Recentemente, a Islândia deu um passo importante em direção à luta contra as mudanças climáticas. O país inaugurou a maior usina de captura de carbono do mundo, a Mammoth, desenvolvida pela empresa suíça Climeworks. Essa ação faz parte de sua meta ambiciosa de capturar megatoneladas de CO₂ até 2030 e gigatoneladas até 2050. Apresentamos os números completos no artigo a seguir, do Engenharia 360!

instalação de captura de carbono
Imagem reproduzida de Climeworks via Olhar Digital

Inauguração de Mammoth

A Mammoth tem capacidade para capturar 36 mil toneladas de CO2 da atmosfera por ano utilizando tecnologia de captura direta de ar (DAC). É muito? Sim! Porém, infelizmente, os especialistas dizem que isso é pouco em comparação às emissões globais, que ultrapassam 40 bilhões de toneladas por ano, e até mesmo às emissões da própria Islândia, que emite 3,54 milhões de toneladas de CO₂ por ano. Mas vamos colocar em outra perspectiva, pelo menos a Mammoth já tomará uma fração dessas emissões.

A saber, apenas uma das empresas que já comprou créditos de carbono da Climeworks, foi de 13 milhões de toneladas métricas em 2022. E vale citar que a capacidade da Mammoth de captura de carbono é dez vezes maior que a da Orca, a primeira planta de captura de carbono da Climeworks.

instalação de captura de carbono
Imagem reproduzida de Climeworks via Interesting Engineering

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Funcionamento da Mammoth

A tecnologia de captura direta do ar (DAC) da Mammoth é vista como promissora na mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

A usina foi projetada para utilizar energia renovável em seu processo de captura de carbono, necessitando apenas de calor de baixa temperatura, como água fervente. Seus coletores são modulares, equipados com ventiladores que aspiram o ar ambiente. O mesmo entra em contato com os filtros que absorvem o CO₂ – aliás, esse mecanismo passa eventualmente por regeneração térmica, onde são aquecidos a cerca de 100 graus Celsius.

instalação de captura de carbono
Imagem reproduzida de Climeworks via Olhar Digital

O gás capturado na Mammoth pode ser só armazenado ou encaminhado para diversas aplicações. Por exemplo, o CO₂ pode ser bombeado e injetado profundamente no subsolo, onde reage com formações rochosas basálticas para formar minerais sólidos ao longo do tempo. Uma ideia é a produção de energia geotérmica via fontes proveniente de fontes renováveis geotérmica.

instalação de captura de carbono
Imagem reproduzida de Climeworks via FastCompany

Impacto global e perspectivas futuras

Soluções de engenharia como as da Mammoth são um pequeno passo contra um mundo que caminha totalmente contra. Mas ainda há esperança! Nos EUA, por exemplo, grandes investimentos estão sendo feitos atualmente em tecnologia de captura de carbono, com US$ 3,5 bilhões alocados para estabelecer hubs de captura direta do ar em todo o país.

Replicar modelos como da Climeworks não é fácil, incluindo altos custos e consumo de energia. Além disso, a oposição à construção de novos gasodutos destaca as complexidades de levar a tecnologia de captura direta do ar para uma escala global. Outro desafio é a necessidade de encontrar locais adequados para o armazenamento seguro do CO2 capturado.

instalação de captura de carbono
Imagem reproduzida de Climeworks via climainfo

De todo modo, é importante que os países continuem lutando para reduzir, a qualquer custo, as emissões em todos os setores da economia. A captura de carbono deve ser combinada com outras medidas, como a redução de emissões, o investimento em energias renováveis e a proteção das florestas. Um caminho alternativo? A tecnologia de bioenergia com captura e armazenamento de carbono (BECCS), que também pode contribuir para alcançar a neutralidade de carbono.

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Fontes: climainfo, Interesting Engineering, Fast Company Brasil.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O HackTown, o mais influente festival de inovação da América Latina, retorna para sua oitava edição entre 1 e 4 de agosto de 2024 em Santa Rita do Sapucaí, MG. Este evento imperdível promete reunir mais de 15 mil participantes para quatro dias intensos de palestras, workshops, painéis e apresentações culturais. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar o impacto transformador do HackTown. Confira!

HackTown 2024
Imagem de HackTown

História e evolução do HackTown

Desde sua criação em 2016, o HackTown cresceu exponencialmente, consolidando-se como um hub de tecnologia e inovação. Situado no polo tecnológico de Santa Rita do Sapucaí, conhecido como o Vale da Eletrônica, o festival começou modestamente e rapidamente se tornou uma referência para inovadores e empreendedores de toda a América Latina.

O relatório mais recente da Deloitte destaca a evolução significativa do HackTown ao longo dos anos. O evento, que começou com um pequeno número de atividades e participantes, hoje conta com mais de 1.200 atividades diversificadas e atrai uma audiência global. Essa trajetória de crescimento é um testemunho da visão e do compromisso dos organizadores em promover a inovação.

Impacto e influência no cenário tecnológico

Vale destacar que o HackTown é hoje muito mais do que um festival; é um catalisador de mudança e inovação. De acordo com o estudo da Deloitte, o evento desempenha um papel crucial na discussão de temas importantes.

HackTown 2024
Imagem de HackTown

Veja Também: Hacktown: Inovação e Transformação no Vale da Eletrônica

Inteligência Artificial e outras tendências tecnológicas

Neste ano, a Inteligência Artificial (IA) continua a ser um tema central, com uma abordagem mais madura e prática. O evento reunirá líderes do setor de tecnologia, como executivos do Spotify, TikTok e Microsoft, para discutir como a IA está sendo implementada em diversas áreas. Além disso, outros tópicos serão abordados.

