Esta eu confesso que não sabia! É verdade, em 4 de fevereiro de 1971, o Brasil testemunhou uma grande tragédia, o desabamento do Pavilhão da Gameleira, em Belo Horizonte, cujo projeto era do renomado arquiteto Oscar Niemeyer. Esta história marcou uma geração e virou estudo de caso nas universidades. Muito além, levou a uma reflexão sobre as normas de segurança e o Código Penal. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

Oscar Niemeyer - Gameleira
Imagem de O Cruzeiro reproduzido de Estado de Minas

O episódio que envolveu a obra da Gameleira

O Pavilhão da Gameleira (Parque Bolívar de Andrade), onde abriga atualmente o Expominas, era para ser um dos maiores centros de exposições da América Latina, pensado para celebrar as conquistas de Minas Gerais.

Seu formato era para ser como uma caixa de sapatos de 240 metros de comprimento e 7.820 m², com cálculos do engenheiro Joaquim Cardozo – que também trabalhou com Niemeyer na Pampulha e Conjunto JK, na capital mineira, além de outros projetos em Brasília. Infelizmente, tudo desabou durante sua fase final de construção. A tragédia resultou em 119 operários ficaram soterrados, 69 mortes e dezenas de feridos, marcando para sempre a história da construção civil brasileira.

Observação: No dia seguinte, na capa do GLOBO dizia “Pavilhão desaba: cem operários soterrados”, contando ainda “sepultados por 10 mil toneladas de ferro e concreto armado”. Já na matéria dentro do jornal, havia o depoimento do engenheiro Cardozo, que dizia estar tranquilo quanto ao seu trabalho, feito “rigorosamente dentro da técnica, tanto assim que as lajes caíram intactas”, e que fora informado de “falhas nas fundações, ocorrendo o desabamento talvez pela ruptura do terreno”.

O boato que surgiu na época é de que houve pressa da construtora responsável em terminar os serviços e inaugurar a obra, por conta do término do mandato do governador Israel Pinheiro. No processo, teriam sido ignorados vários alertas dos operários, que identificaram falhas na estrutura. E quando tudo veio abaixo, não foi só um abalo no setor da engenharia, mas na alma da cidade, deixando cicatrizes profundas na comunidade.

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As consequências e o apelo por justiça

De fato, tempos depois, as investigações apontaram essas falhas na execução da obra, como o não atendimento de algumas normas técnicas e a utilização de juntas de concretagem defeituosas. Também havia falhas na qualidade do material utilizado e erros na retirada das escoras de sustentação. A negligência e a falta de segurança durante a construção foram determinantes para o desabamento. Então, que fique claro, não foi culpa de Oscar Niemeyer.

Dizem os documentos sobre a retirada do escoramento: “O método utilizado, embora não tenha causado a ruptura, impediu que se avaliasse previamente o desempenho da estrutura, permitindo que o desabamento ocorresse de maneira imprevista”.

Outra falha é que a obra até o dia da tragédia não tinha um engenheiro responsável pela execução. “A suntuosidade do empreendimento exigia que as decisões fossem concentradas em um profissional ou um grupo de profissionais dotados de grande capacitação técnica. Contudo, não havia um norte a seguir, desempenhando cada um dos réus suas atribuições como se fossem partes isoladas do conjunto da obra.”, denuncia o laudo.

Oscar Niemeyer
Imagem de Antônio Carrera, Agência O Globo, reproduzido de Acervo O Globo
Oscar Niemeyer
Imagem reproduzida de Folha – UOL

Por incrível que pareça, em 2021, as famílias das vítimas desta tragédia da Gameleira ainda lutavam por indenizações, que não haviam sido totalmente concedidas (não temos informações sobre a situação atual). Aliás, o caso só chegou à Justiça em 1984. Pode-se chamar até de absurdo que toda a burocracia legal tenha prolongado tanto o sofrimento dessas pessoas, que, diferente de nós, ainda guardam muito bem na memória a lembrança desse triste dia.

Tomara que um dia possamos olhar para trás e ter a história do Pavilhão da Gameleira como exemplo de redenção, onde a justiça finalmente prevaleça.

A saber, em 2004, o governo de Minas foi condenado pela primeira vez a indenizar as vítimas, mas recorreu repetidas vezes. Em 2006, a segunda instância confirmou a sentença e negou o recurso do estado e da construtora. Em 2009, o caso chegou ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que, em 2016, também manteve o entendimento e responsabilizou o estado, que seria o responsável pela obra; a construtora seria uma prestadora de serviços. Ainda há um alerta da possibilidade de o caso prescrever.

Oscar Niemeyer
Imagem de O Cruzeiro reproduzido de Estado de Minas

As lições aprendidas e o legado da tragédia

É claro que nenhum arquiteto ou engenheiro trabalha desejando ver uma tragédia, ainda mais envolvendo seu trabalho – e penso que o mesmo pensava Oscar Niemeyer. Porém, desgraças acontecem. O que precisamos fazer é aprimorar os materiais, técnicas e processos adotados para que episódios assim não se repitam.

O que ficou claro é que era preciso reforçar os protocolos de segurança e acompanhamento técnico especializado. E assim foi feito. Normas mais rigorosas foram implementadas, procedimentos de segurança foram aprimorados e o debate sobre responsabilidade civil ganhou destaque, impulsionando uma reflexão profunda sobre ética e cuidado na construção civil.

A exemplo da criação da norma para lajes nervuradas. A NB-01, conhecida como a norma-mãe do concreto, hoje identificada como ABNT NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. Por fim, as mudanças nos artigos 250 a 284, do Código Penal, que tratam das responsabilidades sobre desabamento e desmoronamento.

Todavia, sabemos que a prevenção nunca é demais, apesar do que diz a lei. Por isto, resolvemos resgatar este caso como um lembrete contínuo da importância da segurança na construção civil e da responsabilidade das autoridades em garantir o bem-estar de seus cidadãos.

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Fontes: G1, O Globo, Estado de Minas.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

No evento Google I/O 2024, a gigante da tecnologia revelou o Project Astra, um assistente de Inteligência Artificial (IA) inovador que promete redefinir a forma como interagimos com nossos dispositivos, tornando-se um verdadeiro companheiro digital. Este artigo do Engenharia 360 explora o que é essa tecnologia, suas principais funcionalidades e o impacto que ela pode ter no nosso cotidiano. Confira!

Google Astra
Imagem Google reproduzida de TecMundo

O que é Google Astra?

