Por certo, você já deve ter ouvido falar sobre o Prêmio Nobel. Mas conhece a sua história? Bem, esta láurea foi criada por Alfred Nobel, um químico sueco, inventor da dinamite, que doou a maior parte da sua fortuna para a criação do prêmio que, de acordo com a sua opinião, deveriam ser concedidos “(…) àqueles que, durante o ano anterior, tenham conferido o maior benefício à humanidade.”. Contudo, hoje, como esclarece a júri Juleen Zierath, a regra é: “Você pode ter feito essa descoberta em um estágio muito inicial de sua carreira de pesquisa, ou pode ter feito essa descoberta em um estágio muito avançado de sua carreira de pesquisador.”.

Prêmio Nobel
Imagem reproduzida de Estreia Na Tv

Cada ano, o Comitê envia sua nomeação para os membros da comunidade científica. Então, alguns candidatos – como reitores de faculdades e ex-laureados – recebem um convite especial para enviar suas indicações de nomes de pessoas e organizações. Mas, como consta no testamento de Alfred “Em nenhum caso o valor do prêmio pode ser dividido entre mais de três pessoas.”. O Nobel não tem limite de idade; só não pode ser concedido postumamente, ou seja, a uma pessoa falecida – a não ser que o incidente aconteceu após o anúncio.

  • Eis as categorias premiadas para Nobel: Medicina, Literatura, Paz, Economia, Física e Química.

O Prêmio Nobel de Química de 2022

Até 2021, contudo, das 187 pessoas agraciadas com o Nobel em Química, apenas 7 eram mulheres. Dentre elas, a cientista polonesa Marie Curie, a primeira mulher a ganhar um Nobel.

Neste ano de 2022, o Nobel de Química vai para três pesquisadores: Carolyn R. Bertozzi e K. Barry Sharpless, dos Estados Unidos, e Morten Meldal, da Dinamarca, que, juntos, conseguiram desenvolver uma ferramenta para construção de moléculas. O anúncio foi feito ontem, dia 5 de outubro, pela Academia Real das Ciências da Suécia.

Prêmio Nobel
Imagem reproduzida de Yahoo Notícias
Prêmio Nobel
Imagem reproduzida de O Globo

Por que o trabalho deles é relevante? Sim, precisamos destacar que, em 2021, o prêmio foi dado a dois cientistas que desenvolveram também uma ferramenta de construção de moléculas; a mesma apresentava menor impacto ambiental. Desta vez a diferença está nas muitas aplicações práticas, como no direcionamento de tratamentos contra o câncer, na produção de produtos farmacêuticos mais precisos, etc. Os benefícios, certamente, serão muitos para a humanidade!

Prêmio Nobel
Imagem reproduzida de Diário da Saúde

Mais informações sobre a nova descoberta

Você sabe o que acontece em reações químicas? Bem, nesse caso, ligações entre átomos são quebradas e rearranjadas, formando novas substâncias. Podemos controlar isso quando sabemos a “receita” – como se faria na culinária. Porém, os cientistas contam que muitas dessas reações não possuem uma receita digamos simples, produzindo materiais e moléculas de forma bastante complexa, cara e que consomem tempo demais da indústria.

O que estes ganhadores do Nobel conseguiram foi “traduzir” ou “reescrever” de modo simples estas “receitas”. Por exemplo, eles pegaram duas moléculas, de azida e alcino, juntaram com um terceiro “ingrediente”, íons de cobre, e produziram reações químicas simples. O “passo a passo” pode servir de modelo para a criação de uma variedade quase infinita de moléculas. Isso facilitaria, por exemplo, a produção de material plástico combinado a substâncias que geram eletricidade, são antibacterianas ou que capazes de proteção contra radiação UV.

Óbvio que íons de cobre são tóxicos para o nosso corpo. Mas os pesquisadores do Nobel deste ano descobriram ainda como fazer isso funcionar dentro de organismos vivos, sem interromper reações chamadas bioortogonais. A técnica já está fazendo a diferença no desenvolvimento de medicamentos que produzem anticorpos “clicáveis” contra uma variedade de tumores.

“Nós podemos fazer novos compostos de drogas para tratar doenças, todos os tipos de materiais diferentes, como polímeros, apenas clicando coisas. Podemos fazer isso com tudo o que conseguimos imaginar.” – Olof Ramström, membro do Comitê Nobel de Química, em reportagem de G1.

Veja Também: 6 problemas da Física dignos de Nobel se solucionados


Fontes: G1.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Já está preparado para a Copa do Mundo 2022? Ela será realizada entre os meses de novembro e dezembro, no Catar. Esta será a vigésima segunda edição do campeonato esportivo – a primeira no Oriente Médio – organizado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). Mas você sabe quais os estádios e as cidades-sede que receberão os jogos das 32 equipes que vão participar? Confira no texto a seguir!

