Em novembro de 2024, o NYU Langone Health, de Nova York, compartilhou com o mundo uma história que revela o avanço da engenharia na medicina, oferecendo esperança para milhões de pacientes. Parece que em outubro de 2023 os cientistas conseguiram realizar o primeiro transplante duplo de pulmão do mundo totalmente realizado por robôs. Assim, podemos estar diante do começo de uma nova era nas cirurgias minimamente invasivas. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!
A história de Cheryl Mehrkar
Cheryl Mehrkar foi a personagem principal desta história. Sua jornada é um testemunho inspirador da luta contra a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e a capacidade da tecnologia de transformar vidas.
A mulher de 57 anos enfrentava problemas de saúde há décadas e já havia perdido a esperança de voltar a respirar com facilidade. Antes disso, ela era uma pessoa com vida ativa, praticando motociclismo, mergulhos e até lutas de karatê. Porém, viu sua realidade mudar com o diagnóstico da DPOC em 2010. A inflamação obstruiu o fluxo de ar nos pulmões, levando a dificuldades severas, condição que se agravou após contrair COVID-19 em 2022.
Depois de tudo isso, os médicos entenderam que a única forma de Cheryl recuperar sua qualidade de vida era passando por um transplante de pulmão. Ela finalmente se tornou elegível em 2023. Mas, além do que se imaginava, ela foi escolhida para ser a primeira pessoa a realizar um transplante duplo de pulmão feito por robôs, com auxílio do sistema Vinci Xi, permitindo uma recuperação mais rápida e menos dolorosa. Pode-se dizer que o sucesso dessa empreitada é um marco na história da engenharia!
O procedimento inovador no NYU Langone Health
É claro que toda cirurgia de transplante é uma operação desafiadora, exigindo muita habilidade e precisão médica. Acontece que agora esses profissionais podem contar com os robôs para realizar esses procedimentos de maneira mais eficiente, com menos trauma para os pacientes.
No caso de Cheryl Mehrkar, a cirurgia foi conduzida pela equipe da Dra. Stephanie Chang, uma renomada cirurgiã do NYU Langone Health; foram seis meses de preparação meticulosa, com três transplantes simples de teste nas semanas anteriores para aperfeiçoamento da técnica. O procedimento então foi considerado o primeiro a utilizar o sistema da Vinci Xi, composto por braços robóticos. Ele levou cerca de sete horas, com incisões entre as costelas muito menores do que as exigidas por métodos tradicionais.
Funcionamento do sistema da Vinci Xi
Durante a cirurgia de Cheryl Mehrkar, o sistema da Vinci Xi, com robôs, foi operado pelos cirurgiões de forma controlada e precisa, tudo isso por meio de uma estação de console. Os braços mecânicos foram inseridos no corpo da paciente por pequenas incisões (de cerca de 5 cm); assim, todo o procedimento foi realizado de maneira menos invasiva. Segundo especialistas, o método representa menos risco de infecção, menos dor pós-operatória e uma recuperação mais rápida.
Vale destacar que o uso de robôs também diminui o tempo de cirurgia, aumentando as chances de sucesso na operação. E para Cheryl, a melhor parte foi ouvir, após acordar, que o transplante havia sido um sucesso completo. Sua recuperação foi impressionante. Em poucos dias, ela já estava se levantando e caminhando pelo hospital.
O futuro dos transplantes robóticos
Agora que a medicina já ultrapassou a marca do primeiro transplante duplo de pulmão feito por robôs, podemos vislumbrar novas possibilidades para os procedimentos cirúrgicos no futuro. Esse pode ser o primeiro passo para a realização de transplantes mais complexos, mas minimamente invasivos, aumentando a taxa de recuperação, o controle da dor pós-operatória e a qualidade de vida dos pacientes. E as expectativas só devem aumentar com os avanços tecnológicos!
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