Temas principais do HackTown 2024

A programação do HackTown 2024 é rica e diversificada, abordando uma ampla gama de temas relevantes. Aqui estão alguns dos principais tópicos que serão discutidos:

  • Inteligência Artificial: Abordagens práticas e reais sobre a implementação da IA.
  • Computação Quântica: Explorações sobre o futuro da computação.
  • Robótica Avançada: Inovações e aplicações em diversas indústrias.
  • Biotecnologia: Novas descobertas e suas implicações.
  • Sustentabilidade: Soluções tecnológicas para desafios ambientais.
  • Diversidade e Inclusão: Promovendo um ambiente de inovação inclusivo.
  • Empoderamento Social: Como a tecnologia pode melhorar a vida das pessoas.
  • Cibersegurança: Proteção de dados e privacidade na era digital.
HackTown 2024
Imagem de HackTown

Diversidade e inclusão

Um dos pontos fortes do HackTown é a diversidade de seu público. Com predominância de executivos e profissionais entre 25 e 40 anos, o festival atrai participantes de todas as partes do Brasil e de outras regiões do mundo. Essa mistura de culturas e perspectivas enriquece as discussões e impulsiona a troca de ideias inovadoras.

O estudo da Deloitte enfatiza a capacidade do HackTown de abordar questões sociais urgentes. O festival não apenas promove a inovação tecnológica, mas também a integração dessas tecnologias em soluções para problemas sociais. A diversidade dos participantes e dos temas discutidos contribui para um ambiente inclusivo e colaborativo.

HackTown 2024
Imagem de HackTown

Contribuição para a economia local

Santa Rita do Sapucaí é um exemplo de como a inovação pode revitalizar uma cidade. E o HackTown contribui significativamente para essa transformação, consolidando a cidade como um polo vibrante de tecnologia e inovação.

A cidade tranquila no sul de Minas Gerais transforma-se durante o festival. O evento estimula a economia local, gerando negócios e atraindo investimentos. E, sem dúvidas, o impacto econômico vai além do seu período, beneficiando a região ao longo de todo o ano.

HackTown 2024
Imagem de HackTown

Cultura, música e entretenimento

Além da tecnologia e inovação, o HackTown é um festival de cultura e entretenimento. A programação inclui shows de música, exibições de arte e performances teatrais. Esse aspecto cultural do evento reflete a interseção da arte com a tecnologia, promovendo uma experiência enriquecedora para todos os participantes.

No HackTown, os participantes terão a chance de:

  • Aprender com os melhores: Ouvir os maiores especialistas do mundo e aprender com suas experiências.
  • Conectar-se com pessoas incríveis: Expandir sua rede de contatos e faça novos amigos.
  • Despertar sua criatividade: Inspirar-se com novas ideias e explore seu potencial criativo.
  • Transformar o seu futuro: Participar de workshops e palestras que podem ajudar aqueles que desejam alcançar seus objetivos.
HackTown 2024
Imagem de HackTown
HackTown 2024
Imagem de HackTown

Futuro do HackTown

O estudo da Deloitte conclui com recomendações para futuras edições do HackTown, sugerindo maneiras de ampliar o alcance e aprofundar o impacto do evento. O objetivo é transformar o festival não apenas em um evento anual, mas em uma plataforma contínua de inovação e colaboração.

Com uma visão abrangente e multidisciplinar, o HackTown está preparado para continuar seu legado de inovação. Ele deve expandir suas fronteiras, impactando positivamente a sociedade e o mercado de tecnologia na América Latina.

São mais de 1.200 atividades para despertar a criatividade:

  • Palestras inspiradoras
  • Workshops práticos
  • Painéis de discussão
  • Apresentações culturais
  • Muito mais
HackTown 2024
Imagem de HackTown

Enfim, o HackTown 2024 está pronto para ser um evento transformador, reunindo mentes brilhantes e promovendo a inovação em diversas áreas. Com uma programação rica e diversificada, o festival promete impactar positivamente a sociedade e a economia.

Confira mais informações sobre o evento clicando aqui!


Fontes: G1.

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Engenharia 360

Redação 360

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O sal é considerado um grande inimigo da saúde humana, sobretudo para pessoas que sofrem de hipertensão e problemas renais. Por isso mesmo, seguindo a legislação brasileira, muitos estabelecimentos estão proibidos de salgar a comida, oferecendo os sachês extras para que cada consumidor cuide da sua dieta como desejar. Mas, no cenário ideal, deveríamos comer muito menos sal. Pensando nisso, a empresa japonesa Kirin desenvolveu uma colher elétrica que consegue realçar o sabor dos alimentos sem adição de sódio.

O Engenharia 360 conta mais sobre essa super novidade tecnológica no artigo a seguir. Nosso objetivo é compartilhar esse case de sucesso, pois ele promove uma alimentação mais saudável e saborosa. É nosso jeito de inspirar outros projetos que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas, ao mesmo tempo que deixar suas refeições mais deliciosas. Confira!

colher elétrica
Imagem divulgação Kirin via Tecnoblog

A tecnologia inovadora da colher elétrica da Kirin

A colher elétrica da Kirin (ou Electric Salt Spoon), de 60 gramas, foi projetada em conjunto com o professor Homei Miyashita, da Universidade de Meiji, que já havia testado o conceito em um protótipo de hashis elétricos. A mesma é feita de plástico e metal, e funciona através de um campo elétrico fraco. Ela concentra íons de sódio na língua do usuário, intensificando a percepção do sabor salgado da comida ingerida – como dito antes, zero adição de sal. E, para isso, o objeto é alimentado por uma bateria recarregável de lítio.

