Você tem medo de altura? Se tem, ficará de cabelos em pé ao ver as imagens que trouxemos para este texto do Engenharia 360. São cinco projetos de pontes suspensas, ou seja, que ficam em balanço sob os pedestres que as percorrem, com a paisagem estendendo vertiginosamente abaixo – bem de tirar o fôlego.

Alguns viajantes relatam na Internet que a experiência de percorrer essas pontes suspensas é uma mistura de adrenalina e terror! Confira o conteúdo a seguir e tire suas próprias conclusões!

1. Ponte Capilano

O design da Ponte Capilano, localizada sobre o rio Capilano, na Colúmbia Britânica, Canadá, dá uma ideia de estar flutuando sobre áreas de floresta densa. Sua primeira construção foi em 1889. Depois, foi reconstruída diversas vezes. A última versão foi feita de madeira e cabos de aço, tem cerca de 140 metros de comprimento e está instalada a 70 metros de altura. E o que chama atenção das pessoas é que a estrutura balança bastante, causando vertigem em algumas delas.

engenharia pontes suspensas
Imagem reproduzida de Tripadvisor
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Imagem de Grupo Dicas reproduzida de Dicas do Canadá

2. Ponte Langkawi Sky

A Ponte Langkawi Sky está localizada na ilha de Langkawi, na Malásia. Sua estrutura tem 125 metros de comprimento e está instalada a 660 metros de altura – aliás, essa é considerada hoje a segunda ponte suspensa mais alta do mundo. Ela é sustentada por oito cabos de aço. E por apresentar uma forma curva, é mais difícil de ser cruzada, principalmente por quem tem medo de altura. Mas a experiência vale a pena pela vista do alto, para as montanhas e o mar ao redor, que é deslumbrante.

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Imagem de Jim Boud, Creative Commons, reproduzida de G1
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Imagem de Langkawi Sky Bridge, em Flirck, via Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Langkawi_Sky_Bridge#/media/File:Langkawi_sky_bridge.jpg

3. Titlis Cliff Walk

A Titlis Cliff Walk é a ponte suspensa mais alta da Europa, estando a uma altitude de mais de 3 mil metros acima do mar. Ela está localizada na Suíça, proporcionando uma vista de 360 graus dos alpes, incluindo do Monte Titlis. Tem 100 metros de comprimento e está a 500 metros de altura. É feita de vidro e aço – o que deixa sua estrutura ainda mais impressionante. Certamente caminhar por ela é uma experiência única e inesquecível!

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Imagem reproduzida de Magic Switzerland
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Imagem reproduzida de Titlis

Veja Também: As 11 estruturas de pontes mais impressionantes do mundo

4. Ponte Trift

Mais um exemplo da Suíça. A Ponte Trift está localizada sobre o vale Trift no Parque Nacional de Trift, cercada por geleiras e montanhas. Ela é feita de madeira e cabos de aço. Tem 170 metros de comprimento – sendo a mais longa ponte suspensa pedestre da Europa – e está instalada a quase 100 metros de altura. E a sensação de adrenalina ao percorrê-la é amplificada pelo balanço da ponte e pela vista vertiginosa abaixo.

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Imagem reproduzida de Switzerland Tourism
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Imagem reproduzida de Tripadvisor

5. Ponte Hussaini

Para completar nossa lista, queremos citar a Ponte Hussaini, localizada no Paquistão, cercada por montanhas imponentes. Ela é considerada uma das pontes suspensas mais perigosas do mundo. É feita de madeira e cordas de cânhamo, sendo muito instável. Tem 50 ou 60 centímetros de largura, cerca de 200 metros de comprimento e está instalada a quase 300 metros de altura (esses dados divergem um pouco a depender da fonte de pesquisa). E não é indicada para pessoas que não tenham experiência em escalada, pois não vem recebendo a manutenção adequada e ainda balança demais.

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Imagem de Rianna Buttler reproduzida de Secret world
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Imagem reproduzida de Tripadvisor

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Fontes: Casa Vogue.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Um dos inventos mais incríveis da modernidade são os elevadores. Desde que a engenharia passou a erguer construções de múltiplos andares, esse maquinário começou a fazer parte das nossas vidas, permitindo um prático deslocamento vertical de pessoas e cargas. Portanto, ele desempenha um papel crucial na acessibilidade e eficiência de edifícios residenciais, comerciais e industriais.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar os principais tipos de elevadores no mercado, incluindo suas características, aplicações e diferenciais. Com este conhecimento adquirido você estará mais bem preparado para tomar suas decisões de projeto com mais assertividade, tendo como base as necessidades específicas da sua construção e público-alvo. Confira!

Funcionamento dos elevadores

Como explicado antes, os elevadores são modelos de engenharia projetados para percorrer, em sentido vertical, diferentes andares de um edifício. Quando o passageiro pressiona o botão de chamada, um sinal é enviado ao sistema de controle que aciona a cabina. Depois que a porta abre, a pessoa entra e seleciona o andar desejado no painel eletrônico. A cabina se move. E esse movimento é controlado, esclarecendo, é controlado por cabos ou cintas de aço, movidos por um motor.

Composição dos elevadores

Vamos esclarecer melhor! Os elevadores são compostos por diversos elementos que trabalham em conjunto para garantir todo esse movimento. São eles:

  • Cabina: Espaço fechado onde as pessoas ou cargas entram e saem do elevador.
  • Máquina de tração ou sistema hidráulico: Componente responsável pela geração de força para movimentar a cabina. Pode ser acionada por diferentes sistemas, como motores elétricos ou bombas hidráulicas.
  • Controle eletrônico: Sistema inteligente que gerencia o funcionamento do elevador, desde a recepção de chamadas até a abertura e fechamento das portas.
  • Contrapesos: Elementos que equilibram o peso da cabina e dos ocupantes, otimizando o consumo de energia e diminuindo o esforço da máquina.
  • Cabos ou cintas de aço: Componentes flexíveis que ligam a cabina à máquina, transmitindo a força necessária para o movimento vertical.
  • E uma série de polias: Roldanas que guiam os cabos ou cintas, garantindo um movimento suave e eficiente.
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Imagem reproduzida de Espel Elevadores

Observação: Além disso, fazem parte do conjunto dos elevadores as sinalizações (luzes e indicadores que informam o andar atual, a direção do movimento e outras informações relevantes aos usuários) e fiações elétricas (conjunto de cabos que alimentam os diferentes componentes do elevador e garantem a comunicação entre eles).