Lista das cidades-sedes da Copa do Mundo 2022

Já em 2010, o mundo descobriu quais seriam as cidades-sedes da Copa do Mundo de 2022. E uma coisa que o Catar sempre afirmou é que queria que seus estádios refletissem os aspectos históricos e culturais do país; que fossem um bom legado para as próximas gerações; que tivessem bastante conforto e acessibilidade; e que apresentassem os mais altos padrões ambientais e de sustentabilidade – com foco no certificado pelo Global Sustainability Assessment System (GSAS).

Foram desenvolvidos, com auxílio do escritório de arquitetura alemão Albert Speer & Partners, planos com potentes sistemas de refrigeração, utilizando materiais ecológicos e soluções renováveis, baixo consumo de energia, e partes das estruturas desmontáveis para doação destinada a países com infraestrutura esportiva menos desenvolvida. No fim das contas, eis os cinco projetos de estádios lançados para a competição, a seguir!

Estádios Reformados

Da Cidade da Educação, em Al Rayyan

Este estádio foi planejado para a Copa de 2019, mas não foi entregue a tempo para a competição. Agora, em 2022, ele será uma das sedes para os jogos de futebol, com capacidade para 45 mil torcedores. A saber, seu design recebeu selo GSAS de cinco estrelas.

Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Guia do Qatar
Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Goal

Ahmed bin Ali, em Al Wakrah

Este estádio é um modelo de estrutura multiúso. Sua estrutura original, com capacidade para cerca de 21 mil espectadores, foi parcialmente demolida em 2015. Agora, já remodelado, será uma das sedes da Copa 2022, sendo capaz de receber mais de 44 mil torcedores.

Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Guia do Qatar
Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Eplay

Internacional Khalifa, em Al Wakrah

Também conhecido como Estádio Nacional, é mais uma estrutura multiúso. Foi construído na década de 1970, chegando a sediar a Copa do Golfo de 1992, a Doha Grand Prix de 1997, os Jogos Asiáticos de 2006, os Jogos Pan-Árabes de 2011, a Copa da Ásia de 2011, o Campeonato Mundial de Atletismo de 2019 e a Copa do Mundo de Clubes de 2019. Passou por uma grande remodelação nestes últimos anos e, neste momento, pode receber 50 mil pessoas para os jogos.

Copa do Mundo Catar 2022
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Al Janoub, em Al Wakrah

Também conhecido como Al Wakran, este estádio, inaugurado em 2019, é uma das estruturas mais bonitas desta lista, com design futurista inspirado nas velas dos tradicionais barcos Dhow, usados por mergulhadores de pérolas da região, tecendo através das correntes do Golfo Pérsico. Infelizmente, por questões de normas, para a Copa do Mundo deste ano, sua capacidade foi reduzida para 20 mil espectadores.

Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Guia do Qatar

Veja Também: Os impressionantes novos hotéis do Catar para a Copa do Mundo FIFA 2022

Novos Estádios

Nacional Lusail, em Lusail

Chamado ainda de Icônico de Lusail, esta estrutura foi inaugurada no final do ano passado em propriedade da Associação de Futebol do Catar. Trata-se do maior estádio do país e o maior desta lista montada pelo 360, com capacidade para 80 mil pessoas. Local de dez partidas mais a final da Copa do Mundo de 2022. Seu design foi idealizado pelo escritório de arquitetura Foster + Partners. Ele usará energia solar. E, depois da competição, serão retirados 20 mil assentos para dar lugar a espaços comunitários com lojas, cafés, academias, instalações educacionais e uma clínica médica.

Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Esportes – Estadão
Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Exame

Al Bayt, em Al Khor

Este estádio será destinado a várias partidas da Copa; mas será dele a honra da realização da cerimônia de abertura. A estrutura começou a ser construída em 2015 e foi inaugurada em 2021, com design inspirado nas tendas tradicionais dos povos nômades da região – tipo concha assimétrica – e apresentando capacidade para 60 mil espectadores.

Em janeiro de 2020, o estádio recebeu certificados de sustentabilidade de design verde, gestão de construção e eficiência energética, incluindo o GSAS de cinco estrelas. Aliás, outro detalhe importante do projeto é sua conectividade com diversos sistemas de transporte. E no interior do prédio ainda há um luxuoso hotel com varandas com vista para o campo.

Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de CNN Brasil
Copa do Mundo Catar 2022
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Ras Abu Aboud, em Doha

Conhecido como Estádio 974, esta construção chama muito atenção por ter sido montada com design modular a base de contêineres de transportes reciclados. Sua capacidade é de 40 mil espectadores. E, depois da competição, será desmontada para, posteriormente, suas peças serem utilizadas na montagem de arenas menores e similares.

Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Exame

Al Thumama, em Doha

Este estádio tem uma localização privilegiada, pois está bem próximo ao Aeroporto Internacional de Hamad, com 50 mil m² de parque público ao redor. Seu projeto arquitetônico foi desenhado por Arab Engineering Bureau, com inspiração no tradicional chapéu usado por homens e meninos em todo o Oriente Médio. E deve receber 40 mil espectadores na Copa – embora se planeje reduzir sua capacidade para 20 mil lugares depois da competição.

Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Fatorrrh
Copa do Mundo Catar 2022
Imagem reproduzida de Goal

Veja Também: Copa do Mundo: câmeras no corpo podem ser o futuro das transmissões de futebol


Fontes: O Estadão, Wikipédia.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Está prestes a dar o próximo passo em sua carreira e está confiante que o caminho certo após terminar a graduação é ingressar num Mestrado em Engenharia? Então, presta atenção nessas dicas que podem te ajudar nesse estágio inicial.

Antes de tudo, vale a pena perguntar: você já tem certeza de que o Mestrado é o caminho para você? Se a resposta for não, não deixe de conferir o primeiro texto desta série em que desvendamos qual tipo de pós-graduação você deve fazer. Se, por outro lado, a resposta é sim, este guia busca mostrar as primeiras tarefas a se realizar para ingressar com o pé-direito.

Bem, saiba que, durante o andamento do Mestrado, além dos conhecimentos desenvolvidos, é necessário desenvolver diversas outras habilidades secundárias, fundamentos ou ferramentas para o desenvolvimento da dissertação.

Esse guia apresenta algumas ferramentas e habilidades necessárias para completar um programa de Mestrado e, posteriormente, um passo-a-passo básico para que o leitor possa entender como encontrar e ingressar no programa e linha de pesquisa de seu interesse.

Vale ressaltar que esse guia busca ser o mais abrangente possível dentro das engenharias, buscando habilidades que sejam desejáveis para dissertações nas mais diversas linhas de pesquisa e linhas de desenvolvimento (teórico/computacional ou experimental). Também vale ressaltar que não estamos recomendando que você tenha conhecimento muito avançado nessas ferramentas – muitas das vezes um nível básico/intermediário de conhecimento já é suficiente.

Mestrado em Engenharia
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Parte 1 – Ferramentas e Habilidades

Aprender a Estudar

Sei que não poderia iniciar esse texto de maneira mais clichê, mas acredite em mim: praticamente tudo o que você vai fazer no Mestrado será estudar. E, no fim, a Dissertação nada mais é do que um resumo dos principais pontos do seu estudo. O estudo deverá ser conduzido individualmente e com uma grande bagagem teórica.

Tenha certeza de que você tem as habilidades necessárias para conseguir aprender sozinho do melhor jeito possível.

Metodologia Científica

Mais um tópico que é “chover no molhado”, eu sei. Mas, mais uma vez, peço que entenda que você estará, na maioria das vezes, desenvolvendo Ciência, e você tem que sempre se certificar que a metodologia científica está sendo seguida. Essa metodologia ajuda a entender melhor qual o passo-a-passo das atividades a serem desenvolvidas para que, no final, se atinjam os objetivos necessários.

Um adendo importante a essa categoria: caso o Mestrado de seu interesse seja profissional, ao invés de acadêmico -ou seja, mais voltado para práticas do mercado -, é importante que a metodologia científica seja utilizada em conjunto com a metodologia utilizada pelas empresas para o desenvolvimento de projetos.

Programação e MATLAB

A programação está cada vez mais intrínseca ao desenvolvimento da Engenharia; e, em um desenvolvimento científico, não poderia ser diferente.

Claro, dependendo da sua linha de pesquisa e de desenvolvimento, você pode acabar realizando um Mestrado que é mais ou menos voltado à Computação, mas até mesmo para mestrandos em linhas experimentais, a programação pode auxiliar muito. Como citado antes, não estamos recomendando que você necessite de conhecimento avançado de programação, mas é muito desejável que as habilidades básicas sejam desenvolvidas. Nesse contexto, recomendamos muito dois conhecimentos: um curso básico de Python (pois é uma linguagem que está em grande uso nos mais diversos setores da engenharia) e um curso simples de MATLAB.

Essas duas habilidades diferentes, ao nível básico, buscam principalmente auxiliar você a lidar com dados, grandes cálculos e análises (MATLAB) e criar scripts básicos para lidar com algumas tarefas repetitivas (Python). Sabemos que ambas as ferramentas conseguem realizar as mesmas tarefas, mas em um nível básico saber um pouco de cada ferramenta é desejável, principalmente para que você consiga decidir qual ferramenta é melhor para qual procedimento você enfrentará.

Inglês

A “linguagem mundial” é o Inglês; e no mundo científico, não poderia ser diferente. A grande maioria dos conhecimentos avançados de Engenharia (sejam artigos ou livros) está escrito em Inglês e, muito provavelmente, a revisão bibliográfica do seu estudo e as referências das matérias a serem cursadas no Mestrado serão neste idioma. Como se isso não fosse suficiente, para a conclusão do Mestrado, é necessário que se realize uma prova de proficiência. Portanto, não deixe de desenvolver o inglês, pois ele será exercitado muito durante o curso.