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Uma alternativa para uma alimentação mais saudável

A Kirin então nos oferece, através de sua tecnologia de colher elétrica – que é, ao mesmo tempo, um utensílio tão simples de cozinha -, um caminho alternativo para uma vida mais saudável. Ela prova que podemos aliar tecnologia à preocupação com bem-estar. Menos sal, mas refeições igualmente saborosas! Não é a combinação perfeita?

E por que uma empresa japonesa pensaria nisso? Bem, dados de pesquisas elaboradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, no Japão, as pessoas consomem o dobro da quantidade diária de sal recomendada. Imagine como uma invenção dessas pode contribuir para o setor da saúde no país, fazendo com que a população, de um modo geral, reduza a ingestão de sal sem sacrificar o sabor das suas refeições – sejam elas sopas, saladas, massas, carnes, entre outras.

colher elétrica
Imagem de Emmy Smith em Unsplash

Contraindicações e precauções

Atenção! Apesar de seus benefícios, a colher elétrica da Kirin não é adequada para todos. Pessoas com marcapassos, monitores cardíacos, alergia a metal, problemas nos nervos faciais, em tratamento odontológico ou grávidas devem evitar o uso. Além disso, em casos de síndromes febris, problemas cognitivos ou tumores malignos, é recomendável consultar um médico antes de usar.

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Uma visão para o futuro

É interessante que a Kirin tenha se engajado em um projeto desses, de melhora da saúde humana. Originalmente, ela ficou conhecida por suas bebidas alcoólicas. Porém, em determinado momento, expandiu seus negócios para o setor farmacêutico, o que pode indicar o motivo do interesse nesse tipo de inovação tecnológica que impacta positivamente a vida das pessoas. Aliás, sua colher chegou a receber o Prêmio Ig Nobel de Nutrição em 2023, um prêmio satírico que celebra pesquisas científicas incomuns e criativas.

A saber, a Electric Salt Spoon deve começar a ser vendida ainda em 2024 no varejo japonês; já as vendas internacionais estão previstas somente para 2025.

colher elétrica
Imagem divulgação Kirin via Tecnoblog

E agora vamos fechar este texto com chave de ouro, informando que a Kirin planeja o desenvolvimento de outros utensílios de mesa, como pauzinhos e tigelas elétricas, além de cardápios com baixo teor de sódio. A meta é criar uma sociedade onde todos possam desfrutar de alimentos deliciosos e saudáveis. Então, está dentro dessa? Quais e quantos desses produtos você colocaria em seu carrinho de compras? Escreva para nós na aba de comentários logo abaixo!

Veja Também: Os desafios e oportunidades da engenharia de alimentos em tempos de “comida gourmet” e “sem glúten”


Fontes: Tecnoblog, Fast Comapny.

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O setor da construção civil está sempre nos surpreendendo com suas criações inovadoras e ousadas. Algumas obras de engenharia parecem até desafiar a gravidade, tão exóticas que atraem atenção dos turistas do mundo todo. De fato, a criatividade dos projetistas parece não ter limites. Quer provas disso?

O Engenharia 360 selecionou uma lista de exemplares que vão te deixar de queixo caído. Acompanhe o artigo a seguir e surpreenda-se com informações e imagens!

1. Casa Dançante, na República Tcheca

Começamos esta lista de obras de engenharia em grande estilo. A Casa Dançante está localizada na cidade de Praga. Sua estrutura é moderna e foi projetada pelos renomados arquitetos Vlado Milunić Frank Gehry no ano de 1996. Parte de sua volumetria é em pedra e outra em vidro, realizando um movimento sinuoso que em muito lembra um passo de ballet.

obras de engenharia
Imagem de Hans Peter Schaefer em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_Dan%C3%A7ante#/media/Ficheiro:Prag_ginger_u_fred_gehry.jpg

2. Melting Building, França

Pode não parecer verdade, mas esse edifício existe, sim. O Melting Building está localizado em Paris. Sua forma é realmente muito comum e parece estar até derretendo. A ilusão de óptica ocorre graças aos desenhos impressos na própria construção. Assim sendo, tem-se esse visual bizarro, especialmente para quem observa a obra de longe.

obras de engenharia
Imagem reproduzida de DAILY ARCHITECTURE – https://www.dailyarchitecture.net/melting-building-in-paris/

3. Kunsthaus Graz, Áustria

Outro grande exemplar dentre as maiores obras de engenharia do mundo é o Museu Kunsthaus Graz, na Áustria, projeto de Peter Cook. Sua forma é bem moderna, mas destoa das demais construções antigas ao redor, sendo não bem recebida pela população local. Por outro lado, é um modelo de edificação com baixo impacto ambiental, referência em termos de arquitetura sustentável.

obras de engenharia
Imagem de Georg Mittenecker em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/File:Kunsthaus_Graz.JPG

Veja Também: 34 construções de edifícios mais bizarras ao redor do mundo

4. WonderWorks em Pigion Force, Estados Unidos

Essa obra vai virar sua cabeça, literalmente, pois ela parece estar de cabeça para baixo. Trata-se de uma das sedes do WonderWokrs, uma rede de entretenimento com foco em ciências e tecnologias modernas, com exibições relacionadas à Física, à Matemática e ao universo. Sua marca são as construções bizarras, incluindo esta, localizada no Tennnessee.

