A área médica tem sofrido uma grande transformação por conta da inovação tecnológica, isso inclui o lançamento e o aprimoramento das inteligências artificiais. Recentemente, a China surpreendeu a todos com uma notícia de que planeja para o segundo semestre de 2024 um novo hospital para Pequim que será o primeiro hospital com IA do mundo, ou seja, totalmente operacionalizado por IA. Seu projeto está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Tsinghua e poderá beneficiar cerca de 10 mil pacientes por dia. Saiba mais sobre essa iniciativa no texto a seguir, do Engenharia 360!
Estrutura e funcionamento do primeiro hospital com IA
O "Agent Hospital" pode revolucionar o atendimento médico, inspirando um novo modelo de trabalho, mais preciso e eficaz. A ideia da sua construção partiu anteriormente por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. Por lá, os cientistas criaram o conceito de "cidade de IA", chamada Smallville, onde 25 bots programados com o modelo de linguagem GPT-3.5 da OpenAI interagiam autonomamente, vivendo e evoluindo em um ambiente virtual - semelhante ao popular jogo The Sims.
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Foi esse projeto americano que inspirou a equipe de cientistas liderado por Liu Yang. Em Tsinghua, eles desenvolveram o plano para o hospital com IA de Pequim. Na simulação, médicos, enfermeiros e pacientes virtuais - todos operados por bots de IA - realizaram diagnósticos, tratamentos e acompanhamentos de diversas condições médicas.
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Da simulação para prática
Agora a ideia é aplicar a tecnologia em casos reais, com foco em atendimento mais rápido e eficiente - a um nível hoje impossível para clínicas tradicionais. Na prática, isso reduziria drasticamente o tempo de espera e otimizaria o fluxo de consultas. O nível de precisão nos diagnósticos, via IA (com acesso a vasto banco de dados médicos e capacidade avançada de processamento de informações) poderia chegar a quase 95%.
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O interessante é que dentro desse hospital com IA seria necessário o trabalho somente de 14 médicos e 4 enfermeiros virtuais, encarregados de diagnosticar doenças e formular planos de tratamento detalhados, além de fornecer suporte diário aos pacientes. Com as novas tecnologias, seria possível atingir em poucos dias um número de atendimentos que só conseguiria em anos.
Benefícios para profissionais e pacientes
O modelo de hospital com IA desenvolvido na China pode oferecer vários benefícios para profissionais da saúde e seus pacientes, incluindo:
- Simulação ampliada de uma infinidade de sintomas e doenças, permitindo que os médicos em formação tenham oportunidade de aprimorar suas habilidades e desenvolver competências em um ambiente seguro.
- Atendimento personalizado, com os pacientes recebendo um plano de tratamento individualizado, considerando suas necessidades específicas e histórico médico.
- Rapidez nas triagens de pacientes em consultas virtuais, bem como em diagnósticos e tratamento de condições graves.
- Saúde mais acessível à população via telemedicina, especialmente para aqueles que vivem em áreas remotas ou com acesso limitado a serviços médicos tradicionais.
- Prevenção da propagação de doenças infecciosas e auxílio mais preciso do desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle, diminuindo a incidência de doenças e a promoção da saúde pública, em geral.
Desafios, legalidade e considerações éticas
Como era de se esperar, é claro que a notícia do lançamento do primeiro hospital com IA do mundo já gerou muitos debates, sobretudo com relação às questões éticas e legais. Por exemplo, em caso de erro médico, quem seria responsabilizado? O profissional ou a Inteligência Artificial? A IA ou seus desenvolvedores humanos? Lembrando que hoje ainda enfrentamos casos de "alucinações de IA", onde os bots de IA geram informações incorretas ou enganosas, representa um risco significativo aos pacientes.
Agora, podemos olhar a situação por um ângulo mais positivo. Esse case pode ser a primeira de uma série de inovações importantes para a transformação da medicina no mundo. Já é uma realidade a IA, por exemplo, auxiliando no estudo de formulação de remédios, entrando em fase de testes clínicos. E a colaboração entre médicos humanos e robôs é o próximo passo, redefinindo os atendimentos.
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Neste contexto, os "médicos de IA" poderão realizar tarefas rotineiras e repetitivas, liberando os profissionais humanos para focar em casos mais complexos e em aspectos de cuidado que requerem empatia e julgamento clínico.
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Fontes: Terra, Extra Globo.
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Eduardo Mikail
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