Nos últimos anos, temos ouvido demais sobre Inteligência Artificial e seus impactos no mundo. De fato, essa é uma das inovações tecnológicas disruptivas mais incríveis da história. Imagine que os modelos atuais podem imitar comportamento humano e transformar inúmeros setores da sociedade, incluindo a engenharia. Mas saiba que IA não é coisa nova. E, na verdade, sua história é rica e complexa, envolvendo uma série de contribuições de pensadores e cientistas ao longo de décadas.

Ficou curioso para saber como foi essa evolução da Inteligência Artificial? Confira neste artigo do Engenharia 360 como foi sua origem, desde suas raízes na Grécia Antiga até os avanços revolucionários que moldam a vida como a conhecemos hoje.

Mitos sobre a origem da Inteligência Artificial

Antes de tudo, queremos lhe fazer uma pergunta: será que Inteligência Artificial é mesmo inteligente e artificial? Reflita sobre essa questão e continue sua leitura!

Os gregos já alimentavam no passado a ideia de criar seres artificiais que pudessem imitar as capacidades humanas. Artesãos e mitólogos imaginavam que era possível, de algum modo, desenvolver essas criaturas via mecânica. Prova disso é a descrição que davam ao deus do fogo e da metalurgia, Hefesto, capaz de criar autômatos de metal que o ajudavam em suas tarefas – será que ele era um daqueles ‘Alienígenas do Passado’? Claro que isso poderia ser uma representação simbólica, e é certo que não corresponde à verdadeira IA que conhecemos hoje.

Inteligência Artificial
Imagem de Guillaume Coustou, o Jovem, Jastrow, em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Hefesto#/media/Ficheiro:Vulcan_Coustou_Louvre_MR1814.jpg

Criação da IA moderna e o “Teste de Turing”

O conceito de Inteligência Artificial moderna começou a ganhar forma só no século XX – a partir daí, as ideias relacionadas à tecnologia começaram a se concretizar. Nos anos de 1940, houve o desenvolvimento dos primeiros computadores, máquinas estas que passaram a demonstrar a incrível capacidade de realizar tarefas ditas complexas – elas eram modernas, sim, mesmo que hoje seus projetos pareçam rudimentares para nós.

Foi neste contexto que os pesquisadores Walter Pitts e Warren McCulloch propuseram um modelo matemático simplificado para simular o funcionamento dos neurônios no cérebro humano. A saber, esse trabalho foi fundamental para o desenvolvimento das redes neurais artificiais, que hoje são a base de muitos sistemas de IA.

Inteligência Artificial
Imagem de DC Studio em Freepik

Passado alguns anos, em 1950, o matemático Alan Turing – considerado o pai da computação moderna -, fez história com a publicação do seu artigo ‘Computing Machinery and Intelligence’. Neste texto, o cientista propôs uma coisa chamada “Teste de Turing”, considerando que um dia nós inventaríamos uma máquina tão inteligente capaz de enganar os humanos nas conversas. Essa reflexão gerou discussões filosóficas e éticas entre os acadêmicos, que temiam como seria o mundo quando uma IA pudesse pensar sozinha e, quem sabe, até sentir – tipo aquele filme ‘O Homem Bicentenário’.

Inteligência Artificial
Imagem de Bilby em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_de_Turing#/media/
Ficheiro:Turing_Test_version_3.png

Conferência de Dartmouth e a criação de máquinas

Em 1956, foi realizada uma conferência na Universidade de Dartmouth, organizada por John McCarthy, um dos pioneiros em tecnologia de IA. O evento, que contou com a participação de vários outros renomados cientistas, tinha como foco os trabalhos da engenharia na criação de máquinas para realização de tarefas que exigem muito da inteligência humana; sistemas que pudessem aprender, raciocinar e até mesmo resolver questões de forma independente. E foi justamente nesta conferência que o termo “Inteligência Artificial” foi cunhado.

Inteligência Artificial
Imagem reproduzida de Romeu Ivolela

Vale destacar que, anos depois, John desenvolveu a linguagem de programação LISP, que se tornaria fundamental para o desenvolvimento de IAs em décadas posteriores.

Primeiras aplicações da Inteligência Artificial

Já no final dos anos de 1950 e início dos anos de 1960, começaram a surgir vários programas de IA. Podemos citar alguns, como Logic Theorist, desenvolvido por Allen Newell e Herbert A. Simon, capaz de resolver problemas lógicos de maneira simples. E vale citar também o Eliza, criado por Joseph Weizenbaum em 1996, que simulava conversas humanas com um terapeuta – hoje, esse chatbot é considerado um precursor das interfaces de IA de processamento de linguagem natural, como o ChatGPT.

Inteligência Artificial
The logic Theorist | Imagem de All things AI em LinkedIn
Inteligência Artificial
Chatbot Eliza | Imagem reproduzida de Medium

O trabalho dos cientistas nos anos de 1970 foi focado mais em sistemas especializados, próprios para desenvolver problemas específicos, mas que apresentavam limitações de uso devido à falta de dados e poder computacional. Nos anos seguintes, os negócios em IA começaram a expandir para aplicações mais complexas, sobretudo graças aos avanços em redes neurais multicamadas. Infelizmente, o que houve entre os anos de 1990 e 2000 foi o que os especialistas chamam de “inverno de IA”, sem muito interesse dos investidores nas inteligências devido à falta de resultados práticos.

Aprendizado de máquina e o boom das IAs

Nos anos 2000, houve o advento da computação moderna e do Big Data. Assim, o assunto ‘Inteligência Artificial’ ressurgiu e passou a ganhar novos patamares. Os cientistas obtiveram importantes avanços em pesquisas com algoritmos de aprendizado de máquina, ideiais para leitura de grandes volumes de dados com eficiência e precisão.

Esse avanço levou ao desenvolvimento de tecnologias de reconhecimento de voz, reconhecimento de imagens e, mais recentemente, assistentes virtuais. E, agora, esses sistemas estão se tornando comuns em nosso cotidiano.

Aplicações da IA e desafios futuros

A implementação da Inteligência Artificial tem nos oferecido vários benefícios, da medicina à engenharia; estamos falando de diagnósticos precoces de doenças, carros autônomos e muito mais. A IA está transformando o mercado com a automação de processos repetitivos, liberando os humanos para tarefas mais criativas e aumentando a produção de empresas como nunca. Porém, todo esse progresso vem acompanhado de questões éticas que precisam ser discutidas.

Inteligência Artificial
Imagem de Freepik

Algumas pessoas veem a ascensão da Inteligência Artificial com preocupação. Elas acreditam que a tecnologia pode, em breve, tomar todos os nossos empregos. Também temem que sua privacidade e segurança estejam em risco pelo uso intensivo de dados. E é claro que tem também a questão das fake news; muitos entendem que ferramentas baseadas em IA podem ser usadas para criar desinformação ou manipulação de informações. Mas e você? O que pensa sobre o caso? Deixe sua opinião na aba de comentários logo abaixo!

Veja Também: AGI: O Futuro da Inteligência Artificial


Fontes: Exame, Tecnoblog, Educa Mais Brasil.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O verão de 2025 veio com tudo, trazendo temperaturas elevadas no Brasil – aliás, atualmente, milhões vivem no país em situação de calor extremo. Com isso, os brasileiros correm para os aparelhos de ar-condicionado, ventiladores e até mesmo mudam seus hábitos diários em busca de alívio. No entanto, toda essa demanda extra de energia pode resultar em problemas para as instalações elétricas da casa, principalmente se não tomarmos os cuidados necessários.