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Imagem de Leonard J. DeFrancisci em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/WonderWorks_%28museum%29#/media/
File:WonderWorks_(Orlando,_Florida)_001.jpg

5. Casas Cúbicas, na Holanda

Em Rotterdam, na Holanda, está localizada uma das obras de engenharia mais emblemáticas da contemporaneidade, um condomínio de casas cujas volumetrias parecem giradas a um ângulo de 45 graus. Esse é um projeto do arquiteto Piet Blom. Com criatividade, ele provou como é possível maximizar o espaço de um terreno em área urbana.

obras de engenharia
Imagem de GraphyArchy em Wikipédia – https://es.wikipedia.org/wiki/Casas_cubo#/media/Archivo:Cube_Houses_in_
Rotterdam_2018_GraphyArchy_00258.jpg

6. Krzywy Domek, na Polônia

Localizada em Spot, a Krzywy Domek, projeto do atelier de arquitetura Szotyńscy & Zaleski, é uma construção muito interessante, que mais parece ter saída de um desenho animado ou parque temático da Disney. De fato, ela foi inspirada nos desenhos de livros infantis de Jan Marcin Szancer e Per Dahlberg. Ficou famosa por suas formas onduladas e janelas assimétricas, conferindo um visual surreal e divertido ao local.

obras de engenharia
Imagem reproduzida de Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Krzywy_Domek_w_Sopocie.jpg

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7. Atomium, na Bélgica

O Atomim é uma das obras de engenharia mais atípicas. Ela está localizada em Bruxelas e seu formato (com nove esperas interligadas) é uma representação ampliada de um átomo, projetado para a Exposição Universal de 1958. Ao longo dos anos, transformou-se em um ícone arquitetônico e cultural da cidade, oferecendo uma vista panorâmica da cidade e abrigando exposições temporárias.

obras de engenharia
Imagem de Elke Wetzig em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Atomium#/media/File:Brussels_Atomium_under_construction_-0395.jpg

8. Casa do Penedo, em Portugal

Agora um exemplo de Serra de Fafe, Portugal. Esta é uma casa esculpida diretamente na pedra – lembra muito o desenho Flintstones, dos anos de 1960. Podemos dizer que é uma linda fusão entre modernidade e rusticidade. Não à toa, se tornou atração turística.

obras de engenharia
Imagem de Feliciano Guimarães em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_do_Penedo#/media/Ficheiro:Casa_da_Pedra_em_Fafe_12.jpg

9. Waldspirale, Alemanha

Waldspirale é um prédio localizado em Darmstadt, na Alemanha. Trata-se de um conjunto residencial inaugurado em 2000, cuja arquitetura se destaca por ter portas e janelas todas em modelos diferentes uma das outras. Além disso, seu volume é irregular, apresentando partes em formato arredondado e fachada pintada em diferentes cores.

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Imagem de Guido Radig em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Waldspirale#/media/File:Waldspirale_Darmstadt_-_Hundertwasser-Haus.JPG

10. Hang Nga Guesthouse, Vietnã

Para completar esta lista de obras de engenharia, queremos citar essa construção localizada em Dalat City, na província de Lam Dong, no Vietnã. A Hang Nga Guesthouse é projeto da arquiteta Dang Viêt Nga. Ela é utilizada como hospedagem, foi aberta em 1990 e apresenta quartos temáticos com decorações que mais parecem ter saído de conto de fadas. Seu interior parece uma floresta encantada, com árvores de pedra – de certo modelo, lembra as obras do arquiteto Antoni Gaudí.

obras de engenharia
Imagem reproduzida de Flickr em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hang_Nga_guesthouse_03.jpg

Fontes: TecMundo, Terra, 21 AXIS, Estado de Minas.

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O Rio Grande do Sul passa desde o final de abril de 2024 por uma crise climática. As chuvas intensas, consequência de uma soma de fatores incomuns no clima, resultaram em enchentes e deslizamentos de terra, destruindo milhares de moradias e deixando milhões de pessoas desabrigadas. Em meio a esse caos, a Organização das Nações Unidas (ONU) se propôs a doar para o estado 200 unidades de casas montáveis – antes utilizadas por refugiados venezuelanos em Boa Vista, Roraima.

Essa solução rápida e eficiente poderá trazer alívio e esperança para muitas vítimas dessa tragédia. Pensando nisso, o Engenharia 360 explora neste artigo um pouco a arquitetura dessas estruturas habitacionais. Confira!

A contribuição da ONU para o Rio Grande do Sul

As casas montáveis enviadas para o Rio Grande do Sul (mais precisamente para Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre) partiram da ação da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Esse é um trabalho de emergência que ela já realizou em outras crises humanitárias ao redor do mundo. E além de enviar essas habitações, também encaminha outros itens essenciais de apoio à gestão dos abrigos, incluindo dezesseis toneladas de itens de necessidade, como colchões, cobertores, roupas, lonas, água e kits de higiene. Estima-se que possam ser atendidas cerca de mil pessoas.

casas montáveis ONU
Imagem divulgação Acnur via UOL

As principais características das casas montáveis da ONU

Medidas gerais

Quando montadas, as casas montáveis da ONU chegam a 17,5 m², medindo 2,83 metros de altura, 5,68 metros de comprimento e 3,32 metros de largura. Elas pesam 140 kg cada, compostas de paineis de teto e paredes, uma porta com fechadura, quatro janelas, e um sistema simples de iluminação alimentado por energia solar. Essas casas têm um isolamento feito de espuma poliolefina à prova d’água, protegendo contra o calor e os raios solares. E a estrutura na totalidade pode suportar ventos até 101 km/h.

casas montáveis ONU
Imagem divulgação via O Globo

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Logística e montagem

Levar essas casas para o Rio Grande do Sul envolve uma complexa logística internacional. Parte das unidades são encaminhadas a partir de Boa Vista, outras da Colômbia e outras ainda do Panamá, ambos centros logísticos estratégicos da ACNUR na América Latina. E até que os locais de instalação sejam definidos (provavelmente as tais cidades provisórias prometidas pelo governo estadual), ficarão armazenadas em um depósito do banco Banrisul, distribuídas conforme as necessidades das áreas mais afetadas.

