Elon Musk – bilionário, polêmico, excêntrico e visionário – iniciou um novo capítulo da sua história aqui, no Brasil, trazendo para o país a SolarCity, uma de suas empresas recém-adquiridas. Segundo ele, o objetivo é ajudar a democratizar o acesso à energia renovável, se valendo da radiação solar disponível. Mas sabemos que por trás dessa “boa ação” está a intenção de aproveitar uma grande oportunidade econômica. Claro que podemos tirar dessa manobra mais uma boa solução de sustentabilidade energética. Confira detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

SolarCity
Imagem reproduzida de Energia Mundial

A visão de Elon Musk para a democratização da energia renovável

Quando Elon Musk trouxe a SolarCity para o Brasil, ele declarou que essa era mais uma etapa do seu investimento em soluções para o mundo que viabilizem geração distribuída de energia solar. O objetivo é reduzir custos para consumidores e estimular a adoção em larga escala. E, de fato, a proposta parece ser bem vantajosa, tanto para pequenos projetos residenciais quanto para grandes empreendimentos comerciais.

SolarCity
Imagem reproduzida de The Wall Street Journal

Imagine um país como o Brasil, onde as necessidades energéticas variam amplamente entre regiões e setores, podendo contar com uma tecnologia que otimiza o desempenho dos sistemas fotovoltaicos, aumentando ao máximo sua eficiência e durabilidade. Parece que a SolarCity pode ser uma boa alternativa, inclusive ajudando na redução de emissões de gases de efeito estufa local.

O potencial solar do Brasil e os (des)incentivos públicos

O Brasil é um país que, como podemos dizer, possui muita abundância de radiação solar. As condições climáticas são bastante favoráveis para geração de energia (uma média de 5 kWh/m²/dia). Por isso, nosso país poderia ser um dos top líderes mundiais nesse segmento, conduzindo projetos em grande escala ou em iniciativas menores. Milhões a mais poderiam estar se beneficiando da energia limpa e renovável por aqui. Mas… 

O sobe e desce nos preços dos sistemas fotovoltaicos nos últimos anos tem afastado muitos investidores. Mesmo assim, iniciativas como o Marco Legal da Micro e Minigeração Distribuída (aprovado em 2022), que visa estabilidade e incentivos fiscais para a adoção de soluções solares, têm criado condições perfeitas para que empresas como a de Musk entrem no mercado nacional. 

A saber, atualmente, o Brasil possui mais de 32 GW de potência instalada em sistemas solares e mais de 2 milhões de consumidores conectados. Estima-se que até 2030 o setor possa atrair mais de R$ 40 bilhões em investimentos. Isso consolidaria a energia solar como um dos principais pilares da sustentabilidade e do futuro energético do país.

SolarCity
Imagem reproduzida de ISTOÉ DINHEIRO

Os benefícios da chegada da SolarCity no Brasil

O Elon Musk já obteve sucesso antes no Brasil com a Starlink – inclusive vem investindo no setor agro com a John Deere. Por isso, não é difícil de acreditar que ele ganhará mais uma vez o público no país com a SolarCity. O empresário tem muita experiência em inovação e tecnologia; então, tem a chance de revolucionar nossa indústria de paineis solares. Esse é o lado positivo dessa história, pois, afinal, vivemos tempos que a demanda por soluções energéticas sustentáveis deve crescer rapidamente. 

O brasileiro precisa, de fato, de mais energia limpa. Agora, acreditar que Musk volta ao nosso mercado para democratizar nosso acesso à energia solar já é “ver para crer”! 

Acontece que, se pudermos mesmo aumentar a geração distribuída de energia no país (ainda com a possibilidade da venda do seu excedente), poderemos reduzir a dependência de redes tradicionais (por meio de uma fonte mais confiável), além dos custos com eletricidade e ainda, de quebra, criar mais vagas de “empregos verdes” nas áreas de instalação e manutenção dos sistemas solares. E para quem buscava reduzir a pegada de carbono do seu consumo, melhor ainda!

As perspectivas para o futuro da energia solar no Brasil

A entrada da SolarCity no Brasil representa grandes oportunidades e também desafios. Pense bem, nosso país já possui muitas empresas estabelecidas que atuam na área de energia solar. O que vai acontecer com elas agora? A competição poderá ser desleal, ainda mais com a valorização do dólar. Se logo não houver mudanças nas políticas públicas, o crescimento e a consolidação delas será enfraquecido. 

A matemática até que é bem simples: para um aumento na adoção de sistemas solares no Brasil, precisamos de uma combinação de inovações tecnológicas, incentivos fiscais e demanda crescente por soluções sustentáveis – uma boa contribuição a favor das metas climáticas. 

A presença da empresa de Musk no país pode atrair investimentos estrangeiros e até colocar nossa nação em um patamar mais alto no desenvolvimento de engenharia verde. Mas será que isso não vai quebrar as nossas empresas de energia também? Escreva sua opinião na aba de comentários logo abaixo!

Veja Também: E se fosse verdade? O cavalo robô solar de Elon Musk e a revolução no transporte sustentável


Fontes: Click Petróleo e Gás, R7, MSN.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A Tesla, pioneira no mercado de veículos elétricos, tem enfrentado uma série de desafios que colocam em xeque sua reputação de inovação e segurança. Recentemente, a empresa esteve envolvida em acidentes fatais, anunciou recalls massivos e recebeu críticas contundentes sobre a qualidade de seus veículos. Este artigo do Engenharia 360 explora os incidentes mais significativos, as medidas tomadas pela empresa e as implicações para os consumidores e para o futuro da mobilidade elétrica.

Acidentes fatais e falhas técnicas

Em outubro de 2024, um trágico acidente em Toronto, Canadá, resultou na morte de quatro ocupantes de um Tesla Model Y. O veículo colidiu com um pilar e foi rapidamente consumido pelas chamas. Uma quinta passageira conseguiu escapar graças à intervenção de um transeunte que quebrou uma janela para resgatá-la. As investigações apontam que as portas eletrônicas do Tesla podem ter dificultado a evacuação dos passageiros, já que dependem de energia elétrica para serem abertas. Em situações de emergência, a localização das alavancas manuais de liberação não é intuitiva, o que pode ter contribuído para a tragédia.

autopilot car Model 3 tesla accident
Imagem reproduzida de Vox

Recalls massivos e problemas de qualidade

A segurança dos veículos Tesla tem sido questionada devido a diversos recalls anunciados pela empresa. Em outubro de 2024, mais de 125.000 veículos foram convocados para reparo nos Estados Unidos devido a uma falha no software que afeta o sistema de aviso do cinto de segurança.

Modelos como o Model S, Model Y, Model X e Model 3, fabricados entre 2012 e 2024, estão entre os afetados. Embora não tenham sido relatados acidentes diretamente ligados a essa falha, a empresa reconheceu 104 reivindicações de garantia possivelmente relacionadas ao problema. A Tesla planeja implementar uma atualização de software gratuita para corrigir a falha.

