

Características de engenharia do Airlander 10

O projeto do Airlander 10 foi desenvolvido pela fábrica da Hybrid Air Vehicles em Doncaster, na Inglaterra. A estrutura é para ser feita de materiais compósitos e inflada com gás hélio não inflamável. Para voar, em princípio, deve usar quatro hélices movidas a diesel, chegando, com um teto operacional de 6 mil metros, a uma possível velocidade máxima de 130 km/h – inclusive, logo sairá uma versão híbrida e uma versão totalmente elétrica.

Em tese, a eficiência do seu sistema promete redução das emissões de CO2 em até 75% em comparação com aeronaves tradicionais – 90% se for híbrida.

Airlander 10
Imagem de Hybrid Air Vehicles reproduzida de CanalTech

Veja Também: Dirigíveis: aeronave do passado pode estar voltando com combustíveis mais seguros

Diferenciais que tornam essa engenharia especial

O Airlander 10 foi projetado para levar consigo 10 toneladas de carga ou 100 passageiros – sendo 90 assentos especiais para passeios panorâmicos. Destes passageiros, 40 poderão desfrutar de jantares exclusivos. E ainda haverá 8 quartos duplos com banheiro privativo. Mas, em geral, toda a cabine foi muito bem planejada para oferecer o máximo de conforto e luxo. Então, mesmo que a aeronave não viaje tão rápido quanto jatos executivos, deve ser uma alternativa mais ecológica e confortável – especialmente para rotas regionais.

Vale destacar que a capacidade do Airlander 10 de pousar em diversos tipos de terrenos, incluindo água, amplia ainda mais suas possibilidades de uso. Além disso, sua proposta de ser um “iate aéreo” pode atrair turistas em busca de experiências únicas durante suas viagens.

Airlander 10
Imagem de Hybrid Air Vehicles reproduzida de CanalTech

O futuro da aviação com o Airlander 10

Existe um plano da empresa HAV para serem produzidas mais de 20 unidades Airlander 10 por ano a partir de 2019, iniciando a produção em massa após a conclusão dos testes em protótipos. Em 2016, foi realizado o primeiro voo de um modelo, que apresentou mau funcionamento e precisou realizar um pouso forçado, resultando na destruição da cabine. Esse incidente levou à implementação de melhorias nessa engenharia – a exemplo de airbags infláveis para proteção da tripulação.

Assim que tudo for acertado, o primeiro destino já confirmado para expedições com o Airlander 10 é o Ártico. Depois disso, o plano é seguir para outros destinos exóticos. Segundo o CEO da fabricante, Tom Grundy, seria fácil realizar tal feito, já que a aeronave pode operar sem a necessidade de grandes aeroportos em diversos tipos de terrenos. Aliás, essa possibilidade pode beneficiar cidades e locais remotos, revolucionando o conceito de mobilidade aérea.

Airlander 10
Imagem de Hybrid Air Vehicles reproduzida de CanalTech

Fontes: O Globo, Correio Braziliense.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O que nossas casas, empresas e indústrias têm em comum? Tomadas elétricas, elas estão por toda parte! Esses dispositivos mudaram muito ao longo dos anos, tentando se adequar às novas tecnologias de eletros e eletrônicos, buscando a eficiência e atendendo às normas de segurança. Assim temos hoje os modelos 10A e 20A – está escrito nas embalagens vendidas no mercado. Mas você sabe qual a diferença? Confira a seguir, neste artigo do Engenharia 360, suas especificações e importância na instalação elétrica!

A padronização de tomadas no Brasil

Até 2011, era comum encontrar nas edificações brasileiras um número variado de tipos de tomadas. Foi então que o governo implementou um novo padrão, com três pinos, introduzindo dois tipos de tomadas, 10A e 20A, visando aumentar a segurança nas instalações elétricas. Bom, em verdade, essa mudança foi impulsionada pela necessidade das construções se adaptarem ao aumento de consumo energético.

tomadas elétricas
Exemplos de tomadas antigas | Imagem reproduzida de Guia do Buliçoso das Galáxias

Pensa bem, ambientes de prédios mais antigos costumam ter menos tomadas. Daí passamos a usar mais aparelhos em cada cômodo e que exigem diferentes capacidades de carga. O que fizemos? Colocamos vários adaptadores! E mesmo trocando a fiação e adicionando mais pontos de saída de energia, a finalização com as tomadas não era compatível diversos equipamentos. Esse uso inadequado da eletricidade causa acidentes!

Outro problema é que a falta de padrão claro de tomada dificultava a identificação das capacidades elétricas dos dispositivos, resultando em sobrecargas e riscos de incêndio. Por isso, uma mudança era necessária! Agora, tornou-se mais fácil para os consumidores identificar qual tomada usar para cada tipo de aparelho.

tomadas elétricas
Exemplo nova tomada adotada no Brasil | Imagem reproduzida de Magazine Você

Veja Também: O que é e como calcular a bitola de fiação elétrica?

As diferenças entre tomadas 10A e 20A

As tomadas 10A são as mais simples que você vai encontrar nas lojas, com diâmetro de plugues de aproximadamente 4 mm. Elas foram projetadas para suportar uma corrente máxima de até 10 amperes – por isso o nome -, ou seja, até 1270 watts em uma voltagem de 127V ou até 2200 watts em uma voltagem de 220V. São ideias para ambientes residenciais, transmitindo energia para carregadores de celular, televisores e computadores, por exemplo.