Leitura Técnica

Esse tópico tem grandes chances de ser subestimado, mas não deve. A leitura de livros técnicos e, principalmente, de artigos científicos, é uma tarefa que demanda uma curva de aprendizagem, para que se possa absorver os principais pontos o mais rápido possível. Você irá se deparar com muitos artigos que serão e não serão úteis para o seu desenvolvimento. Então, saber rapidamente analisá-los para poder focar nos que são mais importantes é crucial!

Outro ponto, que de certa forma se funde com o primeiro tópico, é a capacidade de absorver o máximo possível do que se está lendo. Para isso, recomendamos fortemente este vídeo, do canal Física e afins.

LaTeX

LaTeX é uma linguagem de escrita científica, muito útil para se escrever artigos e dissertações em engenharia. Eu entendo a resistência em aprender uma “linguagem de programação” simplesmente para escrever quando podemos fazer simplesmente no Word, mas a agilidade que se ganha com o uso dessa ferramenta é muito interessante. Com ele, é possível:

  • configurar a página com templates já prontos para que o texto já tenha o formato da ABNT,
  • configurar referências mais facilmente,
  • escrever fórmulas muito mais rapidamente.

Mesmo que você tenha extrema resistência quanto ao uso do LaTeX e prefira continuar com o Word, o próprio conta com algumas funcionalidades e aceita, por exemplo, que se incluam fórmulas com o LaTeX.

Ferramentas Úteis

Por fim, nesta parte, valem a pena incluir algumas ferramentas mais pontuais, mas que podem ser bastante úteis para a dissertação:

  1. Ferramenta genérica de desenho: Muitas vezes na dissertação será necessário mostrar algum esquema simples para ilustrar seu desenvolvimento, seja para mostrar uma decomposição vetorial feita, mostrar um exemplo de algum resultado, etc. Para isso é muito útil conhecer um pouco sobre alguma ferramenta simples de desenho. Para este fim o AutoCAD é capaz de gerar ótimos resultados, mas temos opções mais simples ainda, como o GeoGebra, por exemplo;
  2. Ferramenta de digitalização de gráficos: Muitas vezes você deverá validar os seus resultados com alguma referência. Normalmente essa referência está publicada e está em forma de gráfico. Portanto, uma ferramenta que permita extrair valores desse gráfico e apresentar para você em uma lista é muito positivo. Para este fim, o WebPlotDigitizer tem ótimos resultados e utilização simples;
  3. Ferramenta de compartilhamento de trabalhos: Seja você parte de um grupo de trabalho dentro do mestrado ou esteja desenvolvendo sozinho com o orientador, é muito útil ter ferramentas que possibilitem o compartilhamento de dados e sirvam como backup. Neste quesito, além da conta na nuvem que seja de sua preferência (Google Drive, Dropbox, etc.), recomendamos o Overleaf como plataforma para o desenvolvimento do trabalho no LaTeX, ou o OneDrive para o desenvolvimento com Word. Ambos permitem a edição e compartilhamento com a possibilidade de revisão e comentários do orientador de maneira simples e eficaz (o OneDrive contando também com o armazenamento em nuvem em conjunto).

Parte 2 – Como Ingressar em um Mestrado em Engenharia

A segunda parte deste guia busca informar, brevemente, como fazer para ingressar em um programa de Mestrado alinhado com os seus interesses. É importante mencionar, desde o início, que cada instituição tem os seus métodos de ingresso. Então, tentamos permanecer o mais abrangentes possível neste texto.

O primeiro passo é, sem dúvida, decidir o que você gostaria de estudar. Isso é uma questão inteiramente pessoal e cada pessoa tem os seus motivos que as levam a seguir suas linhas de pesquisa. Só que algumas perguntas iniciais que você pode se fazer são:

  1. “Qual conteúdo da graduação foi mais prazeroso para mim?”; lembre-se de discernir entre a matéria e a aula, pois um professor que você gostou pode dar aula de uma matéria que você não gostou ou vice-versa);
  2. “Qual conteúdo da graduação eu acredito que consiga fazer a maior contribuição?”; é desejável para a evolução da engenharia e sua como profissional que você esteja inserido em um contexto com possibilidades de inovação e desenvolvimento pessoal).

Nesta etapa, lembre-se de pesquisar tendências na sua linha de interesse e o mais importante. Foque mais na ciência do que na aplicação. O Mestrado normalmente tem uma abordagem de análise científica, e que podem possuir muitos desdobramentos e novas aplicações no futuro. Portanto é crucial focar no conceito e posteriormente na aplicação.

Feito isso, o próximo passo é pesquisar nos programas de pós-graduação quais instituições oferecem linhas de pesquisa dentro da sua área de interesse e, dentro delas, quais são os professores orientadores dessas linhas. Pesquise o Currículo Lattes deles (aproveite e faça um também, vai ser útil) para avaliar quais deles têm mais relação com o que você busca e mande e-mails para eles perguntando se eles estão disponíveis ou se podem recomendar algum orientador. Marque algumas reuniões para tentar entender melhor sobre a área e o desenvolvimento em que está entrando, até que você consiga escolher a linha que mais se aproxima do seu interesse.