Para evitar surpresas, especialmente no que se refere à sobrecarga elétrica, é importante entender os riscos e adotar medidas simples, mas eficazes. Aqui, neste artigo do Engenharia 360, reunimos dicas essenciais para garantir que sua casa continue segura durante o calor de 2025, sem que você sobrecarregue a rede elétrica. Confira!

1. Faça uma revisão completa da instalação elétrica

Antes de mais nada, é fundamental realizar uma avaliação detalhada das instalações elétricas de sua casa. Contrate um eletricista qualificado para verificar as condições dos fios, cabos e disjuntores. Se a instalação for antiga ou precária, o risco de sobrecarga aumenta, principalmente com o uso constante de aparelhos como ar-condicionado e ventiladores.

Lembre-se de que as instalações elétricas mal feitas ou com fiação inadequada podem não suportar a alta demanda de energia, o que aumenta o risco de curto-circuitos e incêndios.

sobrecarga elétrica
Imagem de pvproductions em Freepik

2. Escolha equipamentos de baixo consumo de energia

No verão, os aparelhos de ar-condicionado e ventiladores são indispensáveis, mas eles podem consumir muita energia elétrica se não forem eficientes. Invista em modelos de ar-condicionado e ventiladores com selo de eficiência energética (A ou A+), que garantem um menor consumo de energia. Além disso, ao escolher esses equipamentos, verifique se são compatíveis com a capacidade da sua rede elétrica.

sobrecarga elétrica
Imagem de jcomp em Freepik

Veja Também: Pisos e Corrimãos Energizados: Quais as causas?

3. Evite o uso simultâneo de muitos aparelhos

Com o calor intenso, é comum ligar vários aparelhos ao mesmo tempo, mas isso pode causar uma sobrecarga na instalação elétrica. Evite ligar, ao mesmo tempo, ar-condicionado, ventiladores, chuveiro elétrico, ferro de passar roupa e outros aparelhos de alto consumo. Ao distribuir o uso desses dispositivos, você reduz o risco de sobrecarregar os circuitos e aumenta a segurança da sua casa.

sobrecarga elétrica
Imagem de Freepik

4. Verifique a capacidade do disjuntor

O disjuntor é um dos dispositivos mais importantes para a segurança elétrica de sua casa. Ele é responsável por interromper o fornecimento de energia em casos de sobrecarga ou curto-circuito, evitando danos maiores. Verifique se o disjuntor da sua residência está dimensionado corretamente para a carga elétrica da sua casa. Se necessário, atualize o modelo para um mais adequado às suas necessidades.

sobrecarga elétrica
Imagem de bearfotos em Freepik

5. Priorize o uso de equipamentos mais eficientes

Além de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores eficientes, escolha outros dispositivos elétricos que gastem menos energia, como lâmpadas LED, que consomem até 80% menos energia do que as lâmpadas incandescentes. A troca por equipamentos de baixo consumo é uma maneira simples de reduzir a sobrecarga elétrica e ainda contribuir para a sustentabilidade.

Veja Também: Guia Completo para Conserto ou Troca Rápida de Chuveiro

6. Cuidados com o uso de chuveiros elétricos e torneiras

Os chuveiros elétricos e torneiras elétricas são grandes vilões quando se trata de sobrecarga de energia. Durante o verão, o uso frequente desses aparelhos aumenta o consumo de energia elétrica. Para evitar sobrecarga, verifique se a fiação está adequada para suportar o consumo desses dispositivos. E sempre que possível, prefira alternativas que demandem menos energia, como o uso de duchas a gás ou aquecedores solares.

sobrecarga elétrica
Imagem de Andrevruas em Wikipédia – httpscommons.wikimedia.orgwikiFileChuveiro.JPG

7. Atenção à demanda extra da geladeira

Embora a geladeira não esteja diretamente associada à sobrecarga elétrica, é importante saber que, em dias mais quentes, ela consome mais energia para manter a temperatura interna. Mantenha a porta da geladeira fechada e evite abrir constantemente, para não forçar ainda mais o aparelho. Além disso, se possível, descongele o freezer regularmente para garantir que ele continue funcionando de maneira eficiente.

sobrecarga elétrica
Imagem de zinkevych em Freepik

Entendendo a sobrecarga elétrica e seus riscos

Para finalizar este texto, vamos entender melhor o que é a sobrecarga elétrica. Pois bem, ela ocorre quando a demanda por energia é maior do que a capacidade do sistema elétrico da casa. Esse fenômeno é causado pelo efeito Joule, onde a energia se transforma em calor devido ao atrito entre os elétrons em movimento e as partículas do condutor. O resultado disso pode ser um aquecimento excessivo dos fios e até um curto-circuito.

A saber, entre os aparelhos que mais contribuem para a sobrecarga estão os ar-condicionados, ventiladores, chuveiros elétricos, ferros de passar roupa e fornos elétricos. Por isso, é fundamental ficar atento ao uso simultâneo desses dispositivos.

Veja Também: Como instalar ventilador de teto passo a passo


Fontes: O Dia.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Você já ouviu falar no PISA? Bem, esse é o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (ou Programme for International Student Assessment, em inglês), uma ferramenta importante utilizada na avaliação da qualidade educacional ao redor do mundo – tipo um ENEM de todo o planeta. O mesmo foi criado em 2000 e desde então tem medido as competências de jovens de 15 anos em áreas como literatura e matemática. Mas este ano de 2025, a prova traz uma novidade: a avaliação das habilidades digitais dos alunos. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

PISA
Imagem reproduzida de Governo Federal

Quais os objetivos do PISA?

Como bem sabemos, o nosso Exame Nacional do Ensino Médio ajuda a avaliar, no Brasil, como vai o ensino nas escolas, dando àqueles com melhor classificação admissão à educação superior. Mas e o PISA? Bem, esse é um estudo comparativo internacional realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O objetivo é fornecer um parâmetro de comparação de desempenho educacional entre países. Na prática, os dados ajudam na formulação de novas políticas educacionais, mais eficazes.

O PISA também busca promover a equidade na educação. Ao identificar disparidades no desempenho entre diferentes grupos socioeconômicos, os países podem direcionar recursos e políticas para aqueles que mais precisam.

A saber, o Brasil tem participado de todas as edições do PISA, e utiliza os resultados para medir seu progresso, identificando pontos fortes e fracos do seu sistema educacional.

Importância para os estudantes

Mas, afinal, o que os estudantes ganham ao realizar a prova do PISA? Bom, um resultado positivo na prova pode lher trazer muitas vantagens! A começar, a nota pode ser anexada ao currículo, demonstrando para as empresas sua capacidade de aplicar habilidades diversas em situações práticas. Ao mesmo tempo, o resultado pode ajudar na identificação de áreas onde sua educação ainda está falha – áreas estas cujo domínio podem ser uma exigência do mercado de trabalho.

Como é realizada a prova?

As provas do PISA são feitas de forma periódica, a cada três anos. Você pode estar se perguntando “Por que para estudantes de 15 anos?”. Pois bem, porque os especialistas consideram essa é a idade em que todos já deveriam ter concluído a educação básica. Então a avaliação é focada em três áreas importantes: leitura, cálculo e ciências. Mas agora o programa está sendo adaptado para avaliar outras habilidades, essenciais para a vida moderna.