Já as tomadas 20A foram projetadas para suportar correntes mais altas, com diâmetro de plugues de aproximadamente 4,8 mm. Sua capacidade é de 20 amperes, fornecendo até 2540 watts em uma voltagem 127V e até 4400 watts em uma voltagem de 220V. Na prática, vamos usá-las para aparelhos mais potentes, como geladeiras, fornos, secadores, ar-condicionado e mais. Por isso fazem sentido não só em projetos de ambientes residenciais como, principalmente, de ambientes comerciais.

tomadas elétricas
Imagem reproduzida de Elétrica Luz

Veja Também: Tomadas e Interruptores: Quantidade Ideal por Cômodo

Escolha de tomada para cada ambiente

Cada cômodo da sua casa deve possuir equipamentos com diferentes demandas elétricas. E é preciso escolher as tomadas certas para atender esses ambientes, garantindo a funcionalidade adequada desses aparelhos, bem como a segurança elétrica do imóvel e todos seus moradores. Como dissemos antes, usar um modelo inadequado pode resultar em superaquecimentos dos fios e até incêndios. Aqui está um guia rápido:

  • Salas e quartos: 10A para televisões, computadores, luminárias.
  • Cozinha: 20A para fornos elétricos, micro-ondas e cafeteiras.
  • Banheiros: 20A para secadores de cabelo profissionais e chuveiros elétricos.
  • Lavanderia: 20A para máquinas de lavar e secadoras de roupa.

Recomendação de cargas

Você sabe identificar se uma instalação elétrica suporta uma determinada carga? Para evitar problemas, é melhor verificar a espessura dos fios condutores – se ela for insuficiente para a demanda, é necessária uma readequação de todo o circuito elétrico.

  • Fio 1,5 mm² suporta sem aquecer 15,5A;
  • 3,5 mm² suporta 21A;
  • 4 mm² suporta 28A;
  • 6 mm² suporta 36A;
  • 10 mm² suporta 50A.

Cuidados ao usar adaptadores

Atenção! Usar adaptadores e filtros – e até dar aquela “forçada” na entrada do plugue –  é desaconselhado quando se trata de conectar aparelhos mais potentes e que exigem diferentes capacidades elétricas. Isso pode comprometer a fiação elétrica da residência e aumentar o risco de acidentes. E é claro que o correto é garantir que sua instalação elétrica esteja adequada às necessidades dos aparelhos.

tomadas elétricas
Imagens reproduzidas de Mr. Home, Unicaserv e Tecoflex Store

Instalação de tomadas passo a passo

Para instalar ou substituir tomadas, algumas ferramentas são necessárias:

  • Chave Philips ou chave de fenda
  • Alicate desencapador
  • Testador de tensão
  • Equipamentos de proteção individual (EPIs)

Primeiro, remova a tomada antiga da parede. Dê uma conferida nas condições dos fios; se necessário, corte partes danificadas. Conecte o fio terra (verde ou amarelo) ao pino central da tomada; fixe os outros fios (azul, vermelho, preto ou marrom) nos pinos correspondentes. Então, já pode finalizar a instalação, parafusando tudo corretamente. E não esqueça de testar a nova instalação ligando novamente o disjuntor.

tomadas elétricas
Imagem reproduzida de Elétrica Luz

Fontes: WEG, Tramontina, G1.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Engenharia 360 quer compartilhar uma notícia surpreendente com você! Recentemente, Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, inaugurou a primeira central de usina solar do mundo capaz de operar 24 horas por dia, 7 dias por semana. Com certeza, esse feito redefine completamente o conceito de geração de eletricidade em escala global, já que prova que é possível superar um dos maiores desafios da engenharia: a intermitência de produção de energia limpa e sustentável.

Neste artigo do Engenharia 360, exploraremos os detalhes dessa iniciativa audaciosa e suas implicações para o futuro energético do planeta. Confira!

O projeto da usina solar inovadora de Abu Dhabi

Abu Dhabi investiu US$ 6 bilhões para o projeto e construção dessa usina inovadora, uma combinação de painéis solares de última geração e sistemas de armazenamento avançados (19 GWh). O resultado? Uma central capaz de gerar impressionantes 5,2 GW – o suficiente para abastecer milhões de residências -, garantindo até 1 GW de carga base, essencial para completar a rede elétrica tradicional que ainda depende de fontes fósseis, como carvão e gás.

A ideia é produzir energia à luz do dia e o excedente utilizado durante a noite. É como uma grande “caixa térmica”. Gostou do plano? É um novo padrão que deve guiar futuras instalações em todo o mundo, rumo à transição global para uma matriz mais limpa e sustentável!

maior usina solar do mundo
Imagem reproduzida de Click Petróleo e Gás

Colaboração com gigantes tecnológicos

A saber, o que proporcionou o sucesso dessa empreitada foi a parceria de Abu Dhabi com gigantes de tecnologia. Por exemplo, 2,6 GW vêm só de painéis JA Solar e Jinko Solar. Já a CATL, líder no mercado de baterias, contribui para o esquema de armazenamento; já a TopCon com um super projeto para aumentar a eficiência do sistema e diminuir sua degradação ao longo do tempo. E POWERCHINA e Larsen & Toubro desenharam a planta modelo que foi capaz de criar 10 mil empregos diretos, impactando positivamente a economia local.