Especialistas da ONU devem trabalhar na montagem dessas casas montáveis juntamente com equipes da Secretaria de Obras do Rio Grande do Sul. O processo é rápido, cerca de quatro a cinco horas por unidade. Primeiro os pacotes são abertos. Depois, é fixada uma estrutura em aço ao chão por ganchos que funcionam como âncoras. E as paredes e o teto se encaixam nisso.

casas montáveis ONU
Imagem ONU divulgação via Olhar Digital
casas montáveis ONU
Imagem divulgação via G1
casas montáveis ONU
Imagem divulgação via G1

Impacto das casas montáveis nas comunidades

As comunidades afetadas por crises humanitárias podem se beneficiar bastante com as casas montáveis da ONU. Além de fornecer abrigo, as estruturas garantem dignidade e segurança para aqueles que enfrentam a difícil tarefa de reconstruir suas vidas.

A utilização de energia solar para iluminação e carregadores nas casas montáveis é um exemplo de inovação sustentável em resposta a crises humanitárias. Essa solução não apenas alivia a pressão sobre as redes elétricas locais, comprometidas nessa situação de desastre, mas também promove o uso de fontes de energia renovável, alinhando-se visando desenvolvimento sustentável da própria organização.

casas montáveis ONU
Imagem ONU divulgação via Olhar Digital

Sem dúvidas, esse é um caso exemplar de como a Engenharia de Emergência pode contribuir de forma rápida, eficaz e sustentável em resposta a crises climáticas.

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Fontes: G1, CNN Brasil.

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Você já assistiu ao filme “Frankenstein”? Assustador, não é mesmo? Mas o que vamos compartilhar neste artigo do Engenharia 360 não é estória da literatura e cinema, mas uma possível tecnologia de Engenharia Biomédica. A startup BrainBridge anunciou à imprensa em maio de 2024 que está prestes a revolucionar a medicina. Ela afirma que em até 8 anos a neurociência será capaz de conduzir procedimentos de transplante de cabeça. Dá um medo só de pensar, não? Leia mais!

Como seria feito o transplante de cabeça?

Vale destacar que, em princípio, essa transferência de cabeça seria feita apenas com paciente saudável para o corpo de um doador também saudável, que tenha sofrido morte cerebral. O objetivo, conforme a startup, seria encontrar uma solução para doenças incuráveis, como câncer em estágio quatro, Alzheimer, Parkinson e outras doenças neurodegenerativas. Por certo, isto teria grande impacto no futuro da saúde.

transplante de cabeça
Imagem de BrainBridge reproduzida de The News

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Passo a passo do procedimento

Nesse caso, para um transplante seguro e eficaz, teoriza-se que os médicos se valeriam de tecnologia de robótica avançada, imagens a nível molecular (visão em tempo real), algoritmos e Inteligência Artificial (IA) de ponta.

Durante a operação, os robôs-cirurgiões reconstruiriam os músculos da face, monitorando os encaixes das células e garantindo uma reconexão precisa da medula espinhal, nervos e veias de sangue. E por ser um procedimento guiado por máquinas, haveria menos risco de erros, aumentando as chances de sucesso.

transplante de cabeça
Imagem de BrainBridge reproduzida de Revista Forum

Uma das promessas da BrainBridge, por exemplo, é a capacidade de preservação da consciência, memórias e habilidades cognitivas do paciente. Essa é uma perspectiva desafiadora, sem dúvidas! Porém, já se sabe que o processo de recuperação pós-operatória não seria simples. O paciente precisaria ficar quatro semanas em uma UTI sem nenhum movimento, para que a cabeça fixe bem ao corpo. Além disso, seria necessária uma extensa fisioterapia e acompanhamento psicológico para ajudar o indivíduo a se adaptar a seu novo corpo.

Máquina da BrainBridge

É óbvio que você deve estar se perguntando onde entra a BrainBridge nessa história. Bem, ela desenvolveu uma máquina composta por duas unidades com macas automáticas e seis braços robóticos dotados de IA. Justamente seriam esses os braços responsáveis para a realização da cirurgia de transplante de cabeça. Isso pode ser entendido melhor no vídeo divulgado pela própria empresa:

Comparação com outras pesquisas

Quantas vezes já ouvimos histórias parecidas com esta contada neste texto? Por exemplo, em 2017, o neurocirurgião italiano Sergio Canavero disse ter conseguido realizar um transplante de cabeça em cadáveres como treinamento de uma técnica por ele desenvolvida. Isso gerou muita polêmica na comunidade científica. No entanto, nenhum procedimento antes ou depois foi realizado em humanos vivos. Tem a questão ética. O que podemos concluir disso?

Veja Também: MUSA: robô auxilia cirurgia de ultra-precisão em pacientes

Como podemos imaginar o futuro da Medicina?

O anúncio da BrainBridge gerou diversas reações, desde entusiasmo até ceticismo. Muitos estão questionando a viabilidade do projeto, como podemos imaginar. Mas uma coisa é certa, as inovações estão sempre nos surpreendendo. Então, se desse certo, como a sociedade reagiria? E se pudéssemos salvar pacientes com doenças terminais? A esperança da startup é que sua proposta atraia os melhores cientistas e especialistas globais, impulsionando ainda mais a pesquisa e o desenvolvimento na área.

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Fontes: The News.

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A Engenharia tem impulsionado demais a Medicina, inclusive no campo da microcirurgia. Aliás, falando nisso, o Engenharia 360 quer compartilhar uma notícia com você. Recentemente, a gigante de eletrônicos, Sony, compartilhou na Internet uma demonstração do avanço surpreendente da tecnologia para cirurgia robótica. Um robô conseguiu realizar uma sutura em um grão de milho, provando sua capacidade de executar procedimentos altamente delicados e sensíveis. Continue lendo para saber mais!