O Google Astra representa um avanço significativo na interação humano-computador. Trata-se de uma ferramenta de IA que utiliza a câmera do smartphone para realizar uma série de ações, desde identificar objetos e pessoas até lembrar detalhes específicos armazenados em um banco de dados.

Como o Google Astra funciona?

O Google Astra é alimentado pela tecnologia Gemini, nova geração de modelos de linguagem de grande escala da Google, permitindo uma interação mais natural e eficiente com o ambiente ao nosso redor. Para se ter uma ideia, o Gemini é capaz de processar grandes volumes de dados de imagem, vídeo e áudio, permitindo que o Astra aprenda e se adapte ao mundo ao seu redor.

Google Astra
Imagem Google reproduzida de Gizmodo

Quais as principais funcionalidades do Google Astra?

Essa inovação, o Google Astra, tem o potencial de transformar diversos aspectos da nossa vida diária, desde a organização doméstica até a produtividade no trabalho, sobretudo através de smartphones.

1. Reconhecimento de objetos e pessoas

Uma das funcionalidades mais impressionantes do Google Astra é sua capacidade de reconhecer objetos e pessoas em tempo real. Utilizando a câmera do celular, a IA pode identificar diversos itens no ambiente, desde roupas e acessórios até móveis e plantas.

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2. Memória contextual

O Google Astra não só identifica objetos, mas também se lembra deles. Isso significa que, ao escanear um ambiente, a IA armazena informações sobre os itens identificados, facilitando a localização posterior. Por exemplo, se você perder suas chaves em casa, o Astra pode ajudar a encontrá-las lembrando onde as viu pela última vez.

Google Astra
Imagem Google reproduzida de Gizmodo

3. Interação por voz

Outra característica marcante do Google Astra é a interação por voz. A IA responde a comandos falados em tempo real, tornando a interação mais intuitiva e eficiente. Durante o Google I/O, foi demonstrado como os usuários podem fazer perguntas ao Astra enquanto apontam a câmera para diferentes objetos, recebendo respostas imediatas.

Observação: O Astra traduz textos e fala em tempo real, permitindo que você se comunique com pessoas de todo o mundo sem barreiras linguísticas.

Google Astra
Imagem Google reproduzida de Gizmodo

4. Modos de operação versáteis

O Astra oferece diferentes modos de operação para se adaptar às necessidades dos usuários. Dois dos modos destacados durante os testes foram o Modo Livre e o Modo Pictionary. No Modo Livre, a IA tenta identificar ações e movimentos, embora com algumas limitações. Já no Modo Pictionary, o Astra consegue reconhecer desenhos e criar histórias baseadas neles, apesar de ainda precisar de melhorias na profundidade das narrativas.

Aliás, vale destacar que o Astra utiliza a realidade aumentada para sobrepor informações virtuais no mundo real, criando experiências imersivas e interativas.

5. Integração com dispositivos vestíveis

O Google Astra também pode ser integrado com dispositivos vestíveis, como óculos inteligentes, ampliando ainda mais suas capacidades. Isso permite aos usuários alternar entre diferentes perspectivas e interagir com o ambiente de maneiras inovadoras, sem a necessidade de segurar o smartphone.

Comparações com competidores

Alguns especialistas de mercado notaram que as capacidades do Astra são comparáveis às tecnologias já oferecidas por concorrentes como a Meta com seus óculos inteligentes. No entanto, a expectativa é que o Google, com sua vasta experiência em IA e aprendizado de máquina, consiga superar essas barreiras e oferecer um produto mais refinado e eficiente no futuro.

Quando o Google Astra estará disponível?

O Google Astra ainda está em desenvolvimento, mas a empresa já está testando a tecnologia com um grupo seleto de usuários. A data de lançamento oficial ainda não foi divulgada, mas espera-se que o Astra esteja disponível ao público em breve.

Embora ainda existam desafios a serem superados, o futuro parece brilhante para o Astra, que continua a evoluir e a se aprimorar. À medida que o Google refina essa tecnologia, podemos esperar uma revolução na maneira como interagimos com nossos dispositivos e, por extensão, com o mundo ao nosso redor.

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Fontes: Mundo Conectado, Tecmundo.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A energia solar é uma das principais fontes de energia renovável do mundo, e o Brasil não é exceção. Com a crise energética, veio a urgência dos investimentos em energia limpa e sustentável. Assim, mais usinas fotovoltaicas foram construídas no país nos últimos anos. E o que queremos destacar aqui, neste artigo do Engenharia 360, é que existe uma tecnologia que pode aumentar ainda mais a eficiência dessas usinas, que são os trackers solares ou rastreadores solares. Continue lendo para saber mais!

Trackers Solares - rastreadores solares
Imagem reproduzida de HCC Energia Solar

O que são rastreadores solares?

Os trackers solares ou rastreadores solares são dispositivos que modificam a posição dos módulos solares ao longo do dia, “seguindo o sol”, ou seja, acompanhando a trajetória do sol. Esta alteração de angulação é o segredo para maximizar a produção de energia pelo aumento da captação dos raios solares e, consequentemente, o desempenho de um sistema fotovoltaico.

Trackers Solares - rastreadores solares
Imagem de Solar Motors reproduzida de Energes
Trackers Solares - rastreadores solares
Imagem reproduzida de Usinainfo

Como funcionam os rastreadores solares?

Existem vários modelos de rastreadores solares. A escolha vai depender de uma análise técnica do local de instalação e cálculos para saber o melhor ângulo para os paineis fotovoltaicos, considerando a posição geográfica (latitude da usina) e incidência solar ao longo do dia e das estações do ano. E vale destacar que são os controladores dos motores, com ajuda de sensores, que realizam esta posição estratégica.

Trackers Solares - rastreadores solares
Imagem reproduzida de Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento

Tipos de rastreadores

São os principais tipos de rastreadores solares:

  • Eixo único: esses rastreadores giram em torno de um único eixo, geralmente horizontal ou vertical. Eles são mais simples e menos caros que os rastreadores de dois eixos, mas também são menos eficientes.
  • Dois eixos: esses rastreadores giram em torno de dois eixos, o que lhes permite acompanhar o movimento do sol com mais precisão. Eles são mais eficientes que os rastreadores de eixo único, mas também são mais caros e complexos.

Por que os rastreadores solares são pouco utilizados no Brasil?

É importante destacar que, sim, os trackers solares ou rastreadores solares são utilizados no Brasil, mas pouco. Por quê? Porque ainda há uma escassez de mão-de-obra especializada para realizar o processo de instalação e manutenção desses dispositivos, incluindo a adaptação dos cabeamentos.