Além disso, uma inspeção obrigatória na Alemanha revelou que o Tesla Model 3 apresentou o maior percentual de defeitos entre carros seminovos com até cinco anos de uso. Problemas recorrentes nos sistemas de iluminação, freios e suspensão foram destacados. Especialistas apontam que o peso dos veículos elétricos pode contribuir para o desgaste prematuro desses componentes. A alta dependência de sistemas eletrônicos também levanta preocupações sobre a durabilidade e confiabilidade dos veículos a longo prazo.

autopilot car Model 3 tesla accident
Imagem reproduzida de IG Tecnologia

Impacto na reputação e confiança do consumidor

Os recentes incidentes e problemas técnicos têm afetado a percepção pública da Tesla. A confiança dos consumidores é abalada quando questões de segurança e qualidade vêm à tona, especialmente em uma marca que se posiciona como líder em tecnologia e inovação. A resposta da empresa a esses desafios será crucial para determinar sua posição futura no mercado de veículos elétricos.

Medidas adotadas e futuro da Tesla

Em resposta aos desafios, a Tesla tem tomado medidas para corrigir as falhas identificadas. A empresa está realizando atualizações de software para resolver problemas de segurança e convocando recalls para substituir componentes defeituosos. Além disso, a Tesla afirma estar aprimorando seus processos de fabricação e controle de qualidade para evitar que problemas semelhantes ocorram no futuro.

No entanto, analistas do setor apontam que a empresa precisa ser mais transparente em suas comunicações e proativa na resolução de problemas. A confiança do consumidor é fundamental para o sucesso contínuo da Tesla, e a empresa deve demonstrar compromisso com a segurança e satisfação de seus clientes.

Veja Também: Sabia que há baterias de carros elétricos da Tesla podem durar mais de 100 anos?


Fontes: Globo, Exame, New Motor, O Estadão, Terra.

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O Engenharia 360 gostaria de lhe contar uma história. Em 1995, o renomado físico Stephen Hawking participou, ao lado de outros especialistas, da gravação de um programa na emissora BBC chamado ‘Tomorrow’s World’. O tema da conversa foi as inovações científicas e tecnológicas que moldariam o futuro. E o cientista fez uma previsão de como seria o mundo trinta anos depois, ou seja, em 2025, declarando que grandes mudanças iriam acontecer. Será que ele estava certo? Confira no artigo a seguir!

Stephen Hawking
Imagem reproduzida de NASA, Paul Alers, em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Stephen_hawking_2008_nasa.jpg

1. Internet

Na década de 1990, pouca gente se aventurava em falar sobre World Wide Web (Rede mundial de computadores) – o famoso ‘www’; afinal, isso era meio que uma novidade. Mas já se tinha conhecimento de que grandes corporações e bancos poderiam se interessar por isso e dominar a Internet até o ano 2000. Imaginava-se que haveria uma “supernet” de acesso restrito, alvo de grandes revoltas digitais.

Bem, pode-se dizer que estamos quase lá. Mesmo que a Internet tenha permanecido, em geral, aberta, a cibersegurança tornou-se uma questão crucial. Hoje, os hackers – extremamente ousados – orquestram ataques cinematográficos contra governos e empresas. E isso deve piorar, talvez, agora com a ascensão das criptomoedas. Por isso, é fundamental avançarmos na discussão sobre segurança digital e privacidade.

previsões de Stephen Hawking para 2025
Imagem gerada em IA de Freepik

2. Exploração espacial

Stephen Hawking e outros especialistas também especularam no programa da BBC sobre a exploração espacial. Eles consideraram como os cientistas iriam a fundo na questão da busca de metais preciosos, de que talvez a mineração fora da Terra (com escavação de asteroides, por exemplo) seria, no futuro, uma realidade. E acontece que essa indústria, apesar de todo o interesse, acabou não se estabelecendo como esperado. Por outro lado, várias iniciativas nesse sentido estão sendo discutidas atualmente. 

Hawking também comentou na ocasião sobre o lixo espacial, sugerindo a criação de um gel especial para lidar com os fragmentos orbitais. Claro que, ao longo dos anos, vários projetos semelhantes e outros até mais inusitados foram desenvolvidos, mas nada de concreto. Infelizmente, não existe ainda uma solução eficaz para o problema do lixo espacial, que é uma séria ameaça à segurança das missões espaciais.

previsões de Stephen Hawking para 2025
Imagem gerada em IA de Freepik

3. Robótica

O programa ‘Tomorrow’s World’ também tratou de como a robótica poderia evoluir ao ponto de os robôs um dia nos ajudarem na realização de operações à distância. Foi levantada até a hipótese da utilização de “médicos hologramas” usando “luvas espaciais” tratando dos pacientes, com robôs replicando os movimentos.

Essa visão futurista precisamos admitir que era bem ousada, mas não se concretizou – pelo menos não exatamente como o imaginado. Embora tenhamos hoje robôs sendo usados em cirurgias assistidas, melhorando a precisão e reduzindo os riscos associados aos procedimentos cirúrgicos.

previsões de Stephen Hawking para 2025
Imagem gerada em IA de Freepik

4. Assistentes virtuais

Uma das previsões mais fascinantes feitas por Stephen Hawking faz relação com o uso de assistentes virtuais, como alto-falantes inteligentes, tipo “cabeças flutuantes”. Esses dispositivos estariam totalmente integrados nas nossas vidas diárias. E, olha, quem diria, hoje temos os óculos de realidade virtual e assistentes como a Alexa e o Google Assistant fazendo parte de nossas casas, sendo usados para o entretenimento e até treinamento profissional.

previsões de Stephen Hawking para 2025
Imagem gerada em IA de Freepik

5. Chips

Voltando à questão dos serviços bancários, Hawking e outros no programa da BBC se aventuraram a dizer que a transformação com o passar das décadas seria radical. Eles imaginavam que tudo seria mais automatizado, com pagamentos realizados por microchips implantados em nossos corpos. Bem, os microchips ainda são uma tecnologia de nichos, mas pagamentos digitais, biometria e automação são uma realidade. Muitos bancos já operam completamente sem papel e com assistência de IA.

previsões de Stephen Hawking para 2025
Imagem gerada em IA de Freepik

Veja Também: O que esperar para a IA em 2025?

6. Engenharia

Para finalizar, dentre as previsões mais utópicas de Stephen Hawking e outros especialistas, estava a restauração de florestas britânicas por conta da engenharia genética e a inclusão da agricultura vertical. Queríamos todos que isso fosse verdade. De fato, a engenharia avançou muito nas últimas décadas – e até recuperou o urso-pardo, modificou genéticas e desenvolveu proteínas artificiais -, mas a agricultura vertical em grandes centros urbanos deveria ganhar muito mais espaço, sem dúvidas.

previsões de Stephen Hawking para 2025

O que esperar do futuro além de 2025?

