A Universidade Monash, com sede em Melbourne – Austrália, desenvolveu um filtro de extrema eficiência que necessita apenas da luz solar direta para realizar a purificação e dessalinização da água. Esse filtro é fabricado com compostos organometálicos (MOF) – íons metálicos, que formam um material cristalino, largamente utilizado na síntese de substâncias orgânicas.

A primeira etapa do processo de dessalinização ocorre sem a participação da luz, na qual, no escuro, o filtro absorve sais e outras impurezas da água. Na segunda etapa, ao ser colocado sob a luz do Sol, o sal é regenerado e atraído pelo filtro novamente. Esse processo leva menos de quatro minutos.

Processo de dessalinização utilizando MOF
Processo de dessalinização utilizando MOF. Imagem da internet.

Segundo o líder do projeto, professor Huanting Wang, a tecnologia pode gerar 139,5 litros de água potável por quilo de MOF por dia, respeitando a qualidade imposta pelo Organização Mundial da Saúde.

Com seu baixo consumo energético e sem a utilização de produtos químicos no processo, essa tecnologia de luz solar pode fazer parte de futuras soluções de água limpa. Apesar das vantagens, o custo da produção desse filtro é ainda elevado, mas, para os cientistas, a tendência é que ele se torne mais barato nos próximos anos.

onda de água do mar
Imagem: Thierry Meier | Via Unsplash

A pesquisa completa foi publicada este mês na revista Nature com o título “A sunlight-responsive metal–organic framework system for sustainable water desalination”. Clique aqui para conferir.

Referências: Daily Mail; BBC.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

O Autodesk AutoCAD é um dos softwares mais conhecidos no universo da arquitetura e engenharia. Foi desenvolvido para facilitar e deixar ainda mais preciso os projetos de construção civil.

Desenvolvido pela empresa americana Autodesk, a qual produz softwares de design e conteúdo digital, tornou-se uma das principais marcas do ramo em escala mundial.

O que acha de conhecer mais sobre o AutoCAD, suas funcionalidades e licenças profissionais e acadêmicas? Acompanhe o artigo!

O que é o Autodesk AutoCAD?

O Autodesk AutoCAD é um software CAD, principalmente utilizado por profissionais do ramo da construção, conforme evidenciamos anteriormente.

Uma vantagem é que o AutoCAD cria desenhos 2D e 3D com alta precisão, por isso é um dos mais requisitados no mundo todo, até mesmo pelas grandes corporações do segmento.

Trata-se de um programa completo, o qual facilita e automatiza processos, gerando ganho de tempo, diminuição de custos e simplificação nas ações. Possui qualidade gráfica surpreendente na finalização dos desenhos.

imagem ilustratica de tela do autocad autodesk com aplicativos

Aplicações na Engenharia

O software Autodesk AutoCAD pode ser muito útil para vários ramos da engenharia, apesar de ser mais conhecido nas funcionalidades para a arquitetura. Suas aplicações, em qualquer um dos casos, costumam facilitar muito a vida dos profissionais.

Pode ser utilizado na criação de projetos de desenho técnico em 2D e modelagem 3D. Além disso, conta com comandos de análise de superfícies, dimensionamento inteligente, biblioteca de materiais, entre outras aplicabilidades.

Possui uma gama de recursos que irão ajudar ainda mais os profissionais a desenvolverem grandes projetos e aplicar todo seu conhecimento através dessa ferramenta. Dentre alguns recursos estão:

  • Automatização de plantas de piso, elevações e seções;
  • O profissional pode desenhar tubulações, dutos e circuitos com rapidez e facilidade com a biblioteca de peças;
  • É possível a geração automáticas de anotações, camadas, agendamentos, listas e tabelas;
  • Acesse o AutoCAD de qualquer lugar, pois ele pode ser acessado por dispositivos móveis inclusos;
  • Possibilidade de inclusão de paredes, portas e janelas, entre outras funções.

