Uma grande tendência mundial em urbanização é a criação de parques ou distritos tecnológicos – incubadoras, aceleradoras, arranjos geográficos para inovação. O mais famoso deles hoje em dia é, certamente, o Vale do Silício – abrangendo 28 cidades da Califórnia -, nos Estados Unidos. Essa é uma estratégia bastante comum na contemporaneidade para o redesenho das cidades – bem sustentável, com excelente mobilidade e mescla de uso dos espaços – para poderem ser mais atrativas em termos de capital econômico, atraindo instituições de ensino, jovens estudantes, cientistas talentosos, empreendedores e empresas de primeira linha.

Distrito Tecnológico
Vale do Silício, Califórnia | Imagem reproduzida de Turismo Jovem Pan
Distrito Tecnológico
Vale do Silício, Califórnia | Imagem reproduzida de Turismo Jovem Pan

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Novo maior distrito tecnológico do mundo

O escritório de arquitetura URB está projetando simplesmente o maior distrito tecnológico urbano do mundo, o Urban Tech Hub. Ele deverá acontecer ao longo do Al Jaddaf Creekside, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, numa área somando 140.000 metros quadrados. E deverá ajudar a cidade na transição para atingir metas de programas e práticas verdes como carbono líquido zero. Seu design inteiro será biofílico, com detalhes especiais para promover o bem-estar de todos. Por exemplo, espaços de agricultura urbana, fazendas solares, recursos de design passivos e sensores de luz e temperatura.

Distrito Tecnológico - Dubai
Urban Tech Hub Dubai | Imagem reproduzida de Designboom
Distrito Tecnológico - Dubai
Urban Tech Hub Dubai | Imagem reproduzida de Designboom
Distrito Tecnológico - Dubai
Urban Tech Hub Dubai | Imagem reproduzida de Telecom Review

Outros distritos tecnológicos já finalizados

Um dos primeiros distritos tecnológicos no mundo são o de Boston e o de Barcelona, dois polos de inovação e criatividade. Especialmente a cidade espanhola foi reconfigurada no final dos anos de 1990 e transformada para as Olimpíadas de 1992. Parte dos setores industriais decadentes foram convertidos em novos bairros residenciais, e outros em áreas de economia do conhecimento. Na mesma linha, talvez tomando este projeto como inspiração, fez Buenos Aires, na Argentina, e Pernambuco, no Recife.

Distrito Tecnológico
Distrito Tecnológico de Bilbao | Imagem reproduzida de Construtora Andrade Ribeiro
Distrito Tecnológico
Distrito Tecnológico de Buenos Aires | Imagem reproduzida de Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires

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Claro que vale destacar que cada um desses distritos reflete o contexto e as condições locais! Também que nenhum bom desenho arquitetônico funcionará se não tiver por trás políticas de governança, bons ambientes regulatórios, mecanismos que incentivam empreendedorismo que permitam acesso ao capital, e mais.

A saber, um texto da UNISC ressalta que “o caso de Bilbao inaugurou uma forte polêmica em torno de projetos e operações urbanas de múltiplas escalas, integradas a um planejamento metropolitano e regional e fundamentadas por uma reestruturação econômica. À diferença da recuperação urbana dos anos 2000, motivada por megaeventos esportivos, promoção da cultura e obras emblemáticas visando recuperar a imagem das cidades e as inserir prioritariamente em circuitos econômicos internacionais com ênfase no turismo, atualmente uma visão policêntrica procura desenvolver a especialização produtiva da capital sem perder a relação com municípios delas distantes até 45 minutos, pautada pelo plano Bilbao Biscaia Next.”.

O que queremos dizer é que cada caso de planejamento de distrito tecnológico não pode ser encarado como igual e nem imutável. Na verdade, com o passar dos anos, é preciso repensar a própria cidade já transformada. Todavia, pode ter certeza que esses processos de regeneração urbana podem ajudar os municípios a superarem declínios, usar capital para o desenvolvimento de regiões, além de diversificar atividades e localizações produtivas.

São outras boas referências de distritos industriais pelo mundo:

  • O bairro de Londres conhecido como Silicon Roundabout.
  • Áreas de Berlim, na Alemanha; Paris, na França; Austin e Boston, nos Estados Unidos; Haifa, em Israel; Shenzhen, na China; Kendall Square, em Cambridge, na Inglaterra
  • Zona estratégica entre Suécia e Dinamarca.
  • A cidade de Odense, na Dinamarca, sediando o estaleiro da Maersk Group.
Distrito Tecnológico
Distrito Tecnológico de Shenzhen | Imagem compartilhada de StartSe
Distrito Tecnológico
Distrito Tecnológico de Odense | Imagem compartilhada de OrangeSmile

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Locais com potencial para criação de distritos tecnológicos

Aqui no Brasil, existem outras cidades com potencial para o desenvolvimento de distritos industriais. Por exemplo, São Paulo, São José do Rio Preto e São Carlos. Quais motivos? Histórico de atração, inserção global de indústrias intensivas em tecnologia, interesse de empresários, localização no país, além de escolas, unidades bancárias, indústrias e mais existentes.

