Engenharia 360

Engenharia, saneamento e globalização

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 30/04/2013 | Atualizado em 07/08/2022 2 min

Engenharia, saneamento e globalização

por Larissa Fereguetti | 30/04/2013 | Atualizado em 07/08/2022
Engenharia 360

Que a engenharia está presente em quase todas as coisas que você utiliza, isso já era do seu conhecimento. Mas, como ela pode se relacionar com a saúde da população e com as consequências de um processo de crescimento desenfreado?

Normalmente o engenheiro responsável por essa parte é o engenheiro sanitarista, a quem cabe a função de projetar obras de saneamento que visem melhorias e adaptações diante do crescimento das cidades, como sistemas de esgotamento sanitário e tratamento de água.

As obras mais antigas de saneamento no Brasil se deram por volta de 1600, quando Maurício de Nassau trouxe para o Brasil pessoas com conhecimento na área de hidráulica. Embora muito tempo tenha passado até os dias atuais, ainda não é toda a população brasileira que possui acesso ao saneamento básico.

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O crescimento demográfico, aliado à expansão das cidades e ao inchaço populacional contribui para as críticas situações de saneamento. A preocupação maior se deu diante das epidemias que acometeram a população no passado e que, embora em menor número, ainda acometem parte da população que não possui acesso ao saneamento básico.

A questão é: Como a engenharia pode auxiliar nas melhorias do saneamento básico diante do intenso processo de globalização?

A resposta para tal pergunta é: planejamento e investimento. Segundo o Instituto Trata Brasil, deveriam ser investidos 0,63% do PIB do em saneamento, mas efetivamente são investidos apenas 0,22%.

Vale ressaltar que a área de saneamento é ampla e vai além dos problemas relacionados à doenças. É do conhecimento das pessoas que a água encanada foi sujeita a um tratamento para que pudesse ser utilizada. Porém, a água que sai das casas pelo esgoto também precisa de um tratamento adequado para voltar aos rios, caso contrário, haverá poluição, assoreamento e degradação do rio, que ficará impossibilitado de fornecer água para abastecimento.

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Simplificando o processo: a água é coletada de um rio, vai para uma estação de tratamento de água (ETA), onde passa por processos para que fique adequada ao consumo. Depois essa água é direcionada para as casas, sendo utilizada pelos moradores e, posteriormente, direcionada à tubulação do esgoto, indo para uma estação de tratamento de esgoto (ETE), sendo tratada e devolvida ao rio. Porém, nem sempre esse processo é completo.

Engenharia, saneamento e globalização

O uso de água não tratada pode acarretar doenças que podem levar à morte, principalmente idosos e crianças. A falta de tratamento do esgoto pode contaminar os rios e também as pessoas que utilizam da água dos rios sem tratamento.

Um projeto do governo prevê, até 2030, o abastecimento de água potável em 98% do território nacional, 88% dos esgotos tratados e 100% dos resíduos sólidos coletados.

Embora o investimento seja alto, serão reduzidos gastos na saúde e o número de mortes por doenças normalmente provenientes da falta de saneamento também será reduzido.

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E você, como acha que a engenharia pode se relacionar com esses problemas? Será que é possível levar condições de saneamento a 100% da população brasileira?

Veja Também: Saneamento 4.0: o que esperar com a Indústria 4.0 e a Sociedade 5.0?


Fontes: Instituto Trata Brasil; Governo Federal.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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