Os principais tipos de elevadores

Existem diversos tipos de elevadores, cada um projetado para atender a diferentes necessidades e ambientes de construção. Vamos explorar os modelos mais comuns:

Hidráulicos

Esses são elevadores que funcionam por meio de um sistema de pressão de fluido (pistão) via cilindros hidráulicos e utilizando bomba de óleo. Sua manutenção é simples e a operação é suave, silenciosa, embora seja de velocidade mais lenta (limitada a 1 m/s) e consumindo mais energia em comparação a outros tipos. Por isso, são indicados para edifícios baixos – algo em torno de cinco a oito andares ou até cerca de 18 metros.

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Imagem reproduzida de Sete Servic Elevadores

Elétricos à vácuo

Este é o tipo de elevador mais popular, oferecendo viagens igualmente suaves e muito precisas. Neste caso é utilizada a diferença de pressão no sistema (sucção de ar) para movimentar a cabina; na descida, utiliza a força da gravidade. A tecnologia é moderna, com instalação rápida, sem precisar de casa de máquinas. Porém, vale destacar que a capacidade e tamanhos são limitados.

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Imagem reproduzida de Soluções Industriais
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Imagem reproduzida de Machinio

Tração

Por último, queremos citar mais um modelo elétrico. Esses elevadores são movidos por um motor que gira uma polia para a movimentação dos cabos que elevam a cabina. O sistema pode ou não contar com casa de máquinas, onde ficam os componentes mecânicos e de controle.

A maior vantagem é a maior capacidade e velocidade (até 150 m/s para elevadores com engrenagens e até 600 m/s para sem engrenagens) versus menor consumo de energia em comparação com elevadores hidráulicos. Por isso, indica-se esta máquina para edifícios de médio e grande porte (acima de 8 andares). Contudo, destaca-se que será necessária uma manutenção constante em cabos e polias.

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Imagem reproduzida de Meu Elevador
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Imagem reproduzida de Gromos Elevadores

Uso de elevadores em obras de Engenharia

  • Existem elevadores projetados para uso unifamiliar, destinados a residências de múltiplos andares, como sobrados; geralmente, eles têm design mais compacto e requerem manutenção regular.
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Imagem reproduzida de Meu Elevador
  • Existem também as plataformas elevatórias de acessibilidade, mais simples, que foram idealizadas para auxiliar na acessibilidade de pessoas com deficiência física ou mobilidade limitada. Elas podem ser bem utilizadas em espaços públicos e lojas, por exemplo, situações de capacidade de carga limitada (geralmente até 325 kg).
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Imagem reproduzida de Móbile Automação
  • Por fim, existem os elevadores de carga e automóveis, mais robustos e com grande capacidade de carga. Esses são comumente usados em mercados, armazéns e edifícios industriais.
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Imagem reproduzida de Boxtop

Profissionais experientes analisarão as características do seu edifício, as necessidades dos usuários e o seu orçamento para recomendar o modelo mais adequado, assegurando a funcionalidade, segurança e eficiência do sistema de elevação.

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Fontes: Otis, Meu Elevador, São Paulo.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Os engenheiros brasileiros frequentemente enfrentam a necessidade de atuar em diferentes estados do país, seja por novos projetos, transferências de emprego ou outras oportunidades profissionais. No entanto, a questão de registros no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia pode gerar dúvidas. É possível trabalhar em outro estado sem mudar de CREA?

Vamos explorar neste artigo do Engenharia 360 as respostas para essa e outras perguntas essenciais sobre a mobilidade profissional dos engenheiros no Brasil. Confira!

O papel do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar o exercício das profissões de engenharia e agronomia em cada estado do Brasil e no Distrito Federal. Cada engenheiro deve estar registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de atuação para exercer suas atividades profissionais legalmente. Esse registro é necessário para a emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), um documento fundamental que garante a legalidade e a responsabilidade técnica dos serviços prestados pelo profissional.

CREA
Imagem de RDNE Stock project em Pexels

Veja Também: Saiba quando é preciso emitir uma ART

Como funciona o visto profissional?

Engenheiros que desejam atuar em estados diferentes daquele em que possuem registro principal não precisam realizar um novo registro completo, mas devem obter um Visto Profissional. O visto permite ao engenheiro trabalhar em qualquer estado brasileiro sem a necessidade de pagar uma nova anuidade ao CREA de destino.

O Visto Profissional é solicitado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia onde o engenheiro pretende atuar. Com ele, o profissional continua registrado no seu Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de origem, mas ganha o direito de emitir ARTs e exercer suas atividades no estado onde obteve o visto.

Para obter o Visto Profissional, o engenheiro precisa seguir alguns passos simples:

  1. Preenchimento do Requerimento Profissional: Disponível no site ou na unidade física do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia onde se pretende atuar.
  2. Comprovação de Endereço: Apresentar comprovante de residência ou documento que indique o local de atuação no estado.
  3. Regularidade de Anuidades: O engenheiro deve estar com suas anuidades em dia, incluindo o ano vigente, ou comprovar parcelamento.
  4. Documentação Adicional: Em alguns casos, pode ser necessário apresentar o Registro Nacional de Profissional (RNP).