Robô da Sony Costura Grão de Milho em Microcirurgia
Imagem de Sony reproduzida de Itatiaia

Superando o desafio das microcirurgias

Atualmente, os médicos usam microscópios para a realização de microcirurgias, procedimentos vitais para operações altamente delicadas, como em vasos sanguíneos ou em transplantes de órgãos. Para isso, é exigida uma habilidade excepcional por parte dos profissionais, envolvendo costura de pequenas conexões.

Segundo a Sony, “tais operações exigem altos níveis de habilidade e só podem ser realizadas por um número limitado de médicos”. Isso se deve à necessidade de uma coordenação motora fina e precisão milimétrica ao trabalhar com estruturas extremamente pequenas, muitas vezes menores que um milímetro de diâmetro. Mas com os novos robôs, amplia-se o potencial de acesso à saúde. É o começo de uma nova era para a Medicina!

Robô da Sony Costura Grão de Milho em Microcirurgia
Imagem de Sony reproduzida de CanalTech

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A tecnologia por trás do novo robô da Sony

Então, o novo robô da Sony, semelhante a outros braços robóticos, foi desenvolvido para melhorar esses procedimentos altamente sensíveis. O mesmo pode ser operado sobre um console de mesa. Nesse caso, o cirurgião controla o robô utilizando dois instrumentos semelhantes a canetas, que detectam a aplicação de diferentes níveis de pressão. Este sistema permite que o robô realize movimentos minúsculos, replicando os comandos do cirurgião de forma precisa.

Vale destacar que o robô cirurgião da Sony vem com sensores avançados, câmeras 3D em 4K (permitindo a visualização em um nível de detalhe superior às técnicas tradicionais) e, é claro, sistema de controle de última geração (elétrico e focado em baixa latência). Sua mecânica é leve. A interface é bastante intuitiva. E um dos recursos mais importantes é a troca automática de instrumentos, como agulhas, tesouras e pinças, o que torna qualquer procedimento realizado muito mais ágil.

Robô da Sony Costura Grão de Milho em Microcirurgia
Imagem de Sony reproduzida de TudoCelular

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Testes bem-sucedidos em animais

A primeira demonstração pública do robô da Sony foi, então, com as espigas de milho. Durante esse teste, o dispositivo alternou entre diferentes instrumentos realizando a sutura nos grãos com cortes minúsculos. Claro que o objetivo é ampliar esse estudo. Em fevereiro de 2024, o equipamento foi adotado em microcirurgias feitas em animais na Universidade Médica de Aichi, no Japão, e os resultados foram considerados promissores pelos responsáveis.

Robô da Sony Costura Grão de Milho em Microcirurgia
Imagem de Sony reproduzida de Época Negócios

O potencial do robô e impactos na Medicina

É claro que assim que for aprimorado, o robô da Sony será utilizado em procedimentos cirúrgicos em seres humanos. Daí teremos uma super transformação na prática médica. Bem possível que um número maior de médicos possam realizar microcirurgias, mesmo que tenham menos habilidade manual, beneficiando um público mais amplo.

Com a integração da tecnologia de robô cirurgião com óculos de realidade mista (MR), o potencial da visão do cirurgião será ampliada, aumentando ainda mais a segurança dos procedimentos – traduzindo, menos complicações e melhores desfechos. Ou seja, estas inovações estão convergindo para criar um ambiente cirúrgico onde a precisão e a eficiência são maximizadas.

O futuro da microcirurgia robótica

Com o avanço das tecnologias, podemos esperar robôs ainda mais sofisticados, capazes de realizar uma gama ainda maior de procedimentos médicos complexos. Mas não adianta a Engenharia caminhar nesse sentido, se o mercado não investir em treinamento e capacitação de profissionais médicos, garantindo que essa revolução tecnológica beneficie o maior número possível de pacientes.

Os cirurgiões precisarão se familiarizar com o uso de consoles e sistemas de controle robóticos, além de aprender a interpretar imagens em 3D e 4K durante as operações. Já nas rodas de debates, questões como a responsabilidade em caso de falhas técnicas e a privacidade dos pacientes precisarão ser abordadas de forma cuidadosa. E este é só o começo! Mas não podemos nos desviar do assunto principal: salvar o máximo de vidas!

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Fontes: CanalTech, Época Negócios.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

As válvulas são dispositivos fundamentais em diversos sistemas industriais e domésticos, desempenhando um papel crucial no controle do fluxo de líquidos e gases. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar os principais tipos de válvulas, destacando suas características, funcionalidades e aplicações.

Tipos de válvulas usadas na construção civil

1. Válvulas de retenção

As válvulas de retenção, também conhecidas como válvulas unidirecionais, permitem que o fluxo de fluido ocorra em uma direção específica, evitando o retorno do fluido na direção oposta. Isso significa que essas válvulas são vitais para prevenir refluxos indesejados em sistemas de tubulação e proteger equipamentos sensíveis.

Tipos de Válvulas
Imagem reproduzida de Jefferson Engenharia de Processos Industriais

2. Válvulas globo

As válvulas globo são projetadas para regular o fluxo controlando a abertura e fechamento gradual da passagem. Sua estrutura permite ajustes precisos do fluxo, tornando-as ideais para aplicações que demandam controle minucioso, como sistemas de aquecimento e resfriamento.

Tipos de Válvulas
Imagem reproduzida de Jefferson Engenharia de Processos Industriais

3. Válvulas borboleta

Com sua operação simples e rápida, as válvulas borboleta são amplamente utilizadas em sistemas que exigem controle eficiente do fluxo. Elas são leves e compactas, sendo ideais para aplicações em grandes diâmetros de tubulação, como sistemas de distribuição de água e tratamento de resíduos.