As empresas que vendem também parecem ainda não orientar tão bem os clientes, com informações detalhadas. O preço de mercado continua alto em comparação aos sistemas fixos. Sem contar que o incentivo do governo ainda não vem sendo suficiente.

Um cenário diferente tornaria o uso dos rastreadores solares mais viáveis, certamente em usinas fotovoltaicas de grande porte. Mas este é um cenário que pode mudar muito rapidamente nos próximos meses e anos. Seria muito positivo mediante as vantagens, como, por exemplo:

  • Otimização do espaço disponível.
  • Aumento da produção de energia, podendo chegar a 45%.
  • Entrega de potência máxima desde o início da manhã até o final da tarde.
  • Menor sensibilidade ao efeito fotovoltaico em relação ao pó na superfície dos módulos.
Trackers Solares - rastreadores solares
Imagem de Stinorlandbrasil reproduzida de Canal Solar

O futuro dos rastreadores solares no Brasil

Como se pôde entender, o Brasil possui um grande potencial de geração de energia solar, com muitas regiões que recebem alta incidência de radiação solar durante todo o ano.

Com o avanço das mudanças climáticas e a necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis, esse será um ponto positivo para nossa economia. Então, vale a pena – e muito – investir em tecnologias de engenharia como a de rastreamento solar. Torcemos para que os desafios sejam logo superados para que essa tecnologia se torne mais popular no país, melhorando a matriz energética brasileira.

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Fontes: Portal Solar.

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Engenharia 360

Redação 360

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Um dos setores da engenharia de maior impacto ambiental é o da Construção Civil ou Engenharia Civil. Por quê? Por seu alto índice de consumo de recursos naturais e geração de resíduos. Paralelo a isso, no mercado, temos o ramo da moda, da indústria têxtil, que é uma das mais poluidoras do planeta. Pensando neste pacote de problemas, a empresa FabBRICK desenvolveu um sistema para fabricação de tijolos de resíduos têxteis. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Tijolos de resíduos têxteis
Imagem de FabBRICK reproduzida de Glamour

A crise do desperdício têxtil e o surgimento da FabBRICK

É fato que hoje temos um grande problema no mercado de descarte de roupas e tecidos, que acabam em aterros sanitários. Isso tem manchado demais a cultura “fast fashion”, por assim dizer, que incentiva o consumo, mas que leva a um descarte rápido de roupas.

A saber, na França, são cerca de 4 milhões de toneladas por ano, enquanto nos Estados Unidos esse número ultrapassa os 17 milhões de toneladas. Apenas uma fração desses resíduos é reciclada ou reutilizada, agravando os problemas ambientais.

Ao mesmo tempo, temos uma necessidade de utilização de sistemas mais econômicos para estruturas de engenharia, sobretudo aquelas ditas “não portantes”, que não recebem cargas, que podem ser apenas decorativas ou de vedação, isolamento. E se pudéssemos juntar as duas coisas? E se pudéssemos reduzir esse desperdício e promover uma construção mais sustentável? Assim pensou a arquiteta francesa Clarisse Merlet, fundadora da empresa FabBRICK, fabricante de tijolos de resíduos têxteis.

Tijolos de resíduos têxteis
Imagem de FabBRICK reproduzida de Ciclo Vivo
Tijolos de resíduos têxteis
Imagem de FabBRICK reproduzida de SustentaArqui

O processo de fabricação de tijolos de resíduos têxteis

O processo de fabricação dos tijolos de resíduos têxteis da FabBRICK é, em tese, bastante simples. As roupas descartadas são recebidas – ou adquiridas pré-moídas – em um centro de coletas do estúdio da empresa em Paris e separadas por cores. Depois, elas são trituradas até ficarem desfiadas, para obter fibras de diferentes tamanhos, a depender do projeto. Então, as fibras são misturadas com cola ecológica (100% de ingredientes naturais) e compactadas em moldes (em máquina patenteada), dando origem aos tijolos. O processo leva em torno de 30 minutos; já a cura das peças leva de 10 a 15 dias.

Observação: Vale destacar que a etapa de prensa em moldes não requer energia adicional além da necessária. E a secagem é feita de modo natural até as unidades estarem prontas para uso.

Desde a sua abertura, em 2017 até 2023/24, a FabBRICK já produziu mais de 40.000 tijolos, reciclando cerca de 12 toneladas de resíduos têxteis. Inclusive, a empresa está liderando um movimento em direção à economia circular, onde resíduos são vistos como recursos valiosos.

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As principais características dos tijolos FabBRICK

Uma das características mais impressionantes dos tijolos FabBRICK é o fato deles serem resistentes ao fogo e à umidade – algo que não se aplica a peças de roupa, por exemplo. Eles possuem excelentes propriedades de isolamento térmico e acústico, garantindo conforto aos ambientes.

Por tudo isto e mais, tais tijolos de resíduos têxteis são considerados uma ótima opção para uso em paredes internas e divisórias. Além disso, é sugerido a aplicação em móveis, revestimentos, esculturas, luminárias e outros elementos decorativos. Ou seja, o leque de possibilidades é grande para engenheiros, arquitetos, decoradores e designers.

Contexto global e inovações futuras

A FabBRICK está constantemente trabalhando em pesquisas para aprimorar seus tijolos de resíduos têxteis e até mesmo, talvez, desenvolver outros materiais para construção civil – a exemplo do reaproveitamento de máscaras cirúrgicas como matéria-prima.

O reconhecimento maior veio com os prêmios Faire Paris em 2017 e o Start’in ESS em 2019. Depois disso, grandes marcas da moda adotaram os tijolos para criar divisórias e unidades de armazenamento em suas lojas. É uma forma de dizer que entende o recado do mercado, da natureza, e quer dar o exemplo! Enfim, Clarisse Merlet prova que é possível a interseção entre moda e construção civil, por um futuro mais sustentável.

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Fontes: CicloVivo, Metropolis.

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Fontes: Ciclo Vivo Metropolis.

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Atualmente, vivemos muitas crises ambientais. Duas delas são a escassez hídrica e as enchentes (que também comprometem sistemas de abastecimento). Ambas são bastante preocupantes em diversas regiões do mundo, colocando em risco a sobrevivência de comunidades. Pensando nisto, a startup francesa Cactile desenvolveu um sistema inovador de telhas ecológicas que conseguem captar, filtrar e armazenar água das chuvas. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Conhecendo as telhas ecológicas Cactile

Foi o especialista em hidroeletricidade e gestão de fluxos fluviais Jean-Baptiste Landes que desenvolveu a telha Cactile. Seu projeto foi inspirado na capacidade dos cactos em armazenar água em ambientes áridos. Landes e sua equipe combinaram conhecimentos de engenharia industrial e design sustentável para criar uma solução prática e eficiente que aborda tanto a falta quanto o excesso de água.