Como dissemos antes, a edição de 2025 trará uma novidade significativa. Esta será a primeira vez que o PISA avaliará também as habilidades digitais dos estudantes. Esse novo enfoque reflete a crescente importância do letramento tecnológico para enfrentar os desafios do mundo digital.

PISA
Imagem reproduzida de SINESP

Qual a necessidade de avaliar habilidades digitais?

O mundo está em constante transformação e caminha para um futuro mais conectado. As tecnologias estão em desenvolvimento e aprimoramento acelerado. Por isso, quem não souber usá-las ficará para trás!

O que o PISA deseja saber é se os jovens estudantes do mundo estão dominando pelo menos o básico das novas tecnologias. Se eles sabem “navegar” no ambiente online e usar as soluções digitais ao seu fazer, como auxílio na resolução de problemas do dia-a-dia. Será que conseguem acessar as redes sociais, softwares e aplicativos? Será que entendem a importância de colaborar em ambientes virtuais e tomar decisões informadas com base em dados?

A OCDE afirma que os estudantes precisam estar acompanhando essa evolução; e o mais importante, precisam saber usar as tecnologias de maneira crítica, ética e autônoma. Afinal, dependemos de novas gerações que saibam muito mais do que ligar o computador e acessar a Internet, mas lidar com dados, ferramentas digitais e plataformas online. Só assim conseguiremos atender as exigências do mercado de trabalho e da sociedade!

Como será aplicado o novo PISA Digital?

O que foi divulgado até agora é que o PISA Digital será estruturado em etapas progressivas: raciocínio lógico e capacidade de aplicação de conhecimentos tecnológicos para resolver problemas. Os estudantes devem responder a questões de crescente complexidade utilizando, obviamente, ferramentas computacionais em ambiente virtual.

PISA
Imagem reproduzida de G1 – Globo

Ao longo da prova, os alunos precisarão aplicar o que aprenderam de maneira autônoma, indo além de simples respostas e demonstrando habilidades de resolução de problemas no mundo digital.

Como o Brasil pode se preparar para o PISA digital?

A inclusão das competências digitais no PISA representa mais um desafio para a educação brasileira. Lembrando que nosso país já enfrenta muitas deficiências em áreas fundamentais do conhecimento – hoje estamos na 65ª colocação em matemática, uma posição muito baixa. Sem contar que o acesso à Internet ainda é um problema para aqueles mais pobres. E se os jovens daqui pensam que o mundo e o mercado de trabalho vai ficar impressionado com as suas dancinhas no TikTok, estão enganados.

Mas como podemos mudar essa realidade no Brasil? Como o país pode se preparar melhor para o PISA Digital? Bem, para começar, investir em formação, infraestrutura e inclusão digital.

  • Promover cursos e atividades que ensinem o uso crítico e produtivo da tecnologia.
  • Assegurar que todos os alunos tenham acesso às ferramentas necessárias.
  • Garantir acesso à Internet e dispositivos de qualidade para todos os estudantes.
  • Capacitar professores em novas tecnologias e metodologias de ensino.
  • Incluir mais atividades práticas e projetos interdisciplinares com tecnologia.

Não devemos encarar o PISA Digital como um problema, mas uma força transformadora da educação global. O programa pode ajudar a impulsionar melhorias na educação brasileira, forçando o governo a tomar atitudes que beneficiem a formação dos nossos jovens, sendo mais bem preparados para enfrentar um mundo cada vez mais digitalizado. O desafio? Integrar a educação digital aos currículos escolares de forma significativa, garantindo que todos os alunos, independentemente de sua origem, tenham as mesmas oportunidades de aprender e prosperar no ambiente digital.

Veja Também:

Habilidades digitais requeridas pelo mercado de trabalho

3 habilidades em IA mais procuradas pelas empresas


Fontes: G1, Bahia Bahia, gov.br, porvir.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A construção civil é uma das áreas da engenharia que mais impactam o meio ambiente. Isso porque ela é responsável por grandes emissões de CO2, o que contribui para o aquecimento global. Esse é só um dos muitos desafios do século XXI! Pensando nisso, estudantes de doutorado da ETH Zurique desenvolveram um projeto inovador chamado Unfold Form. Trata-se de um sistema de cofragem que reduziria a utilização de concreto e aço nas obras, uma alternativa sustentável para obras de pisos e estruturas.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar como o Unfold Form pode revolucionar a forma como construímos e qual o seu impacto para o futuro da engenharia. Confira!

Unfold Form
Imagem reproduzida via Click Petróleo e Gás

O desafio das estruturas convencionais

O concreto é o material mais utilizado pela Engenharia Civil, mas ele é extremamente poluente. Só a produção do cimento corresponde a cerca de 8% das emissões globais de CO2. Imagine agora a quantidade de concreto e aço que vai nas estruturas convencionais! Esse ciclo vem degradando demais o meio ambiente. Portanto, existe uma necessidade urgente de mudança na indústria. E o Unforld Form surge como uma promessa para fabricação de estruturas de engenharia com menos desperdício de recursos!

O sistema inovador Unfold Form

O sistema Unfold Form foi idealizado pela estudante Lotte Scheder-Bieschin, da ETH Zurique; hoje, a pesquisa é liderada na universidade pelo professor Philippe Block. Antes de tudo, a proposta se baseia na utilização de uma técnica chamada cofragem, que consiste em uma estrutura que molda o concreto adequadamente até que ele endureça. Nesse caso, o molde seria bastante leve e reutilizável. Qual o diferencial? Reduzir até 60% o uso de concreto e 90% de aço nas estruturas!

Unfold Form
Imagem de ETH Zurich, BRG, reproduzida de Parametric Architecture

Funcionamento

A saber, com o Unfold Form, o processo de construção seria muito mais acessível e eficiente. Na prática, seriam utilizadas tiras de compensado conectadas por dobradiças têxteis. Esse design geométrico permitiria que as fôrmas sejam dobradas (como leques) e transportadas facilmente, reduzindo a necessidade de espaços de armazenamento e transporte. E após a aplicação e cura do concreto, tudo seria desmontado e levado para outro ponto da obra ou até para outro canteiro de obras.

Unfold Form
Imagem de ETH Zurich, BRG, reproduzida de Parametric Architecture

A geometria do Unfold Form é, então, muito “inteligente”, por assim dizer. Essa configuração em zigue-zague proporciona uma resistência estrutural superior, sem adicionar peso excessivo. E tal abordagem não apenas reduz a quantidade de material necessário, mas também melhora a eficiência do processo construtivo.

Inspiração na natureza

Segundo Scheder-Bieschin, o design do Unfold Form foi inspirado na natureza, mais precisamente nas conchas dos mariscos. E se você reparar bem neles, suas bordas formam mesmo esse tipo de zigue-zague; parece que é isso que aumenta sua rigidez sem adicionar peso – traduzindo, é um conceito meio que “força através da geometria”. Pois o que a estudante fez foi replicar esse padrão geométrico em tiras de madeira e montar uma fôrma para concretar as estruturas.

No final o que se obteve foram estruturas com uma melhor transferência de cargas. O princípio da curvatura favorece resistência e estabilidade, sem a necessidade de reforços adicionais. 