Aliás, São José dos Campos, em São Paulo, tem instituído desde 2006 seu Parque Tecnológico. São 188 mil metros quadrados de infraestrutura. Hoje há, na região, centenas de empresas instaladas, além de startups, escritórios, instituições de ensino e pesquisa, residências e mais – com destaque para o cluster aeroespacial brasileiro

Distritos tecnológicos: um olhar sobre o novo centro de inovação de Dubai e outros ao redor do mundo
Imagem de Parque Tecnológico São José dos Campos

Referências

Voltando a falar de Recife, mais precisamente do seu centro histórico. Essa é uma das melhores referências de distritos tecnológicos do Brasil, um caso bem-sucedido, que conseguiu transformar uma área degradada, atrair empresas e investimentos, gerar empregos, elevar a renda local e estimular o nascimento de empreendedores. São 138 mil metros quadrados de imóveis já restaurados.

Distritos tecnológicos: um olhar sobre o novo centro de inovação de Dubai e outros ao redor do mundo
Distrito Tecnológico de Recife | Imagem compartilhada de Viagem Pro Futuro

E mais para o sul, Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, município conhecido como “Vale da Eletrônica”, com 150 empresas do setor, também é conhecido como distrito tecnológico. O interessante é que o local recebeu, com o tempo, atenção especial de escola de eletrônica, gestão, tecnologia e educação. E os talentos formados estão justamente preenchendo as vagas dessas empresas. Fica o bom exemplo de que prosperidade econômica começa dentro da sala de aula!

Distrito Tecnológico
Santa Rita do Sapucaí vale da eletrônica | Imagem compartilhada de Diário do Comércio

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Fontes: Blog Canal da Engenharia, Porto Digital, Fapesp, Somos Cidade.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Não sei se você tem o mesmo pensamento doido que eu. Mas, às vezes, fico imaginando que tipo de seres já caminharam no exato local onde moro. Será que já passaram pelo meu terreno dinossauros ou grandes tatus e preguiças-gigantes? E o que dizer do mar? Será que as águas já cobriram esta região do continente? Por exemplo, a cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, há quase 170 km do litoral, tem locais com resquícios de conchas e organismos marinhos fossilizados em seu solo. Isso indica que realmente a Terra já foi bem diferente de como conhecemos hoje.

evolução continentes planeta Terra
Imagem reproduzida de History

A origem dos continentes

Na escola, ouvi dizer que o continente mais antigo do mundo era a Pangeia. Contudo, os cientistas afirmam que existiram outros “desenhos” do nosso planeta antes mesmo disso. Mesmo assim, é mega importante estudarmos a Pangeia, pois só assim conseguiremos compreender como o nosso planeta chegou às posições atuais dos continentes que temos hoje. Felizmente, isso começou a ser considerado em 1596, quando o “pai do Altas Moderno”, o holandês Abraham Ortelius, levantau tal hipótese.

Ele considerou que as Américas, em algum momento, foram “rasgadas” e afastadas da Europa e África. Louco não? E parece que isso aconteceu por conta de sucessivos terremotos e inundações. Então, 200 milhões de anos atrás, na Era Paleozóica, existia a Pangeia e um gigantesco oceano chamado Pantalassa. Na sequência, a Laurásia (América do Norte e Eurásia) e Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida) no Mar de Tétis, em 130 milhões de anos. E América do Norte e Eurásia e entre a América do Sul, África e Oceania em 84 milhões de anos, na Era Cenozóica – sendo que, entre isso, a Índia colidiu com a Ásia, formando também a cordilheira do Himalaia, onde fica o Everest, o monte mais alto do planeta.

evolução continentes planeta Terra
Imagem reproduzida de Toda Matéria

Bônus 1 | Veja milhares de anos do Brasil

Neste site (clique aqui para conferir), você pode descobrir como era qualquer local do mundo há milhares de anos. Teste colocando o nome da sua cidade; é muito divertido! Nós usamos como referência o Rio de Janeiro. Veja a seguir!

  • evolução continentes planeta Terra
  • evolução continentes planeta Terra
  • evolução continentes planeta Terra
  • evolução continentes planeta Terra
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  • evolução continentes planeta Terra
  • evolução continentes planeta Terra

Nas imagens acima, você pode ver a cidade do Rio com diferença de milhares de anos. Pode-se ver o território com vegetação, água, terreno árido e até gelo, a depender do período da história!

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O próximo continente da Terra

Existe uma lenda de que, no passado, existia um povo muito evoluído em uma terra chamada Atlântida. Contudo, apesar de muitas pesquisas científicas já realizadas sobre o tema, ninguém nunca encontrou evidências verdadeiras. Alguns pesquisadores supõem que essas pessoas viviam em um continente que já não existe, submerso nas águas do Atlântico. O fato é que a única coisa que sabemos que as placas tectônicas sobre o manto estão em constante movimento, gerando terremotos e inundações, e que isso poderia gerar uma nova alteração no Mapa Mundi.