Benefícios econômicos da intermitência da energia solar

Então, como sabemos, energia solar é gerada com ajuda de placas solares que captam a luz solar, que é óbvio que só está disponível à luz do dia. Os cientistas até já inventaram um modelo de placa que funciona mesmo à noite ou em dias nublados – que produziria uma luz comparada com a infravermelha nas superfícies dos painéis. Mesmo assim, os cientistas não resolveram bem essa tecnologia ao ponto que ela possa ser utilizada em larga escala. Portanto, armazenar a luz produzida no dia para uso à noite ainda parece ser a melhor alternativa!

usina
Figura meramente ilustrativa | Imagem de Freepik

Pensando bem, esse projeto de Abu Dhabi se alinha total com os objetivos energéticos dos Emirados Árabes como parte do seu plano para até 2050, reduzindo sua pegada de carbono e diversificando suas fontes de energia. Por que, sim, a engenharia amiga do meio ambiente não deve ser criticada como apologia a discursos políticos de ‘A’ ou ‘B’, mas admirada como uma estratégia de desenvolvimento econômico. Seria positivo que o Brasil também seguisse nessa linha, cada vez mais buscando substituir combustíveis fósseis por fontes renováveis!

Lembrando que estamos às vésperas da COP 30, que será realizada em novembro de 2025 em Belém, no Pará.

Veja Também:

Como funciona uma usina solar?

Conheça as principais usinas solares do Brasil


Fontes: Click Petróleo e Gás, IGN Brasil.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

As mudanças climáticas que sofremos vem causando o aumento das temperaturas na Terra. E justamente esta é uma das preocupações da engenharia, entendo que tais alterações impactam o desempenho dos projetos. A solução só pode vir de um sistema de resfriamento mais eficiente e sustentável. Por anos os cientistas trabalham para conseguir desenvolver tal tecnologia, agora apresentam um dispositivo flexível capaz de oferecer uma redução de temperatura impressionante em questão de segundos.

Estamos falando de um aparelho compacto e que se vale de um método inovador, que não depende de ferramentas complexas ou materiais poluentes. Pelo contrário, a inovação se destaca pela simplicidade e ecoeficiência. Confira detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Características do novo dispositivo de resfriamento

Hoje nós contamos com métodos tradicionais de resfriamento como ar-condicionados e resfriadores. Estes dependem da compressão de vapor e refrigerantes prejudiciais ao meio ambiente. Ademais, esses sistemas consomem muita energia e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa. Ou seja, é como você entendeu: precisamos de climatização para aguentar o calorão, sobretudo dos dias de verão, mas os climatizadores que usamos podem fazer aumentar a temperatura da Terra. Irônico, não é mesmo?

Agora, o novo dispositivo desenvolvido pelos cientistas (cuja equipe é liderada por Qibing Pei, da UCLA) é considerado ecológico e mais eficiente. O mesmo é composto de camadas finas e flexíveis – por isso o nome -, feitas de material específico (polímero) para bombear calor continuamente. Aliás, esse material é chamado de elastocalórico. E é necessário apenas 2,5 centímetros de diâmetro e 6 milímetros de espessura do mesmo, com revestimento de nanotubos de carbono em ambos os lados, para a realização mínima de aplicação e retirada da eletricidade gerada em processo de resfriamento.

A saber, é esse movimento que cria a ação que faz bombear o calor continuamente para longe da fonte.

dispositivo reflexível - resfriamento temperatura
O resfriador de estado sólido é feito de filmes flexíveis de polímero, o que facilitará sua adoção em dispositivos de vestir. – Imagem de UCLA Soft Materials Research Laboratory reproduzida via Inovação Tecnológica

Funcionamento da tecnologia inovadora

O funcionamento desse novo dispositivo reflexivo é baseado, portanto, no efeito eletrocalórico, que ocorre quando um campo elétrico altera a temperatura de um material de forma temporária. O que você vê nas imagens deste texto é o pequeno protótipo desenvolvido pelos cientistas. Devido às suas características, ele conseguiu reduzir a temperatura de seu entorno imediato em 8,9 °C e até 13,9 °C, quase 14 °C, diretamente na fonte de calor, tudo isso em curto período de 30 segundos.

dispositivo reflexível - resfriamento
Os filmes de polímero expandem-se e contraem-se para afastar o calor de uma fonte,
permitindo um resfriamento. – Imagem de UCLA Soft Materials Research Laboratory reproduzida
via UCLA Soft Materials Research Laboratory

Basicamente funciona assim: quando o dispositivo é energizado, as camadas empilhadas comprimem-se, criando um efeito que transfere o calor para longe. Então, quando a eletricidade é desligada, as camadas se separam e pressionam as camadas vizinhas; esse é o ciclo contínuo – algo que podemos chamar de “resfriamento autorregenerativo”. Resumindo, o esquem é como acordeão musical. Entende?

dispositivo reflexível - resfriamento
Imagem de Pixabay em Pexels

Vantagens sobre as tecnologias tradicionais

  • Menos impacto ambiental: Elimina o uso de gases refrigerantes prejudiciais, comuns em sistemas convencionais de ar condicionado e refrigeração.
  • Consumo energético reduzido: Funciona exclusivamente com eletricidade, sendo mais eficiente e econômico em comparação aos sistemas tradicionais.
  • Sustentabilidade reforçada: Pode ser alimentado por fontes de energia renováveis, como painéis solares, tornando-se uma solução altamente sustentável.
  • Simplicidade e manutenção: Mais simples de operar e manter do que os sistemas convencionais devido à sua construção e funcionamento inovadores.
  • Eficiência energética superior: Utiliza filmes finos para transporte de cargas elétricas entre camadas empilhadas, resultando em um resfriamento mais eficaz e com menor consumo energético comparado aos métodos tradicionais.

Potencial de aplicações do dispositivo flexível

Os cientistas estão bastante otimistas quanto à capacidade de aplicação desse novo dispositivo de resfriamento em diversas áreas.