Transferência de registro para outro estado

Caso o engenheiro decida mudar permanentemente para outro estado e atuar exclusivamente ali, é possível realizar a transferência do registro. O processo de transferência envolve:

  1. Solicitação no Conselho de Destino: O engenheiro deve procurar o conselho do estado onde deseja atuar.
  2. Documentos Necessários: Entre os documentos, incluem-se o requerimento preenchido, comprovante de endereço e regularidade de anuidades.
  3. Pagamento de Taxas: As taxas variam conforme as instruções do CREA vigente no estado de destino. Profissionais com RNP não precisam pagar a taxa de visto.
CREA
Imagem de Emmanuel Ikwuegbu em Pexels

Diferença Entre Registro e Visto Profissional

É importante entender a distinção entre Registro Profissional e Visto Profissional:

  • Registro Profissional: Cadastro oficial no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia onde o engenheiro irá desenvolver suas atividades principais. Necessário para quem fixa residência e pretende atuar exclusivamente naquele estado.
  • Visto Profissional: Autorização para atuar em outros estados sem a necessidade de um novo registro, mantendo o vínculo com o CREA de origem.

Veja Também: Quais são os tipos de ART?

Atuação em São Paulo com registro de outro estado

São Paulo, sendo um dos principais centros econômicos e de desenvolvimento do Brasil, atrai muitos engenheiros de outros estados. Veja algumas perguntas frequentes sobre a atuação em São Paulo:

  • Registro no CREA-SP: Engenheiros formados em instituições de outros estados podem se registrar no CREA-SP. O processo envolve comunicação entre os conselhos para validar as atribuições e concluir o registro.
  • Obtenção de 2ª Via de Carteira: A segunda via da carteira profissional deve ser solicitada no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia onde o engenheiro atua. O CREA-SP pode emitir a segunda via desde que o profissional possua visto no estado.
  • Revisão de Atribuições: Para revisão de atribuições, deve-se solicitar ao CREA onde o curso está registrado ou especificar no CREA-SP para envio ao Conselho de origem.
CREA
Imagem de Andrea Piacquadio em Pexels

Cancelamento ou interrupção de registro/visto

Engenheiros que não pretendem mais exercer atividades técnicas podem solicitar o cancelamento ou a interrupção do registro e visto profissional. O processo é nacional e exige a entrega de documentos como a carteira de identidade profissional, requerimento de interrupção e comprovação de conclusão de todas as ARTs.

Documentos Necessários:

  • Carteira de Identidade Profissional Original
  • Requerimento de Interrupção de Registro
  • Comprovação de Conclusão de ARTs
  • Carteira de Trabalho ou Extrato Digital

Não há cobrança de taxa para esse serviço, e débitos em atraso não impedem a interrupção, mas podem ser cobrados judicialmente.


Fontes: CREA-SP, CREA-SP 2.

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Engenharia 360

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A Indústria Florestal está em plena transformação! A Agência Espacial Europeia (ESA) já testou no passado um sistema que combina satélites artificiais e serviços de telecomunicações móveis, ou celulares, para transmitir informações importantes quase instantaneamente entre dois pontos quaisquer na Terra. Descubra neste artigo do Engenharia 360 como satélites e tecnologia móvel pode revolucionar o abate de árvores, otimizando a colheita e gerando mais valor.

Indústria Florestal: Descubra Como Satélites Estão Transformando o Abate de Árvores
O sistema híbrido de comunicação satélite-celular envia informações diretamente para os computadores dos tratores localizados em qualquer parte do mundo. | Imagem reproduzida de pad/ESA

Tecnologia para otimizar a colheita de madeira de árvores

Através de um sistema inovador que combina comunicação via satélite e celular, as empresas da Indústria Florestal agora podem maximizar a produtividade, reduzir o desperdício e aumentar o valor da madeira.

O sistema utiliza scanners 3D a laser para mapear com precisão a forma, tamanho e qualidade das árvores antes do corte. Essa tecnologia garante que apenas as árvores mais adequadas para cada finalidade sejam selecionadas, reduzindo o desperdício e otimizando o aproveitamento da madeira.

Traduzindo, o objetivo é produzir mais madeira usando menos árvores. Isso é possível porque as árvores não crescem todas com os mesmo “talentos”.

Algumas são melhores para fabricar celulose, enquanto outras são mais adequadas para serem usadas como toras, para serem cortadas em pedaços de madeira, tornando-se mais valiosas. As árvores-toras têm diâmetros maiores, são mais retas com menos nós. Cortar estas árvores valiosas para a produção de celulose é um desperdício, e reduz o valor da colheita.

Comunicação em tempo real para monitoramento constante

Na Indústria Florestal, a comunicação via satélite e celular garante monitoramento constante das máquinas e da colheita, permitindo que os operadores recebam instruções em tempo real sobre como otimizar o corte de cada árvore. Essa comunicação bidirecional garante maior precisão e eficiência, além de maior segurança para os trabalhadores.

Exemplo real da Indústria Florestal

A Treemetrics desenvolveu com foco na Indústria Florestal uma forma de avaliar o valor de uma safra antes da colheita de madeira utilizando escâneres 3D a laser para medir a forma, tamanho e linearidade das árvores em pé.

Com a ajuda da ESA, a empresa irlandesa colocou em prática na Indústria Florestal um sistema que permite a comunicação em tempo real com os operadores das máquinas de colheita de árvores. Os responsáveis pelas colheitas podem enviar instruções diretamente para os computadores dos veículos, indicando aos operadores como podem otimizar o uso das árvores.

Indústria Florestal: Descubra Como Satélites Estão Transformando o Abate de Árvores
Escâneres 3D a laser para medem a forma, tamanho e linearidade das árvores em pé. | Imagem reproduzida de Blairs/ESA

Com base no pedido do cliente, um programa de computador cria uma instrução de corte, que diz à máquina e ao seu operador como fazer o abate das árvores. Até agora, porém, era complicado e demorado fazer essa informação chegar até os operadores, trabalhando em florestas em pontos remotos.