Aliás, não é que pode acontecer, vai acontecer, como sempre aconteceu na história da Terra. Inclusive, um grupo de pesquisadores da Curtin University, na Austrália, afirmam que teremos um próximo supercontinente no mundo; e o mesmo já foi até batizado com o nome de Amásia. Ele deverá se formar quando o Oceano Pacífico estiver completamente fechado – processo que ocorre lentamente e que deve ser concluído dentro de 200 ou 300 milhões de anos.

evolução continentes planeta Terra
Imagem reproduzida de Revista Galileu – Globo

Esse movimento parece fazer parte de uma espécie de ciclo, que acontece a cada 600 milhões de anos. Então, a perspectiva é de que os nossos continentes atuais devem se reunir novamente, enquanto a Austrália se chocará com a Ásia, empurrando-a em direção à América, fechando o Oceano Pacífico – ou seja, o que restou do super oceano Panthalassa, que começou a se formar há 700 milhões de anos. Isso foi provado em simulações de computador.

E o que deve acontecer com o nosso planeta depois dessa nova formação? Bem, é provável que haverá mais uma nova alteração drástica do ecossistema e meio ambiente. Tudo ficará diferente mais uma vez. A Amásia será muito árida, com altas temperaturas diárias. Então, talvez, haverá um outro ser – talvez um humano mais evoluído, se a nossa raça tiver sorte – que pisará sobre o local onde moro, refletindo sobre o que houve há milhares de anos, exatamente como faço agora.

Bônus 2 | Veja um bilhão de anos de movimento das placas tectônicas da Terra

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Fontes: Olhar Digital, History.

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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Atualização: neste sábado, 11 de março de 2023, a equipe da cápsula SpaceX Crew Dragon, pousou na na costa do Golfo da Flórida, retornando com segurança de uma missão científica de cinco meses na Estação Espacial Internacional. Saiba mais sobre esta missão no texto a seguir!


Nicole Aunapu Mann, de descendência indígena, tem 45 anos. Ela nasceu no estado da Califórnia, Estados Unidos. E sua história profissional é inspiradora! Gostaríamos de falar dela, aqui, no Engenharia 360, para mostrar aos nossos leitores que questões étnicas mais preconceitos – ou “pré” conceitos – sociais e culturais não podem ser encarados como barreiras para a realização dos nossos sonhos.

Mulher e primeira indígena a ir ao espaço
Imagem reproduzida de Hoje Amazônia

A trajetória de Nicole Mann

Mann estudou Engenharia Mecânica na Universidade de Stanford. Depois, ela entrou para o Corpo dos Fuzileiros Navais, onde foi coronel, pilotou aviões de combate, trabalhou em porta-aviões, e participou de operações de combate no Iraque e Afeganistão, chegando a receber seis medalhas por seus serviços. O passo seguinte foi se candidatar para trabalhar na NASA, a Agência Espacial Americana.

Em 2015, Nicole Mann conseguiu terminar seu treinamento para ser astronauta. Hoje, ela é membro da turma que realiza operações na Estação Espacial Internacional, sendo bastante considerada para futuras missões Artemis na Lua e em Marte. É notável a sua contribuição em experimentos científicos que visam estudar a vida na Terra e fora dela, além de impressão de células humanas em 3D, cultivos de plantas e exercícios para caminhadas espaciais.

Mulher e primeira indígena a ir ao espaço
Imagem reproduzida de Sada El balad
Mulher e primeira indígena a ir ao espaço
Imagem reproduzida de Revista Galileu – Globo

Missão Crew-5 da NASA

Em dia 12 de outubro de 2022, houve uma troca de equipes da Estação Espacial, ou seja, a transição da Crew-4 para a Crew-5. Um dos astronautas que retornam para a Terra é Samantha Cristoforetti, a primeira mulher europeia comandante. E um dos astronautas que foi para ficar pelos próximos seis meses no espaço, contando deste o dia 5, é a comandante Nicole Mann, ao lado do astronauta japonês Koichi Wakata e da cosmonauta russa Anna Kikina.

Mulher e primeira indígena a ir ao espaço
Imagem reproduzida de Revista Galileu – Globo
Mulher e primeira indígena a ir ao espaço
Imagem reproduzida de CNN Brasil

E olha que interessante, Mann decidiu levar na mala um dos símbolos da cultura do seu povo, um filtro dos sonhos, considerado como amuleto, representando unidade e proteção, e que ela ganhou da sua mãe quando era pequena. Ela disse, em entrevista à BBC, que “Será um pedacinho da minha família que levarei ao longo desta jornada.”, “Eu realmente espero que esta missão inspire as crianças indígenas americanas a seguir seus sonhos e perceber que algumas dessas barreiras que existem ou costumavam existir estão sendo derrubadas.”.

Mulher e primeira indígena a ir ao espaço
Imagem reproduzida de DOGO News

A saber, o primeiro homem indígena americano a ir ao espaço foi John Bennett Herrington, do povo Chickasaw, que voou durante 13 dias a bordo do ônibus espacial Endeavour vinte anos atrás. Na ocasião, ele levou consigo a bandeira Chickasaw e uma flauta tradicional.

Veja Também: NASA: mulher astronauta faz história para os Emirados Árabes Unidos


Fontes: BBC.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Que dor de cabeça, hein, Mark Zuckerberg? A fofoca da semana é que os próprios funcionários da sua empresa, a Meta, vêm afirmando que o Metaverso não parece estar despertando interesse, como o esperado, pelo menos não no aplicativo  Horizon Worlds de realidade virtual da companhia. Isso ficou registrado em trocas de mensagens obtidas e reveladas nas mídias pelo site americano The Verge. Mas qual o motivo? Veja no texto a seguir!

metaverso
Imagem reproduzida de TechTudo

Mas o que é Metaverso mesmo?