Unfold Form
Imagem reproduzida via Click Petróleo e Gás
Unfold Form
Imagem de ETH Zurich, BRG, reproduzida de Parametric Architecture

Os benefícios do Unfold Form para o meio ambiente

Como explicamos ao longo deste texto, com o Unforld Form seria possível construir com menos concreto e aço – uma perspectiva positiva de significativa redução na pegada de carbono. O que não quer dizer que as estruturas seriam, por isso, mais fracas ou pouco duráveis, pelo contrário. Além disso, com a reutilização de cofragem, haveria uma redução na quantidade de resíduos gerados. A saber, esse aspecto é fundamental, especialmente em projetos em áreas remotas, carentes de recursos. Estamos falando de uma engenharia mais sustentável!

Aliás, em regiões de difícil acesso é complicado obter todos os materiais necessários para as obras, o que inclui fôrmas e peças de concreto pré-moldado. Mas o Unfold Form pode pesar apenas 24 kg e ser transportado em bolsas pequenas. Sua montagem dispensa equipamentos sofisticados ou conhecimento técnico avançado. Por isso, segundo especialistas, seria uma boa solução para comunidades em desenvolvimento.

Unfold Form
Imagem de ETH Zurich, BRG, reproduzida de Parametric Architecture

Para comprovar essa teoria, os cientistas da ETH Zurique já realizaram testes de sucesso na África do Sul. Os pesquisadores fizeram uma parceria com uma empresa local para a construção de habitações sustentáveis para áreas carentes utilizando bioconcreto feito a partir de vegetação invasora na região. Essa experiência demonstrou não só a eficácia do sistema Unfold Form em condições reais, mas sua versatilidade ao trabalhar com diferentes tipos de concreto.

O futuro da construção civil com o Unfold Form

A tecnologia Unfold Form já começa a ganhar atenção internacional. Mas a própria Lotte Scheder-Bieschin garante que a pesquisa deve continuar.

Um objetivo que a cientista tem é capacitar comunidades para extrair o máximo de proveito de seu projeto, mas da forma correta – o que vai exigir uma curva de aprendizado maior. Mas, por enquanto, o sistema não pode ser adequado para construções de grande porte, que exigem alta capacidade de carga. Ademais, o uso de dobradiças têxteis e compensados pode limitar a aplicabilidade do sistema em regiões onde esses materiais não estão amplamente disponíveis.

Veja Também: Concreto com Cana-de-açúcar Sustentável e Autocurativo


Fontes: Click Petróleo e Gás, Parametric Architecture.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Os veículos elétricos da Tesla têm conquistado a atenção dos fãs de engenharia automotiva nos últimos anos. Especialmente, o Model S é considerado um marco na indústria. Este SUV elétrico combina design elegante, tecnologia avançada e excelente desempenho, criando uma experiência única de direção. Durante nossos testes em Dallas, no Texas, durante a cobertura Engenharia 360 do 3DEXPERIENCE World, exploramos os detalhes que fazem deste carro, destaque no mercado americano. Acompanhe nossas impressões e mais informações no artigo a seguir!

Exterior aerodinâmico e interior tecnológico

O Model S talvez seja o Tesla mais atrativo do mercado automotivo. Resumidamente, seu design apresenta linhas suaves e modernas, tornando o visual do veículo bem sofisticado.

Tesla Model S
Imagem de @engenharia360
Tesla Model S
Imagem de @engenharia360
Tesla Model S
Imagem de @engenharia360
Tesla Model S
Imagem reproduzida de Tesla
Tesla Model S
Imagem de @engenharia360

Já do lado de dentro, temos um ambiente confortável, com acabamento preto em detalhes em ébano. Destaque para o volante “Yoke”, que se tornou até, por assim dizer, uma marca registrada da empresa, garantindo uma visibilidade excepcional e uma sensação única ao dirigir.

Tesla Model S
Imagem de @engenharia360
Tesla Model S
Imagem de @engenharia360

No quesito tecnologia, não podemos deixar de citar o sistema de direção Full Seft-Driving, que permite que o Tesla S opere com mínima intervenção do motorista – embora ainda dependa de supervisão. Com certeza, não é coisa que se encontre em qualquer veículo autônomo à venda no mercado!

Veja Também:

Tesla em crise: Acidentes mortais, recalls e mais problemas

Desempenho e potência sob medida

Vamos falar mais de engenharia? A saber, o Model S tem um super coeficiente de arrasto (resistência aerodinâmica) de apenas 0,208. Essa característica favorece demais seu design, contribuindo para uma melhor eficiência energética, sem contar uma estética mais moderna.

Tesla Model S
Imagem reproduzida de Tesla

Ao abrir o capô, surpresa! Não vemos o motor, claro, mas outro compartimento de carga, além do porta-malas, já adequadamente espaçoso. O sistema Tri Motor All-Wheel Drive (disponível em várias configurações) fica em uma área reservada, perto das rodas, oferecendo incríveis 1.020 cavalos de potência, acelerando de 0 a 100 km/h em apenas 1,99 segundos. Aliás, a velocidade máxima desse Tesla chega a aproximadamente 322 km/h (200 mph), números que rivalizam com supercarros movidos a combustão.

Tesla Model S
Imagem reproduzida de Tesla
Tesla Model S
Imagem de @engenharia360
Tesla Model S
Imagem de @engenharia360

Outro ponto forte do Model S é a autonomia – lembrando que este é um dos principais desafios da engenharia de carros elétricos. Segundo a própria fabricante, o modelo padrão pode chegar a aproximadamente 648 km com uma única carga. É um resultado bem respeitável e certamente valorizado por aqueles que buscam um carro para longas distâncias sem a preocupação constante de recarregar.

Vale a pena investir no Tesla Model S?

Se vale a pena investir no Tesla Model S? Bem, isso vai depender das suas expectativas! Após nossos testes, ficou claro que o Tesla Model S oferece uma experiência incomparável. Tem muita coisa legal em seu design, tecnologia e desempenho. Segundo outras reviews na Internet, mesmo os modelos usados demonstram uma durabilidade notável, enquanto as novas versões continuam a impressionar pelas inovações, que têm inspirado demais outros projetos de engenharia de mobilidade e elétrica.

Por exemplo, durante um teste realizado pela empresa, foi constatado que um Tesla Model S 90D ainda mantinha 85% de sua capacidade original após percorrer 430.000 milhas. Mesmo com a perda de desempenho, o modelo provou ser confiável e resistente.

Agora, tudo isso basta? Pode ser que não! Assim como outros elétricos, o Model S sofre com problemas na velocidade de carregamento. Este Tesla é classificado para uma taxa de pico de 120 kW – em experimentos, essa taxa até caiu rapidamente após alguns minutos. Óbvio que isso depende de condições ambientais também, como explicamos em artigo anterior. Mas, em comparação com o Jaguar i-Pace, por exemplo, tal número foi menos estável. Portanto, é provável que os cientistas ainda precisam trabalhar para melhorar esse aspecto.

Ademais, no entanto, questões ambientais relacionadas à extração de materiais necessários para as baterias desses carros elétricos ainda precisam ser abordadas.

Feedback do Engenharia 360

Eduardo Mikail nos conta como foi testar o Tesla Model S:

“Minha primeira experiência dirigindo um veículo elétrico foi marcante pela sensação de torque instantâneo que o carro proporciona. É impressionante como você pode sentir a força e pressionar literalmente a cabeça contra o encosto do banco se não estiver preparado.”,

“Apesar da sofisticação e da tecnologia avançada, alguns detalhes deixam a desejar nesse Tesla. Por exemplo, o acabamento das portas não é tão refinado quanto poderia ser, indicando que ainda há espaço para melhorias. Durante o teste, notamos uma certa falta de atenção aos detalhes nesse aspecto.”