O AutoDesk AutoCAD, a saber, ainda pode incluir ferramentas de softwares específicos da Autodesk, ajudando ainda mais a vida dos engenheiros.

imagem de planta de estádio de futebol feita no autocad

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Comparação do Autodesk AutoCAD com concorrentes

O AutoCAD concorre com alguns programas do mercado. Ainda que não façam tanto sucesso com ele, apresentam qualidade similar. Elencamos os principais abaixo.

Revit

O software Revit também é desenvolvido pela Autodesk e vai além da modelagem 3D. Ele pode fazer um projeto completo em 3D. Além disso, o Revit possui a tecnologia BIM – Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção, que integra outros componentes e informações, proporcionando ainda mais agilidade ao projeto.

Vectorworks

O software assim como o AutoCAD também trabalha com a criação de projetos em 2D e 3D. É considerado um programa versátil, além de permitir a modelagem de informação com total liberdade para o usuário.

Leia mais sobre o Vectorworks aqui.

Licenças para estudantes e profissionais

A Autodesk trabalha com diversos tipos de licenças, variando de acordo com cada público.

Para estudantes, por exemplo, é disponibilizado o programa AutoCAD gratuito pelo período de um ano. Depois disso passa a ser pago. No entanto, já é uma boa ajuda para realizar trabalhos acadêmicos. Veja como funciona aqui.

Também há uma licença gratuita para testes, com tempo limitado de um mês, destinada a quem deseja conhecer mais sobre o software. Caso você esteja em dúvidas sobre a real utilidade do AutoCAD para sua vida profissional, vale a pena experimentar essa versão.

Além disso, pode ser bacana para criar algum projeto rápido, como por exemplo, a planta de sua casa própria, dentro de 30 dias. Saiba mais sobre a versão gratuita por 30 dias.

A Autodesk também possui a cartela de versões pagas, incluindo com planos de descontos, dependendo do tempo de utilização. Essa é uma dica para profissionais que atuam no mercado, conhecem bem o programa e precisam dele para a realização de projetos. Conheça mais aqui.

Clique aqui e confira nossos cursos de AutoCAD!

E então, gostou de conhecer mais sobre o Autodesk AutoCAD? Esperamos que sim! Volte mais vezes para ficar por dentro de outros programas voltados para engenharia 😉

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Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

Saber quais são os tipos ou modelos de blocos é essencial para elaborar um bom projeto e colocá-lo em prática, claro. Afinal, são materiais que fornecem a base para qualquer edificação, por mais simples que ela seja. Engenheiros e demais profissionais que atuam na construção civil devem ficar atentos aos modelos principais. No artigo a seguir, do Engenharia 360, vamos explorar um panorama geral sobre o tema. Confira!

Modelos de blocos de concreto

Os blocos de concreto são tradicionais e costumam oferecer um ótimo custo x benefício, principalmente por serem muito resistentes. Costuma ser aplicado na construção de muros, galpões, prédios, parte térrea de casas, entre outros.

Vale dizer que as normas brasileiras definem basicamente dois modelos de blocos de concreto usados na construção civil:

  • NBR 7173 – Bloco vazado de concreto simples para alvenaria sem função estrutural
  • NBR 6136 – Bloco vazado de concreto com maiores resistências para alvenaria estrutural

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Bloco de concreto de vedação

Este tipo de bloco deve ser utilizado para alvenaria de vedação, como, por exemplo: paredes e muros.

Possuem baixa resistência entre 2 e 3 MPa. Sua utilização consiste na construção conjunta de estruturas como pilares, vigas, cintas de amarração, entre outros.

tipos de blocos vedação imagem ilustrativa
Imagem reproduzida de Mapa da Obra

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Bloco de concreto estrutural

São utilizados no sistema de alvenaria estrutural, onde as paredes vão suportar o peso da edificação. Nesse modelo, é possível dispensar o uso de colunas e vigas de concreto. Isso porque os blocos têm resistência superior a 4,5 MPa.