Olha, é difícil tentar simplificar o conceito desta tecnologia, mas vamos lá. Primeiro você precisa entender que o Metaverso não é algo recente. Na verdade, de algum modo, ele já existia pelo menos desde oas anos noventa, mas em outros formatos, por assim dizer. Em resumo, seria como um mundo virtual habitado por avatares. Muitos artistas investem na compra desses corpos e espaços digitais personalizados. E tem empresas que também permitem que nós mesmos possamos pagar para conhecer celebridades e visitar locais – que podem ou não existir no mundo real – modelados especialmente para o nosso entretenimento. Vídeo games como o Fortnite ou The Sims são bons exemplos disso.

metaverso
Imagem reproduzida de TechCrunch

Como vem funcionando o Horizon Worlds?

Em dezembro de 2021, fomos apresentados ao Horizon Worlds, em simultâneo ao momento em que Zuckerberg mudava o foco da companhia para o universo virtual. Trata-se de um mundo na web super colorido, com elementos e avatares de traços delicados, bem combinando com a comunicação visual da Meta. Contudo, o aplicativo vem sofrendo com problemas de instabilidade e bugs no sistema. E essa seria a maior causa do desinteresse das pessoas, incluindo os funcionários da Meta, mesmo com empenho do holding do Facebook em tentar fazer com que o app seja popular.

E quais os próximos passos anunciados pela Meta?

Bem, o vice-presidente da divisão de Metaverso da Meta, Vishal Shah, afirmou, em documento publicado neste último mês de setembro, que a empresa está empenhada em corrigir todas as falhas de qualidade e problemas de desempenho da plataforma até o final deste ano. Inclusive, ele deve ficar disponível para os usuários em celulares e computadores.

Isso quer dizer que SIM! Mesmo com reprovações de muita gente, o Metaverso está em “expansão” no ciberespaço e nem mesmo a Meta abre mão dele. Aliás, o próprio Vishal vem pedindo que os gerentes da Meta incentivem suas equipes a utilizarem o Horizon Worlds. Claro, enquanto as coisas não estiverem cem por cento, pode ser uma forçação de barra. O que você acha?

metaverso
Imagem reproduzida de VRScout

Já interagiu com a Horizon Worlds ou outra comunidade no Metaverso? Conte para nós nos comentários!


O Engenharia 360 tem muito mais a compartilhar com você! Confira ao webstories a seguir!


Fontes: O Estadão.

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Calma, você pode ter entendido errado este título. Não estamos falando de um túnel feito de pequenas pecinhas de LEGO, um dos brinquedos infantis mais adorados pelos adultos. Na verdade, nos referimos a uma construção submersa – debaixo d’água -, com pistas para rodagem de veículos, feita com peças de encaixe como se fosse um LEGO. A mesma começou a ser feita em 2021, no Mar Báltico, e será como um Eurotúnel ferroviário, ligando a Alemanha à Dinamarca – lembrando que o EuroTúnel original liga a França à Inglaterra em túnel de 50 km e subsolo marítimo.

O novo Túnel Fehmarn Belt

Refinando melhor a nossa explicação, a obra do túnel Alemanha-Dinamarca, ou Fehmarn Belt Tunnel, será realizada com uma máquina de perfuração de solo popularmente chamada de “tatuzão”. Depois, serão utilizadas peças pré-fabricadas para compor as seções do túnel – este é o melhor método de construção atual a ser considerado para casos assim, dizem especialistas. A conclusão da obra é prevista só para 2029. Por hora, as pessoas fazem o trajeto em quatro horas e meia; depois, elas levarão duas horas e meia.

Túnel Fehmarn Belt
Imagem reproduzida de CNN
Túnel Fehmarn Belt
Imagem reproduzida de femern
Túnel Fehmarn Belt
Imagem reproduzida de CNN
Túnel Fehmarn Belt
Imagem reproduzida de CNN

Os números dessa obra que já começam a impressionar mesmo antes da conclusão:

  • foram preciso 15,5 milhões de m³ do solo marítimo para realizar a terraplenagem do terreno;
  • será necessária mão de obra de 2 mil trabalhadores;
  • a estrutura submersa será formada por 89 elementos pré-moldados de concreto;
  • cada peça pesará 73.500 toneladas e medirá 217 m de comprimento;
  • o volume de concreto utilizado será, no total, de 2.480.000 m³;
  • o túnel deve cruzar 17 quilômetros e 600 metros do Mar Báltico;
  • ter 8,9 metros de altura e 42,2 metros de largura;
  • e é provável que a travessia, depois, possa ser feita em 10 minutos (de carro).
Túnel Fehmarn Belt
Imagem reproduzida de FemernAS em YouTube

O amadurecimento da ideia

Um dos motivos desse túnel ser considerado, desde já, o mais longo do mundo é a forma como será construído. Sua estrutura será composta por grandes aduelas pré-moldadas de concreto. Elas serão encaixadas no fundo d’água, ou seja, ficarão submersas ou imersas no mar. Lembrando que o EuroTúnel foi feito de forma diferente, escavado no subsolo marítimo.