Inovações no horizonte

O futuro do Tesla Model S parece promissor. A saber, já estão sendo testados novos modelos de bateria no carro para que, no futuro, possam ser fornecidas maior autonomia e menor deterioração dos componentes. A startup americana Our Next Energy (ONE) fez já um teste com um protótipo Gemini de 207,3 kWh, conseguindo ampliar o alcance da bateria em 1.210 km em condições reais – 1.419 em um dinamômetro; essa pode ser uma potencial inovação tecnológica no setor. Fique ligado, pois essa revolução só está começando!

Tesla Model S
Imagem de @engenharia360

Em princípio, o pacote Gemini deve oferecer o dobro da densidade energética no mesmo espaço, priorizando materiais sustentáveis. Além disso, a Tesla continua investindo em tecnologia, como sensores LiDAR no Model Y para robô-táxis e melhorias de software para segurança. E, para completar, modelos como o Plaid estão sendo adaptados como viaturas policiais, mostrando o potencial multifuncional dessa engenharia.


Fontes: Tesla, UOL, Notebook Check, Quatro Rodas, Mais FM, R7.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O mundo passa hoje por uma urbanização acelerada; ao mesmo tempo, vivemos uma severa transformação climática. Tudo isso exige da engenharia soluções ainda mais inovadoras para habitações, cidades e bairros inteligentes. Neste contexto, o projeto Oceanix Busan, desenvolvido pela ONU-Habitat em parceria com a Oceanix e o porto sul-coreano de Busan, surge como ideia para a construção da primeira cidade flutuante sustentável do mundo – uma clara resposta às ameaças do aumento do nível do mar.

Essa cidade flutuante seria instalada na Coreia do Sul. Segundo especialistas, trata-se de um modelo (possivelmente escalável) de como as comunidades podem coexistir no mundo em harmonia com o meio ambiente. Ficou curioso? Confira mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O desafio das cidades costeiras e a necessidade de inovações

Atualmente, cerca de 90% das cidades costeiras no mundo enfrentam riscos sérios devido ao aumento do nível do mar. Em breve, veremos desastres naturais muito dramáticos! Isso porque várias dessas áreas serão inundadas de podem desaparecer, a não ser que os governos ajam rápido para frear as mudanças climáticas e protegê-las, o que vai depender demais da engenharia sustentável. Em tese, o Oceanix Busan poderia ser replicado em outras regiões do planeta, servindo para realocar comunidades ameaçadas para uma plataforma flutuante.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via ArchDaily

Toda essa obra foi pensada para ser resiliente, ecologicamente correta e com alta eficiência energética. Em princípio, a área somaria 63.000 metros quadrados, dividida em três bairros interligados. Haveria espaços de moradia, centros de estudo – inclusive sobre engenharia oceânica -, estufas para cultivo de alimentos, áreas verdes, além de estruturas de hospedagem para visitantes. Todas as construções teriam baixa altura, com estruturas resistentes a tempestades e ondas do mar.

A saber, a cidade flutuante de Oceanix Busan na Coreia do Sul poderia abrigar até 12 mil habitantes – com possibilidade de expansão para 100.000 pessoas.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Arquitectura Viva

Veja Também:

Veja como a Engenharia Verde está transformando o mundo com soluções sustentáveis

Freedom Ship: O Futuro Maior Navio do Mundo

O design e tecnologias avançadas de Oceanix Busan

Antes de tudo, vale falar sobre a engenharia de Oceanix Busa. Em princípio, todos os materiais para construção foram escolhidos com base na durabilidade e resistência às condições marinhas. Seriam feitas grandes bases de sustentação flutuantes em concreto reforçado com aço, garantindo estabilidade e segurança. Sobre isso, estruturas modulares, com pilares ajustáveis, permitindo acomodação da cidade conforme variações do nível do mar e expansão conforme a demanda populacional.

Essa adaptabilidade é crucial para que a futura cidade flutuante possa enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Arquitectura Viva

Já quanto ao design arquitetônico de Oceanix Busan, esse deve incorporar vários elementos sustentáveis e tecnológicos. Por exemplo, quartos otimizados com luz e ventilação naturais; sistemas de energia net-zero (que buscam equilibrar a quantidade de gases de efeito estufa emitidos com a quantidade removida da atmosfera); paineis solares fotovoltaicos flutuantes e nos telhados dos edifícios; turbinas eólicas integradas nas estruturas; sistemas hidropônicos para cultivo de alimentos; sistema de circuito fechado para tratamento de água e reciclagem de resíduos; e mobilidade inovadora.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via ArchDaily
Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Arquitectura Viva

Vale destacar que o plano dessa cidade flutuante inclui várias ações para a garantia de um ambiente equilibrado e responsável. Estamos falando de, no mínimo, gestão eficiente da água (com reciclagem da água e mínimo de uso de água doce, reduzindo o escoamento para o oceano) e gestão de resíduos (baseada em princípios da economia circular, como compostagem e reciclagem). Para completar – e talvez o mais importante – trabalhos contínuos de regeneração de habitats costeiros.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Arquitectura Viva
Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via Koreami

O impacto do projeto Oceanix Busan nas gerações futuras

A construção da cidade flutuante Oceanix Busan estava prevista para 2025 – é bem provável que isso não aconteça. Mas num momento oportuno, quando isso se tornar viável, tem tudo para ser um sucesso, servindo de exemplo para outras cidades costeiras vulneráveis ao clima.

A saber, de acordo com Bjarke Ingels, fundador do Bjarke Ingels Group, a Oceanix Busan representa uma nova abordagem para urbanização, combinando tecnologia, sustentabilidade e design inovador para criar uma cidade verdadeiramente resiliente.

Oceanix Busan
Imagem reproduzida de Oceanix e BIG-Bjarke Ingels Group via ArchDaily

A Coreia do Sul acredita que Oceanix Busan será uma comunidade moderna, inclusiva, coesa e vibrante; um centro dinâmico, com zonas muito bem arborizadas, atrações recreativas e culturais, escolas, comércios e postos de saúde. Seu desenvolvimento econômico diversificado proporcionará oportunidades nos setores de turismo ecológico, hospitalidade e pesquisa tecnológica, que serão essenciais para a vida na cidade.

Veja Também:

8 exemplos de casas flutuantes que são um sonho

Como funcionam as casas flutuantes?


Fontes: ArchDaily, Blog Canal da Engenharia, Arquitectura Viva.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

No próximo dia 23 de fevereiro de 2025, o Engenharia 360 estará em Houston, no Texas, para acompanhar mais uma edição do evento 3DEXPERIENCE World, realizado pela empresa francesa Dassault Systèmes, líder na criação de softwares de desenho 3D, prototipagem em 3D e outras soluções. E quando nossa equipe chegar lá, o primeiro local que iremos conhecer será, obviamente, o Aeroporto Internacional George Bush (IAH).

Vale destacar que este aeroporto não é apenas um importante centro de transporte, mas também um fascinante exemplar de engenharia e arquitetura, que reflete bem a evolução da aviação americana ao longo das décadas. Aliás, esse é um dos principais aeroportos do país; por isso, vale muito a pena fazer uma visita. Confira o que já descobrimos sobre essa obra no artigo a seguir!