Lembre-se também, obviamente, de focar em ser aceito no programa. Algumas instituições demandam apenas uma análise de currículo para a aprovação no Mestrado, outras demandam provas e outras, ainda, demandam cartas de recomendação. E avalie como essa dinâmica funciona nas instituições de seu interesse e não perca as datas.

O Engenharia 360 confia em vocês para nos ajudar a contribuir com a Engenharia no Brasil!

Alguma dúvida ou sugestão sobre o tema ‘pós-graduação’? Escreva na aba de comentários!

Veja Também:


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Victor Peron

Engenheiro Mecânico formado pela Fundação Educacional Inaciana (FEI); especialista em Administração Industrial; com mestrado com ênfase em Energia de Fluidos pela Escola Politécnica da USP; formação extracurricular em Matemática Aplicada no curso da Prandiano; e também experiência em CFD, utilizando principalmente o método dos elementos espectrais em solvers de código aberto.

Uma equipe da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, desenvolveu o projeto Solar Impulse, idealizado pelo explorador suíço Bertrand Piccard e o engenheiro suíço Bertrand Borschberg. A escola, que tem como foco de seus serviços a fabricação de aeronaves, trabalhou com a ideia de um modelo movido a energia solar, ou seja, sem queima de combustível. O mesmo apresenta um design semelhante ao Boeing 747, pesando 1 tonelada e meia apenas.

Solar Impulse 2
Imagem reproduzida de Showmetech

Assim surgiu o Impulse 2, com 4 motores elétricos, capaz de percorrer 43 mil quilômetros sem poluir o ambiente e movido pela energia de mais de 17 mil células fotovoltaicas.

Solar Impulse 2
Imagem reproduzida de PortaldoAviador

Mais sobre a tecnologia do Impulse 2

Aviões como o Impulse 2 estão sendo considerados laboratórios ambulantes. Porque, como sabemos, este é realmente o objetivo da Engenharia, transformar esses veículos em um modo de transporte movido à eletricidade. E pelo que os cientistas perceberam, os mesmos possuem grande eficiência em seus motores; apenas 27% do sistema seria térmico, os propulsores não utilizam combustível e perdem no processo apenas 3% de toda sua energia. Em comparação, motores movidos a propulsão por meio da combustão chegam a perder até 73% de energia.

Solar Impulse 2
Imagem reproduzida de Portogente
Solar Impulse 2
Imagem reproduzida de Portal Energia

Recorde já quebrado pelo Impulse 2

A saber, o Impulse 2 é o primeiro avião movido a energia solar a dar a volta ao mundo!

Em 2016, foi realizada uma experiência com o protótipo. Coberto de 17 mil painéis solares e com estrutura pesando apenas o equivalente a um carro SUV, ele ficou meses e meses no ar. Na ocasião, sobrevoou a Terra sem usar uma gota de combustível. Não é impressionante? Escreva a impressão que você teve da tecnologia na aba de comentários!

Solar Impulse 2
Imagem reproduzida de Conexão Planeta

Quer saber mais sobre o Impulse 2, confira esta matéria que publicamos em 2015, antes da travessia dos Oceanos Atlântico e Pacífico.


Fontes: Click Petróleo e Gás, CNN.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Antes de tudo, você sabe o que é NASA? Bem, esta sigla se refere ao nome popular pelo qual é conhecida a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço ou Agência Espacial dos Estados Unidos.

Em 1969, durante a missão Apollo 11, Neil Armstrong disse a célebre frase “Houston, Base da Tranquilidade aqui. O Eagle pousou.”. Então, sabemos que a NASA tem escritórios, laboratórios e outras instalações. Mas será que podemos afirmar que sua sede fica mesmo em Houston, no Texas? Descubra a resposta no texto a seguir, do Engenharia 360!

Localização da sede da NASA

Antes de tudo, vale ressaltar que a sede da NASA fica em Washington D.C., bem longe do Texas. Esta unidade é responsável pela administração das demais unidades da agência. Isso inclui, por exemplo, o desenvolvimento, análise e distribuição de todo o seu orçamento, além da comunicação com a Casa Branca e o Congresso.

unidades da NASA
Imagem reproduzida de CommercialSearch

Só neste local há cerca de mil funcionários. Eles lidam com as burocracias dos projetos, políticas de gestão, estatísticas de progressos de missões espaciais, etc. E estão divididos nos seguintes departamentos de diretorias:

  • Diretoria de Aeronáutica,
  • Desenvolvimento de Sistemas de Exploração,
  • Operações Espaciais,
  • Ciência,
  • Tecnologia Espacial, e
  • Apoio de Missões.