Afinal, o que vem depois de 2025? Então, ainda estamos escrevendo essa história. Vamos fazer como Stephen Hawking, pensar em três décadas à frente. Especialistas contemporâneos preveem que, em 2055, seremos beneficiados com muitos avanços da ciência dos materiais e bioengenharia. Para começar, iremos testemunhar a fusão das mentes humanas e a tecnologia em “colmeias cognitivas”, permitindo um novo nível de compartilhamento de ideias. Mas tomara, de verdade, que possamos já ter superado os desafios ambientais enfrentados atualmente.

Então, será que as gerações futuras serão mais conscientes das mudanças climáticas e da necessidade tanto do cultivo de alimentos quanto da preservação da natureza? Faça sua própria previsão na aba de comentários logo abaixo!


Fontes: BBC.

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Engenharia 360

Redação 360

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Nos últimos anos, as inteligências artificiais têm invadido as nossas vidas de forma espantosa, como uma força disruptiva. Presenciamos o lançamento de ferramentas revolucionárias, como o ChatGPT. E agora que finalmente chegamos em 2025, nos perguntamos o que podemos esperar das IAs. Quanto será que avançaremos nessa revolução, de geração de vídeos a imagens e multimodalidade? 

O futuro da IA
Imagem gerada em IA de Freepik

Bem, uma coisa o Engenharia 360 já te adianta, grandes players, como Google, Open AI e Meta estão caminhando em ritmo acelerado rumo à inovação. Quer saber o que o futuro nos reserva? Então confira o artigo a seguir!

Uma breve retrospectiva de 2024

2024 foi um ano especial, marcado por muitos avanços na área de Inteligência Artificial. A competição foi intensa entre empresas de tecnologia.

A Google, por exemplo, aprimorou o GenCast, de previsões meteorológicas; introduziu o Gemini 1,5; e lançou o Gemini 2.0 Flash, o gerador Imagen 3 e o Veo 2. Enquanto isso, a Open Ai revelou o GPT-4o e o novo Sora, um gerador de vídeos realistas, estabelecendo novas referências no setor de design. Por fim, vale citar as conquistas das empresas X Corp, Meta, Anthropic, Apple e Amazon, que apresentaram soluções que devem expandir os limites da IA.

O futuro da IA
Imagem gerada em IA de Freepik

Antes que você se pergunte, respondemos: não, ainda não foi em 2024 que completamos a jornada na elaboração de regulamentações das redes. No Brasil, o Congresso Nacional vem discutido o projeto de lei (PL) 2338/2023, apresentado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que prevê regras para o desenvolvimento e uso de sistemas de IA.

O futuro da IA
Imagem gerada em IA de Freepik

O que esperar para 2025

Para 2025, os especialistas preveem muito desenvolvimento de agentes autônomos. Esses sistemas prometem ir além das funções de assistentes virtuais, executando tarefas complexas, como tomar decisões de forma independente, sem a intervenção humana. Estamos falando de inteligências que possam gerenciar computadores, realizar análises de grandes volumes de dados e mais. E é bem provável que elas possam até substituir humanos em algumas funções profissionais (incluindo de engenheiros).

Podemos estar, portanto, no começo de um novo capítulo para a Inteligência Artificial Geral (IAG). Em resumo, as IAs vão ficar mais atraentes, completas, compreendendo ou aprendendo tarefas intelectuais como qualquer ser humano, sendo trabalhadas em programas de computador que experimentem senciência ou consciência. Elas vão fazer mais parte das nossas vidas, ajudando em tarefas cotidianas e, inclusive, desempenhando papeis críticos nas empresas, otimizando processos e aumentando a eficiência.

O futuro da IA
Imagem gerada em IA de Freepik

Os desafios e oportunidades das IAs no mercado

De fato, as perspectivas para 2025 são bem empolgantes em se tratando de avanço das IAs. A introdução de agentes autônomos pode provocar uma mudança significativa no mercado de trabalho. Claro que profissões mais “manuais” podem acabar menos ameaçadas do que aquelas que exigem habilidades cognitivas complexas – isso nos faz pensar sobre qual papel vamos desempenhar neste mundo cada vez mais automatizado. É essencial que as empresas considerem como integrar essas novas tecnologias sem comprometer a força de trabalho existente.

O futuro da IA
Imagem gerada em IA de Freepik

De todo modo, nós não devemos encarar o avanço da Inteligência Artificial como uma ameaça, mas com o olhar otimista, entendendo os benefícios que pode oferecer à sociedade. A questão é que o público também precisa entender sobre os riscos envolvendo a adoção dessa tecnologia – o que, aliás, vai além da ameaça do desemprego. Existe a necessidade urgente de garantir a segurança na implementação das IAs, do alinhamento entre os objetivos delas e os valores humanos.

Neste contexto, os estados têm o dever de capacitar a sociedade sobre a questão (já que a desinformação pode gerar conteúdos que levem a tecnologia a ser mal utilizada) enquanto promove um ambiente favorável ao investimento em tecnologia. Outra coisa é garantir que os sistemas de segurança da informação operem dentro das diretrizes éticas. Uma iniciativa exemplar é a da União Europeia, com o AI Act, moldando o futuro da legislação de IA. Mas mesmo lá no velho mundo, a velocidade das discussões é um desafio para os legisladores.

O futuro da IA
Imagem reproduzida de EU Artificial Intelligence Act
O futuro da IA
Imagem reproduzida de trail

Veja Também: Retrospectiva 2024: As inovações de tecnologia, ciência e engenharia que marcaram o ano


Fontes: Olhar Digital.

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Nas últimas décadas, o conceito de ‘rewilding’ tem se expandido. Para quem não sabe, essa é mais do que uma tendência de arquitetura, mas uma resposta aos danos causados pela ação humana no meio ambiente. Calma, vamos explicar melhor! Estamos falando de recuperar e restaurar os ecossistemas naturais, aumentar as áreas verdes nas cidades, promovendo uma reintegração das espécies nessas regiões de intervenção humana mais excessiva.

Tal movimento revolucionário começou mesmo na ecologia, com foco na preservação da natureza. Porém, estendeu para a engenharia, visando a criação de ambientes que permitam que a biodiversidade se desenvolva espontaneamente. Basicamente, a proposta é uma nova forma de interação entre seres humanos e o meio ambiente. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Rewilding
Imagem de Waterfront Toronto reproduzida de ArchDaily

A necessidade de rewilding nas cidades

O rewilding urbano é, na verdade, um conceito de arquitetura que faz relação com a resposta que a própria engenharia dá aos desafios ambientais contemporâneos – a exemplo de perda de biodiversidade e mudanças climáticas. Na prática, percebe-se uma tentativa de transformar os centros urbanos em espaços mais sustentáveis e integrados à natureza, permitindo que os humanos possam interagir diferentes com o meio ambiente.