Se for necessário acrescentar estruturas, serão feitas dentro do bloco como grautes, vergas e contravergas e cintas de amarração. Além disso, as instalações hidráulicas e elétricas passam por dentro dos furos do bloco.

Lembrando que esse é um dos modelos de bloco considerado de alta resistência.

imagem ilustrativa de bloco de concreto estrutural
Imagem reproduzida de AEC Web

Canaleta de Concreto

São os famosos blocos em formato de “U”. Podem ser utilizados juntamente aos blocos de concreto de vedação ou então com o estrutural.

Devido seu formato, é possível criar estruturas muito resistentes, inclusive usando barras de aço e concreto. Por conta disso, são peças fundamentais para amarração de paredes e muros, assim como de vergas e contra-vergas.

Descubra os principais Modelos de Blocos para Construção Civil e a Finalidade de cada um
Imagem reproduzida de Arccol

Meio bloco de concreto e blocos compensadores

São importantes para fazer amarração onde os blocos inteiros não encaixam, pois é possível que os blocos inteiros percam a resistência quando quebrados ou serrados.

imagem ilustrativa de meio bloco de concreto estrutural
Imagem reproduzida de RM Artefatos de Concreto

Blocos elétricos e hidráulicos

São blocos desenvolvidos para receber pontos de elétrica e hidráulica. Assim, não é necessário que os blocos tradicionais sejam cortados e possivelmente danificados.

tipos de blocos hidráulicos e elétricos
Modelos de blocos hidráulicos e elétricos | Imagem reproduzida de Brainly

Bloco de concreto celular autoclavado

O bloco de concreto celular possui menor densidade quando comparado com os tradicionais. São indicados para alvenaria de vedação, churrasqueiras, preenchimento de lajes, entre outras.

Bloco de concreto de amarração

Os blocos de amarração podem possuir de 34 a 54 cm para melhor união das paredes ou grautes.

Descubra os principais Modelos de Blocos para Construção Civil e a Finalidade de cada um
Imagem reproduzida de Iporã Blocos

Modelos de blocos de cerâmica

Os blocos de cerâmica são geralmente utilizados principalmente na construção de paredes internas. Possuem um ótimo custo x benefício e podem apresentar algumas variações.

Lembrando que eles são popularmente conhecidos como tijolos cerâmicos. Ademais, são menos resistentes quando comparados com os blocos de concreto, os quais citamos anteriormente. Porém, suas ranhuras facilitam a aderência da argamassa.

De certa forma, possuem características semelhantes e os principais modelos são:

  • Tijolo Baiano
  • Tijolos Comuns
  • Tijolo Maciço
Modelos de Blocos na construção civil
Imagem de alicia_mb em Freepik

Blocos de concreto ou cerâmica chanfrados / 45º

São parecidos com o meio bloco, contudo, possuem um chanfro de 45°, também são utilizados para locais que os blocos inteiros não conseguem encaixar.

Podem ser feitos de concreto ou então de cerâmica.

imagem ilustrativa de bloco de cerâmica chanfrado 45 graus
Imagem reproduzida de Cerâmica Santa Clara

Lembrando que praticamente todos os blocos de concreto podem ser vistos também em cerâmica. A diferença é que o segundo material oferece uma resistência menor ao mesmo tempo que é mais econômico. Além disso, os cerâmicos são mais requisitados para construção interna.

Portanto, a escolha entre um e outro vai depender do orçamento disponível para o projeto.

Modelos de blocos de vidro

Os blocos de vidro são utilizados principalmente para estruturas decorativas. Oferecem boa luminosidade para parte interior da construção.

Muito usados para divisão de ambientes internos, podem ser aplicados como base para bancadas de cozinhas ou áreas gourmet.