Base de lançamentos da NASA

Existem também quase 20 mil pessoas trabalhando em outras unidades da NASA, em endereços distribuídos por todos os Estados Unidos. Primeiro, podemos citar, é claro, o famoso Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, na Flórida, onde são feitos os lançamentos das principais missões espaciais, como as tripuladas. Foi neste local que partiram, por exemplo, as Apollos 11 e 13, além dos voos da Crew Dragon.

unidades da NASA
Imagem reproduzida de O GLOBO
unidades da NASA
Imagem reproduzida de Canaltech
unidades da NASA
Imagem reproduzida de TecMundo

Veja Também: NASA avança na exploração espacial com o lançamento de motor fabricado em 3D

Mas e Houston? Bem, no Texas está o Centro Espacial Johnson, que lidera as missões espaciais tripuladas, sendo o Centro de Controle e lar do Corpo de Astronautas da NASA. As futuras missões do tão aguardado programa Artemis serão provavelmente coordenadas deste endereço.

unidades da NASA
Imagem reproduzida de Sygic Travel

E é claro que não podemos nos esquecer do complexo de entretenimento da NASA no Centro Kennedy, aberto aos visitantes. Confira imagens no vídeo a seguir!

https://www.youtube.com/watch?v=xc68k-A43x4

Então, você sabia de tudo isto? Tinha conhecimento de que a NASA possuía tantas instalações diferentes? Escreva nos comentários!

Veja Também:


Fontes: CanalTech.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Para que uma operação industrial tenha um resultado eficaz, os especialistas trabalham com indicadores ou Métricas Lean. Os mesmos apontam como realizar uma melhoria contínua dos processos de gestão. Isso é apresentado diversas vezes nos cursos de Engenharia, como de Produção, embora o próprio acompanhamento de desempenho das notas bimestrais seja um ensinamento sobre o tema. Uma nota abaixo da média seria um indicador de que, na disciplina em potencial, é preciso se esforçar mais para conseguir absorver e aprender o conteúdo.

Agora, na vida profissional, os indicadores descrevem situações e ajudam na realização de comparativos e planejamentos de ações, com base em mensurações e quantificações de todas as variáveis que possam afetar uma empresa, ou seja, o controle de processos de toda a organização. Tento isso certo, o mercado pode entender os resultados e dar “passos” mais assertivos em direção ao crescimento. Mas você, empresário? É possível que ainda não conheça as Métricas Lean, nem saiba como interpretá-las. Está na hora!

Métricas Lean
Imagem reproduzida de Holistics

Os principais indicadores Lean

1.OLE

Esta sigla faz referência à Eficácia Geral do Trabalho, indicando três variáveis no processo produtivo: disponibilidade de tempo, desempenho e qualidade do trabalho dos colaboradores durante o expediente. Para saber o resultado da OLE da empresa, basta multiplicar os valores.

2. Horas-homem

Este indicativo mensura quanto cada colaborador é capaz de produzir dentro de uma hora de trabalho do seu expediente. Para fazer o cálculo, basta dividir o total de peças/produtos/serviços produzidos pelo total de horas trabalhadas. Este valor pode ainda ser comparado com o mercado para entender se sua empresa está realmente sendo competitiva dentro do setor.

Métricas Lean
Imagem reproduzida de Lumis

3. OITF

Esta sigla faz referência a On Time in Full, ou seja, a eficiência da entrega desse trabalho produzido (in full) dentro do tempo estimado ou do prazo estabelecido (on time). O cálculo é feito multiplicando o percentual de entregas on time pelo percentual de entregas in full. Talvez esse seja um dos indicativos mais importantes, pois sabemos o quanto os clientes valorizam o cumprimento de uma promessa. Contudo, não podemos nos apressar e esquecer do fator ‘qualidade’.

4.MTTR

Agora falamos do Tempo Médio para Reparo ou Manutenção da fábrica ou empresa. Neste cálculo, leva-se em conta o prazo necessário para correção das falhas do processo produtivo, dividindo o tempo total gasto na correção de falhas pelo total de falhas corrigidas.

Métricas Lean
Imagem reproduzida de Novidá

5. Tempo de Inatividade

Ainda analisando a manutenção de uma fábrica ou empresa. Também deve ser calculado o tempo que os equipamentos precisam ficar sem funcionar, comprometendo o serviço dos trabalhadores. Ou seja, Tempo de Inatividade e Tempo para Reparo são indicadores interligados.

6. MTBF

Existe ainda o Tempo Médio entre Falhas, que tem a ver com quantas vezes os equipamentos relacionados à produção industrial precisarão dessa manutenção. Para isso, deve-se somar cada falha e depois dividir pelo total de falhas; quanto maior for o Tempo Médio entre Falhas, melhor será o desempenho da indústria.

7. OEE

Por último, mas não menos importante, este indicador tem a ver com a Eficiência Global dos Equipamentos, melhor dizendo, a eficiência das máquinas no processo produtivo. Isso é altamente afetado pela qualidade dos equipamentos, a capacidade de produtividade deles, e quanto tempo foi dedicado pelos trabalhadores na produção. Multiplicando esses valores, se chega ao resultado.