Já nos acostumamos a habitar cidades repletas de concreto e asfalto que nem conseguimos imaginar que possa haver uma realidade diferente. Estamos presos em uma “bolha”, onde o superaquecimento urbano e a degradação da biodiversidade estão normalizados, com a justificativa de um suposto progresso. Muitos gestores pensam que manter alguns poucos parques já é suficiente para combater as ilhas de calor. Mas isso não é suficiente!

O rewilding urbano propõe algo diferente. A ideia central é trazer a natureza de volta para o coração das cidades.

Rewilding
Imagem de Cave_bureau reproduzida de ArchDaily

Veja Também: Saiba qual a importância do retrofit para revitalização de edifícios históricos e modernos

O rewilding urbano na prática

Tradicionalmente, pensamos que a única forma de aumentar áreas verdes nas cidades é criar mais áreas de gramados e canteiros com árvores rigorosamente planejadas. Mas no rewilding, ao invés de se criar espaços urbanos excessivamente controlados e planejados, faz-se a restauração dos ecossistemas com plantas nativas e fauna local – se desenvolvendo de forma espontânea.

Por exemplo, em Frankfurt, o governo alemão passou a implementar não faz muito tempo um projeto que permite o desenvolvimento de vegetação na cidade de maneira mais livre. Eles têm chamado o conceito de “Städte wagen Wildnis” (as cidades se aventuram na selva). A ideia é reforçar a conexão entre as pessoas e seus bairros, ao mesmo tempo, em que se aumenta a biodiversidade urbana. E ela tem chances de dar certo! Inclusive, algo semelhante está sendo feito em Londres, com a substituição de concreto por vegetação ao longo dos afluentes do Tâmisa, o que levou ao aumento de 450% na população de pássaros locais, peixes e morcegos.

Rewilding
Banner projeto Alemanha | Imagem reproduzida de Städte wagen Wildnis
Rewilding
Maquete projeto para Londres | Imagem de Carl Turner Architects reproduzida de ArchDaily

Mas e por aqui, como poderíamos aplicar o rewilding na arquitetura das cidades brasileiras? Bem, existem ações individuais e coletivas que podemos colocar em prática para conseguir encontrar esse equilíbrio sustentável entre ecossistema e urbanismo.

Ações individuais

  • Instalar caixas para pássaros e abelhas no jardim de casa.
  • Cultivar espécies de plantas nos canteiros que atraiam pássaros e abelhas, sobretudo espécies polinizadoras.
  • Incentivar vizinhos a participar da criação de hortas comunitárias.

Ações coletivas

  • Criação de mais corredores verdes nas principais vias urbanas da cidade.
  • Construção de estruturas que incorporam vegetação – das fachadas aos telhados.
  • Manutenção de parques e praças, favorecendo a flora e fauna locais.
  • Incentivo de preservação de vegetação por meio de políticas públicas favoráveis.
  • Colaboração com ONGs ou outras organizações ambientais para projetos de rewilding em larga escala.
  • Promoção de campanhas de conscientização da população sobre os benefícios do rewilding.

A diferença de rewilding para design biofílico e jardins verticais

Mesmo depois de estas explicações dadas pelo Engenharia 360, você pode estar com dúvidas sobre o que é o rewilding, de fato. Pois bem, antes de tudo, vale dizer que o rewilding especialmente vai muito além do que o design biofílico, que busca trazer os elementos naturais para os ambientes construídos. E também pode-se dizer que ele não precisa de tanta manutenção quanto os jardins verticais. Isso porque a proposta é uma reintegração da natureza em sua forma mais selvagem e autêntica.

Os jardins que costumamos criar em casa geralmente seguem um modelo mais controlador sobre as espécies. Nós podamos, irrigamos e até usamos pesticidas. Porém, essa interferência humana é danosa e, diferente do que muitos pensam, não ajuda nem mesmo na saúde das cidades. Quer uma prova?

Veja o caso de Singapura, com seus jardins modernos ao lado da baía. Estruturas de até 50 metros de altura, criadas para dar espaço a uma vegetação natural, ajudaram a restaurar a paisagem, trouxeram animais de volta, e criaram um verdadeiro ecossistema dentro da cidade, que melhora até a qualidade do ar local e, consequentemente, a qualidade de vida dos habitantes através de um ambiente mais saudável para todos. Não é legal?

Rewilding
Imagem reproduzida de Shiny Things em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardins_da_Ba%C3%ADa#/media/Ficheiro:Supertree_Grove,_
Gardens_by_the_Bay,_Singapore_-_20120712-02.jpg

Então, o rewilding não só combate os desafios ambientais como pode ser usado como ferramenta de recuperação ecológica. Pode-se dizer que essa é a abordagem mais inteligente que a engenharia pode adotar para reverter (ou amenizar) o mal do aquecimento urbano causado pelo concreto e as mudanças climáticas. Confira os benefícios disso:

  • Capturar mais carbono na atmosfera e reduzir poluentes.
  • Diminuir as ilhas de calor.
  • Ajudar na sobrevivência dos animais.
  • Incentivar nas pessoas o gosto pelas atividades físicas e sociais, reduzindo seus níveis de estresse e ansiedade.
  • Fortalecer laços entre comunidades.
  • Valorizar imóveis.
  • Estimular o turismo.
  • Reduzir custos com manutenção das áreas verdes.

O futuro das cidades com urbanismo verde e sustentável

Por que temos tanta dificuldade de entender que a natureza não é nossa inimiga, mas nossa amiga? Interessante que esse conhecimento sempre acompanhou os povos originários, que sabiam viver em harmonia com as plantas e animais. Mas hoje simplesmente não sabemos construir cidades verdes e sustentáveis. Em vez disso, criamos mitos de que, por exemplo, o rewilding implicaria na reintrodução de grandes predadores ou na criação de ambientes selvagens, sem controle humano. E qual a razão?

Como bem destacamos desde o começo deste texto, o rewilding urbano propõe o equilíbrio entre as necessidades humanas e animais, visando permitir a prosperidade de todos. Temos que ser mais proativos para recuperar a saúde de nossas cidades! Neste contexto, o papel dos arquitetos e engenheiros é ajudar a educar a sociedade, ensinando práticas de bioarquitetura e arquitetura verde. Porque, sim, a arquitetura pode se adaptar às necessidades ecológicas do século XXI.

Terminamos este texto citando o caso de Nova York, que vem colocando de pé vários ecoedifícios com fachadas em terracota para promover a biodiversidade urbana. E Toronto, que está transformando um antigo distrito industrial em vale fluvial, com lindos corredores ecológicos. Aliás, esse último exemplo ensina bem como podemos reduzir os riscos de inundações nas cidades, ao mesmo tempo em que criamos habitats para animais e espaços públicos para a população.