Eles apresentam boa resistência para a sua função. Os principais modelos de blocos de vidro são:

  • Tradicional fixo: Todo fechado e com boa vedação.
  • Vazado com ventilação: Ótima opção para ambientes que não possuem janelas, por exemplo, e podem ficar abertos às intempéries do tempo, como um jardim de inverno.
  • Colorido: Sua estrutura é semelhante ao bloco de vidro tradicional, o contraste fica pela cor. É um bloco que a principal finalidade fica na área decorativa.
tipos de blocos de vidro construção
Imagem reproduzida de AECweb

E então, gostou de conhecer mais sobre os principais modelos de blocos? Cada um oferece uma funcionalidade numa construção.

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Foto: AECweb.

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Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

Um dos grandes problemas dos eletrônicos atuais é que eles descarregam mais rápido do que nós gostaríamos. Isso reflete no fato de que precisamos levar os carregadores para todo lado. Para solucionar esse problema, alguns pesquisadores desenvolveram um tipo de mesa inteligente cuja uma das funções é recarregar vários dispositivos via wireless.

Atualmente, já existe no mercado a opção de carregamento sem fio (ou por indução). O problema é que as empresas usam sistemas de transferência diferentes e em frequências diferentes, de modo que o seu carregador de celular pode não servir para um outro equipamento (como um relógio inteligente) ou para outro smarthphone (da mesma forma que nem sempre há compatibilidade nos carregadores com fio).

iphone sobre mesa
Imagem: Michail Sapiton | Via Unsplash

É nesse ponto que a nova pesquisa é inovadora: o dispositivo desenvolvido permite carregar vários tipos de equipamentos com apenas um carregador. Polina Kapitanova, pesquisadora do Departamento de Física e Engenharia da ITMO University afirmou que:

“O que propomos é uma metassuperfície totalmente nova que pode ser usada como um transmissor no sistema de transferência de energia sem fio que permitiria aos usuários carregar vários dispositivos ao mesmo tempo. Esta superfície pode ser usada em uma frequência ou em várias.”

Polina Kapitanova, pesquisadora do Departamento de Física e Engenharia da ITMO University

Segundo Kapitanova, a Huawei, por exemplo, usa uma frequência de transferência de energia para os celulares e outras para os óculos inteligentes, de modo que você não pode usar o mesmo carregador para os dois equipamentos.

A superfície projetada possui condutores conectados com capacitores que se sintonizam na frequência necessária. Há vários modos (frequências ressonantes) que possuem um campo magnético uniforme. Isso permite transferir energia sem fio.

O sistema pode ser usado em uma área grande, como uma mesa, funcionando como um grande carregador. A ideia do projeto como um todo é ter justamente uma espécie de mesa inteligente e recarregar equipamentos seria uma das funções.

O próximo passo é avaliar o nível do campo magnético para tornar o carregador mais rápido e mais seguro. O artigo científico com a pesquisa foi publicado na revista Applied Physics Letters.

Leia também: A forma como você carrega seu celular pode comprometer a vida útil da bateria

Referências: TechXplore; IMTO University.

Já pensou poder recarregar o celular e todos os seus equipamentos eletrônicos em um tipo de mesa inteligente? Conta para a gente sua opinião!

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

A descoberta de novos materiais contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias, como baterias mais eficientes, novos gadgets inteligentes, equipamentos mais baratos e menos poluentes, etc. Porém, encontrar esses novos materiais não é uma missão fácil. Esse é um dos motivos pelos quais a indústria está recorrendo a uma ferramenta que está em alta: o deep learning (ou aprendizado profundo, em português).

Ensaios experimentais e simulações computacionais não são exatamente um primeiro passo viável para quem quer descobrir novos materiais, já que existe um grande número de combinação de outros compostos possíveis, tornando a triagem difícil. É aí que entra o deep learning: alguns pesquisadores usaram um algoritmo inteligente que visa melhorar a eficiência da pesquisa em até duas ordens de magnitude.

A técnica escolhida foi a de Generative Adversarial Networks (redes adversárias generativa), também chamada de GANs. Ela consiste, basicamente, em colocar duas redes neurais profundas uma contra a outra (por isso são chamadas de adversárias). O potencial dessa técnica é grande porque as redes podem “aprender a imitar” distribuições de dados.