Tipos de Válvulas
Imagem reproduzisa de ÁGUAS CLARAS LOJA

4. Válvulas de esfera

As válvulas de esfera apresentam uma esfera perfurada em seu interior, girada para controlar o fluxo. Essas válvulas oferecem baixa resistência ao fluxo quando totalmente abertas e são usadas em aplicações industriais e residenciais, como sistemas de gás e óleo.

Tipos de Válvulas
Imagem reproduzisa de Hidrotec – RS

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5. Válvula gaveta

A válvula gaveta certamente é uma das mais utilizadas no segmento industrial. Quando totalmente aberta, sua obstrução à passagem do fluxo é mínima, sendo mais simples e eficaz. Pelo seu manuseio ser mais lento, comparada às demais válvulas, são empregadas em processos onde o processo de abertura e fechamento não são frequentes, como em fluxos contínuos.

Tipos de Válvulas
Imagem reproduzida de Casa das Válvulas

6. Válvula agulha

As válvulas agulha são projetadas para controlar o fluxo com precisão milimétrica. Elas utilizam agulhas de metal, geralmente de ligas especiais como aço inoxidável e bronze, para regular o fluxo de forma precisa. Esse tipo de válvula é amplamente utilizado em aplicações industriais que exigem um controle de fluxo extremamente preciso;

Tipos de Válvulas
Imagem reproduzida de Fluxo Soluções Integradas

Perguntas frequentes

Como escolher o tipo certo de válvula?

A escolha do tipo de válvula certo depende de diversos fatores, como as características do fluido, pressão, temperatura e requisitos de controle. Por isso, é importante contar com especialistas em válvulas para realizar a escolha adequada para cada aplicação.

Quais os materiais utilizados na fabricação de válvulas?

As válvulas são fabricadas com diversos materiais, como aço inoxidável, ferro fundido, bronze e plásticos de engenharia. A escolha do material depende da aplicação e das propriedades do fluido.

Como fazer a manutenção eficaz das válvulas?

A manutenção regular é essencial para garantir o desempenho contínuo das válvulas. Isso inclui lubrificação, inspeção visual e ajustes conforme necessário.

Como evitar vazamentos em válvulas?

Vazamentos podem ser evitados escolhendo válvulas de alta qualidade e instalando-as corretamente. Além disso, é necessário realizar manutenção preventiva regularmente para garantir a integridade das válvulas

Diferença entre válvulas manuais e automáticas

Válvulas Manuais

Requerem intervenção humana direta para operação. São simples e geralmente mais baratas, mas menos práticas em sistemas complexos.

Válvulas Automáticas

Controladas por dispositivos como sensores e atuadores, oferecem maior precisão e conveniência, mas são mais complexas e caras.

Considerações finais

As válvulas desempenham um papel fundamental em diversos sistemas, permitindo o controle preciso do fluxo de fluidos. Conhecer os principais tipos de válvulas e suas aplicações é essencial para escolher a solução mais adequada para cada projeto. Com a ajuda de especialistas e a adoção de práticas de manutenção eficazes, é possível garantir o funcionamento ideal das válvulas e evitar problemas relacionados a vazamentos e refluxos indesejados.

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Fontes: UNIVAL Válculas e Conexões, aceflan, alconex.

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Engenharia 360

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Há alguns poucos anos atrás, a Engenharia era vista como um campo de atuação masculino, não indicado para mulheres. Felizmente, os tempos estão mudando e a presença feminina está cada vez maior. E não, este fato não se deve somente à criação de novos cursos de engenharia, a presença feminina também aumentou em cursos tradicionais de engenharia. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

mulheres engenheiras
Imagem de ThisisEngineering em Unsplash

Quebrando Barreiras Históricas

No passado, as mulheres foram excluídas da ciência, recebendo como atribuição apenas as tarefas domésticas. Estes costumes permaneceram até o século XIX e, ainda em muitos países as mulheres eram proibidas de frequentar uma universidade.

Exemplos Inspiradores: Marie Curie e Evelyna Souto

Marie Curie representa bem o ingresso das mulheres na ciência. Famosa por suas descobertas científicas, foi a primeira mulher a dar aulas em um curso superior na França, onde estimulava suas alunas ao interesse científico com experimentos antes restritos aos homens. Além disso, Curie também foi a primeira mulher a receber um Nobel (e ela o fez duas vezes), enfrentando o preconceito e o machismo predominante na época.

mulheres engenheiras
Imagem reproduzida de Blog Marina Amaral

No Brasil, ainda no século XX, as mulheres sofriam preconceito ao ingressar no meio científico. Na engenharia, elas foram conquistando espaço aos poucos. Evelyna Bloem Souto era, em 1957, a única mulher a fazer parte da primeira turma de engenharia civil da Escola de Engenharia de São Carlos e relatou as dificuldades que passou durante o curso:

A primeira bolsa que consegui foi em Paris. Eu e mais 10 alunos homens fomos visitar um túnel que estava sendo feito para ligar a França à Itália. Eu fiz questão de estar lá porque sabia que posteriormente teríamos de construir túneis no Brasil, mas não queriam que eu entrasse. Fizeram com o que eu me vestisse de homem, colocasse galochas, prendesse o cabelo e desenhasse barba e bigode no meu rosto. Só assim pude verificar as obras. Essa foi a maior prova de preconceito que sofri na época.

Ainda, Souto descreve outra situação em que sofreu preconceito após formada e na mesma instituição, na criação do departamento de Geologia e Mecânica dos Solos, que teve sua ajuda. “O presidente me fez assumir o papel de bibliotecária para que ninguém soubesse que eu era engenheira. Mas fui conquistando o meu espaço, e não demorou muito para eu virar chefe de tudo”. Em 2013, as mulheres representavam 23% dos ingressantes no curso de Engenharia Civil na Escola de Engenharia de São Carlos.

mulheres engenheiras
Imagem de ThisisEngineering em Unsplash

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Projetos e Iniciativas Atuais

Atualmente, até a antiga concepção de bonecas para meninas e carrinhos para meninos está mudando, como nós já mostramos aqui no Engenharia 360 uma empresa que criou brinquedos voltados para futuras engenheiras.