Só o planejamento Fehmarn Belt Tunnel vem levando incríveis 12 anos – bem, não é de se espantar, já que se trata realmente de uma obra bastante complexa. Seus termos precisaram ser aprovados em dois países; estudos de impacto ambiental e outros estudos praticamente tiveram que ser feitos em dobro, olhando para ambas as legislações. E para que as despesas e tudo mais fosse menor possível, foi escolhido o trecho mais estreito entre a Alemanha e a Dinamarca. Mesmo assim, estima-se que sejam gastos 7 bilhões de euros. A conclusão da construção está prevista para 2029.

Túnel Fehmarn Belt
Imagem reproduzida de CNN

O passo a passo construtivo

Vale comentar que, para a construção do Fehmarn Belt Tunnel, primeiro será preciso dragar o solo marítimo. Depois, com isso, fazer algo como a terraplenagem do terreno. E, na sequência, lançar as aduelas ao mar. Esse processo não é exatamente novo, embora tenha que ser igual cuidadosamente bem calculado. Mas foi, de fato, escolhido porque foi eficaz em outras construções, como o canal que liga Copenhague, na Dinamarca, e Malmö, na Suécia. Só que isso foi em 2000. Será que não haveria uma solução moderna melhor, considerando o avanço das tecnologias nas últimas duas décadas? Escreva nos comentários!

Túnel Fehmarn Belt
Imagem reproduzida de CNN
Túnel Fehmarn Belt
Imagem reproduzida de RailFreight

Veja Também: As 4 estruturas subterrâneas mais profundas do mundo


Fontes: Hypeness, Cimento Itambé.

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Foram necessários 125 anos de pesquisa para responder esta pergunta sobre o auge da inteligência, acredita? Cientistas alemães da Universidade Ludwig Maximilian analisaram milhares de partidas e jogadas de xadrez de torneios profissionais realizados neste período, entre os anos de 1890 e 2014, para ter um parâmetro de análise e finalmente entender se existe mesmo uma idade em que nós, humanos, simplesmente atingimos um máximo de inteligência – apesar de o próprio conceito de inteligência ser algo muito difícil de ser determinado, variável conforme a opinião de cada um.

inteligência
Imagem reproduzida de Casa e Jardim – Globo

Conclusões das primeiras análises de dados

1. O auge da inteligência realmente acontece

Os cientistas, liderados pelo professor de economia Uwe Sunde, focaram no poder cognitivo dos indivíduos; quando fica maior e quando “estaciona”. E logo de cara, com base nos dados coletados, souberam que as nossas habilidades cognitivas hoje são superiores, quando comparadas aos nossos ancestrais. Depois, que provavelmente atingimos o nosso auge da inteligência por volta dos 35 anos.

Agora, o que aconteceria após esta idade? Bem, está preparado? Parece que as habilidades cognitivas tendem a baixar depois dos 45 anos. Assustador, não é mesmo? E como se chegou a esse resultado? Então, os cientistas se basearam nos movimentos humanos realizados em tais jogadas, com os movimentos ideais que um computador realizaria. Ficou registrado que, de fato, o desempenho cognitivo dos jogadores mudou à medida que eles envelheciam.

inteligência
Imagem reproduzida de Freepik

2. Existe uma evolução entre as gerações

Isso quer dizer que a dinâmica das nossas habilidades cognitivas não é igual entre as faixas etárias. Porém, pessoas que nascem hoje parece que devem apresentar capacidade cognitiva maior na mesma idade do que aqueles que nasceram décadas atrás. E isso vem acontecendo de forma constante pelo menos neste último século. Sendo que parece que o “pico máximo” de inteligência da nossa espécie foi nos anos de 1990 – a década dos discman e computador de mão, dos cartuchos de videogames e tamagotchis, do Mega Drive e Super Nintendo, do Windows 95, dos celulares “tijolão” Nokia e Motorola, e mais.

3. As novas tecnologias nos deixam mais inteligentes

Segundo os pesquisadores, é possível até que as novas tecnologias estão tornando as pessoas mais inteligentes. Bom, pelo menos se sabe que é preciso desenvolver, ao longo da vida, uma série de habilidades – como conhecimento em matemática e línguas -, pois não nascemos com elas. E é claro que as novas tecnologias dão uma super ajudinha neste sentido.

Parece que também outros fatores podem influenciar, como a própria hereditariedade. Mas, além disso, curiosidade aguçada, mente e ouvidos abertos, gosto pela leitura, fácil adaptabilidade a diferentes situações, capacidade de resolver rapidamente vários problemas, entendimento e aceitação sobre seus limites e medos, e sempre estar disposto a aprender mais.

inteligência
Imagem reproduzida de Época Negócios

Veja Também: Sabia que a inteligência humana está regredindo? Entenda por quê!


Fontes: Concursos no Brasil.

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Redação 360

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Economia é um assunto tão complexo quanto política. Aliás, muito dessas pautas está totalmente interligado. Porque as decisões dos políticos refletem nas ações da população, e vice-versa, impactando o desempenho do mercado em todos os seus níveis, do comércio à indústria da Construção Civil. E modificam estes índices também as transformações no planeta, incluindo o aquecimento global e conflitos entre países, além da escassez de insumos por consequência.

