No final de 2023, líderes de diferentes nações ao redor do mundo se reuniram na COP 28 para discutir mais uma vez ações para minimizar os impactos sobre a natureza e frear as mudanças climáticas. Um dos temas debatidos na ocasião foi o SAF, Combustível Sustentável de Aviação. Para alguns especialistas, ele representa um marco na trajetória da aviação, rumo a um futuro mais ecológico. No momento, a economia brasileira mira em investimentos para a sua produção, explorando matérias-primas locais. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

Quais são os benefícios ambientais e econômicos do uso do SAF na aviação?

O diferencial do Combustível Sustentável de Aviação é mesmo ser mais sustentável e bem alinhado com a preservação ambiental. Vale lembrar que estamos em um momento muito delicado e crítico de nossa história, em que precisamos reduzir drastiamente e de forma urgente as emissões de CO2 e poluentes. Em comparação, o SAF pode reduzir até 90% das emissões de CO2 em comparação com o querosene de aviação convencional. Além disso, ele pode diminuir outras emissões prejudiciais ao planeta, como enxofre e partículas.

O uso desse combustível sustentável na aviação constribui para que setor dependa menos de fontes fósseis. Além do mais, a implementação do SAF não exige grandes modificações como de motores - sendo compatível com as aeronaves atuais -, tornando sua transição mais acessível e rápida para a aviação.

Quais são os desafios enfrentados na produção em larga escala e adoção do SAF?

O Combustível Sustentável de Aviação é derivado de fontes renováveis, como biomassa, biocombustíveis e óleo de cozinha usado. Ele é, portanto, a melhor alternativa hoje ao querosene.

Em verdade, toda produção da indústria global leva antes em consideração os fatores econômicos. E justamente esse é o maior desafio para a produção do Combustível Sustentável de Aviação. A saber, seu custo é duas a quatro vezes mais do que o querosene convencional.

Outra questão que pesa nessa equação é o cenário atual para a adoção em larga escala. Falta interessados em investir, e regulamentações adequadas. Mesmo assim, já existem rotas de produção estabelecidas; a HEFA é a mais comum, outras incluem FT-SPK e ATJ. E onde fica o Brasil nessa história? Bem, nosso país tem potencial como produtor de SAF, utilizando matérias-primas como cana-de-açúcar, óleos e resíduos agrícolas. O que nos falta é, realmente, mais investimentos.

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Quais são as perspectivas e metas globais para o uso do SAF na aviação?

A KLM e outras companhias aéreas estão incorporando o Combustível Sustentável de Aviação em suas operações através de misturas com querosene de aviação, priorizando certificações como RSB e ISCC. A meta global é aumentar o uso de SAF para reduzir as emissões de CO2, visando substituir até 10% do querosene até 2030. No Brasil, empresas como Raízen estão contribuindo com pesquisas e certificações para impulsionar o mercado.

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Fontes: G1.

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Eduardo Mikail

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