E a ESA foi a responsável por lançar o elo perdido nessa cadeia: a ligação bidirecional em tempo real, ou quase em tempo real, com os veículos florestais. Trata-se de um sistema híbrido que combina a comunicação via satélite com a comunicação por celular.

Monitoração máquina-a-máquina

O sistema, chamado Satmodo, consiste em um módulo híbrido de comunicação – via satélite e celular – instalado no veículo, que transmite dados em tempo real através do IsatM2M. Trata-se de um serviço de mensagens via satélite de duas vias que permite a localização e monitoração máquina-a-máquina em qualquer lugar do mundo.

O Satmodo oferece para a Indústria Florestal também uma “rede de segurança” para os operadores que trabalham em locais remotos, mantendo-os conectados continuamente mesmo em áreas onde as redes de telefonia celular não funcionam. Para testar o sistema, o aparelho de comunicação será instalado em 20 tratores, permitindo monitorar máquinas individuais ou grupos de máquinas.

Os resultados da colheita serão geridos em tempo quase real, criando assim um sistema de gestão totalmente integrado. Possibilitando reunir informações sobre o rendimento real da madeira por hectare, e enviando esses dados para os operadores, o valor da colheita pode ser determinado quase em tempo real, quando hoje é necessário esperar até o término do corte da floresta toda.

Benefícios para o meio ambiente

Além dos benefícios econômicos, o sistema também oferece vantagens para o meio ambiente. Ao otimizar o corte de madeira, a tecnologia reduz o desmatamento desnecessário e contribui para a preservação das florestas.

Veja Também: Efeito estufa – será que alterar o DNA de árvores poderia ajudar a combater este problema mundial?


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Recentemente, a fabricante de automóveis e motocicletas Honda Motor Company apresentou ao mundo sua Motocompacto, uma scooter elétrica dobrável que pode mudar o conceito de transporte urbano. Seu design é compacto e bastante inovador, com tecnologia de ponta. A promessa é de uma experiência de condução única de liberdade, sustentabilidade e praticidade. Confira mais detalhes no artigo a seguir do Engenharia 360!

scooter elétrica dobrável da Honda
Imagem reproduzida de Honda

A revolução da Honda

Como já foi mencionado, a nova Motocompacto da Honda é compacta e pode ser dobrada, ficando com apenas 74 cm de comprimento, 53,5 cm de altura e 9 cm de largura. Além disso, essa scooter elétrica é bem leve, com só 18,7 kg. E é claro que tudo isso facilita seu transporte, seja na mão (em deslocamentos curtos dentro da cidade) ou dentro de porta-malas, ou malas de viagem.

scooter elétrica dobrável da Honda
Imagem reproduzida de Honda
scooter elétrica dobrável da Honda
Imagem reproduzida de Honda
scooter elétrica dobrável da Honda
Imagem reproduzida de Honda

Design inovador e personalizável

A nova Motocompacto da Honda é bastante estilosa. Seu design é minimalista e elegante, o que a torna moderna e atraente, perfeita para quem busca se destacar na multidão. E ainda para quem deseja expressar sua individualidade, a marca oferece uma linha completa de acessórios para acompanhar, como capacetes. Sem contar que as grandes áreas lisas da scooter são ideais para pintura e aplicação de adesivos.

Vale destacar que esse lançamento da Honda é para ser uma reinterpretação da antiga scooter que levava o mesmo nome, lançada em 1980. A original tinha um motor de 50 cc. E a nova versão, que é elétrica, mantém essa tradição de praticidade e inovação, com a vantagem da sustentabilidade.

Tecnologia, conforto e conectividade

A Motocompacto da Honda é equipada com guidão, assento e pedaleiras dobráveis. Também tem velocímetro digital, medidor de carga e alça de transporte. Para completar, é possível utilizar um aplicativo em smartphone para realizar ajustes em sua configuração via Bluetooth, como iluminação (farol, lanterna traseira e luzes de sinalização em LED) e modos de condução (vistos também no painel digital).

scooter elétrica dobrável da Honda
Imagem reproduzida de Honda

Veja Também: Testamos o Honda Accord Touring: confira nossas impressões

Sustentabilidade e economia

Claro que não poderíamos terminar este texto sem comentar a melhor parte. A nova scooter da Honda funciona com ZERO emissão de poluentes. Ela vem com motor elétrico 490W (silencioso) e é alimentada por uma bateria de 6,8 Ah, com uma autonomia de até 19 km (carga única), podendo chegar a uma velocidade máxima de 25 km/h. A empresa garante que os custos de recarga são baixíssimos.

scooter elétrica dobrável da Honda
Imagem reproduzida de Honda

“A Honda Motocompacto é única e faz parte da nossa estratégia mais ampla de eletrificação. Em combinação com os nossos novos SUVs elétricos, contribui para o nosso objetivo de neutralidade de carbono, fornecendo uma solução completa de transporte com emissões zero.” – Jane Nakagawa, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da American Honda Moto.

Resumo das especificações técnicas da nova scooter elétrica

  • Motor Elétrico: 490W na roda dianteira
  • Bateria: 6,8 Ah
  • Velocidade Máxima: 24 km/h
  • Autonomia: 19 km
  • Tempo de Recarga: 3,5 horas em tomada comum de 110V
  • Dimensões (Dobrada): 74 cm x 54 cm x 9,5 cm
  • Peso: 19 kg

Preço competitivo

Nos Estados Unidos, a nova scooter elétrica dobrável da Honda é vendida a um preço de UU$ 1 mil ou R$4.860 (dados de dezembro de 2023) – e somente em concessionárias de automóveis Honda e Acura. É barato? Não! Mas pode-se dizer que é uma alternativa acessível para aqueles que procuram um meio de transporte sustentável.