Rewilding
Urbanismo de Nova York | Imagem de Carlos Banon reproduzida de Architect Magazine
Rewilding
Urbanismo de Toronto | Imagem reproduzida de Waterfront Toronto

Fontes: Archdaily, Ecotelhado.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Em 2024, o mercado imobiliário percebeu o crescimento de um fenômeno no Brasil, que é o crescimento da popularidade de condomínios com praias artificiais. A promessa dos projetistas é a construção de pequenos paraísos, focados num novo conceito de lazer e qualidade de vida – inclusive com ondas reais para os praticantes de surfe. E isso é até que bem engraçado, considerando que nosso país tem uma vasta costa de mais de 7 mil quilômetros.

Na verdade, a proposta dos empreendedores é construir, com muita ajuda da tecnologia, praias em áreas sem litoral. Quer saber como isso funciona em termos de engenharia? Então, fique ligado no artigo a seguir, do Engenharia 360. Vamos explorar como as praias artificiais são feitas, seu funcionamento e exemplos de sucesso.

O que são praias artificiais e como elas funcionam?

As praias artificiais são espaços especialmente projetados pelos engenheiros para simular condições naturais de uma praia real, com direito à areia, água e, muitas vezes, ondas – geradas por sistemas de controle de ondulações, a exemplo do Wavegarden, da Espanha. Esses empreendimentos costumam ser erguidos em áreas urbanas e suburbanas, proporcionando aos moradores uma alternativa ao litoral. 

praias artificiais
Imagem divulgação Boa Vista Village via Forbes

Os locais de implantação dessas piscinas precisam ser adequados para suportar tal estrutura. Escavações, impermeabilização e sistemas de drenagem precisam ser instalados. Também sistemas hidráulicos para controle do fluxo de água e criação de ondas, isso inclui bombas e válvulas para movimentar a água. Aliás, a saber, as ondas são criadas por meio de mecanismos que empurram a água para frente, semelhante ao movimento das mãos em uma bacia com água. É mesmo uma dinâmica incrível!

Uma observação final sobre essa engenharia, as piscinas artificiais podem gerar diferentes tipos de ondas. Por exemplo, algumas tecnologias permitem a criação de ondas suaves para iniciantes, enquanto outras podem produzir ondas mais desafiadoras para surfistas experientes.

praias artificiais
Imagem divulgação Boa Vista Village via Forbes

Veja Também: As principais praias com ondas artificiais ao redor do mundo

Benefícios

As praias artificiais oferecem diversos benefícios:

  • Ambiente controlado: Proporcionam um espaço seguro para praticar surfe e outras atividades aquáticas.
  • Acesso facilitado: Estão frequentemente localizadas próximas a centros urbanos, permitindo fácil acesso ao lazer.
  • Desenvolvimento sustentável: Muitas dessas estruturas utilizam tecnologias que minimizam o impacto ambiental.
  • Inclusão social: Projetos acessíveis permitem que pessoas com mobilidade reduzida também possam desfrutar das atividades aquáticas.

Por que a construção de praias artificiais vem crescendo no Brasil?

Nos últimos anos, o Brasil tem visto um aumento significativo na construção de condomínios com praias artificiais. As mudanças de preferências do consumidor explica bem o impulsionamento dessa tendência no país. Essa “onda” veio da pandemia, que alterou a forma como as pessoas percebem as residências. As famílias agora desejam passar mais tempo em casa, com todo o conforto e lazer. E a engenharia ouviu bem essa clamação por ambientes mais agradáveis e recreativos.

Mas, olha, condomínio com praia artificial é para poucos no Brasil, viu! Eles são projetados para atingir a classe alta, que desejam morar em locais exclusivos, com estética luxuosa, design nobre e infraestrutura diferenciada. Esses clientes buscam um novo estilo de vida, mais saudável e integrado à natureza, só não necessariamente perto do litoral. A valorização desses imóveis é bastante elevada, R$ 300 para R$ 2.200 em apenas dois anos (dados de 2024), o que só prova como a inovação no setor tende a gerar um retorno financeiro substancial.

Já se pode ver esse tipo de estrutura se multiplicando em certas regiões do país, sobretudo em São Paulo e Minas Gerais. E pelas previsões dos investidores, essa será uma realidade crescente nas grandes cidades brasileiras, mesmo diante da crise financeira. Mas essa revolução no mercado imobiliário precisa ser acompanhada tanto pelos engenheiros quanto pelos gestores urbanos, pois pode resultar em sérios impactos ambientais.

praias artificiais
Imagem divulgação Praia da Grama via Exame
praias artificiais
Imagem divulgação Praia da Grama reproduzida via Diário do Litoral

Exemplos práticos

Alguns exemplos notáveis de projetos de condomínios com praias artificiais no Brasil incluem:

  • Praia da Grama: Localizado em Itupeva, conta com uma praia artificial de 1 km de orla, 28 metros quadrados de espelho d’água e ondas de até 2 metros de altura. O empreendimento contou com um investimento de cerca de R$ 200 milhões para sua construção. Hoje ele é um ponto de referência para o mercado de imóveis de alto padrão. O ambiente é luxuoso e, além disso, a areia utilizada não esquenta, proporcionando um ambiente mais confortável para os moradores.
  • Boa Vista Village: Localizado em Porto Feliz, conta com apartamentos luxuosos e áreas comuns voltadas para o lazer. O empreendimento foi projetado para simular uma experiência litorânea autêntica combinada ao conforto urbano.

Qual o futuro das praias artificiais no Brasil?

Apesar da beleza e do encanto, a engenharia das praias artificiais enfrenta desafios significativos. Para começar, o custo elevado de sua construção, que, por conta da complexidade, depende demais de tecnologia avançada e da necessidade de infraestrutura complementar adequada. Traduzindo, a viabilidade de transformar uma ideia dessas em algo real é pouco provável a depender das condições do mercado imobiliário – e sabemos que nos próximos anos teremos um cenário econômico bastante desafiador.

praias artificiais
Imagem reproduzida de JHSF Participações em YouTube

De todo modo, mesmo com o alto custo de implantação, a engenharia de estruturas de praias artificiais parece ter um futuro promissor no Brasil. Isso porque a demanda por espaços recreativos inovadores e sustentáveis só deve aumentar. É possível que essa combinação de novo conceito de vida e até cultura do surfe com tecnologia avance e transforme o cenário imobiliário brasileiro. A perspectiva é positiva! E você, engenheiro, vai embarcar nessa “onda” do mercado também? Comenta aí!