Justamente por ser flexível, a primeira ideia é empregá-lo em acessórios vestíveis, confortáveis e acessíveis, sobretudo para pessoas que trabalham em ambientes de altas temperaturas por longos períodos, como operários da construção civil. Outra ideia é o resfriamento de eletrônicos, como smartphones e computadores, aumentando a eficiência e desempenho desses produtos.

dispositivo reflexível - resfriamento temperatura
Imagem gerada em IA de Freepik

O melhor de tudo é que se trata de uma solução sustentável! Como dissemos antes, ela não depende de gases refrigerantes e outros componentes poluentes, reduz o consumo de energia e reduz os custos de operação. Além disso, pode promover o uso de fontes de energia renováveis, como a energia solar, para alimentar o sistema. Isso é especialmente relevante em um momento em que as preocupações com as mudanças climáticas e o uso de energias limpas estão mais em pauta do que nunca.

Veja Também: Como se refrescar no verão com soluções sustentáveis e econômicas de engenharia?


Fontes: Inovação Tecnológica, Engenharia É.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado onda de calor em níveis cada vez mais intensos, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Com temperaturas frequentemente ultrapassando os 39°C, a necessidade de encontrar maneiras eficazes e sustentáveis de se refrescar se torna urgente. Neste artigo do Engenharia 360, discutiremos diversas soluções que não apenas ajudam a manter a temperatura interna agradável, mas também são econômicas e respeitam o meio ambiente. Confira!

O cenário do calor extremo no Brasil

As ondas de calor no Brasil têm se tornado mais frequentes e intensas devido a fatores climáticos e ambientais. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) tem registrado temperaturas alarmantes, como os 42°C em algumas regiões do Mato Grosso do Sul. Essa situação não apenas afeta o conforto das pessoas, mas também aumenta a demanda por energia elétrica, principalmente para o uso de ar-condicionado.

Impactos das ondas de calor

  • Aumento da demanda energética: O uso excessivo de ar-condicionado leva a um aumento significativo na conta de luz.
  • Problemas de saúde: As altas temperaturas podem causar desidratação e outros problemas relacionados ao calor.
  • Impacto ambiental: O aumento do consumo de energia contribui para a emissão de gases de efeito estufa.

Soluções sustentáveis para enfrentar o calor

Diante desse cenário, é fundamental explorar alternativas que sejam tanto econômicas quanto sustentáveis. A seguir, apresentamos algumas opções que podem ser implementadas em residências e edifícios.

1. Fachadas ventiladas

As fachadas ventiladas são uma técnica altamente eficaz para reduzir a onda de calor nas construções. Elas consistem em camadas externas com espaços de ar que agem como isolantes naturais, impedindo que a onda de calor externo penetre no interior dos edifícios. Além de contribuir para a climatização natural, essa solução reduz a necessidade de sistemas de resfriamento artificial, como ar-condicionado.

ventilação contra onda de calor
Imagem reproduzida de WebArCondicionado

2. Ventiladores com nebulizadores

Para áreas externas, como varandas, jardins e pátios, os ventiladores com nebulizadores são uma excelente alternativa. Eles funcionam liberando finas gotículas de água no ar, o que aumenta a sensação de frescor e ajuda a diminuir a temperatura ambiente. Além de eficazes, esses sistemas são de baixo custo, fáceis de instalar e possuem baixo impacto ambiental.

ventilação
Imagem de SDLION em reproduzida de Amazon

Veja Também: Aprenda a fazer tintas ecológicas de baixo custo

3. Tintas refletivas

A aplicação de tintas refletivas em telhados e paredes externas é uma solução simples, mas extremamente eficiente. Essas tintas têm a capacidade de refletir a luz solar, impedindo que a onda de calor seja absorvida pelas superfícies, o que reduz significativamente a temperatura interna. Essa técnica pode ser facilmente aplicada em construções existentes, proporcionando uma melhoria imediata no conforto térmico.

ventilação
Imagem reproduzida de R3D Engenharia

4. Painéis solares multifuncionais

Além de gerar energia limpa, os painéis solares também podem ser utilizados para criar sombra sobre telhados e terraços. Ao bloquear a radiação solar direta, eles ajudam a reduzir a temperatura interna dos ambientes. Essa abordagem é uma maneira inteligente de unir conforto térmico e eficiência energética, diminuindo a necessidade de ar-condicionado e gerando economia com a conta de luz.

ventilação
Imagem de xb100 em Freepik

5. Isolamento térmico

O isolamento térmico é outra solução importante para manter os ambientes frescos. Ele pode ser aplicado nas paredes, telhados e janelas, formando uma barreira que impede a transferência de calor do ambiente externo para o interior da construção. Além de proporcionar conforto, o isolamento térmico contribui para a redução do uso de sistemas de resfriamento, tornando o ambiente mais eficiente energeticamente.

ventilação
Imagem reproduzida de Blog da Obramax

Veja Também: Climatização: Invista em seu crescimento profissional

6. Tecnologia de arrefecimento evaporativo

A tecnologia de arrefecimento evaporativo utiliza a evaporação da água para reduzir a temperatura do ambiente. Sistemas como torres de resfriamento ou painéis evaporativos podem ser aplicados tanto em áreas externas quanto internas, oferecendo uma alternativa econômica e ecológica ao ar-condicionado. Esse processo é especialmente eficiente em regiões com ar seco, como algumas áreas do Brasil.

ventilação
Imagem reproduzida de Condair

7. Sistemas de sombras naturais

O uso de plantas e estruturas verdes para criar sombra natural é uma solução simples, mas eficaz, para reduzir a temperatura nas áreas externas de uma construção. Árvores, jardins verticais e telhados verdes não apenas oferecem um alívio térmico imediato, mas também ajudam na absorção de CO2 e contribuem para a melhoria da qualidade do ar. Além disso, esses elementos adicionam beleza e sustentabilidade ao ambiente.

ventilação
Imagem de Freepik

Implementação das soluções sustentáveis

A adoção dessas soluções requer planejamento e investimento inicial, mas os benefícios a longo prazo são significativos. Aqui estão algumas dicas sobre como implementar essas soluções:

  • Avaliação do imóvel: Antes de escolher as soluções mais adequadas, é importante avaliar as características do imóvel.
  • Consultoria especializada: Buscar orientação de profissionais da área pode ajudar na escolha das melhores opções.
  • Incentivos governamentais: Fique atento a programas governamentais que incentivam práticas sustentáveis na construção civil.