Veja Também: Honda CR-V 2019: confira as novidades da nova versão e nossas impressões ao dirigir

O futuro da mobilidade urbana com a Honda

Podemos dizer que a Honda Motocompacto moderna é uma boa novidade no setor de transporte urbano. Tecnologias assim têm, de fato, um grande potencial de facilitar os deslocamentos diários e também contribuir para um futuro mais verde, eficiente e conectado para todos.

Infelizmente, essa scooter elétrica ainda não está disponível no Brasil, mas a Honda já está estudando a possibilidade de trazê-la para o país. Quem sabe se essa não é a escolha perfeita para você? Fique de olho no mercado!

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Fontes: Honda.

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Existe um fenômeno (silencioso e perigoso) que é bastante conhecido dos engenheiros civis e arquitetos, o recalque de fundações. O mesmo é inevitável em praticamente todas as construções. Infelizmente, pode afetar demais a estabilidade das edificações. A boa notícia é que há formas de prever ou corrigir o problema, a depender da situação. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

O que é recalque de fundações?

O recalque de fundações acontece quando uma estrutura afunda ou quando há o rebaixamento de solo sob a fundação de uma edificação. Isso se torna um problema de engenharia quando a intensidade ultrapassa os limites previstos no projeto.

O que causa o recalque de fundações?

As causas para o recalque de fundações de estruturas podem ser as mais variadas. A principal delas é a variação volumétrica do solo, que pode ocorrer por pressão. Mas existem outras que podemos listar, por exemplo:

  • Sobrecarga da fundação: O acréscimo de pavimentos ou a instalação de equipamentos pesados após a construção da edificação pode sobrecarregar a fundação e causar recalque.
  • Extração de água: Retirada excessiva de água dos aquíferos pode causar um rebaixamento do solo.
  • Vibrações e movimentações: Atividades como cravação de estacas e trânsito pesado podem causar recalques.
  • Problemas de esgoto e drenagem: Vazamentos de água ou esgoto podem erodir o solo, causando afundamentos.

Neste contexto, deixar de realizar um estudo detalhado do solo antes da construção é uma falha gravíssima que os engenheiros podem cometer, sem conseguir determinar a capacidade de suporte do solo e o tipo de fundação mais adequado para a edificação projetada. Outro erro é não dimensionar ou executar de forma equivocada a própria fundação, levando ao recalque.

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Por que os prédios de Santos são tortos?

Exemplos de recalques

Um primeiro exemplo que podemos citar é a Catedral Metropolitana do México, que sofreu recalque devido à excessiva extração de água dos aquíferos da região (7 cm por ano). Entre 1993 e 1998, ela passou por reforma estrutural para correção da inclinação das torres, preservando a integridade da estrutura.

recalque de fundações
Imagem de Carlos Martínez Blando via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_Metropolitana_da_Cidade_do_M%C3%A9xico#/
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E tem também a Torre de Pisa, na Itália, o caso mais conhecido de recalque. A construção inclinada foi causada por um solo inadequado e um projeto de fundação insuficiente. A torre foi estabilizada por meio de várias técnicas de engenharia ao longo dos anos, incluindo a remoção de solo debaixo das fundações e a adição de contrapesos.

recalque de fundações
Imagem de hitesh choudhary em Pexels

Quais os tipos de recalque de fundações?

Há basicamente dois tipos de recalque de fundações:

recalque de fundações
Imagem reproduzida de E-Civil
recalque de fundações
Imagem de Veloso e Lopes reproduzida de GeoSensori

Recalque uniforme

Neste caso, todos os pontos da fundação da edificação apresentam o mesmo grau de afundamento. Mas, de modo curioso, o volume se mantém estável (horizontal e vertical), sem sofrer danos – embora possam ocorrer problemas nas ligações com sistemas de água, esgoto e mais ao nível da via pública.

Recalque diferencial

Este recalque é mais problemático, pois ele apresenta diferença de nível entre os pontos da fundação. Pode acontecer com ou sem distorção angular, resultando em esforços estruturais não previstos, comprometendo a estética, danificando sistemas (como tubulações, elevadores e prumos das paredes), ou até à ruína da obra em casos extremos.

recalque de fundações
Ilustração de distorção angular | Imagem de Notas de aula de Recalques e Movimentos na Estrutura, do Prof Dr Douglas Bittencourt, reproduzida de GeoSensori

Como identificar recalque em fundações?

Um dos principais sinais de recalque de fundação são trincas nas paredes (horizontais, verticais ou em ângulo), aumentando geralmente de tamanho com o tempo. O rebaixamento do piso também é um sinal de recalque. Também portas e janelas emperradas. E, nos casos mais graves, inclinação da edificação.

recalque de fundações
Imagem reproduzida de Revista da Anicer

Como prevenir e corrigir recalque em fundações?

Existem algumas formas de prevenir e corrigir recalque em fundações, incluindo:

  • Estudo de solo, incluindo sondagens, projetos técnicos e outros tipos de análises.
  • Dimensionamento e execução de fundação por profissionais qualificados.
  • Monitoramento contínuo das movimentações da fundação.
  • Sistemas de recuperação de estruturas.
  • Reforço com estacas como suporte do solo, paralisando a evolução dos recalques.
  • Reforço estrutural com chapas de aço, vigas de aço e outras técnicas.
  • Injeção de grout (uma mistura de cimento, areia e água) sob a fundação para levantar a estrutura e nivelá-la.
recalque de fundações
Imagem reprodução YouTube via Folha Santista

Enfim, o recalque de fundações é um problema sério que pode afetar a segurança de qualquer edificação. Engenheiros e arquitetos devem estar atentos aos sinais de recalque e agir rapidamente para mitigar os danos. Com o uso adequado de técnicas de reforço estrutural e monitoramento contínuo, é possível manter a integridade das edificações e evitar problemas maiores no futuro.

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Fontes: GeoSensori.