No Reino Unido, o projeto Engineer a Better World tem o objetivo de estimular o interesse dos jovens pela engenharia, principalmente de meninas, visto que apenas 6% dos engenheiros do Reino Unido são mulheres, além de estimular os pais a nutrir a curiosidade dos filhos a respeito da engenharia.

Abaixo, um vídeo interessante sobre o projeto:

No Brasil, a Universidade de Caxias do Sul desenvolveu certa vez um o projeto chamado ‘Encorajando Meninas em Ciência e Tecnologia’, que visava apresentar para alunas do ensino médio o universo da engenharia e despertar o interesse pela área.

mulheres engenheiras
Imagem de ThisisEngineering em Unsplash

O Futuro da Engenharia é Feminino

A partir de exemplos como Marie Curie, que encarou o preconceito na ciência e Evelyna Souto, que teve coragem ao ingressar em uma turma composta apenas por homens e deixar claro seu posicionamento, é que hoje as mulheres estão entendendo motores, construções, computadores, circuitos elétricos, robôs e tudo mais que pouco tempo atrás era só função de homem.

Esta é uma questão que vai além de querer, provar que as mulheres podem exercer as mesmas profissões dos homens (e sim, nós podemos!), é uma questão de descobrir como o mundo funciona e agir em prol de melhorá-lo, uma questão de querer ser engenheira, com todas as atribuições e conhecimentos da profissão que amamos.


Fontes: Cabral e Brazzo (2005); Tessari e Villas-Boas (2013); Ciência Hoje; USP.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Estamos vivendo um período muito crítico, em que estamos à mercê das mudanças climáticas. Isso já tem comprometido até mesmo nossa segurança alimentar. Seria importante que pudéssemos obter mais dados sobre o clima e o meio ambiente do Brasil, inclusive para salvar vidas – a exemplo do que aconteceu com o Rio Grande do Sul em 2024. Mas nosso país, apesar do atraso, deu recentemente um passo importante em direção ao futuro com o Programa Constelação Catarina.

Programa Constelação Catarina de Monitoramento do Clima do Brasil
Imagem reproduzida de Governo Federal

No texto a seguir, do Engenharia 360, exploramos essa iniciativa inovadora, liderada por instituições renomadas como a Agência Espacial Brasileira (AEB), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados. Confira!

O que é Constelação Catarina

Constelação Catarina é um programa para o desenvolvimento de nanossatélites que possam orbitar a Terra para coletar dados sobre o clima e o meio ambiente, incluindo, por exemplo:

  • temperatura,
  • precipitação,
  • umidade do solo,
  • cobertura vegetal, e
  • outros parâmetros ambientais essenciais.

O objetivo é que esses dados sejam integrados a sistemas já existentes, como o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados (SBCD) e o Sistema Integrado de Dados Ambientais (SINDA), fornecendo informações valiosas para diversos setores, com ênfase na agricultura e na defesa civil.

Vale destacar que os nanossatélites da Constelação Catarina devem ser pequenos e compactos, pesando cerca de 5 kg e medindo apenas 30 cm x 10 cm x 10 cm. O lançamento seria rápido e econômico, com ótima flexibilidade na coleta de dados, assim como previsto pelos cientistas.

Programa Constelação Catarina de Monitoramento do Clima do Brasil
Imagem de Instituto Senai, divulgação divulgação via SC Todo Dia

Benefícios da tecnologia para a agricultura e defesa civil

De fato, existe um grande potencial do Programa Constelação Catarina para beneficiar diversos setores. Uma hipótese é de que os agricultores, recebendo alertas mais precisos sobre as mudanças climáticas, tomar decisões mais assertivas e ter menos perdas de colheitas.

Segundo os pesquisadores, seria possível, com as informações coletadas pela Constelação Catarina, por exemplo, monitorar a saúde de plantações – como pragas e doenças, permitindo ações mais direcionadas e eficientes no manejo das lavouras. Além disso, o controle de irrigação, reduzindo o consumo de água e otimizando recursos hídricos.

Também tem a questão das autoridades, sendo capazes de evacuar com antecedência áreas de risco antes da chegada de desastres naturais. Imagine quantas vidas e patrimônios salvos! Todo o planejamento urbano e rural seria baseado em dados concretos, permitindo medidas de prevenção e mitigação aos desastres.

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O futuro tecnológico espacial brasileiro

É importante enfatizar novamente que o Programa Constelação Catarina é um marco para a história da tecnologia espacial no Brasil. Isto só tem sido possível pelas parcerias realizadas, sobretudo com instituições de ensino, o que abriu caminho para novas oportunidades em diversas áreas do conhecimento – até mesmo em um cenário internacional.

Neste ano de 2024, as equipes se reuniram novamente, dessa vez no Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, em Florianópolis, Santa Catarina, para revisar e aprovar o projeto final, entendendo a urgência disso mediante à necessidade de desenvolvimento do país. O que foi divulgado à imprensa é, portanto, a integração de uma rede de 13 nanossatélites. Com a aprovação da Revisão de Design Preliminar (PDR), parece que o programa está pronto para avançar para a próxima fase de desenvolvimento.

Programa Constelação Catarina de Monitoramento do Clima do Brasil
Imagem de Instituto Senai, divulgação via SC Todo Dia
Programa Constelação Catarina de Monitoramento do Clima do Brasil
Imagem reproduzida de Governo Federal

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Fontes: NSC Total, Agência Espacial Brasileira.

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