Fontes: Veja, Exame.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A engenharia sempre terá um papel importante em nossas vidas, moldando nossos futuros rumo ao cenário ideal. Uma de suas funções é tornar as cidades mais inteligentes e conectadas. E, para isso, vão contar com as tecnologias para melhorar a qualidade de todos, promovendo a sustentabilidade, a boa mobilidade e a interação com o ambiente urbano.

Através da engenharia, podemos considerar que muitos sonhos um dia se tornarão uma realidade concreta. Concorda? Junte-se ao Engenharia 360 nesta reflexão. Leia o texto a seguir e deixe sua opinião sobre o tema na aba de comentários logo abaixo!

Como a engenharia pode contribuir para as cidades

O que esperamos das cidades do futuro? Bem, talvez elas consigam principalmente usar devidamente seus recursos e gerir da melhor forma suas ações. Ao seu favor, existem hoje as novas tecnologias, desde sensores, à Inteligência Artificial (IA) e à Internet das Coisas (IoT). Imagine sistemas interconectados compartilhando dados para otimizar serviços. Ou ainda, a antecipação de problemas e promoção de soluções de questões complexas, como destino de resíduos e consumo de energia. E isso é só o começo dessa revolução!

Mobilidade

Uma característica das cidades inteligentes é o bom fluxo de tráfego. A engenharia também pode contribuir para a elaboração de sistemas de transporte capazes de ajustar suas rotas em tempo real, conforme o congestionamento e condições climáticas. Isso tornaria os deslocamentos mais eficientes, reduziria a poluição e contribuiria para um ambiente mais saudável.

Cidades inteligentes
Imagem de Aleksejs Bergmanis em Pexels

No cenário perfeito, as cidades não seriam mais “simples” espaços de convivência, mas redes dinâmicas e interconectadas, aonde cada parte do sistema urbano se comunica de maneira inteligente para oferecer qualidade de vida a seus habitantes. Aplicativos devem servir para manter os usuários de ônibus e trens bem informados sobre horários e lotação em tempo real. E o investimento em veículos autônomos deve contribuir para maior segurança nas estradas e acessibilidade para todos os cidadãos.

Aliás, vale lembrar que os veículos autônomos têm todo o potencial de transformar como nos deslocamos, mas também devem tornar o transporte mais acessível para pessoas com deficiência, idosos e aqueles que não podem dirigir por conta de alguma limitação física.

Sustentabilidade

Além da mobilidade, a infraestrutura urbana também se beneficia das inovações sustentáveis. 

Neste momento, a engenharia trabalha para desenvolver novos materiais autorregenerativos (que reduzem a necessidade de manutenção constante das obras) e modelos de estruturas ‘energia zero’ (com menor impacto ambiental). A impressão 3D está acelerando processos construtivos, reduzindo desperdícios e ajudando a criar boas soluções para crises habitacionais. E como complemento, faz-se a integração de painéis solares e turbinas eólicas para geração de energia, bem como tecnologias para gestão inteligente da água.

 Cidades inteligentes
Imagem de Kindel Media em Pexels

Saúde

Outro campo em expansão na engenharia é a biomédica, revolucionando os serviços de saúde nas cidades, tornando os cuidados médicos mais acessíveis e eficientes. Um exemplo prático é o monitoramento remoto e a telemedicina, permitindo que pacientes (especialmente àqueles que vivem em áreas periféricas ou de difícil acesso) sejam acompanhados à distância por profissionais especializados. Além disso, os diagnósticos assistidos por Inteligência Artificial estão tornando a medicina mais rápida e precisa.

Cidades inteligentes
Imagem de Thirdman em Pexels

Veja Também: Smart City: O futuro das cidades

Inclusão social

Para finalizar, vale destacar como a engenharia ajuda na resolução de um dos maiores desafios das cidades inteligentes, garantir que suas inovações sejam acessíveis a todos. Na pauta, inclusão social e redução das desigualdades! Por que, sim, a verdadeira transformação das cidades só ocorre quando as inovações não apenas ajudam na resolução de problemas imediatos, mas também promovem uma sociedade mais justa e igualitária. E como sempre afirmamos aqui, no nosso portal, #engenhariatransforma!

Cidades inteligentes
Imagem de Rollz International em Pexels

A engenharia tem o poder de transformar vidas. Mas, para isso, é essencial que ela se alinhe com valores éticos e humanistas. As inovações tecnológicas devem ser ferramentas de benefício para a vida de todos (independente de classe, idade ou condição física). Em um mundo cada vez mais conectado, a inclusão digital e a acessibilidade são fundamentais.

Quais as perspectivas para o futuro das cidades

A engenharia precisa superar desafios importantes para conseguir implementar de vez o modelo de cidades inteligentes – a lentidão na adoção ou aceitação de certos materiais e técnicas é uma delas. A união ‘inovação’ e ‘tecnologia’ é necessária para esse redesenho das sociedades, ajudando a construir ambientes urbanos mais eficientes, humanos, conectados e inclusivos. Também é preciso que se mantenha um trabalho conjunto entre diferentes áreas para o projeto de soluções integradas.

Lembrando que, se queremos criar um futuro mais sustentável, não podemos responder somente aos desafios do presente, mas tentar antecipar as necessidades do amanhã, das próximas gerações. As cidades do futuro devem ser justas, com infraestrutura que priorize as pessoas e o meio ambiente. Esse é o grande desafio e a grande oportunidade da engenharia: transformar o progresso técnico em progresso social, criando um mundo mais equitativo e humano.


Fontes: Dário do Nordeste.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Os ar-condicionados modernos têm uma função chamada de ‘inverter’. Já ouviu isso? Mas sabe o que significa? Pois bem, essa é uma tecnologia avançada, projetada para proporcionar o máximo de conforto térmico em ambientes.

Na prática, diferente dos climatizadores convencionais, que ligam e desligam constantemente, esse sistema de ar condicionado inverter opera de maneira contínua, ajustando a velocidade do compressor conforme a necessidade de resfriamento ou aquecimento dos interiores – um processo que melhora a eficiência energética e oferece controle mais preciso de temperatura.

Os ar-condicionados inverter funcionam de maneira mais eficiente e silenciosa. Quer saber se esse tipo de equipamento apresenta mais vantagens? Então, continue lendo este artigo do Engenharia 360!

Como o ar-condicionado inverter funciona?

Como explicamos brevemente no começo deste texto, a diferença entre ar-condicionado convencional e ar-condicionado inverter está no compressor. Acontece que o velho processo de liga e desliga, para atingir a temperatura desejada, acabava consumindo demais energia e desgastando muito o aparelho. Então a engenharia lançou uma opção mais eficiente e até ecológica, que se vale de gás refrigerante (menos agressivo ao meio ambiente).

ar-condicionado Inverter
Imagem reproduzida de PoloAr em YouTube

Esse ajuste contínuo de velocidade do compressor, como citamos, é possível graças a um inversor de frequência, que controla a rotação do motor, sem necessidade de desligar o ar-condicionado. Tudo isso graças a um sistema de sensores, que monitoram continuamente o local. Portanto, quando as coisas parecem fora do ideal, o compressor ajusta a velocidade para restaurar rapidamente o conforto desejado. Assim sendo, a temperatura dos ambientes fica estável, sem grandes flutuações.

ar-condicionado Inverter
Imagem reproduzida de Blog da Dufrio

Quais as vantagens do ar-condicionado inverter?