Métricas Lean
Imagem reproduzida de Polo Criativo

Fontes: Terzoni, Esfera Energia.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Algo estranho aconteceu na Via Láctea e que está intrigando os cientistas. É como se uma pedra tivesse caído em uma piscina, gerando ondas de energia. Só que, nesse caso, a rede da galáxia, repleta de estrelas, foi atingida por um elemento desconhecido com tamanho 400 vezes maior que o Sol, provocando severos reflexos, literalmente sacudindo e chacoalhando as estrelas por perto. Claro que isso não foi agora; mas, mesmo assim, está levando bilhões de anos para “acalmar” os efeitos. Entenda o caso a seguir!

O que perturbou as estrelas?

Duas vezes, foram duas vezes e em diferentes velocidades que a mini galáxia de Sagitário recebeu uma “pedrada”, como comprovou a Agência Espacial Europeia (ESA). Como? Eles observaram os movimentos de mais de 20 milhões de estrelas nas regiões extremas do disco da galáxia e perceberam que elas oscilaram, se movendo para cima e para baixo. Depois, compararam isso a um modelo padrão de onda, buscando entender o que perturbava as estrelas.

Via Láctea de Sagitário
Imagem reproduzida de Olhar Digital

Hipóteses

Primeiro, os cientistas perceberam que as ondulações provavelmente tiveram início, centenas de milhões de anos atrás, quando a galáxia anã de Sagitário passou pela última vez perto de nós. Também que uma das conclusões e posterior ondulações aconteceu no centro da Via Láctea. E, como dito antes, isso foi tão forte que estendeu os efeitos até as bordas do disco da galáxia – enquanto realizava o trajeto, as ondas perturbavam as estrelas.

Via Láctea de Sagitário
Imagem reproduzida de saense

Consequências

Os cientistas hoje já sabem também que Sagitário já foi maior. E pode ser que estes acidentes cósmicos, de repetidas colisões, tenham feito-a perder 20% da sua massa, além de ter alterado sua forma, criando, por exemplo, um braço em espiral. Mais ainda, essas explosões podem ter desencadeado o nascimento de estrelas na Via Láctea a cada choque. Entender o que aconteceu neste vizinho pode revelar muito do próprio surgimento do nosso próprio Sistema Solar.

Via Láctea de Sagitário
Imagem reproduzida de Astropontos

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Fontes: Olhar Digital.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Recentemente, comentamos aqui, no Engenharia 360, sobre os edifícios mais altos do mundo. Agora, desta vez, queremos falar das construções que se destacam no sentido oposto, por serem as mais profundas do mundo. Trata-se de estruturas subterrâneas – igualmente ou até mais difíceis de serem construídas do que arranha-céus, por exemplo -, envolvendo ciência do solo, estabilidade estrutural, impermeabilização, e mais. Então, vamos à lista?!

4. InterContinental Shanghai Wonderland Hotel

Localizado próximo a Shanghai, na China, este hotel possui 18 andares, sendo que 16 estão abaixo do nível do solo de uma falésia de pedreira de 88 m de profundidade. Parte da estrutura natural é preenchida de água, criando um lago artificial. Por isso, 2 andares do prédio ainda são subaquáticos.

estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de Private Upgrades
estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de Pinterest

3. Estação Arsenalna

Esta estação, localizada em Kiev, na Ucrânia, está 105 metros abaixo do solo. É tão para baixo que os passageiros precisam ficar 5 minutos em uma escada rolante para acessar as plataformas dos trens. Em comparação, a profunda 191st Street Station, de Nova York, foca 52 metros abaixo da terra.

estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de Atlas Obscura
estruturas subterrâneas
Imagem de Antares 610 reproduzida de Wikimapia – https://fr.wikipedia.org/wiki/Arsenalna_(m%C3%A9tro_de_Kiev)

2. Jinping Underground Laboratory

Esta construção está localizada na Montanha Jinping, em Sichuan, China, há 2.400 metros abaixo da superfície do pico. E ela foi construída assim justamente por se tratar de um centro de investigação, que necessitava dessa camada de cobertura rochosa para impedir que os raios cósmicos lhe atingissem e comprometesse a detecção de partículas de pesquisas físicas, sobretudo da substância da Matéria Escura – que está presente na matéria do Universo.

estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de Rethinking The Future
estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de Rethinking The Future
estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de CGTN no YouTube

1. Gotthard Base Tunnel

Nos Alpes suíços, entre as cidades Erstfeld e Bodio, este túnel de 50 km – mais outros 100 km de poços e passagens – está a uma profundidade de 2.450 metros, sendo considerado o túnel ferroviário mais profundo do mundo – comparável a minas de carvão. Lá em baixo, a temperatura passa dos 40 graus Celsius e os trens viajam a 250 km/h.

estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de The New York Times – Laurent Gillieron / AP
estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de Railway Technology

Bônus | Estruturas subterrâneas de fundações de edifícios

Os edifícios que vamos comentar neste item estão, sim, acima do nível do solo. Porém, o que impressiona em sua estrutura é a profundidade de sua fundação, algo necessário para dar o devido suporte às torres.