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Neste mundo dinâmico e conectado em que vivemos, os proprietários de veículos têm se preocupado mais com a questão da segurança. Para sua tranquilidade, o setor tecnológico lançou os rastreadores OBD, uma solução inovadora e prática, que oferece diversos benefícios, incluindo o acompanhamento em tempo real do desempenho da máquina. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

O que são rastreadores OBD?

OBD é sigla para ‘On-Board Diagnostics’. Ela faz relação com os dispositivos compactos que podem ser instalados no respectivo conector em veículos – pelo menos nos modelos fabricados a partir de 2010. Através dessa interface, o usuário pode obter informações valiosas sobre desempenho, localização (sobretudo em caso de roubo), velocidade, consumo de combustível e muito mais.

Rastreadores OBD
Imagem de COCAIS ACESSÓRIOS GROUP reproduzida de Magazine Luiza

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Como funcionam os rastreadores OBD?

A instalação de um rastreador OBD é simples, mas alguns cuidados podem aumentar a segurança e a eficiência do dispositivo.

Como dito antes, os rastreadores OBD podem ser conectados nos veículos de forma não intrusiva, via porta OBD, que por sua vez é localizada sob o painel, próximo ao volante. Depois disso, o dispositivo já está apto para coletar informações sobre o veículo, como rotação do motor e temperatura. E isso com energia direta do veículo, sem necessidade de baterias adicionais.

Rastreadores OBD
Imagem reproduzida de Joom
Rastreadores OBD
Imagem reproduzida de Documentation – Navixy

Através de um chip de celular integrado, o dispositivo envia os dados para uma plataforma online. Então, por lá, o usuário pode conferir diversas informações, incluindo:

  • históricos de trajetos percorridos e histórico de paradas,
  • alertas de velocidade excessiva,
  • problemas no motor e outros sistemas críticos,
  • emissões de gases poluentes,
  • monitoramento de sensores,
  • etc.

Veja um exemplo de rastreador OBD no vídeo a seguir:

@vippshop

Rastreador OBD, Plugou Funcionou! Pois já vem configurado e com chip M2M instalado e funcionando Internet de dados. Todo carro nacional acima do ano 2010 tem a saída OBD-II,basta plugar. Ao comprar o seu mande nensagem pela loja que comprou e já antecipe seu login de acesso. Em promoção na loja Vippshop #Vippshop #seguro #lojavippshop #fy #caminhao #gps #rastreadores #carros

♬ som original – VippshopBrasil

Observação: Para uma instalação mais discreta, é possível utilizar um chicote em Y, que permita esconder o rastreador em outra parte do veículo. Além disso, outra dica dos fabricantes é conferir a conexão GSM (do chip), assegurando de que o rastreador está mesmo transmitindo dados corretos para a plataforma de monitoramento.

Rastreadores OBD
Imagem reproduzida de VippShop

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Quais as principais vantagens dos rastreadores OBD?

Vale destacar que os especialistas que atuam em mecânicas ou em seguradoras também podem usar dispositivos semelhantes de rastreadores OBD para obter dados de desempenho dos veículos. Muitas empresas de frotas optam por otimizar sua logística e reduzir custos com frotas através dos rastreadores OBD. Mas motoristas comuns também podem se valer dos benefícios desses modelos mais simples – e pensando muito além da proteção do seu carro.

Rastreadores OBD
Imagem reproduzida de Loja do Mecânico

Imagine utilizar o recurso para encontrar com facilidade seu carro em um grande estacionamento. Claro que o que realmente o mercado de tecnologia espera é que, com as informações obtidas com os rastreadores OBD, as pessoas sigam um comportamento mais seguro ao volante, dirigindo de forma mais consciente e reduzindo o consumo de combustível.

O que é a interface OBD II?

OBD II é a evolução da tecnologia OBD, com expansão da capacidade do sistema original – maior abrangência de dados e precisão -, uma excelente opção de conectividade e eficiência para veículos modernos. Assim como o modelo anterior, coleta dados de diversos sensores espalhados pelo veículo, fornecendo uma visão abrangente do estado de saúde do automóvel, perfeito para trabalhos mecânicos e sistemas de telemetria.

Enfim, seja você um proprietário de um carro particular ou um gestor de frotas, os rastreadores OBD são uma ferramenta indispensável para otimizar o desempenho e a manutenção dos seus veículos.

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Fontes: Mobil Tracker.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Quando pensamos em Inteligência Artificial, a última coisa que provavelmente nos vem à mente é o tradicional mercado de gás natural. Contudo, a interseção entre esses dois mundos aparentemente desconexos está criando uma revolução silenciosa que promete transformar o setor energético. Vamos explorar neste artigo do Engenharia 360 como a IA está impulsionando a demanda por gás natural e as implicações desse movimento para a indústria e o meio ambiente.

gás natural
Imagem de vecstock em Freepik

O papel crucial dos data centers

A era digital trouxe consigo uma explosão de dados. Grandes empresas de tecnologia, conhecidas como as Big Techs, estão investindo bilhões na construção de data centers para armazenar e processar essa vastidão de informações. Esses centros de dados são a espinha dorsal da AI, armazenando todos os dados necessários para alimentar chatbots, algoritmos de aprendizado de máquina e outras aplicações avançadas.

Para funcionar, os data centers necessitam de uma quantidade colossal de energia. Atualmente, os data centers consomem cerca de 11 gigawatts, mas esse número está projetado para quase triplicar até 2030, atingindo 42 gigawatts. Este aumento na demanda energética é um dos principais motivos pelos quais o gás natural está se tornando cada vez mais relevante.

Gás natural como fonte de energia ideal

Embora as fontes de energia limpa, como a solar e a eólica, estejam crescendo, elas ainda não são suficientes para suprir toda a demanda energética dos data centers. Aqui é onde o gás natural entra em cena. Com uma capacidade de gerar energia de forma mais eficiente e menos poluente do que outros combustíveis fósseis, o gás natural está emergindo como a principal fonte de energia para data centers.

