Fato ou ficção? Recentemente, circularam nas redes sociais alguns vídeos afirmando que o famoso - e polêmico - empresário Elon Musk, por meio de sua empresa Tesla, estaria lançando um tipo de “cavalo robô solar”, ou melhor, um robô em formato de cavalo movido a energia solar, capaz de atingir 280 km/h. É claro que uma história dessas causaria um alvoroço na comunidade de fãs da tecnologia. Porém, esse era mais um caso de desinformação.
Simplesmente não há registro algum de que Musk estaria desenvolvendo tal projeto ou que confirme o lançamento de uma proposta semelhante. As imagens viralizadas não passavam de manipulações digitais, criadas com ajuda de ferramentas de Inteligência Artificial. Mas vamos supor que essa obra de ficção um dia se tornasse verdade. Quais as implicações que uma inovação dessas teria para o futuro da engenharia de transporte sustentável? Refletimos sobre isto no artigo a seguir, do Engenharia 360!
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O que é mito e o que é verdade na história?
A desinformação nesse caso foi tanta que muitos influenciadores digitais chegaram a confirmar que o cavalo robô da Tesla já estava disponível para compra. Infelizmente, não há evidências de que um veículo desses exista e ainda mais que possa alcançar tal desempenho descrito com a tecnologia atual. Mas, como sabemos, Elon Musk é conhecido por ter o talento para transformar ideias ousadas em realidade. Então,… vai saber se não acontece em breve!
Até que a ideia não seria ruim; os cientistas justamente buscam soluções como essa - ainda mais movidas por energia solar - alinhando-se com as tendências atuais de busca por alternativas sustentáveis de transporte. Um veículo assim seria atraente em um segmento eco-friendly, sobretudo se pudesse combinar tecnologia moderna, criando uma conexão emocional com os usuários.
Podemos imaginar um design com uma pegada nostálgica, tipo “volta ao passado”, o que poderia ajudar na aceitação e adoção do produto. Pensando bem, até que é possível! Muitas são as iniciativas reais envolvendo robótica e energia solar. Mas mesmo estas ainda enfrentam limitações, o que prova que o cavalo robô solar de Musk ainda pode demorar um pouco para ser visto por aí!
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Casos reais
A robótica quadrúpede, por assim dizer, é um bom campo a ser explorado pela engenharia. Podemos considerar exemplos como o Spot, da Boston Dynamics, provando como robôs inspirados em animais podem ser úteis nas mais diversas aplicações, como inspeções, transporte de cargas e missões em terrenos irregulares.
Então, se esse cavalo robô solar existisse?
Vamos lá! Caso existisse, o cavalo robô solar seria provavelmente equipado com painéis solares, captando energia suficiente para funcionar de forma autônoma, sem depender de combustíveis fósseis e recargas elétricas frequentes, tendo alta capacidade de armazenamento de energia e soluções para evitar superaquecimento. Sua volumetria seria aerodinâmica, com design otimizado para “cortar o vento” e maximizar a velocidade. E a estrutura seria feita de materiais leves e resistentes, suportando diferentes condições climáticas.
A saber, é provável, por questões de segurança dos usuários, que um cavalo desses não chegasse a uma velocidade de 280 km/h, mas teria eficiência suficiente para cavalgar mais rápido que um cavalo real.
Quais os impactos de uma ideia dessas para a engenharia?
Uma coisa é certa, não podemos pensar num cavalo robô solar do mesmo modo que pensamos num cavalo real. Vamos pensar o seguinte: na história, o homem sempre utilizou o animal para transporte em áreas rurais, práticas esportivas como hipismo e atividades de terapia. Contudo, os cavalos têm suas limitações físicas e dependem de cuidados. Eles não resistiriam a condições extremas.
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Mas e quanto a um cavalo robô? Bem, ele poderia ser usado como auxiliar na realização de tarefas, inclusive de resgate, em ambientes remotos, perigosos ou inacessíveis para animais vivos, a exemplo de zonas de desastre. Então, uma solução dessas, se fosse real, traria implicações revolucionárias para a engenharia. E se valendo de energia solar ainda mais!
Abrindo a mente, podemos imaginar tecnologias existentes, como aplicativos móveis e sistemas inteligentes de transporte urbano, integrados a um cavalo robô para otimizar sua utilização; isso incluiria rotas otimizadas em tempo real e interações autônomas com os usuários. Mas estas são etapas que dependeriam de regulamentações específicas. Questões como a segurança de uso precisariam ser amplamente discutidas.
Reflexão final
Jamais devemos acreditar na primeira coisa que lemos na Internet - principalmente agora nessa época, marcada pelo uso da Inteligência Artificial para criar imagens e narrativas falsas; um bom cientista ou amante das ciências sabe da importância da investigação, da verificação das informações. Contudo, podemos tirar muita coisa boa dessa ficção, como discussões valiosas sobre o futuro da tecnologia e suas possíveis aplicações.
O que cabe agora a nós, engenheiros ou futuros engenheiros, é continuar explorando soluções reais para os desafios ambientais e tecnológicos que enfrentamos!
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Fontes: eduka.ai, Boatos.org.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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Eduardo Mikail
Somos uma equipe de apaixonados por inovação, liderada pelo engenheiro Eduardo Mikail, e com “DNA” na Engenharia. Nosso objetivo é mostrar ao mundo a presença e beleza das engenharias em nossas vidas e toda transformação que podem promover na sociedade.