O objetivo da Cactile é que suas telhas ecológicas possam aliviar a pressão sobre os sistemas urbanos de drenagem, sendo uma solução sustentável e eficiente para gestão da água, fonte alternativa de água para uso doméstico.

telhas ecológicas
Imagem reproduzida de Plástico em Revista

Funcionamento do sistema Cactile

O sistema das telhas ecológicas Catile funciona com base em telhas de aço galvanizado com design especial para a captura de água da chuva, impedindo a passagem de detritos, como folhas e galhos. Essa água, após a coleta, é filtrada e armazenada (cerca de 96% do que cai sobre a cobertura) em reservatórios com capacidade de até 40 litros por metros quadrados de superfície. Este sistema multimaterial também utiliza camadas de polipropileno (PP) e polietileno (PE) reciclados, contribuindo para a sustentabilidade ambiental.

O processo, do modo como é feito, assegura a qualidade da água para usos posteriores. A distribuição para torneiras (como de banheiros) e sistemas de irrigação é feita por gravidade, eliminando a necessidade de bombas elétricas e consumo adicional de energia. Enfim, por ser um método simples, torna-se uma opção viável para aplicações residenciais e urbanas.

telhas ecológicas
Imagem de Cactile reproduzida de Ciclovivo

Benefícios do sistema Cactile

  • Autossuficiência hídrica: Redução da dependência da rede de abastecimento público, proporcionando água para diversos usos domésticos e de irrigação.
  • Sustentabilidade: Diminuição do consumo de água potável e dos impactos ambientais associados à produção e distribuição de água.
  • Gestão da água da chuva: Prevenção de enchentes e alagamentos ao armazenar e reutilizar a água da chuva.
  • Economia: Redução dos custos com água potável e energia elétrica.
  • Versatilidade: Adaptabilidade a novas construções e projetos de renovação, com peso total máximo de 60 kg por metro quadrado.

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Aplicações da telha Cactile

A Cactile projeta que a água coletada e filtrada por suas telhas ecológicas pode ser usada para lavagem de roupas, louças, rega de hortas e mais, com a perspectiva de adoção da tecnologia em projetos de diversos modelos de edificações. E vale destacar que isto com uma grande margem de redução do consumo de água potável e custos com água e energia. No fim, há uma super contribuição para a mitigação das crises por conta de situações como os efeitos trazidos pelas mudanças climáticas.

telhas ecológicas
Imagem de Cactile reproduzida de Ciclovivo

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Olhando para o futuro

Ao combinar design inteligente, materiais reciclados e uma abordagem ecológica, o sistema Cactile tem o potencial de transformar comunidades e promover um futuro mais sustentável, resiliente e com autossuficiência hídrica. Ao aproveitar um recurso natural que muitas vezes é desperdiçado, esta inovação francesa responde muito bem aos desafios atuais.

O projeto-piloto está previsto para ser lançado no final de 2024 e a implementação comercial a partir de 2025. Depois disso, o aprimoramento deve ser contínuo, buscando aumentar ainda mais a eficiência da captação pelas telhas ecológicas e a qualidade da água armazenada pelo sistema Cactile até que a tecnologia seja amplamente adotada. Os idealizadores já preveem novas versões.

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Fontes: Ciclo Vivo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Deixa eu contar um pouco a você sobre a minha cidade, Porto Alegre. Ela foi manchete nos principais jornais do mundo neste abril e maio de 2024. Isto porque a região, assim como quase 400 outros municípios do estado, sofreram com as chuvas, as enchentes, deslizamentos e mais. Logo, o nosso estuário Guaíba, que banha a cidade, recebeu um volume absurdo de água. E o famoso Muro da Mauá ou do Cais Mauá foi testado como nunca.

Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem de Luciano Lanes, PMPA, reproduzido de CNN Brasil

Cresci ouvindo as histórias dos mais velhos sobre uma enchente de 1941 que teria enchido o centro da cidade, criando um caos na vida de todos. Mas também me tornei adulta ouvindo, inclusive na faculdade de Arquitetura, sobre um muro construído para proteger a cidade. E, assim como eu, muitos pensavam que estávamos protegidos. Porém, os fatos recentes provam que o clima da Terra mudou e, para tal, não estamos salvos. Confira mais detalhes no texto a seguir, do Engenharia 360!

A Grande Enchente de 1941 e a construção do Mura da Mauá

A Grande Enchente de 1941 é uma lembrança marcante na história de Porto Alegre. Ela ocorreu naquele ano justamente nos mesmos meses, abril e maio. As águas do Guaíba submergiram vastas áreas do bairro Centro, deixando um rastro de destruição e deslocando milhares de pessoas. Os relatos detalhados dessa tragédia já nos apontavam não apenas a força da natureza, mas também a vulnerabilidade da cidade diante de eventos extremos.

Pensando nisso, na década de 1970, foi decidida a construção de um muro para proteção da cidade contra inundações de até 6 metros, o Muro da Mauá. A estrutura foi feita em concreto armado de 2,6 quilômetros de extensão e 3 metros de altura. Este obstáculo físico é para ser a última linha de defesa contra as águas. Porém, por muito tempo foi questionada a sua permanência e como afetava o visual da orla porto-alegrense.

Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem de Giulian Serafim, PMPA, reproduzido de CNN Brasil

Hoje entendemos a importância do Muro da Mauá. Porém, de alguma forma, ele não conseguiu cumprir bem o seu papel nas enchentes de 2024, quando o Guaíba atingiu a marca recorde de 5,3 metros. A falha do sistema, que também inclui 68 km de diques, 14 comportas e 19 casas de bomba, está sendo muito questionada. Afinal, o que deu errado? Será que houve negligência e falta de manutenção por parte das autoridades responsáveis? Fica o debate.

Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem reproduzida de Senge RS
Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem reproduzida de Blog do Moisés Mendes

Sobre o sistema de proteção contra enchentes de Porto Alegre

Durante o período mais triste da história de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, ouvimos muito das autoridades de que não faltou manutenção, de que apenas o sistema de proteção de Porto Alegre é que não havia sido testado para nada igual.

O fracasso do sistema

Longe de mim questionar se houve culpados ou não. Fato é que, assistindo às mudanças climáticas, já deveríamos prever cenários piores. E toda engenharia pode ser testada de antemão, sim, sobretudo com auxílio de softwares e cálculos. Do contrário, precisaríamos ver diversas quedas de avião para aprimorar as aeronaves, não é mesmo? Neste momento, temos esta estrutura emblemática, marco do nosso urbanismo e que virou símbolo de colapso.