Exemplos inspiradores da Arábia Saudita

A saber, em países como a Arábia Saudita, onde as temperaturas podem superar os 45°C, a busca por alternativas ao ar-condicionado tem sido uma prioridade. O país tem investido em técnicas inovadoras de engenharia para reduzir a dependência do ar-condicionado e melhorar o conforto térmico de seus cidadãos. Algumas dessas soluções têm se mostrado extremamente eficientes e podem ser adaptadas para o contexto brasileiro.


Fontes: Capitalist.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Na última semana de 2025, vimos um avanço absurdo no setor de Inteligência Artificial. O mercado entrou em verdadeira ebulição com o anúncio do lançamento da nova IA DeepSeek-V3 e agora também com a Qwen 2.5-Max pela Alibaba Cloud.

A competição entre as gigantes chinesas provou que o domínio da mais alta tecnologia está agora no oriente e não mais no ocidente, desviando a atenção – e fazendo cair as ações – da OpenAI (dona do ChatGPT) e da Meta (dona da Llama-3.1-405B). Mas o que isso significa para o mercado global? Discutimos a questão no artigo a seguir, do Engenharia 360!

DeepSeek, a startup que abalou o mercado global

A DeepSeek, empresa fundada em Hangzhou, se tornou o assunto do momento. A empresa apresentou ao mundo seu novo modelo de IA, o DeepSeek-V3, que surpreendeu os especialistas devido ao seu alto desempenho e promessa de baixo custo de operação – pelo menos em comparação com a inteligência de sucesso ChatGPT. É claro que isso, como consequência, derrubou ações de grandes empresas de tecnologia, incluindo as da NVIDIA (que caíram 17%). Isso demonstra como a inovação e a competitividade podem influenciar drasticamente as dinâmicas do mercado.

inteligência artificial - Alibaba, Meta, Open Ai, DeepSeek
Imagem divulgação DeepSeek via IGN Brasil

A reação das gigantes da tecnologia e o lançamento da Alibaba

Óbvio que depois desse “tsunami” provocado pela DeepSeek, outras empresas chinesas iriam começar a reagir – e se as coisas já não estavam boas para o ocidente, ficaram ainda piores. A ByteDance, por exemplo, lançou uma versão aprimorada do seu modelo de IA, alegando superar qualquer outro Chatbot. E finalmente, a Alibaba, localizada na mesma cidade da DeepSeek, acelerou suas estratégias para apresentar o mais rápido possível uma solução competitiva, após investir pesado em sua divisão de computação em nuvem e reduzir os preços de seus modelos em até 97% para atrair investidores.

Assim foi lançado o Qwen 2.5-Max, o novo modelo de IA da Alibaba, batendo de frente com a DeepSeek, OpenAI e Meta. A big tech chinesa garante que seu produto oferece mais vantagens em benchmarks essenciais para o mercado de Inteligência Artificial Generativa – será mesmo? Bem, todavia, isso veio para acirrar a competição. Com mais essa empresa no páreo, sem dúvidas, deve haver um enfraquecimento nas concorrentes americanas.

inteligência artificial - Alibaba, Meta, Open Ai, DeepSeek
Imagem divulgação Alibaba via DigiAlps LTD

Veja Também: O que é o DeepSeek e por que está dominando o mercado?

Comparação com concorrentes

A Alibaba destacou que seu modelo obteve pontuações superiores em testes e que pode competir em preço com a concorrência chinesa:

  • Qwen 2.5-Max
    • Desempenho: Superior ao GPT-4
    • Preço: Reduzido em até 97%
  • DeepSeek-V3
    • Desempenho: Alto desempenho
    • Preço: Baixo custo
  • Modelo o1 (ByteDance)
    • Desempenho: Comparável ao GPT-4
    • Preço: Não divulgado

Diante desse cenário, já se pode ver uma movimentação também das empresas Tecent e Baidu, cortando custos dos seus modelos para tornar a IA mais acessível para uma ampla gama de usuários e startups. Esse movimento pode redefinir os rumos do mercado de tecnologia!

Por enquanto, as gigantes do Vale do Silício alegam violação de propriedade intelectual. A OpenAI levantou suspeitas de que a DeepSeek poderia estar usando técnicas de “destilação” para treinar seus modelos com base em tecnologias suas, o que violaria seus termos de serviço.

inteligência artificial - Alibaba, Meta, Open Ai, DeepSeek

Os rumos da IA e possíveis consequências para os consumidores

Essa questão legal ainda vai dar muito o que falar! Por medo de perder mercado, as empresas de tecnologia vão se esforçar como nunca para suportar umas às outras com inovações constantes em Inteligência Artificial. Mas nessa ganância, podem passar por cima de questões importantes, como propriedade intelectual, infringindo direitos autorais, assim como a OpenAI acusa a DeepSeek.

No fim das contas, quem vai dominar o mercado de IA? Bom, cada dia nos trará novas surpresas!