Aeroporto Internacional George Bush Houston
Imagem de Hequals2henry em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Houston_Bush_Airport.jpg

A história do Aeroporto Internacional George Bush

George Bush é o nome do presidente que esteve no comando dos Estados Unidos durante a queda do World Trade Center. Mas esse aeroporto em Houston faz referência ao seu pai, que também foi presidente do país. Projeto de Golemon e Rolfe em colaboração com George Pierce e Abel B no ano de 1969, trata-se de uma infraestrutura multimodal e tem uma arquitetura que representa bem as tendências da década de sua construção – símbolo do progresso e ambição da cidade -, com espaços públicos generosos e facilmente transitáveis.

Explore a engenharia e arquitetura do Aeroporto Internacional de Houston
Imagem de Ligmaligma em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:IAH_BVA.jpg

Anos 1990 e 2000

No passado, essa engenharia consistia apenas nos Terminais A e B, além de um hotel que sempre complementou as experiências dos viajantes. Esses terminais foram diagramados de forma a serem articulados dos padrões de circulação que direcionam os passageiros, criando ambientes acolhedores. O objetivo era que o aeroporto absorvesse bem os fluxos de aeronaves, carros e pedestres na região. Assim, o conjunto e edifícios se tornou referência em Houston.

Aeroporto Internacional George Bush Houston
Imagem de Hequals2henry em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Terminal_A.jpg

Finalmente, em 1982, o Terminal C foi erguido. Pode-se dizer que a obra segue a linha arquitetônica dos terminais originais – porém maior, especialmente pensado para acomodar a Continental Airlines (hoje United Airlines). Em 2005, foi aprovado um novo plano diretor para o Sistema Aeroportuário para a cidade. E com base nisso, os especialistas já preveem que, em breve, as estruturas pré-1990 serão demolidas, dando lugar a outras instalações, de maior qualidade, para atender os novos padrões de circulação e um volume maior de passageiros e cargas. 

Atualidade

As renovações nas décadas de 1990 e 2000 parecem ter diminuído a capacidade dos espaços públicos do Aeroporto Internacional George Bush, chegando até a perder detalhes valiosos de sua engenharia – que o público espera que voltem. Então, a perspectiva de renovação traz otimismo quanto ao resgate da história arquitetônica dessa infraestrutura.

Aeroporto Internacional George Bush Houston
Imagem de Daniel2986 em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:IAH_3.jpg

A estética moderna do Terminal C da United Airlines

O Terminal C do Aeroporto Internacional de Houston se destaca dos demais por conta de sua abordagem estética. Esse espaço é mais moderno – e até de certo modo reflete um pouco da identidade da marca United Airlines. Um detalhe que chama atenção é o conceito de iluminação “caminho de serpente”, com uma série de ópticas sinuosas e brilhantes no teto que servem para guiar o fluxo dos passageiros. Aliás, as lâmpadas nesse setor são ocultas, as luminárias discretas e há ainda obras de arte e outros elementos arquitetônicos que criam uma atmosfera elegante.

Aeroporto Internacional George Bush Houston
Imagem reproduzida de Manhattan Construction Group
Aeroporto Internacional George Bush Houston
Imagem reproduzida de Manhattan Construction Group

O projeto de reforma do Terminal B

Hoje, a gestora do Aeroporto Internacional George Bush está se esforçando para modernizar as instalações dessa infraestrutura de Houston. Ela fechou um acordo com a United Airlines e o Sistema Aeroportuário da cidade para um investimento de US$2 bilhões para a transformação do Terminal B. 

O projeto inclui a ampliação da sala de embarque e da bilheteria; construção de 40 novas portas para voos domésticos e internacionais; construção de salas sensoriais e de conforto para passageiros com deficiência; construção de áreas de comércio e gastronomia; criação de área de processamento de segurança otimizada; instalação de tecnologia de rastreio de bagagens; e instalação de novos sistemas de sinalização e áreas de check-in. 

A saber, a perspectiva é atender as necessidades futuras de aproximadamente 36 milhões de passageiros.

Aeroporto Internacional George Bush Houston
Imagem reproduzida de United Airlines via Airport Technology
Aeroporto Internacional George Bush Houston
Imagem reproduzida de United Airlines via Airport Technology

Só o setor norte terá três níveis, somando aproximadamente 71 mil metros quadrados, com direito a mezanino com vistas panorâmicas para a pista. Quanto ao setor sul, deve receber jatos regionais maiores de duas classes. Assim que o plano estiver concluído, deve melhorar o conforto e a conveniência dos passageiros, além de impulsionar a economia local, fortalecendo a posição de Houston como um destino destaque nos Estados Unidos.

O impacto cultural e econômico do IAH

Em um período em que as viagens internacionais estão se tornando cada vez mais comuns, o IAH se destaca como um gateway importante para destinos globais, onde diferentes culturas se encontram – aliás, as exposições espalhadas pelos terminais refletem a diversidade cultural da própria Houston. Com a modernização do seu Terminal C, devem ser gerados 3 mil novos empregos na região. E como dissemos antes, essa expansão de instalações ajudará a solidificar a posição da cidade como destino preferencial de muitos turistas e viajantes corporativos.

Aeroporto Internacional George Bush Houston
Imagem de eugene_o em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:TerminaLink.jpg

A Cobertura 360 do 3DEXPERIENCE World 2025

Na Cobertura 360 do 3DEXPERIENCE World 2025, teremos a chance de conhecer um pouco dos bastidores do Aeroporto Internacional de Houston, incluindo sua belezas arquitetônicas e soluções inovadoras de engenharia, provando como a tecnologia pode criar a melhor experiência de viagem possível. Entendemos na construção deste artigo que o George Bush Intercontinental é mais do que um local de embarque e desembarque, mas um portal para o mundo, ponto de encontro de culturas e um catalisador de progresso.

Aeroporto Internacional George Bush Houston
Imagem de Jbaker08 em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:FlagPosts.JPG

Por tudo isso e mais, entendemos porque a Dassault Systèmes escolheu essa cidade como pano de fundo para o seu evento. Durante os quatro dias em território americano, vamos pouco a pouco compartilhando com você atualizações sobre as sessões, workshops e exposições mais relevantes. Serão destacados os principais momentos e inovações tecnológicas apresentadas. Fique ligado!

Veja Também: O que Esperar do 3DEXPERIENCE World 2025?


Fontes: HOK, Airpot Tecnology, Wikipédia.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Entre os dias 23 e 26 de fevereiro de 2025 acontecerá mais uma edição do 3DEXPERIENCE World, realizado pela empresa francesa Dassault Systèmes, líder na criação de softwares de desenho 3D, prototipagem em 3D e outras soluções. Este evento destaca as vantagens oferecidas pela plataforma 3DEXPERIENCE para profissionais e entusiastas de engenharia e design. Além disso, é uma oportunidade de conhecer muitas inovações, desenvolvimentos tecnológicos e recentes descobertas científicas.

Sem dúvidas, o 3DEXPERIENCE World oferece muitos atrativos, sendo um deles o Playground, um espaço vibrante, onde a criatividade é estimulada e novas ideias ganham vida. Te contamos um pouco mais sobre esse ambiente dinâmico no artigo a seguir. Confira!