Como dito antes, o Muro da Mauá não deveria agir sozinho para a proteção de Porto Alegre. Existem outros elementos fundamentais nesta equação. Primeiro, é claro, as comportas ou “portões metálicos” fechando este muro. Depois, os diques, margeando o Guaíba e contendo os arroios. E as dezenas de estações de bombeamento de água da chuva; e é aí que a coisa pegou.

Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem reproduzida de Prefeitura de Porto Alegre
Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem divulgação Prefeitura de Porto Alegre reproduzida de G1
Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem divulgação Dmae Porto Alegre reproduzida de G1

Causas do colapso

Pouco depois das águas do Guaíba ultrapassarem os 3 metros e das comportas serem fechadas, já recebemos imagens do centro, mais precisamente da zona ao lado do Mercado Público, com a primeira casa de bombas precisando ser desligada. Na sequência, muitas outras pararam, jogando o excesso de água para as ruas, ao invés de jogar de volta para o estuário. Uma das comportas chegou a se romper, na linha do bairro Navegantes. E os diques, como o da Fiergs e do Sarandi, se mostraram insuficientes, quase entrando em colapso sobre a pressão do volume de água.

Especialistas apontam que o sistema como um todo, concebido décadas atrás, não estava preparado para lidar com os desafios atuais e o aumento na frequência e intensidade das chuvas.

Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem reproduzida de O Globo

“O sistema falhou miseravelmente”, “As falhas se deram nos pontos de abertura do muro. A água passou por cima em alguns pontos. As comportas não foram bem vedadas. E no momento crucial não teve energia elétrica para bombear água de dentro para fora do sistema. Foi um descuido de décadas” – analisou Walter Collischonn, professor de engenharia ambiental da UFRGS, em reportagem de Deutsche Welle.

“Lamentavelmente, todo o sistema não teve uma manutenção adequada. As comportas já estavam bastante abauladas. Faltavam parafusos. Um dos portões veio abaixo com a força da água” – arquiteta Lígia Bergamaschi Botta, que acompanhou a construção do sistema nos anos 1970.

Os planos para o Cais Mauá e a substituição do Muro da Mauá

É inacreditável pensar que até pouquíssimo tempo atrás ouvíamos tanto sobre a revitalização do Cais Mauá com os planos de mudança desse sistema de proteção via abordagem flexível. A ideia era assinar um consórcio para implementar uma solução adaptável aos desejos da população (ou dos políticos, talvez) de permitir melhor contato visual com o Guaíba, liberar mais o acesso à orla, expandir a área central da cidade e criar mais espaços públicos dinâmicos.

No lugar do Muro da Mauá, teríamos diques móveis/removíveis ou diques temporários infláveis e elementos paisagísticos, como jardins e arquibancadas. É claro que este discurso quase utópico, de projeto mais inclusivo e sustentável, vai precisar ser refeito. Certamente, os novos estudos precisarão avaliar toda a viabilidade técnica e econômica de soluções muito mais potentes e resilientes para preservar a cidade e seu patrimônio histórico, antes de integrá-la ainda mais com o Guaíba.

Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem reproduzida de Zero Hora via Skyscrapercity
Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre
Imagem reproduzida de Zero Hora via Skyscrapercity

Rumo a um futuro mais resiliente e integrado

Nem preciso dizer quanto o povo porto-alegrense, canoense, leopoldense e mais está indignado com o que aconteceu. O cenário é desolador. Certamente nenhum discurso raso será mais aturado. Precisamos agora pensar em elevação do Muro da Mauá, modernização das comportas, implementação de tecnologias mais avançadas nas casas de bombas e uma série de outras soluções emergenciais. Além disso, gestão de riscos e planejamento urbano eficiente para evitar futuras catástrofes.

“No sul do Brasil, as estimativas são de que as cheias vão aumentar. O que está acontecendo nos últimos anos pode ser o cenário do século 21” – Collischonn.

Estrutura Muro da Mauá Porto Alegre

Nossa obrigação como sociedade é preservar esse legado; e neste contexto, a engenharia tem um papel crucial a desempenhar. Porto Alegre deve se reerguer lentamente. O que pesa é saber que isto acontecerá mediante o sofrimento de um povo que já vinha sofrendo muito por conta de tantas desgraças, incluindo a pandemia de 2019.


Fontes: G1, CNN, O Sul, Zero Hora.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A UPS é uma das maiores empresas de entrega do mundo. Há alguns anos, ela implementou uma política de logística bastante interessante. Seus caminhões simplesmente NÃO podem virar à esquerda! Isto é bastante incomum, não é? E por que resolvemos citar tal prática no Engenharia 360? Pois tem tudo a ver com sustentabilidade, ciência de dados e algoritmos avançados. Continue lendo este artigo para saber mais!

UPS e o Problema de roteamento de veículos
Imagem reproduzida de Wikipédia

O problema com as curvas à esquerda

Esta história começou nos anos de 1970. A UPS criou na época o chamado “despacho em loop”, que é um traçado de entregas maximizando as curvas à direita. O método se tornou mais excipiente após a empresa lançar, em 2008, um software de roteirização chamado Orion (On-Road Integrated Optimization and Navigation), capaz de criar cerca de 30 mil rotas por minuto, analisando 250 milhões de pontos de endereço diariamente.

Mas por que tanto esforço? A resposta é simples: redução de combustível e emissões de carbono. E parece que a ideia deu certo, pois a empresa afirma hoje ter uma economia anual de 300 a 400 milhões de dólares.

UPS e o Problema de roteamento de veículos
Imagem reproduzida de UPS

Veja Também: O que é intralogística?

Fora isso, há outras razões. Segundo Tom Vanderbilt, autor de “Traffic: Why We Drive the Way We Do”, curvas à esquerda geralmente envolvem cruzar o fluxo de tráfego, aumentando o risco de acidentes e causando atrasos. Dados da Associação Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário dos EUA mostram que virar à esquerda está presente em 22,2% dos acidentes em cruzamentos, comparado a apenas 1,2% para curvas à direita. E ainda dados de Nova York indicam que curvas à esquerda têm três vezes mais chances de atropelar pedestres.

Então, resumindo, se um motorista da UPS quisesse virar à esquerda nos Estados Unidos, ele precisaria aguardar muito tempo, poderia se acidentar mesmo parado na rua, enfrentaria muitos congestionamentos e gastaria mais combustível.

Confira um resumo desta história:

Veja Também:

Logística Reversa: por que aplicar no seu negócio?