Por hora, fica claro que as empresas chinesas têm grande poder de competição, sabendo enfrentar com tranquilidade as gigantes americanas. O que pode acontecer é o mercado ficar mais fragmentado e menos dependente das tecnologias ocidentais; e para nós, consumidores, essa guerra pode até ser benéfica. Agora, será que desse jeito que está, com as empresas baixando preços e ampliando o leque de opções, não ficará comprometida a sustentabilidade desses negócios a longo prazo?

Bom, o que já sabemos? Num primeiro momento, as empresas americanas vão reavaliar suas estratégias para tentar voltar a uma posição dominante. A Alibaba tem poder financeiro e infraestrutura para continuar em destaque. E a DeepSeek deve continuar se consolidando como uma das principais forças do setor de tecnologia. Aliás, seu fundador expressou em entrevistas ambições para alcançar a Inteligência Artificial Geral (AGI), sistema autônomo capaz de superar humanos na execução de tarefas complexas.


Fontes: InfoMoney, O Globo, Exame, CNN Brasil.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A tecnologia de Inteligência Artificial tem mudado completamente o cenário da economia, impactando setores como Engenharia e Medicina. Aliás, por falar nisso, a empresa de pesquisa americana Grand View Research divulgou recentemente um relatório que aponta que até 2030 o mercado de saúde com IA deve alcançar US$ 187,7 bilhões. Esse modelo de negócio deve substituir os já existentes, oferecendo abordagens mais proativas e preditivas.

Estamos falando da IA sendo utilizada não só nas fábricas, ajudando a criar componentes, mas nos hospitais, lidando com o cuidado dos pacientes, os diagnósticos de doenças, o tratamento e a gestão de medicamentos. Essa ideia parece utópica, mas já está se tornando realidade. E o benefício é nós termos cada vez mais decisões bem informadas e assertivas quando se trata de saúde. Inclusive, podemos considerar usar sistemas de inteligência para prever e mitigar pandemias.

medicina com inteligência artificial
Imagem meramente ilustrativa | Figura gerada em Koala IA

Bom, sabemos o quanto a Covid-19 impactou o mundo, assustando especialmente a China, onde o caso número um surgiu. Talvez por isso o país investiu tanto na construção do primeiro hospital movido por IA. E olhando para esse caso podemos indagar: será que estamos no caminho certo contra as doenças emergentes? Debatemos essa questão no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Os impactos da Inteligência Artificial na Medicina

Segundo os cientistas, a Inteligência Artificial vem impulsionando tratamentos mais personalizados e em tempo real. A tecnologia também está mudando a forma como entendemos a biologia das doenças e patologias dos pacientes. O campo de pesquisa e desenvolvimento de soluções científicas nunca esteve tão acelerado. E tudo tem a ver com a capacidade das IAs de processar grandes volumes de dados multidimensionais. Desse jeito, será cada vez mais fácil obter respostas para a criação de vacinas ou medicamentos.

Atualmente, tecnologias baseadas em IA estão sendo implementadas em diversos domínios do setor de saúde. Isso inclui assistentes virtuais, cirurgias assistidas por robôs, gestão de sinistros, cibersegurança e gestão de pacientes. Novas startups surgem todos os dias, várias delas – como Activate Health, Kahun, Likeminded e Pharmarun – dedicadas a promover a inovação e eficiência no mercado via plataforma de saúde com IA. E ainda vale citar grandes parcerias bilionárias, como a que a Amazon fez com a Anthopic para gerar soluções para a área da saúde.

IA em cirurgias assistidas por robôs

Desde 2023, procedimentos cirúrgicos realizados com ajuda de robôs têm aumentado expressivamente. Especialistas garantem que o número de casos deve seguir aumentando a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de destaque até 2030. O objetivo dos hospitais e clínicas é reduzir casos de erro humano e complicações pós-operatórias. E neste contexto, a Inteligência Artificial deve desempenhar um papel importante na melhoria da qualidade de atendimento e no aumento da eficiência do sistema de saúde global. 

medicina com inteligência artificial
Imagem meramente ilustrativa | Figura gerada em Koala IA

A nova era dos hospitais com IA na China

Certamente ninguém deseja vivenciar outra vez um surto epidêmico. Lembrando bem que durante o pico da Covid-19 todo o sistema de saúde global entrou em colapso, ficando sob muita pressão devido ao aumento da demanda por serviços médicos. Já se fosse hoje, mesmo que poucos anos depois, as novas tecnologias baseadas em IA poderiam aliviar demais essa carga. Pensando nisso, a China começou a investir em hospitais com Inteligência Artificial.

medicina com inteligência artificial
Imagem meramente ilustrativa | Figura gerada em Koala IA

O primeiro deles foi inaugurado em 2024, o Agent Hospital, localizado em Pequim. Seu funcionamento conta com 14 médicos robôs e 4 enfermeiras virtuais, atendendo milhares de pacientes por dia – um volume que levaria bem mais tempo se a instituição contasse apenas com médicos humanos. O surpreendente é que a taxa de precisão desse sistema é de 93,06% nos exames. Podemos considerar, portanto, que tal modelo deve servir de exemplo para programas de acessibilidade médica ao redor do mundo – quem sabe podemos sonhar com um SUS no Brasil ainda mais eficiente.

O futuro da Medicina global com as IAs

A introdução da Inteligência Artificial e da robótica em hospitais parece ser bastante positiva. Para começar, aliviando a pressão de trabalho de médicos e enfermeiros, permitindo que esses profissionais se concentrem melhor em tarefas mais complexas, deixando para a computação resolver aspectos rotineiros da assistência aos pacientes. Sim, a IA será apenas uma ferramenta complementar das atividades de saúde!