Playground do 3DEXPERIENCE World
Imagem de Dassault Systèmes

A importância da realização do 3DEXPERIENCE World

Se você nunca acompanhou ou começou a acompanhar o Engenharia 360 só agora, pode imaginar que o 3DEXPERIENCE World se trate de um evento apenas técnico. Mas, na verdade, tendo a chance de visitá-lo, seria possível concluir que o mesmo oferece toda uma experiência ampla e imersiva, onde a inovação, a tecnologia e a criatividade se encontram. Na ocasião, profissionais, estudantes e especialistas se reúnem para aprender uns com os outros, além de compartilhar experiências e visões de futuro.

3DEXPERIENCE World
Imagem de Dassault Systèmes

Veja Também: O que Esperar do 3DEXPERIENCE World 2025?

O que acontece no Playground do 3DEXPERIENCE World

O Playground do 3DEXPERIENCE World é um ambiente dinâmico de aprendizado, colaboração e troca de ideias. Se pudéssemos resumir, diríamos que ele funciona como um hub de criatividade e experimentação, onde os participantes podem interagir com exposições tecnológicas e outras atividades inspiradoras sobre as soluções da indústria. O objetivo da Dassault Systèmes é incentivar os participantes do evento a se libertarem das limitações do pensamento convencional. Afinal, as possibilidades são infinitas do mundo das engenharias!

3DEXPERIENCE World
Imagem de Dassault Systèmes

Inclusive, vale destacar que, por vezes, os participantes do 3DEXPERIENCE World conseguem no Playground vivenciar em primeira mão as mais recentes inovações em manufatura e design. Isso inclui, por exemplo, experiências de robótica, realidade virtual, impressão 3D e simulações digitais. Dá para conversar com equipes universitárias sobre projetos desenvolvidos com SOLIDWORKS, como de foguetes, automóveis, e aeronaves. Isso ajuda a entender na prática as vantagens das soluções Dassault Systèmes.

3DEXPERIENCE World
Imagem de Dassault Systèmes
3DEXPERIENCE World
Imagem de Dassault Systèmes

Resumindo, o Playground do 3DEXPERIENCE World é como um laboratório vivo – onde até se pode fazer networking. É onde melhor no evento podemos testemunhar técnicas modernas e produtos físicos, fazendo um link mental de como essas tecnologias emergentes vão ser integradas em nossas vidas, especialmente para otimizar processos de manufatura. Estamos falando inclusive dos gêmeos virtuais!

A Cobertura 360 do 3DEXPERIENCE World 2025

Estamos muito ansiosos para acompanhar mais uma vez o 3DEXPERIENCE World. Quando estivermos lá nos Estados Unidos, vamos compartilhar um pouco da cidade de Houston. E é claro que vamos conversar bastante com nossos espectadores – pelo site e redes sociais – sobre os principais destaques do evento – desde sessões gerais, palestras e atividades no Playground. Não dá tempo de se inscrever agora? Considere ir no próximo ano!

Quer saber por que vale a pena participar do 3DEXPERIENCE World? Apresentamos uma lista de razões:

  • Acesso a tendências do futuro: O evento antecipa as principais direções da engenharia e manufatura, permitindo aos participantes se prepararem para desafios e oportunidades emergentes.
  • Demonstrações ao vivo: Diferente de eventos puramente teóricos, o 3DEXPERIENCE World permite testar tecnologias e interagir com especialistas que desenvolvem soluções de ponta.
  • Experiência internacional: Com participantes do mundo todo, o evento é uma oportunidade para entender como a engenharia e o design são aplicados globalmente, ampliando perspectivas e aprendizados.
  • Conteúdo exclusivo: Algumas inovações e tendências são apresentadas primeiro no evento, dando aos visitantes acesso privilegiado a novidades antes de serem amplamente divulgadas.
  • Insights estratégicos: Além da parte técnica, palestras e interações no evento oferecem uma visão de mercado, tendências de consumo e impactos das novas tecnologias na indústria.

Fontes: SOLIDWORKS.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A aviação está prestes a mudar! Em 2025, a empresa sueca Heart Aerospace irá realizar o primeiro voo teste do Heart X1, o maior avião elétrico do mundo, partindo do Aeroporto Internacional de Plattsburgh, no norte do estado de Nova York. Esse evento marcará o início de uma nova era na engenharia, com viagens aéreas mais sustentáveis, de zero emissões de carbono. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Principais características do avião Heart X1

O Heart X1 é o maior avião elétrico já criado pela engenharia. O protótipo já fabricado, o ES-30, possui 32 metros de envergadura. Ele foi projetado para levar 30 passageiros e operar em pistas de até 1,1 km de comprimento. Quanto ao seu funcionamento, usa motores de alta potência combinados com turboélices para maximizar sua eficiência – aliás, chegando a alcançar até 200 quilômetros em modo totalmente elétrico e até 400 quilômetros com sistema híbrido. Sem dúvidas, um excelente exemplo a ser seguido para a produção em larga escala de aeronaves comerciais elétricas!

Uma observação: a capacidade do Heart X1 de operar em pistas curtas permite conectar aeroportos menores e regiões menos atendidas.

Heart X1
Imagem de Heart Aerospace divulgação via AEROIN

Impactos do Heart X1 na aviação comercial

Antes de tudo, vale destacar que o local escolhido para o voo inaugural do Heart X1, no Vale Champlain,  é estratégico por conta de sua capacidade de suporte à inovação tecnológica. Essa região dos Estados Unidos é considerada emergente para o transporte de próxima geração, de baixo impacto ambiental. E tal infraestrutura aeroportuária tem hoje baixa densidade de tráfego aéreo, o que, segundo especialistas, cria condições favoráveis para testes de aeronaves.

A pegada de carbono na aviação tradicional sempre foi um desafio e tanto para a engenharia. Mas agora tudo pode ser diferente!

Heart X1
Imagem de Heart Aerospace divulgação via Olhar Digital
Heart X1
Imagem de Heart Aerospace divulgação via AEROIN

Se os testes derem certo, veremos a partir de então uma mudança extraordinária nas viagens de avião pelo mundo, especialmente em rotas regionais (onde a eficiência dos motores a combustão é mais limitada), melhorando o acesso a centros urbanos. Por exemplo, com o uso da tecnologia elétrica e híbrida, as companhias devem reduzir drasticamente os custos operacionais, além de diminuir as emissões de gases poluentes – ponto positivo contra as mudanças climáticas. Novas oportunidades econômicas devem surgir – até mesmo impulsionando o turismo em áreas remotas.

Compromisso da Heart Aeropace com a sustentabilidade

A Heart Aerospace foi fundada em 2019. Sua sede principal é em Gotemburgo, na Suécia. Um dos seus principais diferenciais é a propulsão elétrica do Heart X. Desde o começo, sua missão sempre foi trabalhar com soluções sustentáveis de engenharia, de olho na transição verde na aviação. E o principal nicho de mercado em que está interessada é o de rotas aéreas que foram descontinuadas devido à falta de viabilidade econômica. De quebra, a empresa quer contemplar regiões turísticas menos atendidas com voos frequentes e acessíveis.

Claro que essa empreitada não será fácil! Isso porque outras empresas já estão fazendo concorrência, investindo também em tecnologias sustentáveis para aviação comercial. Por exemplo, a ZeroAvia, que desenvolveu sua própria aeronave híbrida movida a hidrogênio e eletricidade. Mas todas elas têm problemas a superar, como o tempo de recarga das baterias e integração entre os sistemas elétricos e mecânicos das aeronaves. Portanto, ainda tem muita pesquisa e testes de engenharia pela frente!

Veja Também: O que é Combustível ‘SAF’ na Aviação?