  • Economia de energia: Reduz até 70% o consumo de energia em comparação aos modelos tradicionais.
  • Maior conforto térmico: Mantém a temperatura constante e ajusta a umidade para conforto superior.
  • Durabilidade e menor desgaste: Menos ciclos de liga e desliga, aumentando a vida útil do aparelho.
  • Menor ruído: Operação mais silenciosa devido à tecnologia do compressor.
  • Eficiência ecológica: Utiliza gás refrigerante mais ecológico, com menor impacto ambiental.
  • Aquecimento e resfriamento rápidos: Ajuste preciso e eficaz para aquecer ou resfriar rapidamente o ambiente.
  • Versatilidade: Pode ser usado tanto para aquecer quanto para resfriar ambientes, adequado para todas as estações.

Veja Também: Enfrentando o Calor Brasileiro: Descubra como Escolher o Melhor Ar Condicionado para sua casa

Como instalar um ar-condicionado inverter?

Todo profissional especialista em elétrica diria que a instalação de qualquer ar-condicionado requer atenção e conhecimentos técnicos; não seria diferente no caso do inverter. A recomendação básica é que ela ocorra em um local plano e seguro, com espaço suficiente para garantir boa circulação de ar. Tubos de cobre devem ser utilizados para conectar as unidades e realizar o transporte do gás refrigerante. E toda a parte elétrica deve seguir a orientação dos fabricantes, para evitar problemas com a segurança e desempenho do aparelho.

ar-condicionado Inverter
Imagem de Max Vakhtbovycn em Pexels

Manutenção preventiva

Para que o ar-condicionado inverter dure o máximo e permaneça sempre funcionando corretamente, os usuários precisam realizar manutenção periódica. A primeira coisa é desligar o aparelho; depois fazer uma limpeza nos seus componentes externos e na grade de ventilação (algo que pode ser feito com aspirador de pó ou uma misturinha de água morna e sabão neutro); limpar as pás (com um pente de aletas); realizar a troca do filtro; e higienizar a parte de dentro do equipamento (com um pano macio e úmido).

Então, vale a pena investir em ar-condicionado inverter?

Sim, vale muito a pena investir em ar-condicionado inverter. Tudo bem que o preço de venda é mais alto, mas o custo-benefício a longo prazo compensa.

Na hora de escolher o melhor ar-condicionado inverter, é importante considerar fatores como a potência (BTUs), a eficiência energética (selo Procel) e o consumo mensal de energia.


Fontes: TechTudo, Magazine Luiza.

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Engenharia 360

Redação 360

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Consegue imaginar nossa vida moderna sem a aviação? Sem dúvidas, as companhias aéreas têm um papel fundamental hoje na conectividade global. Elas lidam com um dos setores mais dinâmicos e desafiadores do mundo, o tráfego aéreo, em crescimento contínuo de demanda. Mas você teria coragem de tentar adivinhar quais as empresas que se destacam atualmente como líderes de mercado neste segmento?

Qual companhia tem mais capacidade de assentos, números de voos e pontuação máxima entre os passageiros? Confira no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O ranking das maiores companhias aéreas

Milhas por assentos disponíveis

Podemos utilizar vários critérios para determinar quais são as maiores companhias aéreas do mundo. Um deles é a capacidade operacional, que pode ser consultada no site das empresas no item ‘Milhas por Assentos Disponíveis (ASM)’, que fornece uma visão clara da capacidade operacional de cada frota. Explicando melhor, essa é uma métrica que considera tanto a capacidade de assentos disponíveis quanto a distância percorrida.

maiores companhias aéreas do mundo
Imagem divulgação via AERO Magazine
maiores companhias aéreas do mundo
Imagem divulgação de United Airlines

Com base nesses dados, já podemos determinar quais são as três maiores companhias aéreas do mundo. Na relação a seguir você verá que as empresas americanas dominam o mercado, mantendo uma presença significativa no cenário global.

  1. United Airlines
    • ASMs: 73.135.756.915
    • Número de Voos: 373.367
    • Assentos Disponíveis: 49.766.113
  2. American Airlines
    • ASMs: 71.061.266.683
    • Número de Voos: 513.397
    • Assentos Disponíveis: 65.932.432
  3. Delta Air Lines
    • ASMs: 65.853.849.226
    • Número de Voos: 395.332
    • Assentos Disponíveis: 55.042.454

Veja Também:

Impressionante! Veja quais são os 5 maiores aeroportos ao redor do mundo

Qualidade de serviço

Um segundo critério que podemos considerar para eleger a melhor ou maior companhia aérea do mundo é a qualidade de serviço. Com base nisso, em várias publicações na Internet destacam empresas como a Emirates ( com ASMs de 53.717.255.377), conhecida pelo seu excelente serviço a bordo; e a Southwest Airlines (com tarifas mais acessíveis), famosa por seu bom atendimento ao cliente. Mas aquela apontada como a de mais alta qualidade de catering, reconhecida por sua classe executiva, é a Qatar Airways.

maiores companhias aéreas do mundo
Imagem divulgação via Lufthansa Systems

Segundo o ranking Skytrax 2024, elaborado pelo airlineratings.com, a companhia aérea com maior qualidade de serviço, com excelência no atendimento ao cliente (inclusive tindo o melhor serviço de bordo da indústria) e inovação nos serviços oferecidos é mesmo a Qatar Airways. É a oitava vez que a Qatar leva esse título de ‘Companhia Aérea do Ano’. Em entrevistas, o CEO da empresa destacou que a conquista é fruto de um trabalho árdua da equipe, focado em excelência, conforto, luxo nas viagens, além de uma rede de destinos abrangente.

maiores companhias aéreas do mundo
Imagem divulgação via AERO Magazine
maiores companhias aéreas do mundo
Imagem divulgação de Qatar Airways

Outros destaques

Agora vamos voar para outros destinos. Na Europa, a companhia aérea (low-cost) que mais se destaca é a Ryanair, com uma ampla rede de voos no continente. Da Ásia, podemos destacar três empresas, a Singapore Airlines, muito premiada por sua inovação e eficiência, reconhecida por seu atendimento ao cliente e sofisticação de aeronaves; a All Nippon Airways (ANA) do Japão, com um frota super moderna e classe premium impecável; e a Cathay Pacific Airways, com sede em Hong Kong, dentre as Top 5 do mundo, muito respeitada no setor de aviação.