Tivemos que enfrentar nos últimos anos a triste pandemia, sem contar a polarização da política. Isso afetou e vem afetando demais o Brasil, sem dúvidas. Poderíamos tentar desvendar o futuro, embora alguns eventos sejam difíceis de prever. Por exemplo, é quase impossível nós evitarmos uma piora na escalada de guerra entre Rússia e Ucrânia, mais EUA e OTAN. Contudo, podemos tentar trabalhar com propostas para melhora da economia interna entre partidos e seus representantes, empresários e outros personagens, não é mesmo?

construção civil
Imagem reproduzida de Cimento Itambé

O possível futuro da Construção Civil no Brasil

Olhando para isso, os economistas afirmam que se mantêm otimistas, embora cautelosos, para essa transição de 2022 para 2023. Eles dizem que, neste momento, setores que ficaram mais fragilizados com a crise estão começando a se recuperar. E é claro que isso faz a diferença no todo, pois “movimenta a máquina” – as pessoas confiando mais, comprando mais e a deflação finalmente podendo ser sentida por todas as camadas sociais.

Neste momento de eleições, muitas propostas vêm sendo apresentadas para mudança do país. Só nos resta confiar nos planos. Muitos deles envolvem construções, reformas e além. E tem ainda os incentivos à vinda de empresas para o Brasil, levando a mais trabalhos no setor civil. Aliás, a Construção Civil sempre foi um importante pilar da nossa economia e continuará sendo. E ela vem apresentando um bom desempenho desde a metade de 2022.

construção civil
Imagem reproduzida de Hora Campinas

Quem confirma esses dados é a Confederação Nacional da Indústria (CNI) com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A análise também parece correta se olharmos para o crescimento do PIB da Construção Civil realizada pela CBIC. E o que levou a isso? Bem, especialistas de mercado acreditam que foi:

  • o incremento de atividades,
  • seguida pela confiança do empresariado,
  • expectativas positivas para os próximos meses,
  • redução nas projeções para a inflação nacional,
  • novas medidas adotadas pelo Programa Casa Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida,
  • entre outras ações para o aceleramento da habitação popular no Brasil.

Então, parece que o ambiente está mesmo favorável, dinâmico e participação na Construção Civil, com mentalidades mudando e pessoas estimuladas a empreender. Você concorda? E quais suas próprias expectativas para o ano de 2023? Escreva nos comentários!

Veja Também: Qual o seu perfil de profissional: I, T ou X? Descubra!


Fontes: Meio Norte.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Tem muita gente sonhando hoje em dia em adquirir um carro elétrico da Tesla, de Elon Musk. De fato, com a crise do petróleo, todas as tecnologias envolvendo a redução de combustíveis fósseis e uso de energias limpas passaram a estar em alta. Então, de repente, esse assunto varreu as mídias, dominando os principais portais de notícias, blogs, sites e redes sociais do ramo. Agora, pode ter certeza, já se falava em carros elétricos há 100 anos. Sabia disso?

Os carros elétricos do início do século XX

Você pode não acreditar, mas estima-se que, em 1901, 38% dos veículos eram elétricos, 40% eram movidos a vapor e 22% a gasolina, sem contar as carruagens puxadas a cavalos que ainda circulavam nas ruas. Em 1915, em Washington e Detroit, por exemplo, havia 1325 carros elétricos; enquanto em Chicago eram 4 mil e em Nova York 3,2 mil. Até a esposa do presidente dos Estados Unidos, naquela época, dirigia um elétrico, o modelo Baker Queen Victoria de dois lugares.

carros elétricos
Imagem reproduzida de Mad4Wheels
carros elétricos
Imagem reproduzida de Flickr

Quem eram os principais condutores desses carros?

Mulheres! Elas dominavam os volantes dos carros elétricos americanos no início do século XX. Adoravam essas máquinas por serem mais limpas, silenciosas e fáceis de dirigir. E, segundo a socialite de Denver Margaret Whitehead, que dirigia um Fritsche Electric, “(uma senhora) pode usar sem medo um vestido de tecido menos resistente e um calçado mais delicado, pois quando chegar ao destino estará imaculada e o penteado tão sereno como quando saiu de casa.”.

carros elétricos
Imagem reproduzida de Gazeta do Povo
carros elétricos
Imagem reproduzida de Ser Melhor – Conquiste a sua estrela

Opiniões assim animavam os investidores dos projetos de carros elétricos. De fato, o mercado das concessionárias passou a considerar estes produtos como top de linha, que seriam muito vendidos. E ainda havia a imagem dos presidentes de anos posteriores, como Woodrow Wilson, que dirigiam carros elétricos, a exemplo do Milburn Light Electric, utilizado também pelo serviço secreto. Sem contar a esposa do político que dirigia o Baker Electric, em 1914.

carros elétricos
Imagem reproduzida de Denver Public Library

Como eram carregados os carros elétricos do passado?

Ora bolas, como são recarregados os carros elétricos de hoje? Exatamente, em estações de recarga! A maioria delas estava instalada em concessionárias de automóveis. E Oliver Frichtle, o Elon Musk do começo do século XX, divulgava em publicidades que seus carros podiam percorrer longas distâncias com uma única carga de bateria.