  • Shanghai Tower, China: 86 metros.
estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de The Plan
  • Salesforce Tower, em São Francisco, Califórnia: 95 metros.
estruturas subterrâneas
Imagem reproduzida de Hines
  • Twin Towers, em Kaula-Lampur, Malásia: 120 metros.
estruturas subterrâneas
Imagem de Dudva reproduzida de Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_Petronas_Twin_Towers_in_Kuala_Lumpur_(Malaysia).JPG

Veja Também: Conheça 4 exemplos de centrais de hidrelétricas subterrâneas do Brasil


Fontes: Blog Canal da Engenharia.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Não, não é um pré-requisito para ser engenheiro(a) da NASA ser faxineiro(a). Contudo, a história da colombiana Diana Trijillo prova que obstinação e força de vontade realmente podem nos levar longe. Ela, que já trabalhou com limpeza, é hoje parte da equipe de engenheiros da Agência Americana e ainda foi convidada a se juntar à equipe de pesquisa de robôs espaciais na Universidade de Maryland. Saiba mais sobre a sua história no texto a seguir!

NASA - Engenharia Aeroespacial
Imagem reproduzida de Al Dia News

Chegada de Diana nos Estados Unidos

Diana Trijillo nasceu numa família humilde e em uma comunidade com grande vulnerabilidade social e violência. Ao completar 17 anos, seu pai sugeriu que ela fosse tentar a vida nos Estados Unidos. Então ela, com apenas 300 dólares no bolso, partiu em busca de seus sonhos. Morando em Miami, fez faxinas para bancar seus estudos de inglês. Mais tarde, a jovem conseguiu o que parecia impossível, ingressar na Miami Dade College, onde estudou Engenharia Aeroespacial.

Aliás, em sua turma na faculdade, ela era uma das poucas mulheres e latinas. Muitos colegas diziam que ela nem deveria estar ali. Infelizmente, de acordo com pesquisas, latinos representam apenas 8% dos que trabalham nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Para as mulheres latinas, a porcentagem cai para 2%.

“Eles têm que ver uma mulher lá também para que possam se voltar para a geração mais jovem e dizer: você pode fazer isso.” – Diana Trijillo.

NASA - Engenharia Aeroespacial
Imagem reproduzida de El País

Entrada para o corpo de profissionais da NASA

Em 2007, Diana foi selecionada pelo Centro Espacial de Goddard para ser a líder da missão Curiosity Rover para exploração de Marte, com análises de amostras de solo do planeta. Uma de suas façanhas foi projetar o braço do veículo espacial.

NASA - Engenharia Aeroespacial
Imagem reproduzida de Observatório do Terceiro Setor

Segredo do sucesso da jovem

De acordo com Diana, em entrevista ao portal Good News Network, a engenheira contou que o segredo para o seu sucesso é “ser perseverante e aproveitar as oportunidades que aparecem”.

“Eu vi tudo que vinha em minha direção como uma oportunidade. Não vi como: não posso acreditar que estou limpando um banheiro agora. Era mais como: estou feliz por ter um emprego e posso comprar comida e ter uma casa para dormir.” – Diana Trijillo.


Fontes: Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Casa Claudia.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A história que vamos compartilhar com você hoje, neste texto, representa um avanço gigantesco para a aviação mundial! É que a companhia britânica Vertical Aerospace está desenvolvendo uma aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica (eVTOL), a VX4, totalmente impressionante. Seu projeto já está pronto – com possível certificação prevista para 2025. Inclusive, já tem centenas de reservas de compra. Por exemplo, das empresas Virgin Atlantic, American Airlines, Japan Airlines, Air Asia e da brasileira Gol.

Aliás, a Gol planeja comprar 250 exemplares do modelo VX4. E, recentemente, ela fez um teste de voo. O protótipo conseguiu ficar a 1,5 m do chão – isso graças às suas 8 hélices -, sendo manobrado por um piloto humano.

evtol VX4 Gol
Imagem reproduzida de MundoGEO
evtol VX4 Gol
Imagem reproduzida de AEROIN

Quais as reais vantagens desse eVTOL em comparação com outras aeronaves?

  • produz pouco barulho;
  • tem zero emissões de gases de efeito estufa;
  • cobre distâncias menores do que helicópteros;
  • é equipada com motor elétrico de 1 MW;
  • pode transportar até 5 passageiros;
  • tem autonomia de 160 km;
  • e aceleração de até 325 km/h.
evtol VX4 Gol
Imagem reproduzida de Defesa Aérea & Naval
evtol VX4 Gol
Imagem reproduzida de Melhores Destinos
evtol VX4 Gol
Imagem reproduzida de Diário da Região

E qual a expectativa da Vertical Aerospace para a VX4

A aeronave VX4 foi pensada para viagens de curta distância. A ideia é que ela possa atender o deslocamento urbano em grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo.

evtol VX4 Gol
Imagem reproduzida de Economia – Estadão

Veja Também: eVTOLs: NASA começa a testar seu primeiro modelo de ‘táxi voador’


Fontes: G1, Olhar Digital.

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