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Dirigíveis: aeronave do passado pode estar voltando com combustíveis mais seguros

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Por: Redação 360 | Em: | Atualizado: 22 meses atrás | 1 min de leitura

Imagem reproduzida de Blogs e Colunas – Globo

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Sim, dizem que os dirigíveis, um tipo de aeronave, sucesso no passado, parecem estar deixando os museus para voltar às nossas vidas. Mas muita gente não acredita nisso, sobretudo porque, conforme a sua opinião, os trágicos acidentes com dirigíveis ainda estão muito "frescos" na memória coletiva. Tanto é que, por isso, o seu uso passou a perder destaque desde os anos de 1930. Porém, o jogo pode virar agora, com o avanço das tecnologias. Saiba mais no texto a seguir!

Como eram os dirigíveis no passado?

Os dirigíveis sempre foram atraentes desde a sua criação, em 1852. Porque são aeronaves leves - mais que o ar. Sua engenharia se baseia no seguinte funcionamento: em que um gás de elevação menos denso que o ar circundante, que mantém a estrutura voando. Que gás seria este? Bom, na época, a resposta dos cientistas era limitada a hélio ou hidrogênio. E o experimento deu certo, levando os dirigíveis serem utilizados para publicidade e como meio de transporte de passageiros, inclusive na Segunda Guerra Mundial.

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Imagem reproduzida de hypeness
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Imagem reproduzida de hypeness
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Imagem reproduzida de hypeness

Depois dos anos de 1930, após acidentes, as pessoas já não enxergavam mais a tecnologia com os mesmos olhos. Além disso, houve um salto no desenvolvimento da própria tecnologia dos aviões e helicópteros. E, por fim, manter os dirigíveis funcionando não era viável economicamente. Não quer dizer que eles sumiram, mas foi praticamente isso!

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Imagem reproduzida de super.abril

Então, existem dirigíveis ainda no mundo?

Sim, existem! Dados de 2021 apontavam que existem 25 dirigíveis em todo o mundo; contudo, só a metade está em uso. No Brasil, por exemplo, há um único regulamentado para voar. O modelo utilizado pelo piloto Feodor Nenov permite voo semelhante ao que o inventor brasileiro Santos Dumont fez nos céus da França, em 1898.

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Imagem reproduzida de Airway

Temos que esclarecer que esses novos dirigíveis são utilizados para:

  • monitoramento aéreo,
  • publicidade,
  • e transmissões de televisão em eventos esportivos.

Hoje, em nosso país, as empresas Engevix e Space Airships do Brasil vem desenvolvendo dirigíveis para transporte de grandes cargas. Já tivemos também, nos anos sessenta, o Projeto Aurora, liderado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, para o desenvolvimento de veículos aéreos para segurança pública, levantamentos agrícolas, e mais. Em 2002, o dirigível Pax Rio auxiliou no policiamento da cidade do Rio de Janeiro. E há um plano das Forças Armadas Brasileiras em utilizar dirigíveis para vigilância de fronteiras, em projetos como Amazônia Verde e Amazônia Azul.

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Imagem reproduzida de aeroflap

Eis os tipos de dirigíveis já desenvolvidos pela Engenharia:

  • Rígido: com armações rígidas que contêm várias cavidades;
  • Não rígido: que usa uma quantidade de pressão excessiva para manter sua forma;
  • Semirrígido: recorrem à pressão interna para manter a forma, mas possuem algumas armações articuladas em torno do fundo do balão;
  • "Metal-clad": com características dos dirigíveis rígidos e não rígidos;
  • Híbrido: combina características de ser mais pesada que o ar e mais leve que a tecnologia aérea.

Por que os pesquisadores apostam na volta dos dirigíveis?

Há muito tempo os cientistas fazem o possível para contornar as deficiências da tecnologia dos dirigíveis. Na memória, não se esquece o momento trágico do acidente de 1937, na Alemanha, em que o dirigível Hindenburg pegou fogo, matando 36 pessoas. O que aconteceu na ocasião é que o gás hidrogênio - um elemento altamente inflamável - usado na aeronave, para mantê-la no ar, incendiou por conta do rompimento de um dos tanques de combustível. Assim ficou relacionada à ideia de que os dirigíveis são um 'risco de morte'.

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Imagem reproduzida de Wikipédia

Mas, bem verdade, além desse problema do hidrogênio ser inflamável, o hélio - segunda alternativa, que não inflama e que tem 92,7% da capacidade de impulsão do hidrogênio - pode custar US$ 100 mil por viagem. Talvez a solução esteja na proposta da companhia espanhola Air Nostrum, que quer entregar até 2026 dirigíveis híbridos. Já Sergey Brin, co-fundador do Google, vem investindo no projeto Pathfinder 1, sendo um dirigível movido por baterias elétricas feitas de hidrogênio, mais leves e potencialmente mais duradouras e mais baratas do que as de íon de lítio, usadas atualmente.

Por que o empresariado tem tanta intenção de apostar nos dirigíveis do futuro? Bom, sobretudo para suprir as necessidades do mercado por mais ofertas de transporte de cargas, como substituto aos caminhões. Mas e os trens e aviões? Os especialistas lembram que os dirigíveis não dependem de trilhos ou aeroportos. E, para finalizar, essas aeronaves poderiam reforçar economias através do setor do turismo de luxo. A empresa OceanSky Cruises, com sede na Suécia, aposta nisso, prevendo viagens já em 2024 a valores em torno de R $913.000.

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Imagem reproduzida de VEJA

Fontes: Wikipédia, Mega Curioso, Veja.

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