Perspectivas para o futuro da aviação com o Heart X1

A expectativa de todos é que o voo do Heart X1 seja um sucesso e que sua engenharia inspire outras inovações no setor aeroespacial e, talvez, em toda a indústria elétrica. Pode parecer pouco, mas é um passo a mais que damos rumo à sustentabilidade! Vamos torcer para que o ES-30 – sendo uma alternativa mais limpa e eficiente – seja logo uma realidade em breve para o transporte de passageiros.

O maior avião elétrico do mundo, Heart X1, decola em 2025: Conheça essa aeronave!

Fontes: AEROIN, Click Petróleo e Gás, Revista Galileu, CanalTech.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O espaço hoje é território disputadíssimo, tanto por governos quanto por empresas privadas com o mais alto poderio ao redor do mundo, a exemplo da SpaceX de Elon Musk. Neste exato momento, há estações, naves e satélites com diferentes finalidades sendo lançadas e operando no céu – e não apenas para a exploração científica, mas para o comércio e a comunicação. E em meio a essa corrida pelo poder, um problema ameaça a novas missões: a Síndrome de Kessler.

Esse fenômeno pode ser explicado como a possibilidade de possíveis colisões com detritos espaciais, ou lixo espacial, que podem voltar – inutilizáveis – a órbita terrestre. Neste artigo do Engenharia 360, exploramos quais as implicações disso à tecnologia moderna e o que pode ser feito para mitigar os riscos. Confira!

A Síndrome de Kessler explicada pela ciência

A Síndrome de Kessler é um conceito que foi descrito pela primeira vez pelo astrofísico Donald Kessler no ano de 1978. Ele se referia à densidade de objetos em órbita terrestre e que isso era autossuficiente para que colisões entre detritos espaciais gerassem fragmentos, que podem se chocar com outros objetos (como naves espaciais e satélites), criando uma reação em cadeia praticamente imprevisível.

Síndrome de Kessler
Imagem de WikiImages em Pixabay

Mas o que está em jogo? Bom, para você ter noção, é o caso de que, se não for controlado, inviabilizar várias coisas que fazem relação com o nosso dia a dia moderno, a exemplo de serviços de Internet, GPS e mais. Enfim, a situação pode acabar, de uma hora para outra, virando um verdadeiro “caos orbital”, onde até seria impossível operar novos satélites ou realizar novos lançamentos espaciais. E aí, como ficaria a nossa vida, hein? Reflita sobre isso!

Veja Também: A ciência do Lixo Espacial, Cometas, Meteoros e Asteroides

O aumento espantoso de lixo espacial

Olhe para o céu! Saiba que agora há cerca de 130 milhões de fragmentos de lixo espacial orbitando a Terra. Desses, algo em torno de 40 mil tem mais de 10 centímetros, se movendo a 28 mil km/h, representando um risco constante até mesmo para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Síndrome de Kessler
Imagem reproduzida de NASA, Crew of STS-132, em Wikipédia – httpspt.wikipedia.orgwikiFicheiroInternational_Space_Station_after_undocking_of_STS-132.jpg

Essa quantidade de lixo espacial está aumentando cada vez mais. Aliás, o trabalho de empresas como a SpaceX tem tudo a ver com isso. Elas lançam a todo tempo novos satélites – a própria Starlink já tem uma “constelação” (só em 2018 foram 133 lançamentos), intensificando esse problema de geração de detritos, que se fragmentam e tornam a situação no espaço bastante frágil. A saber, são feitos atualmente mil alertas diários sobre possíveis colisões. Isso tem pressionado a engenharia a encontrar – urgente -soluções eficazes para resolver o problema.

Síndrome de Kessler
Imagem de WikiImages em Pixabay

Mas, calma, não podemos culpar somente as novas empreitadas, como as das empresas de Elon Musk. Saiba que o problema do lixo espacial não é novo – a única questão é que, com a nova corrida espacial, o número de objetos em órbita tem crescido exponencialmente. A área mais crítica é a da órbita terrestre baixa (LEO), que se estende entre 160 e 2 mil km da Terra, pois abriga satélites que estão relacionados a serviços de GPS, previsões meteorológicas, comunicação global e outros serviços essenciais.

As consequências da Síndrome de Kesseler

Vamos considerar o que pode acontecer e como nossa vida moderna seria impactada se ocorresse um fenômeno como da Síndrome de Kessler. Pois bem, poderíamos testemunhar uma interrupção de serviços tecnológicos essenciais. Lembrando que muita coisa que precisamos hoje dependem da operação contínua de satélites. Por exemplo, o GPS do nosso carro, a Internet do nosso celular, as previsões do tempo que guiam as viagens de aeronaves e embarcações, etc.

Síndrome de Kessler
Imagem de vecstock em Freepik

E olha, o problema já está feito, não tem como voltar atrás! Explicando melhor, sim, muitos detritos que se movem em órbitas mais baixas vão reentrar na atmosfera e queimar; porém, objetos em órbitas mais elevadas, como os que estão na órbita geossíncrona, podem permanecer por milênios. Então, se jogamos mais e mais objetos no céu, é provável que aumentem os riscos e, desse jeito, já podemos prever efeitos devastadores para o futuro da sociedade moderna.

Exemplos de incidentes

Desde o início dos voos espaciais, em 1957, houve mais de 650 incidentes de colisões ou fragmentações, muitos dos quais resultaram na criação de milhares de pedaços de detritos adicionais. Esses incidentes ocorreram devido a testes de armas, colisões acidentais de satélites e a explosão de foguetes ou espaçonaves.

Em 2023, um pedaço de detrito se aproximou perigosamente da Estação Espacial Internacional. Para evitar a colisão, os astronautas a bordo tiveram que realizar manobras de emergência, movimentando a ISS para fora da zona de perigo. Se a operação desse errado, poderia ocorrer a despressurização de módulos e até mesmo a morte dos astronautas.

Medidas para mitigar os riscos dos detritos em órbita

  • Desenvolvimento de tecnologias para remoção de detritos, como o projeto ClearSpace-1, que captura e desorbita satélites desativados.
  • Estabelecimento de regulamentações internacionais para gerenciar o tráfego orbital e prevenir o acúmulo de lixo espacial.
  • Criação de novas tecnologias para acelerar a reentrada de detritos na atmosfera terrestre.
  • Superação de desafios técnicos e financeiros, especialmente no rastreamento de pequenos fragmentos difíceis de detectar.
  • Adoção de ações globais para evitar a Síndrome de Kessler e o risco de colisões em cadeia no espaço.

O futuro do espaço com sustentabilidade e cooperação

Seria ilusão considerar o futuro do espaço com sustentabilidade e cooperação internacional? Mas é isso! A exploração espacial precisa ser realizada com responsabilidade. Deveríamos estar preocupados em operar lá em cima tecnologias com o mínimo de impacto ambiental. E mais, não disputar um lugar no céu, mas trabalhar em conjunto para expandir o conhecimento humano sobre a Terra – e fora dela – através da ciência, testando novas tecnologias e… mitigando os problemas dos fragmentos na órbita terrestre.

O momento de agir é AGORA! O cenário ideal seria com os países se ajudando a proteger nossos recursos, usando recursos avançadas para garantir que a órbita terrestre continue acessível e segura para futuras gerações. Porém, não temos esse compromisso global e, por isso, as consequências podem ser catastróficas.


Fontes: CNN, Olhar Digital, O Tempo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.