Justamente por tudo isso, os países precisam criar regulamentações adequadas para garantir que essas tecnologias sejam utilizadas de maneira ética e segura. E há outros desafios ainda a serem superados pela frente. Por exemplo, o custo de infraestrutura e treinamento para integração de Inteligência Artificial e robôs dentro de hospitais e clínicas de saúde. 

medicina com inteligência artificial
Imagem meramente ilustrativa | Figura gerada em Koala IA

Veja Também: Pequim projeta primeiro hospital com IA do futuro


Fontes: Grand View Research, The Daily PEC.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações do Brasil (Anatel) declarou que passará a dividir em 2026 a faixa de 6 GHz entre o Wi-Fi e a telefonia móvel, o que gerou muitas reações, sobretudo de provedores de Internet. Mesmo que você não entenda nada de Telecomunicações, precisa estar atento a essa notícia. Isso porque tal medida deve afetar diretamente seu acesso à Internet ou qualquer plano de inclusão digital em nosso país.

faixa de 6 GHz
Imagem divulgação Anatel via O Globo

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar os detalhes dessa mudança, as reações de diferentes envolvidos e o impacto esperado. Confira!

O que significa “faixa de 6 GHz”?

Faixa de 6 GHz refere-se a um espectro radioelétrico. Desde 2020 ela é utilizada aqui, no Brasil, exclusivamente para redes Wi-Fi. Basicamente esse modelo se tornou pilar da conectividade sem fio no país, permitindo que em residências e empresas a transmissão de dados seja mais rápida e eficiente. Inclusive, isso tem sido crucial para a implementação por aqui de tecnologias emergentes, como Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7. Então, para acessá-la, bastava usar equipamentos compatíveis, sem a necessidade de licenciamento.

Vale destacar que, até agora, esse espectro era base para os planos de expansão de conexões de Internet das operadoras no Brasil, especialmente em áreas com pouca infraestrutura de rede fixa.

faixa de 6 GHz
Imagem reproduzida de Ezurio

Veja Também: Nova frequência de Wi-fi de 6 GHz é anunciada nos EUA

Qual a decisão controversa da Anatel?

Em dezembro de 2024, a Anatel começou a anunciar essa divisão da faixa de 6 GHz. Segundo o órgão, 60% dessa rede será destinada para uso de telefonia móveis. Qual o motivo? Bem, no discurso, diz-se que os provedores de Internet no Brasil não vêm investindo adequadamente nessa faixa – pelo menos não o suficiente para justificar seu uso exclusivo.

Logo os especialistas começaram a manifestar suas opiniões. A decisão foi amplamente criticada pelas entidades do setor, como a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint). Todos argumentam que a medida será um retrocesso na inclusão digital no país. Muitos até preveem uma completa mudança no mercado de Wi-Fi, com operadoras que adquiriram concessão de uso da faixa indo para leilão – será que podemos prever um cenário de mais monopólio no setor?

faixa de 6 GHz
Imagem de Freepik

Quais as consequências para os usuários de provedores?

O que está em jogo são os preços dos planos de Internet!

Se você acessa sinal de Wi-Fi fornecido por uma operadora que usa espectro 6 GHz, pode ser que fique sem o serviço até 2026. As empresas que serão mais atingidas serão aquelas de menor capital. Certamente as operadoras móveis levarão mais vantagem em relação a outros serviços oferecidos. E, finalmente, veremos um retrocesso maior no acesso à Internet na população de baixa renda e pequenas empresas que depende desse tipo de rede.

A saber, segundo a Abrint, a rede sem fio representa quase 90% do tráfego de Internet no país e é o meio mais utilizado por escolas e pela população mais pobre.

faixa de 6 GHz
Imagem de Freepik

Qual pode ser o futuro do Wi-Fi no Brasil?

A crise em torno da faixa 6 GHz no Brasil está apenas começando. Infelizmente, essas decisões que estão sendo tomadas agora devem afetar a vida dos brasileiros por muitos anos – impactando até no setor político. Nosso país segue o “mau exemplo” da China e de países membros da União Europeia, que defendem o modelo híbrido, que mescla o uso da faixa entre Wi-Fi e telefonia móvel. Mas já existe um movimento contra, tentando barrar na justiça essas medidas da Anatel.

A Abrint entrou com um recurso para tentar anular a decisão, argumentando que a mudança prejudica a inclusão digital e não leva em consideração o impacto regulatório e as alternativas de convivência entre Wi-Fi e telefonia móvel. Além disso, a entidade destaca que a decisão foi tomada sem uma análise completa dos impactos econômicos e sociais da medida, como exige a Lei nº 13.848/2019. Ou seja, falta transparência no processo!

Outras entidades também estão se juntando à Abrint na causa. Eles pedem uma discussão mais ampla entre todos os envolvidos, incluindo a população; e exigem uma Análise de Impacto Regulatório (AIR).


Fontes: TecMundo, MSN, InforChannel.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Os supercomputadores são máquinas extraordinárias desenvolvidas pela engenharia de computação, projetadas especialmente para executar bilhões ou trilhões de processamentos de dados por segundo. Para isso, vão utilizar várias CPUs, memórias e núcleos de processamento, dividindo as tarefas complexas solicitadas em partes menores até conseguí-las resolver simultaneamente – é o que os cientistas chamam de “processamento paralelo”.

Graças a essa incrível capacidade, os supercomputadores podem ser usados em diversas áreas, desde previsão do tempo até pesquisa médica, oferecendo soluções rápidas para o que a computação comum não consegue resolver. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

supercomputador
Imagem de LeRoy N. Sanchez, Records Management, Media Services and Operations, em Wikipédia – httpspt.m.wikipedia.orgwikiFicheiroRoadrunner_supercomputer_HiRes.jpg

Quando os primeiros supercomputadores foram montados?