A ciência de dados e o problema de roteamento de veículos

Vale destacar que toda essa solução apresentada pela UPS para economia de combustíveis e além é baseada na teoria do problema de roteamento de veículos. Trata-se de uma análise sobre o desafio clássico da otimização combinatória. Traduzindo, uma frota de veículos com capacidade limitada precisaria atender a um conjunto de clientes a partir de um ou mais depósitos, minimizando o custo total.

UPS e o Problema de roteamento de veículos
Imagem reproduzida de Wikipédia

Entenda melhor a teoria do problema de roteamento de veículos no vídeo a seguir:

Contando com o software Orion, a UPS consegue analisar trilhões de possibilidades para suas rotas, encurtando ao máximo a distância total percorrida. Apesar de ser um modelo algoritmo simples, sua “computacionalidade” é complexa, com um número exponencial de possíveis soluções. Foi preciso desenvolver heurísticas eficientes para resolver instâncias realistas do problema. É claro que nada disso seria possível sem a ciência de dados.

Os benefícios econômicos e ambientais

Com o programa Orion, mais a utilização de ferramentas comerciais como o Google Maps, integrando-se com sistemas de rastreamento por satélite e telemetria, a UPS conseguiu criar um mapa detalhado de mobilidade. As rotas são calculadas em tempo real, considerando todas as restrições, como quantidades de entregas e demandas dos consumidores. Assim, se reduziu a quilometragem total percorrida em até 185 milhões de milhas por ano e as emissões a mais de 20 mil carros de passageiros ou 100 mil toneladas de CO2.

UPS e o Problema de roteamento de veículos
Imagem reproduzida de UPS

Enfatizamos novamente a importância da ciência de dados nesse cenário, desde a análise à otimização das operações logísticas! Todo o resultado do trabalho resultou em um modelo de padrão de sustentabilidade que pode ser seguido por outras empresas (por exemplo, de coleta de lixo e transporte público) e motoristas comuns, ainda que de forma limitada. Afinal, a UPS possui uma frota de mais de 100 mil veículos e consegue planejar rotas com antecedência.

UPS e o Problema de roteamento de veículos
Imagem reproduzida de UPS

Um motorista comum enfrenta desafios diferentes, como uma rota diária relativamente fixa e menos flexibilidade para evitar curvas à esquerda. Ainda assim, algumas dicas podem ajudar a economizar combustível:

  • Consolidar viagens sempre que possível.
  • Estacionar em um local central e caminhar até destinos próximos.
  • Usar o veículo adequado para cada tarefa.

Por fim, mapear rotas alternativas e ficar atento a mudanças na infraestrutura, como a instalação de rotatórias, pode render ganhos de eficiência.


Fontes: CNN.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Todos nós, consumidores, desejamos que nossos pedidos sejam entregues de forma eficiente, ao menor preço possível e, obviamente, com os itens corretos no pacote. Pela perspectiva dos centros de distribuição, este é um desafio diário: entregar o produto certo, na quantidade certa, para o consumidor certo, no tempo certo, em boas condições e com o menor custo possível. Nessas horas, é bom contar com as novas tecnologias!

Portanto, para vencer este desafio e fazer os clientes mais felizes, as empresas estão cada vez mais investindo em soluções que facilitem todo este processo de montagem dos pedidos, conhecidas em inglês como “order picking technologies”, onde order picking é o termo utilizado para a atividade de separação e preparação de pedidos. Neste artigo do Engenharia 360, serão apresentadas algumas destas ferramentas. Confira!

Tecnologias em destaque no setor de logística

Radiofrequência – RF scanning

tecnologias para logística de separação, preparação e entrega de pedidos
Imagem de Freepik

Neste sistema, um dos mais usados para o order picking, cada trabalhador possui uma espécie de leitor de código de barras portátil que se conecta ao sistema de gerenciamento do centro de distribuição. Um display mostra cada passo para a montagem do pedido – quais os produtos necessários, quantidade de cada item e sua localização; ao fazer a leitura do código de barras do produto e da localização, o sistema imediatamente checa e confirma a atividade, caso os dados estejam corretos.

Voz – Voice Picking

tecnologias para logística de separação, preparação e entrega de pedidos
Imagem de Freepik

Com o sistema de voz, cada empregado possui um computador portátil com fone e microfone. Uma voz eletrônica diz qual a localização do próximo item e, ao chegar, o trabalhador confirma falando o código da determinada localidade; o sistema então diz a quantidade de itens a serem separados e quaisquer outras instruções necessárias.

Em relação ao sistema de radiofrequência, o sistema de voz é vantajoso, pois permite ao trabalhador ter as duas mãos livres e, de certa forma, os olhos também, já que não precisa ler instruções no display; como consequência, ele está apto a pegar itens mais pesados e/ou em maior quantidade. De forma geral, há um aumento em relação à acurácia e produtividade na utilização do voice picking comparando com o RF scanning.

Pick-to-Light

tecnologias para logística de separação, preparação e entrega de pedidos
Imagem de Tiger Lily em Pexels

Um sistema pick-to-light básico consiste em luzes instaladas nas prateleiras e/ou caixas utilizadas para estocar os produtos. Baseado nos pedidos a serem montados, o sistema requer que o operador vá a localidades específicas pegar as unidades; depois de escanear o código de barra referente ao pedido, o sistema acenderá a luz acima da prateleira na qual os itens de determinada linha do pedido estão armazenados.

Depois de pegar os produtos, o trabalhador pressiona um botão, o que confirma que aqueles itens já estão preenchidos nos pedidos.

tecnologias para logística de separação, preparação e entrega de pedidos
Imagem de Tima Miroshnichenko em Pexels

Dentre as vantagens deste sistema, sabe-se que ele elimina os possíveis problemas de comunicação que eventualmente ocorrem com o sistema de voz, limitando a habilidade necessária do trabalhador a apenas ver as luzes, ler a quantidade e pressionar o botão para confirmar; consequentemente, este sistema dá a oportunidade a pessoas com deficiência de áudio e fala a trabalharem como operadores

Veja Também: Supermercado dos EUA realiza teste de delivery por drone

Goods-to-person

tecnologias para logística de separação, preparação e entrega de pedidos
Imagem de Arno Senoner em Unsplash

Moderno e automatizado sistema de picking, goods-to-person traz diretamente do estoque os lotes com os produtos necessários ao preenchimento do pedido; o operador retira dos lotes a quantidade necessária e então o sistema devolve o lote ao local onde estava armazenado previamente.