Estima-se que, nos próximos anos, o gás natural fornecerá 60% da energia necessária para os data centers de AI. Este fenômeno é tão significativo que os produtores de gás natural nos Estados Unidos estão chamando este período de “era dourada”, prevendo um aumento de 30% na demanda e um incremento de 46% nos preços em apenas seis anos.

gás natural
Imagem de rorozoa em Freepik

Impactos ambientais e outros dilemas a ser enfrentado

Apesar das vantagens energéticas, o uso crescente de gás natural não está isento de controvérsias. Embora seja considerado um combustível fóssil mais limpo que o petróleo, o gás natural ainda contribui significativamente para as emissões de gases de efeito estufa. Atualmente, os data centers são responsáveis por 45% das emissões de gases de efeito estufa da indústria de tecnologia. Com o aumento do uso de gás natural, as emissões de CO₂ podem mais do que duplicar até 2030, chegando a 220 milhões de toneladas por ano.

Essa situação apresenta um dilema complexo. Por um lado, o gás natural é essencial para atender à crescente demanda energética de data centers e, por extensão, do avanço da IA. Por outro lado, o impacto ambiental desse aumento de consumo não pode ser ignorado, exigindo soluções inovadoras e políticas rigorosas para minimizar as emissões.

Soluções tecnológicas para reduzir o impacto ambiental

Diante dos desafios ambientais, a indústria tecnológica e o setor energético estão investindo em várias soluções para reduzir o impacto das emissões de gás natural. Uma abordagem promissora é a captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês), que visa capturar o CO₂ emitido durante a queima de gás natural e armazená-lo de forma segura no subsolo.

gás natural
Imagem de Freepik

Além disso, avanços na eficiência energética dos data centers estão sendo explorados. Isso inclui a implementação de sistemas de resfriamento mais eficientes e o uso de tecnologias de otimização de energia para reduzir o consumo geral. As empresas também estão investigando a possibilidade de integrar fontes de energia renovável com gás natural, criando uma matriz energética híbrida que maximiza a eficiência e minimiza as emissões.

O futuro do gás natural e a Inteligência Artificial

À medida que a Inteligência Artificial continua a se expandir e a demanda por data centers cresce, o papel do gás natural no fornecimento de energia se tornará ainda mais crítico. As previsões indicam que a IA se tornará uma parte ainda mais integrada da nossa vida cotidiana, desde assistentes virtuais e carros autônomos até diagnósticos médicos e automação industrial. Cada uma dessas inovações requer uma infraestrutura robusta de data centers, alimentada por uma fonte de energia confiável como o gás natural.

gás natural
Imagem de Freepik

Equilibrando progresso e sustentabilidade

A interseção entre Inteligência Artificial e gás natural está moldando o futuro do mercado energético de maneiras profundas e inesperadas. Enquanto a IA impulsiona a demanda por gás natural, é imperativo que a indústria equilibre essa necessidade com práticas sustentáveis para mitigar os impactos ambientais. A adoção de tecnologias verdes, políticas de emissão rigorosas e um compromisso com a inovação são fundamentais para assegurar que o progresso tecnológico não venha às custas do nosso planeta.

Para os engenheiros, gestores de energia e tomadores de decisão, este é um momento crítico para liderar o caminho em direção a um futuro energético equilibrado. A revolução no gás natural, impulsionada pela IA, é uma oportunidade única de transformar a maneira como geramos e consumimos energia, com um foco renovado na sustentabilidade e eficiência.

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Fontes: The News.

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Existe um objeto que há mais de 300 anos intriga os pesquisadores, que é o dodecaedro romano, um polígono metálico (de liga de cobre, estanho ou chumbo), oco e com 12 faces. A primeira vez que ele foi encontrado foi na Inglaterra, no ano de 1793. Desde então, mais de 100 dodecaedros foram identificados em diversos outros países da Europa. Agora mais um foi achado no Reino Unido. Porém, o enigma é que ninguém sabe qual o propósito ou função. Confira o texto a seguir, do Engenharia 360, para saber mais!

Dodecaedro Romano
Imagem divulgação Rheinisches Landesmuseum Bonn reproduzida de UOL

Uma janela para a Roma Antiga

Vamos começar este texto falando sobre possível o cenário pano de fundo para a criação do dodecaedro romano. Vale destacar que o objeto foi encontrado em sítios arqueológicos em países como Inglaterra, França, Espanha, Itália, Suíça, Bélgica, Hungria, Áustria, Holanda e Luxemburgo. Essas são regiões onde as práticas, cultura, crenças e tecnologias romanas geraram grande impacto político, econômico e social.

Naquele tempo, foram desenvolvidos muitos instrumentos de medição, armas, peças de arte e objetos religiosos. Agora, pense bem, em qual categoria será que se enquadra um dodecaedro? Ninguém até hoje pôde ter certeza do porquê de seus vários tamanhos (alguns variando entre 4 e 11 cm de diâmetro), buracos irregulares e intrincadas decorações.

Dodecaedro Romano
Imagem Norton Disney History e Archaeology Group, via Canaltech, reproduzida de Terra

Teorias sobre a função do dodecaedro romano

Sabe qual o problema dessa história? Simplesmente não existe qualquer registro histórico que faça referência a esse objeto, seja descrevendo-o em texto ou representando-o por meio de desenhos. Justamente por isso, as pessoas começaram a criar várias teorias sobre o artefato. Algumas das hipóteses para os dodecaedros incluem:

  • Instrumentos de medição ou calendários
  • Armas ou pontas de cetro
  • Peças de arte ou decoração, adornando ambientes de prestígio
  • Objetos usados em rituais pagãos ou práticas mágicas
  • Auxílio na fabricação de luvas de tricô

Observação: Os dodecaedros já encontrados não mostram sinais de desgaste, o que descarta a possibilidade de serem ferramentas.

