Certamente, você já ouviu falar no jogo eletrônico de sobrevivência Fortnite, não é mesmo? O mesmo foi apresentado ao público pela primeira vez, pela desenvolvedora Epic Games, no ano de 2011. Depois, lançado em diferentes modos para serem compartilhados entre vários jogadores. Hoje, eles podem ser acessados em Microsoft Windows, PlayStation, Xbox e Android, tendo milhões de usuários. Ou seja, é um grande fenômeno cultural, que tem atraído cada vez mais e mais jovens.
Enfrentando o tabu de que "quem joga não se forma"
Jogar Fortnite é, sim, algo bastante prazeroso; realmente muito divertido. Porém, algumas pessoas não sabem impor limites a esta diversão, o que leva ao comprometimento das tarefas referentes às outras áreas de sua vida, como estudo e trabalho. Muitos pais temem que seus filhos, ao passar tempo demais no mundo dos games, deixem de se preparar bem para a escola e vestibular, perdendo a chance de frequentar depois uma boa faculdade, acabando também com suas futuras chances no mercado de trabalho.
Acontece que isso não é necessariamente verdade. Talvez seja mesmo só um tabu. Porque, como sabemos, tudo depende da postura de cada um. Tem gente que consegue usar os e-sports para exercitar a comunicação, aprender outros idiomas, aperfeiçoar o intelecto, habilidades de raciocínio, e mais. É que, infelizmente, de modo geral, nosso país incentiva pouco a ciência. Portanto, as informações relevantes sobre tecnologias, bem como as oportunidades que oferecem, não chegam a todo mundo.
O universo dos games pode, de fato, ser bastante inspirador para vários jovens. Aqueles que sabem explorar bem as boas possibilidades com dedicação podem seguir longe, usando o mundo virtual para obter mais informações sobre o mundo real. As histórias compartilhadas a seguir são exemplos disto! Confira!
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Os brasileiros que, jogando, foram aprovados em universidades
Guilherme Mannarino, da cidade do Rio de Janeiro
Em 2021, este jovem foi notícia nas mídias. Então, com 17 anos, ele foi aprovado em 32 universidades dos Estados Unidos - inclusive com bolsa integral para a UCF, na Flórida - que, em comum, vinham de olho nos chamados e-sports dos jovens. A ideia é que ele siga na carreira de Engenharia da Computação, sendo bem instruído em um país que valoriza e dá mais chances para a formação técnica qualificada na área.
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O curioso é que Guilherme confessa ter muita dificuldade de estudar as disciplinas exigidas para os vestibulares tipo tradicional. Ele visava realizar o ENEM para tentar vagas na PUC-Rio e na UFRJ, mas sentiu ser difícil ficar satisfeito com o tal método de aprendizado em papel e caneta. Foi então que ele decidiu analisar as bolsas no exterior que estavam em aberto. E deu certo!
Hoje, Guilherme altera em seu dia cinco horas de treino no Fortnite e três horas de estudo, além do tempo que realiza exercícios físicos e exercícios em sites específicos para melhorar seu raciocínio, fora a fluência no inglês. Ele mesmo afirma o seguinte: "(...) nunca deixem de estudar. Estudar é a coisa principal, sempre. Se você quer o mundo dos e-sports, a sua primeira opção tem que ser o estudo.". E, combinado à isto, o jovem acredita ser importante uma alimentação saudável e boa saúde mental.
Matheus Guimarães Montenegro, de São Vicente, São Paulo
Agora vamos falar de Matheus. Ele tem 20 anos e, neste ano de 2022, ficou conhecido nas redes por sua história. Ele passou na seleção de 28 universidades dos Estados Unidos, se decidindo pelo curso de Ciência da Computação da Oklahoma Christian University, onde recebeu bolsa de 75%. E tudo por quê? Porque o jovem também soube aproveitar bem o tempo em que passou jogando Fortnite.
Inspirado pela história de Guilherme, ele fez entrevistas com as escolas por um aplicativo de voz para comunidade de jogos, apresentou suas notas no Ensino Médio - que ele realizou em uma escola pública -, cartas de recomendação de professores, certificados de atividades extracurriculares e redações. Em outro momento fez testes de inglês. Enfim, graças a essa boa mistura de experiência acadêmica e em campeonatos de jogos, Matheus ganhou as aprovações!
A saber, na escola, o jovem participou de projetos que envolviam inglês e do desenvolvimento de um aplicativo futurístico em um programa virtual americano. Chegou também a ser aprovado no Global Citizen Year Academy, um programa virtual de liderança para jovens que buscam mudanças no mundo. E os e-sports serviram para tornar seu perfil de candidato mais atraente para as universidades.
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