Apesar de ser o mais caro dos sistemas aqui apresentados, essa tecnologia também apresenta suas vantagens: altamente produtiva, elimina o tempo que o trabalhador desperdiçava andando para fazer as operações de picking, maximiza a utilização dos empregados e minimiza custos operacionais a longo prazo.


Fontes: BCPSoftware, Order Pick Technologies, Logistics.About, Opex.

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Engenharia 360

Jéssica

Engenheira industrial; formada pela Universidade Estadual do Norte Fluminense; com passagem pelo Instituto de Tecnologia de Rochester; tem experiência em cadeia de suprimentos (supply chain), e já atuou nas funções de Logística, Planejamento e Programação de Materiais.

Em maio de 2024, testemunhamos a tragédia das enchentes do Rio Grande do Sul, que deve gerar um acúmulo absurdo de resíduos, incluindo veículos que ficaram danificados pela subida das águas. Também vale destacar quanto a frota veicular brasileira é renovada anualmente, fora as unidades descartadas por conta de acidentes. E o que fazer com tudo isso? Bem, uma alternativa seria a reciclagem de veículos ou de partes de veículos. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

reciclagem de veículos
Imagem reproduzida de Blog da Nakata

O potencial da reciclagem de veículos no Brasil

Esta é uma oportunidade de negócio em que muitas empresas ao redor do mundo já investem. No Brasil, a reciclagem de veículos é capitalizada por poucas empresas, mas o mercado parece estar em expansão, principalmente por conta da necessidade de mercado. Afinal, esta é uma solução econômica e ecológica que combina bem com uma mudança de postura fundamental e urgente para um futuro de nosso país, com mais responsabilidade ambiental (buscando diminuir a quantidade de resíduos sólidos) e compromisso com o desenvolvimento social.

As etapas básicas do processo da reciclagem de automóveis

reciclagem de veículos
Imagem reproduzida de Revista Nós

1. Recepção

  • Veículos são recebidos em um local apropriado com capacidade de armazenamento temporário.
  • Fluidos perigosos (combustível, óleo, etc.) são drenados para evitar vazamentos.

2. Desmontagem

  • Componentes e sistemas do veículo são desmontados manualmente pelos técnicos.
  • Airbags e pré-tensores dos cintos de segurança são neutralizados antes da desmontagem.
  • Peças reutilizáveis e recicláveis são cuidadosamente separadas.

3. Classificação

  • Componentes desmontados são classificados por tipo de material (metal, plástico, vidro, borracha, etc.).
  • Peças reutilizáveis ​​são catalogadas e armazenadas para revenda.
  • Materiais recicláveis ​​são separados por tipo para processamento posterior.

4. Fragmentação

  • Carcaças de aço são fragmentadas em pedaços menores usando equipamentos especializados.
  • Fragmentação facilita o transporte e processamento dos materiais.
  • Aproximadamente 45-55% do peso do veículo é convertido em fragmentos metálicos recicláveis.

5. Reciclagem

  • Fragmentos metálicos são enviados para siderúrgicas para produção de novos produtos de aço.
  • Vários materiais são triturados, lavados e derretidos para serem transformados em novos produtos.
  • Resíduos restantes podem conter materiais recicláveis ​​e são direcionados para tratamento adequado.

Observação: O metal recuperado na reciclagem de automóveis é derretido e transformado em lingotes para novos produtos. O plástico é triturado, lavado e derretido para ser moldado em novos itens. O vidro pode ser derretido e reformado em novas embalagens ou objetos. E os pneus podem ser reciclados em asfalto-borracha ou usados como combustível alternativo.


Veja Também: Brasil e seu projeto de reciclagem de veículos em parceria com o Japão

Os casos de sucesso no país

De fato, trata-se de uma oportunidade bastante lucrativa, mas só para quem souber empreender no setor, sabendo superar barreiras legislativas, entre outros obstáculos. Empresas como a Stellantis e a Toyota já estão conseguindo.

Reciclagem de veículos

Neste ponto do texto, gostaríamos de citar o trabalho da empresa Renova Ecopeças, criada no ano de 2014. Em 10 anos de operação, ela desmontou cerca de 20 mil veículos (média de 248 por mês), reciclando mais de 1 milhão de litros de resíduos, incluindo baterias, óleo de motor, óleo de câmbio e fluido de freio.

A empresa estima que cerca de 85% de cada veículo é reaproveitado e transformado em peças de reposição, já 10% é reciclado e encaminhado para os compradores, enquanto 5% é descartado de forma segura.

reciclagem de veículos
Imagem de Governo do Rio de Janeiro reproduzida de Câmara dos Deputados

O modelo de negócio da Renova Ecopeças é inovador. Imagine a contribuição dos seus serviços com o devido destino aos veículos e reutilização de matéria-prima e componentes, terminando em redução de emissões de gases do efeito estufa – ou seja, é um bem para o planeta! Seu processo é rigoroso e certificado técnico e ambiental – dado pelo Instituto de Qualidade Automotiva (IQA) -, com garantia de qualidade e segurança das peças reutilizadas. Vale destacar que o mesmo é acompanhado pelo Detran, confirmando a origem de tudo.

Reciclagem de pneus

Não poderíamos deixar de citar também o trabalho da empresa ReciclANIP, que realiza em todo o Brasil um trabalho de coleta e reciclagem de pneus usados. Ela usa este material como matéria-prima para a indústria de asfalto e construção civil.

Os benefícios da reciclagem de veículos

É muito importante dizer que reciclagem de veículos não tem nada a ver com aqueles tão famosos desmanches de carros, por exemplo. O conceito é bem diferente! Neste caso, o processo é muito mais meticuloso e envolve várias etapas, desde a descontaminação até a reintrodução de materiais no ciclo de produção.

A redução de resíduos enviados aos aterros sanitários e incineradores já é um primeiro benefício; em consequência, também se diminui a poluição e degradação do solo e da água. Além disso, há uma boa movimentação da economia circular. Existem a possibilidade de ganho de receita em todos os níveis do processo de reciclagem dos veículos. O problema é que, no Brasil, a falta de infraestrutura adequada, a escassez de mão de obra qualificada, mais a concorrência com o mercado informal têm dificultado lucros mais altos.

reciclagem de veículos
Imagem de Freepik

O futuro da reciclagem de veículos com novas tendências e perspectivas

Dentro deste setor de reciclagem de veículos, muitas empresas já se valem de tecnologias modernas, como os cobots e dispositivos de identificação infravermelha, para melhorar seus processos, tornando-os mais eficientes e precisos. Então, neste sentido, a engenharia tem muito a contribuir para impulsionar estes negócios.

