Engenharia de Bioprocessos

Made in Brazil: conheça essas duas soluções surpreendentes envolvendo energia limpa

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Por: Redação 360 | Em: | Atualizado: 22 meses atrás | 1 min de leitura

Imagem reproduzida de Coppe – UFRJ

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Os cientistas estão sempre em busca de soluções que possam contribuir para a vida de todos, mas mirando em alternativas para minimizar os impactos contra a natureza, isso inclui geração de energia e tratamento de água. Essas são atividades que custam cada vez mais para os países, sobretudo porque as populações estão aumentando e os recursos permanecem limitados. Por isso, é preciso encontrar alternativas que sejam mais baratas e potencialmente eficazes em seu propósito. Algumas pesquisas em desenvolvimento neste momento nos dão esperanças. Veja a seguir!

Casca de caju para captação de energia solar

A produção de energia solar é uma excelente saída neste momento de crise elétrica em nosso país - lembrando ainda dos benefícios que isso traz para a natureza. Mas uma coisa que ainda impede essa tecnologia de crescer no Brasil é o preço do sistema. Imagina, então, se pudéssemos baratear a energia solar. Como seria? Pois pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) descobriam uma resposta bem inusitada para isso: usar casca de caju, algo que é bem abundante na natureza do estado. A saber, em seu território são produzidas 360 mil toneladas de castanhas anualmente.

Destino para material residual

O aproveitamento do material aconteceria na produção de energia solar térmica, utilizando coletores solares de placas planas, para conversão de radiação em energia térmica. A questão é que, nesse caso, as tais placas - superfícies absorvedoras - seriam feitas de um novo elemento, vindo da casca de caju, capaz também de absorver radiação solar e promover aquecimento de água ou óleo.

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Imagem reproduzida de Tecnonoticias

Os cientistas propõem a utilização do líquido da casca da castanha-de-caju (LCC) - um resíduo da indústria do caju, descartado por não ter um destino certo - como alternativa ao coletor usado atualmente, com óxido de titânio. Como eles descobriram isso? É que uma das formas de extração do líquido envolve aquecimento das amêndoas, geralmente alcançando temperaturas semelhantes às das placas solares. E é claro que a coloração escura também é um ponto positivo para absorção. Mas ainda é preciso realizar mais testes com o produto final.

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Imagem reproduzida de Agência UFC - Usos do LCC | Foto: Viktor Braga

Usina que gera energia e água simultaneamente

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram um sistema inédito no Brasil, ideal para processos de refrigeração de ambiente. Trata-se de um demonstrador tecnológico, chamado de Ilha de Policogeração Sustentável, que recupera o calor desperdiçado por painéis de energia solar e o reutiliza para aquecer água que alimenta um desaminizador via destilação por membranas. Ou seja, uma solução que une geração de eletricidade e produção de água potável. Impressionante!

Então, imagina um vilarejo que não esteja conectado à rede elétrica nacional e que ainda sofre com o desabastecimento de água. Infelizmente, esta é a realidade de muitos municípios aqui mesmo, dentro do Brasil. Esse processo seria uma benção, um plano sustentável e energicamente autosustentável! Assim, parte da radiação solar é perdida e se dissipa no ambiente na forma de calor durante o processo de conversão de energia solar em elétrica nos painéis. E todo calor recuperado revertido pata a destilação de água. O que acha?

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Imagem reproduzida de Plantão dos Lagos

Atualmente, existe um modelo em teste no Rio, ocupando uma área de 200 m². Ele conta com painel solar fotovoltaico de alta concentração com capacidade de 5 kW de energia elétrica e 8 kW de energia térmica, mais 3 conjuntos de coletores solares para aquecimento complementar de água. Seu potencial de produção é de mil litros de água potável por dia a partir de água salgada, destinados a consumo humano ou atividades agroindustriais. Pode parecer pouco, em comparação a outras tecnologias de dessalinização. Contudo, de acordo com os pesquisadores, daria para trabalhar com método por osmose reversa, o que é muito vantajoso.

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Imagem reproduzida de Revista Planeta
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Imagem reproduzida de Gizmodo

Veja Também: Produção de energia solar no Brasil cresce expressivamente em 2022 [entenda por quê]


Fontes: UOL, UOL - 2.

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