maiores companhias aéreas do mundo
Imagem divulgação de Cathay Pacific
maiores companhias aéreas do mundo
Imagem divulgação de Cathay Pacific

Por último, vamos falar do nosso Brasil. Infelizmente, nosso país não conseguiu em 2024 colocar nenhuma de suas empresas entre as 25 melhores do mundo nos rankings. Mas vale destacar que a Latam subiu para a 43ª posição e a Azul para o 53º lugar. Sim, elas estão distantes do topo, porém se destacam pela qualidade do serviço e pela crescente presença no mercado internacional.

maiores companhias aéreas do mundo
Imagem divulgação via AERO Magazine
maiores companhias aéreas do mundo
Imagem divulgação de Latam Airlines

As tendências futuras que transformarão a aviação

O setor da aviação está sempre evoluindo, e os especialistas já preveem novas tendências que podem impactar o futuro das companhias aéreas. Uma questão que deve pesar na balança são as mudanças climáticas; as empresas devem investir cada vez mais em tecnologia para reduzir suas emissões de carbono e melhorar a eficiência dos combustíveis. IAs e automação devem agilizar os processos operacionais. Os check-ins devem ficar mais rápidos e novos serviços personalizados de voo devem surgir.


Fontes: CNN Brasil, Forbes.

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Engenharia 360

Redação 360

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Certamente você já se deparou com vídeos na Internet mostrando cenas assustadoras de bicicletas, scooters e carros elétricos, além de laptops, smartphones e muitos outros dispositivos pegando fogo. E o que eles poderiam ter em comum? Bem, podem ser as baterias de lítio ou melhor de íon de lítio! Elas estão se tornando essenciais em nosso dia a dia, mas talvez representem riscos de incêndios catastróficos, sabia disso? Mas será que podemos evitar isso? É o que discutimos no artigo a seguir, do Engenharia 360. Confira!

baterias de lítio
Imagem de Drone Girl reproduzida de TecMundo

A natureza das baterias de lítio

Antes de tudo, vamos começar este texto entendendo do que são feitas as baterias de lítio – porque isso meio que nos ajuda a entender porque elas podem pegar fogo. Pois bem, essas baterias são compostas por células que contêm eletrólitos líquidos inflamáveis. Mas, como apresentam alta densidade energética e longa vida útil, acabaram se tornando as queridinhas dos engenheiros para alimentar uma série de produtos que encontramos à venda hoje no mercado.

baterias de lítio
Imagem reproduzida de STA Eletrônica
baterias de lítio
Imagem reproduzida de Mundo Educação – UOL

Por outro lado, as baterias de lítio, que têm grande capacidade de armazenar energia, são vulneráveis a falhas que podem resultar em incêndios e até explosões. Isso porque, quando suas células sofrem danos ou falhas internas, pode haver reações térmicas descontroladas. A temperatura interna aumenta rapidamente, resultando em um fenômeno chamado de “fuga térmica”, onde a temperatura pode atingir incríveis 1.400 °C em questão de segundos.

As causas mais comuns dos incêndios

Alguns fatores podem contribuir para esse descontrole térmico das baterias de lítio. Listamos algumas para você:

  • Problemas no controle de qualidade: Produtos feitos com itens oriundos de fabricantes pouco confiáveis, tendo maior probabilidade de falhas.
  • Defeitos de fabricação: Problemas estruturais que levam a curtos-circuitos, como células que não estão devidamente seladas, permitindo que vapores inflamáveis escapem e causem explosões. 
  • Manuseio incorreto: Utilização de baterias não certificadas e sem mecanismos de segurança para evitar falhas, carregamento com dispositivos incompatíveis e uso excessivo desses acumuladores.
  • Armazenamento inadequado: Risco elevado, especialmente se as baterias forem deixadas em locais quentes ou úmidos.
  • Perfuração ou danos físicos: Impactos expondo componentes inflamáveis.
  • Sobrecarga: Carregadores inadequados gerando excesso de calor.
  • Superaquecimento: A temperatura excedendo seus limites seguros, iniciando uma reação em cadeia até o ponto da ignição dos materiais inflamáveis presentes na bateria.
baterias de lítio
Imagem reproduzida de Blog das Baterias
baterias de lítio
Imagem reproduzida de Olhar Digital

Os desafios no combate aos incêndios 

Tão apavorante quanto as cenas de incêndios de baterias de lítio são as cenas de pessoas tentando combatê-los, pois essa é difícil e arriscada (para humanos, propriedades e meio ambiente).

baterias de lítio
Imagem reproduzida de Nexo Jornal
baterias de lítio
Imagem reproduzida de DCA Sistemas Contra Incêndio

Entenda o seguinte: numa situação dessas, a intensidade do fogo gerado é muito maior do que o fogo comum. Muitos gases tóxicos são liberados. E usar água para controle das chamas nem sempre será eficaz. Em vez disso, a indicação dos bombeiros é usar agentes extintores específicos, capazes de lidar com as altas temperaturas e reações químicas envolvidas.

Simplesmente é impossível eliminar completamente os riscos durante o combate ao incêndio de baterias de lítio. Porém, algumas práticas podem reduzir drasticamente as chances de se iniciar incêndios. Vamos às recomendações:

  • Adquirir apenas de dispositivos com certificação conhecida, como a UL (Underwriters Laboratories), e de varejistas confiáveis.
  • Usar somente carregadores originais.
  • Evitar carregar dispositivos por longos períodos (como deixar o celular a noite toda na tomada).
  • Jamais expor as baterias ao calor excessivo.
  • Descarte baterias que apresentem inchaço – para isso, siga as diretrizes locais (muitas comunidades oferecem pontos de coleta específicos).
  • Substitua baterias antigas por novas certificadas.

O futuro das baterias de lítio

Mesmo com todos os riscos, as baterias de lítio devem continuar a ser exploradas pela engenharia. Ou seja, essas baterias vão ser cada vez mais essenciais na condução da vida moderna. Acontece que as pesquisas dos cientistas devem continuar, com foco em desenvolver alternativas mais seguras, como, por exemplo, modelos de estado sólido, que eliminem o uso de líquidos inflamáveis.

Enquanto essas mudanças de fabricação não ocorrem, o que podemos fazer? Bem, a regulamentação global dos padrões dos itens dos dispositivos eletrônicos já seria um grande passo. O recolhimento do mercado de todos os produtos fora dessas conformidades. E a conscientização dos consumidores sobre as preocupações que devem tomar para evitar acidentes. Porque, sim, podemos aproveitar todas as vantagens dessa tecnologia revolucionária de forma segura e responsável!

Veja Também: Conjunto de baterias de grande escala da Tesla pega fogo e preocupa moradores de região da Austrália


Fontes: Olhar Digital.

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