O que falta? Primeiro, mais interesse dos empresários. Segundo, mais apoio do governo, dando suporte legislativo, criando mais regulamentações ambientais, promovendo a sustentabilidade na indústria automotiva e incentivando uma consciência ambiental via educação do público sobre a importância da reciclagem de veículos.

Veja Também:


Fontes: UOL, Segura Gaúcho.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Se você já se viu às voltas com um projeto de construção ou reforma, sabe o quão crucial é calcular corretamente o metro quadrado de piso. É a diferença entre uma compra precisa e econômica ou o pesadelo de desperdício e gastos adicionais. Mas, não se preocupe mais, pois vamos desvendar neste artigo do Engenharia todos os segredos para você dominar esse cálculo e economizar!

Passo a passo para o cálculo de piso

1. Meça a área do ambiente

Antes de tudo, é necessário medir a área onde o piso será aplicado. Utilize ferramentas confiáveis como fita métrica ou trena e anote com precisão o comprimento e a largura do espaço. Lembre-se de medir em metros para facilitar os cálculos futuros. Ah, e não se esqueça de considerar áreas que podem ser descontadas, como vãos e recortes.

2. Calcule a área total

Com as medidas em mãos, é hora de aplicar a fórmula simples para calcular o metro quadrado. Multiplique o comprimento pela largura do cômodo. A fórmula é: Área (m²) = Comprimento (m) x Largura (m).

Por exemplo, se o comprimento é 5 metros e a largura é 3 metros, a área será 5m x 3m = 15m². Simples assim!

cálculo de piso
Imagem de Freepik

3. Considere recortes

Se o ambiente possui recortes ou áreas irregulares, adicione suas áreas à área total calculada no passo anterior.

Ah, e não se esqueça dos rodapés! Não podemos esquecer de calcular também a quantidade necessária para eles. Decida a altura desejada e multiplique pela medida de cada parede. Não deixe nenhum detalhe de fora!

4. Defina o tipo de assentamento

O tipo de assentamento do piso (reto ou diagonal) influencia na quantidade de material necessária. O assentamento diagonal geralmente gera mais perdas.

cálculo de piso
Imagem de Freepik

Veja Também: Acabamentos de pisos em Engenharia e Arquitetura

5. Determine a quantidade de piso necessária

Agora que temos a área calculada, podemos determinar a quantidade de pisos por metro quadrado necessária. Para isso, precisamos saber as dimensões do piso que será utilizado. Multiplique a largura pela altura de cada peça de piso. A fórmula é: Área do piso (m²) = Largura do piso (m) x Altura do piso (m).

Se o piso tem 0,3 metros de largura por 0,3 metros de comprimento, a área de cada unidade de piso será 0,09m². Dividindo a área total pelo tamanho do piso, encontramos a quantidade necessária.

Exemplo de cálculo de piso completo:

6. Adicione perdas

É importante considerar uma porcentagem de perdas para imprevistos, como quebras durante o transporte ou assentamento. Geralmente, se recomenda adicionar 5% a 10% à quantidade calculada no passo anterior.

Dicas extras para evitar erros

Calcular o metro quadrado de piso requer precisão e atenção aos detalhes. A precisão nas medidas é crucial, então use ferramentas confiáveis como fita métrica ou trena. Enfatizamos novamente: considere recortes e adicione uma margem extra para perdas inevitáveis durante a instalação.

Ferramentas úteis

Existem diversas ferramentas online e aplicativos que podem facilitar o cálculo da quantidade de piso para sua obra. Algumas opções populares incluem:

Por que calcular a quantidade de piso corretamente?

Calcular a quantidade exata de piso para sua obra oferece diversas vantagens:

  • Evita desperdícios: Comprar material em excesso significa gastar dinheiro à toa e ter que lidar com o descarte inadequado. O cálculo preciso garante que você compre apenas o necessário, otimizando seus recursos.
  • Reduz custos: Desperdícios geram custos adicionais, tanto com a compra de material excedente quanto com o descarte. Ao calcular corretamente, você evita esses custos desnecessários e garante um orçamento mais enxuto.
  • Facilita o planejamento: Saber a quantidade exata de piso facilita o planejamento da obra, permitindo que você organize a compra do material, agende a entrega e evite atrasos.
  • Garante um acabamento profissional: Com a quantidade correta de piso, você garante que todo o ambiente será revestido sem necessidade de emendas desnecessárias ou improvisações.

Por que a paginação de piso é essencial?

A paginação de piso não é apenas sobre estética, mas também sobre funcionalidade e economia. Ela permite não só a valorização do espaço, mas também a otimização do uso dos materiais, evitando desperdícios. Além disso, pode ser usada para disfarçar imperfeições ou realçar características específicas do ambiente.

paginação de piso
Imagem de Pixabay em Pexels

Tipos de paginação de piso

  1. Alinhada: Tradicional e econômica, ideal para ambientes amplos e sem muitos obstáculos.
  2. Vertical: Confere sensação de verticalidade, ótima para espaços longos como corredores.
  3. Horizontal: Aumenta a largura do ambiente, perfeito para áreas compactas como banheiros.
  4. Diagonal: Ideal para disfarçar imperfeições, porém com maior desperdício de material.
  5. Espinha de Peixe: Transmite sofisticação, recomendado para áreas sociais como salas de estar.
  6. Chevron: Oferece uma sensação de amplitude e continuidade, ótimo para espaços modernos.
  7. Escama de Peixe: Similar à espinha de peixe, porém com um padrão diagonal mais pronunciado.
  8. Transpasse: Cria um visual diferenciado com peças desencontradas, adequado para designs arrojados.
  9. Dama: Proporciona um padrão único em formato de tabuleiro de damas, ideal para espaços pequenos.
  10. Formatos não convencionais: Explore sua criatividade com padrões hexagonais ou outros formatos inovadores.
paginação de piso
Imagem reproduzida de ArchDaily Brasil
paginação de piso
Imagem de Harald Arlander em Unsplash

Como realizar uma paginação de piso eficiente?

O processo de paginação começa com a medição precisa do ambiente, levando em conta até os menores detalhes. Uma planta detalhada é essencial, mostrando não apenas as dimensões reais, mas também os cortes necessários e os pontos de início ideais para a instalação.

Ao escolher o tipo de paginação, considere não apenas a estética, mas também a praticidade. Opte por padrões que minimizem os cortes e maximizem o uso de peças inteiras, reduzindo o tempo de execução e o desperdício de material.

paginação de piso
Imagem reproduzida de O Azulejista
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Veja Também:


Fontes: Archtrends, Incepa.

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