Segundo os historiadores, os primeiros supercomputadores foram desenvolvidos na década de 1960 pela empresa IBM, como o 7030 Stretch, com o objetivo de auxiliar nos cálculos militares. Com o tempo, seu uso expandiu para outras áreas científicas e industriais; a evolução contínua das tecnologias permitiu que esse tipo de máquina se tornasse mais acessível. Hoje, por conta do avanço das IAs, há uma crescente necessidade de desenvolver e implantar novos supercomputadores.

Exemplos de máquinas

  • Santos Dumont (Brasil): um dos mais potentes da América Latina, com capacidade de resolver bilhões de equações por segundo.
  • Dragão (Petrobras): utilizado para processamento de dados geofísicos na exploração de petróleo.
  • Fugaku (Japão): um dos mais rápidos do mundo, fabricado pela Fujitsu.
  • Jaguar (EUA): supercomputador do Laboratório Nacional de Oak Ridge.
  • Deep Blue (IBM): famoso por vencer o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em 1997.

Como funcionam os supercomputadores?

Os supercomputadores são sistemas computacionais que possuem desempenho excepcionalmente alto. Como dito antes, eles são equipados com múltiplas CPUs (Unidades Centrais de Processamento), com muita memória, núcleos potentes. A saber, a velocidade de processamento obtida é medida em FLOPS (operações de ponto flutuante por segundo). Inclusive, os modelos mais avançados vão alcançar centenas de petaflops, ou seja, quadrilhões de cálculos por segundo.

Por exemplo, um processador Intel Core i7 pode atingir cerca de 100 gigaflops, enquanto um supercomputador como o Fugaku, da Fujitsu, pode operar a impressionantes 442.010 petaflops!

No coração desses supercomputadores está a memória RAM (de centenas de terabytes), que suporta grandes volumes de dados. Núcleos potentes aumentam a capacidade dos processadores, que trabalham em sua parte da tarefa ao mesmo tempo. Todos esses componentes vão trabalhar juntos até resolver questões complexas relacionadas às aplicações. Quanto ao sistema operacional utilizado, é especializado – geralmente uma versão otimizada do Linux, para maximizar o desempenho.

Vale citar aqui o modelo Pégaso, da Petrobras, que possui mais de 678 TB de RAM e mais de 233 mil núcleos.

Para que são usados os supercomputadores?

Atualmente, os supercomputadores são utilizados em diversas áreas de pesquisa e indústria, incluindo:

  • Mecânica quântica
  • Modelagem molecular
  • Previsão do tempo
  • Simulações físicas
  • Pesquisa de fusão nuclear
  • Processamento sísmico
  • Análise de dados geológicos
  • Localização de reservas naturais
  • Desenvolvimento de vacinas e medicamentos
  • Treinamentos de IA
  • Aprendizado de máquina
  • Aprimoramento de algoritmos
  • Segurança digital
  • Criação de códigos criptografados
supercomputador
Imagem de NASA Ames Research Center, Tom Trower em Wikipédia – httpspt.wikipedia.orgwikiSupercomputador#mediaFicheiroUs-nasa-columbia.jpg

Quais são os principais tipos de supercomputadores?

Na engenharia, os supercomputadores são classificados em várias categorias com base em suas configurações e propósitos:

  • Para fins especiais, projetados para resolver problemas específicos, como jogos de xadrez.
  • Vetoriais, utilizando CPUs com matrizes vetoriais para otimizar o desempenho em tarefas que exigem processamento intenso.
  • Virtuais, armazenando e processando dados de modo eficiente sem a necessidade de um hardware físico extenso.
  • Várias máquinas (clusters) interconectadas, trabalhando juntas para realizar tarefas complexas.
supercomputador
Imagem de Argonne National Laboratory’s Flickr page em Wikipédia – httpsen.wikipedia.orgwikiFileIBM_Blue_Gene_P_supercomputer.jpg

Como os supercomputadores são construídos?

Supercomputadores precisam de enormes espaços para operar e sistemas de refrigeração avançados para dissipar o calor gerado pelo processamento interno. Na engenharia de computação, estão classificados dois tipos de configurações para essas máquinas. O primeiro se vale de diversos computadores interligados em rede, compartilhando a capacidade de processamento. Já o segundo é monolítico, com uma mesma unidade com vários processadores e uma super memória.

O que esperar do futuro dos supercomputadores?

É claro que a cada nova geração, os supercomputadores ficam mais rápidos e eficientes. No futuro, essas máquinas serão ainda mais poderosas e vão desempenhar um papel ainda mais vital na pesquisa científica e tecnológica – os especialistas acreditam que as IAs e Big Data vão impulsionar o seu uso. E a expectativa é que os exaflops se tornam o novo padrão nas simulações científicas.

supercomputador
Imagem de U.S. Department of Energy em Wikipédia – httpsen.wikipedia.orgwikiSierra_supercomputer#mediaFileSierra_Supercomputer_(48002385338).jpg

Um campo muito promissor é o da computação quântica. Empresas como Google, IBM e outras gigantes da tecnologia estão investindo pesado nesse setor. E outro exemplo moderno que podemos citar é o trabalho da IBM com o supercomputador Summit, usado para resolver problemas de engenharia de energia e biomedicina.

Veja Também:

Conheça o novo Supercomputador da Unicamp

Conheça o Supercomputador Brasileiro Santos Dumont


Fontes: Olhar Digital, Tecnoblog, TechTudo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.