Olha que interessante o que disse certa vez o pesquisador Richard Parker, do Norton Disney History and Archaeology Group, “Foi necessário muito tempo, energia e habilidade para criar o nosso dodecaedro, por isso não foi usado para fins mundanos”, “Apesar de toda a pesquisa realizada sobre nosso dodecaedro e outros similares, não estamos mais perto de descobrir exatamente o que é e para que poderia ter sido usado”.

Novas descobertas e o dodecaedro romano mais bem conservado

Recentemente, foi descoberto um dodecaedro romano de 1.700 anos em Norton Disney, no Reino Unido, e isso fez reacender a esperança da comunidade científica de que finalmente poderemos desvendar o enigma milenar.

Dodecaedro Romano
Imagem Norton Disney History e Archaeology Group, via Canaltech, reproduzida de Terra

Bem, tomara mesmo que, juntamente com outras pesquisas em andamento, nos aproximemos da verdade sobre a função e significado de um artefato tão fascinante assim. Vai saber se a revelação não inspiraria ainda mais a engenharia moderna em seu aprimoramento!

A saber, o “dodecaedro inglês” – que, aliás, foi encontrado com uma cerâmica romana do século IV- é o mais bem conservado já descoberto. A maioria dos dodecaedros descobertos até agora foram encontrados quebrados em pedaços. Já este está preservado e mede 8 cm de altura, pesando 254 g.

Neste momento, existem muitos arqueólogos e historiadores trabalhando em novas escavações e iniciando novos estudos sobre os dodecaedros romanos. Certamente, em breve, receberemos mais pistas que possam revelar a verdadeira natureza desses artefatos. Enquanto isso, somos lembrados da vastidão e complexidade dessa que foi uma das civilizações mais importantes da história, a Roma Antiga.

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Fontes: BBC, UOL.

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Engenharia 360

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Saneamento básico é definido como o controle dos fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social. Em 2007, a Lei 11.445 estabeleceu as diretrizes nacionais para o saneamento básico e deu um passo para tratar esta questão. E antes desta lei, houve um longo trajeto nas questões políticas até a consolidação das diretrizes do saneamento. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

saneamento no Brasil
Imagem reproduzida de edumeioambienteirece.blogspot.com

Um marco para o saneamento no Brasil

De acordo com a Lei 11.445/2007, saneamento básico é definido como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:

Abastecimento de água potável

Constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição.

Esgotamento sanitário

Constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente.

Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

Conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.

Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas

Conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.

saneamento no Brasil
Imagem reproduzida de itabira.mg.gov.br

Evolução do saneamento básico no Brasil

No Brasil, tudo começou em 1561, com a escavação do primeiro poço no Rio de Janeiro, a mando de Estácio de Sá. A construção do primeiro aqueduto iniciou em 1673, com término em 1723, atualmente conhecido como Arcos da Lapa. E as primeiras linhas adutoras tiveram início em 1746.

saneamento no Brasil
Imagem de João Calandrini em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arcos_ad_lapa_e_do_Brasil.jpg

Empresas estrangeiras receberam, no final do século XIX, concessões sobre os serviços de saneamento do país. Já no início do século XX o Brasil estatizou estes serviços. E em 1969, a partir do Decreto Lei 949, o Banco Nacional de Habitação (BNH), recebeu autorização para financiar a implantação ou melhoria de sistemas de abastecimento de água e a implantação ou melhoria de sistemas de esgotos que visassem o controle da poluição das águas.

Assim, em 1971, foi criado o PLANASA, Plano Nacional de Saneamento. Com ele, as decisões passaram a ser concentradas, com imposições das companhias estaduais sobre os serviços municipais, e uma separação das instituições que cuidavam da saúde e as que planejavam saneamento.

saneamento no Brasil
Imagem reproduzida de Federação Nacional dos Engenheiros (FNE)

Entretanto, em 1986 o BNH foi extinto e, como agente financiador do PLANASA, levou este último a acabar. A partir daí o saneamento no Brasil ficou abandonado. Houve a tentativa de criação de algumas leis, principalmente referentes a concessões, mas foi só em 2004, com a Lei 11.709, que diz respeito a Parcerias Público-Privadas, é que foi permitido que empresas privadas obtivessem concessões.

No mesmo ano, a Portaria 518 do Ministério da Saúde (revogada pela Portaria 2.914/2011), que estabelece os padrões de potabilidade da água para consumo humano, foi considerada uma forma de avanço na busca de soluções voltadas para o saneamento.

Finalmente, em 2007, foi sancionada a Lei 11.445, que estabeleceu as diretrizes nacionais para o saneamento básico. E o seu impacto no saneamento foi grande. Tal lei trata de questões que antes não eram abordados e estabelece o Plano Nacional de Saneamento Básico que, por sua vez, estabelece metas e ações para o saneamento básico no Brasil nos próximos anos.

saneamento no Brasil
Imagem de Valter Campanato,Agência Brasil, via Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:EsgotoCeuAbertoValterCampanatoAgenciaBrasil.jpg

Desafios e perspectivas para o futuro do saneamento básico no Brasil

De acordo com o Instituto Trata Brasil, em 2024, 85% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada, 55% têm acesso à coleta de esgoto e apenas 45% dos esgotos do país são tratados. Estes números não são satisfatórios.

Para um país com mais de quinhentos anos, é difícil pensar que até pouco tempo atrás não havia uma legislação bem estabelecida sobre os parâmetros da qualidade da água e que apenas em 2007 é que o saneamento básico foi efetivamente incluído na legislação, apesar de todas as tentativas passadas. E não é preciso fazer muito esforço para perceber o quanto o saneamento básico está relacionado à qualidade de vida.

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Fontes: Caderno Setorial de Recursos Hídricos – Saneamento. Ministério do Meio Ambiente; Lei Nacional de Saneamento Básico – Lei 11.445/2007; Aegea.

Imagem de capa: De Leandro Neumann Ciuffo em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arcos_da_Lapa_e_Bondinho_%285647333633%29.jpg

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.