Aliás, certa vez, Frichtle dirigiu um de seus carros da cidade de Lincoln, no Nebraska, até Nova York. Uma distância que dava 2,9 mil km nas condições de estradas da época e que ele fez em 29 dias, recarregando em concessionárias autorizadas a cada 90 km. Convencidos do potencial, até Thomas Edison e Henry Ford, que fabricavam carros a gasolina, adquiriram modelos da Detroit Electric para si. Ford, por exemplo, comprava um Detroit Electric a cada dois anos para sua esposa Clara.

carros elétricos
Imagem reproduzida de Clean Fleet Report

Por que os carros elétricos do passado não “emplacaram”?

Tem que entender que a tecnologia dos carros elétricos evoluiu bastante no último século. Antes, os carros levavam muitas baterias de armazenamento, que tracionam as quatro rodas e quase eliminam a velocidade. Mas, não podemos duvidar, nem por um segundo, que os carros elétricos são os veículos do futuro!

É que, no início do século XX, o apelo para o uso dos carros a gasolina ganhou forma por conta da sua produção em massa, mais barata. E também, nos anos de 1920, houve o “boom” das descobertas e explorações de jazidas de petróleo, que deixou o preço do combustível mais acessível, levando os elétricos a praticamente desaparecer nos anos de 1930.

carros elétricos
Imagem reproduzida de Hyman LTD

Então, podemos dizer que, se naquele momento da história os pesquisadores tivessem encontrado uma forma de baratear a tecnologia, teríamos uma realidade totalmente diferente hoje. Mesmo assim, por conta da urgência do momento, os carros elétricos voltaram com tudo e, com eles, os incentivos para produção de caminhões, ônibus, máquinas agrícolas, helicópteros e aviões, mais os eVTOLs, elétricos também!


Fontes: Gazeta do Povo.Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Todo estudante de Engenharia Civil e Arquitetura tem – ou pelo menos deveria ter – interesse em aprender sobre o concreto. Este é o material mais utilizado na construção civil global, combinado ao aço para a elaboração de elementos estruturais. Contudo, para isso, é preciso ter certos cuidados – como dosagem e mistura dos “ingredientes”, processo de entrega, e etc. -, independente dela ser feita no canteiro ou na usina. Por quê? Simples, porque isso interfere na qualidade do material e, sendo ruim, pode comprometer toda a obra.

São os ensaios que realizamos antes da construção que vão esclarecer dúvidas – como se o concreto calculado realmente é o recebido no canteiro – e, assim, evitar determinados problemas. Mas você sabe como é realizado o controle tecnológico do concreto usinado? Veja a seguir!

Realizando o controle tecnológico do concreto usinado

Importância das avaliações

Como dissemos antes, o controle tecnológico do concreto usinado deve envolver a realização de diversos ensaios. Assim saberemos se o material entregue no canteiro tem mesmo as propriedades esperadas – sobretudo de desempenho – e definidas no projeto, evitando patologias que possam comprometer a vida útil e estabilidade dos elementos estruturais. Alguns desses testes são realizados pela concreteira. Mas é importante que a construtora – compradora do produto – também faça as suas avaliações.

CONCRETO USINADO
Imagem reproduzida de Montar um Negócio

Eis as falhas mais comuns que podem surgir:

  • problemas no processo de mistura, no transporte, descarga, coleta de amostras e moldagem,
  • problemas no acondicionamento de corpos de prova – em obra e no laboratório -,
  • além dos erros em preparos e ensaios.

Deve-se ter atenção redobrada na coleta da amostra, que deve ser feita logo após a adição de toda água do traço do concreto e após a descarga de 15% do volume de concreto, conforme descrito na ABNT NBR NM 33:1998 – Concreto – Amostragem de concreto fresco.

Preparativos para os ensaios

Você pode estar se perguntando “Mas quantos ensaios de controle tecnológico do concreto usinado eu precisarei realizar?”. Bem, isso deve ser definido de acordo com:

  • o nível de qualidade que se pretende atingir,
  • a responsabilidade da obra,
  • o grau de exposição a atmosferas agressivas,
  • e a vida útil da obra.

A seguir, você verá que existem ensaios para analisar a composição da massa do concreto – soma dos ingredientes -, o resultado da mistura – incluindo a consistência, tempo de pega, e mais -, e como ficou após endurecimento – tipo sua resistência à tração, elasticidade e absorção de água, por exemplo. Alguns testes são feitos logo no estado fresco do concreto, e outros depois de 28 dias.

Principais verificações

1. Concreto dosado

Nesta etapa, analisamos o estado do concreto como veio da usina, sobretudo se bate com o pedido realizado pela construtora. Lembrando que alguns componentes são adicionados dentro do caminhão betoneira – água, cimento, agregados e aditivos. Primeiro, é preciso olhar o que diz na nota fiscal, incluindo os dados de endereço versus horário de saída da usina, para entender se não houve desvios de rota. Depois é preciso conferir o número do lacre, que só pode ser rompido quando o concreto for descarregado na obra. Se algo estiver errado, o produto deve ser rejeitado.

CONCRETO USINADO
Imagem reproduzida de Liga Blog

2. Slump test

Após passar pela etapa 1, é um bom momento para considerar dar início ao processo de descarga do material. Antes, conferir o Fck do concreto, ou seja, sua resistência característica – veja aqui como fazer o cálculo. Além disso, ver qual a informação quanto ao volume e o slump, que é a amostra coletada em uma peça em formato de cone. Lembrando que o passo a passo para o seu adensamento está indicado na NBR NM 67.

CONCRETO USINADO
Imagem reproduzida de JACP

A informação do slump do concreto também deve constar na nota fiscal. O intervalo ou “margem de erro” tolerável deve ser de 20 milímetros. Por exemplo, se o abatimento estiver acima do previsto, isso pode indicar que houve muita adição de água na massa do concreto, o que levará à sua perda de resistência. Detalhe: NÃO tem como controlar esse problema ou remover essa água em excesso da mistura, certo?!

Agora, um caso diferente. Seria possível que a usina tenha removido parte da água do traço e deixado uma reserva para, mais tarde, fazer atingir o slump correto na obra, dando um valor abaixo do esperado. Essa água é, então, adicionada gradualmente no canteiro, com supervisão de um profissional especializado da empresa, para não correr o risco do abatimento ficar maior do que o permitido. Claro que esse processo é arriscado, pois é possível não atingir o slump desejado e o concreto precisa ser rejeitado.

3. Controle no estado endurecido

Chegamos ao momento tão esperado da moldagem dos corpos de provas – algo que os estudantes de Engenharia Civil e Arquitetura sempre veem nas aulas. A quantidade e divisão dos lotes é definida pelo responsável pela concretagem e precisam atender os requisitos da ABNT 12665. São realizados cálculos, ensaios de compressão – como de compressão e flexão.

As amostras do concreto devem ser retiradas em central – exemplares de cada caminhão betoneira. Depois ainda são coletadas amostras parciais quando o produto é “virado” na obra – exemplares de betoneiras aleatórias. Passado 28 dias, os exemplares são rompidos em laboratório. Informações adicionais:

  • cada exemplar será composto por dois corpos de prova,
  • mínimo 6 para concreto de resistência à compressão entre 10 e 50 Mpa,
  • e no mínimo 12 para concretos acima de 50 Mpa.
CONCRETO USINADO
Imagem reproduzida de Supremo Cimento

Veja Também: Concreto Auto Adensável: o que é e quais as suas vantagens

Fórmula do Fck para amostragem parcial:

CONCRETO USINADO
Imagem reproduzida de IME

Detalhe: a amostragem total do Fck estatístico é igual ao Fck do exemplar da betonada ou caminhão betoneira. Se os resultados obtidos nos cálculos derem um Fck estatístico maior ou igual ao determinado em projeto, o concreto está aceito. Se os resultados forem um valor inferior, é necessário levar os resultados a um calculista estrutural que vai determinar o que deve ser feito.

CONCRETO USINADO
Imagem reproduzida de Cimento Itambé

Veja Também:


Fontes: AEC Web.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A ciência está trabalhando muito mais nos últimos tempos para encontrar respostas eficazes para solucionar a crise energética global. Já temos em desenvolvimento novas propostas para energia nuclear, energia eólica, energia ondomotriz e também, é claro, energia por células solares. Por exemplo, recentemente, foi apresentado ao mercado renovável a ideia de placas capazes de captar muito mais luz. Elas teriam 10 mil vezes menos espessura que os painéis solares convencionais. Veja a seguir!

Novo material para painéis solares

Uma célula solar convencional é feita à base de silício. Alguns pesquisadores já fizeram propostas de substituição do material por chumbo em soldas e até medicamentos de venda livre para estômago, pode acreditar. Não muito noticiamos a incrível notícia ainda de equipe brasileira que propôs usar a casca e líquido da castanha de caju.

Agora a nova proposta dos cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, é usar o sulfeto de bismuto de sódio, não tóxico e em abundância na terra para uso comercial. O mesmo poderia ser cultivado na forma de nanocristais. Depois, eles seriam espalhados em uma solução para realizar filmes de 30 nanômetros de espessura.

Principais vantagens encontradas no bismuto de sódio:

  • Ser forte e nítido na absorção de energia solar.
  • Absorver a luz com mais força do que as tecnologias convencionais de células solares.
  • Poder ser impresso por meio de uma tinta.
  • Potencial para produzir célula solar mais leve, que poderia ser mais facilmente transportada ou utilizada em aplicações aeroespaciais.
  • E durabilidade a longo prazo, algo essencial para células solares.
energia de painéis solares
Imagem reproduzida de Portal Energia

Por que absorve mais energia solar?

Durante investigação em laboratório, os cientistas perceberam que o novo modelo de placa solar se manteve estável no ar ambiente durante todo o tempo do estudo, que durou quase um ano, sem precisar de encapsulamento, o que se assemelha a outros novos materiais fotovoltaicos, como as perovskitas de haleto de chumbo. Os fatores que determinam isso são a desordem cristalina e o papel do sódio.

O interessante é que o comportamento dos íons, nesse caso, resulta em uma estrutura cristalina que se parece demais com o que acontece com o cloreto de sódio, ou sal de cozinha. A diferença entre eles estaria na capacidade de distribuição pelo material. A não-homogeneidade seria um efeito importante na intensidade de absorção! Se você estiver se perguntando ainda sobre o sódio, não, ele não contribuiria bem para os estados eletrônicos do semicondutor.

Veja Também: Quais são as 5 maiores usinas solares do Brasil? Conheça agora!


Fontes: Click Petróleo e Gás.

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