A inspiração veio do AlphaGo, da Google, que aprendeu um jogo de tabuleiro antigo chinês chamado Go e venceu os melhores jogadores. Tal jogo não recebeu nenhuma instrução, a entrada de dados foi composta por movimentos de várias partidas. No caso da pesquisa com os materiais, a rede aprendeu algumas “regras de química” para montar compostos viáveis. O treinamento foi feito com grandes bancos de dados de materiais inorgânicos.

O trabalho foi uma parceria entre pesquisadores da University of South Carolina College of Engineering and Computing e da Guizhou University.A pesquisa completa foi publicada em um artigo científico chamado “Generative adversarial networks (GAN) based efficient sampling of chemical composition space for inverse design of inorganic materials”, na conceituada revista Nature.

Professor Jianjun Hu da University of South Carolina em frente ao prédio de engenharia da universidade
Professor Jianjun Hu da University of South Carolina, um dos pesquisadores que conduziu o estudo com deep learning para descobrir novos materiais. Imagem: University of South Carolina

Jianjun Hu, professor da University of South Carolina e líder da pesquisa, afirmou ao site da universidade que: “Nosso algoritmo é como um motor de geração. Usando este modelo, podemos gerar muitos novos materiais hipotéticos que têm uma probabilidade muito alta de existir.

Não é a primeira vez que um algoritmo é usado para gerar novos materiais. A diferença é que até então muitos compostos não puderam ser sintetizados devido a sua instabilidade. Em contrapartida, quase 70% dos materiais identificados nessa nova pesquisa com deep learning são mais estáveis e possivelmente podem ser sintetizados.

Agora, o próximo passo da equipe é prever a estrutura cristalina dos materiais gerados pelo algoritmo. É um grande desafio, mas os pesquisadores parecem empenhados. Depois que isso for concluído, é possível ter em mãos novos materiais que poderão ser usados para aplicações como conversão de energia, armazenamento, desenvolvimento de eletrônicos melhores, etc.

Esse representa um grande ganho para a indústria, uma vez que o atual processo de descoberta de materiais é lento e acaba limitando o avanço de novas tecnologias. Um exemplo de como novas tecnologias dependem de materiais com propriedades específicas é no caso dos computadores quânticos (que nós já mostramos nesse texto e nesse outro texto).

Referências: University of South Carolina; Deep Learning Book.

E você, o que acha de aplicar ferramentas de deep learning para descobrir novos materiais? Comente!

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Para os apaixonados por picape com preço interessante e desempenho atrativo, a Ford oferece tudo isso e muito mais na nova versão da Ford Ranger Storm.

Homem fazendo pose para foto sob roda de veículo em estrada de terra
Ford Ranger Storm. Imagem: @eduardomikail

A Ranger Storm teve modificações notáveis, se levarmos em consideração a versão apresentada no salão do automóvel em 2018 e compararmos com a versão da produção. Aqui vamos discorrer mais adiante sobre algumas das principais mudanças.

Design

Em se tratando por design, pode-se destacar as seguintes mudanças:

  • Foram retirados os faróis de leds integrados. Também saiu o parachoques com a detalhe central preto, simulando uma espécie de quebra-mato;
  • Os detalhes emborrachados nas laterais juntamente com o adesivo fosco na caçamba também foram retirados;
  • As caixas de rodas aro 17” possuem uma proteção plástica desenvolvida no Brasil. As rodas são exclusivas Pirelli Scorpion AT Plus, com capacidade off road superior, que possuem uma tecnologia de desenho que ajudam a eliminar o acúmulo de pequenas pedras entre os sulcos e ajuda a minimizar o acúmulo de terra e lama.

Acessórios e preço

Possui uma central multimídia Sync3 com uma tela de oito polegadas, quadro de instrumentos com duas telas coloridas, ar-condicionado automático de duas zonas, sete airbags, câmera de ré, sensor de estacionamento e controles de estabilidade e de tração;

Há também um piloto automático de série, mas sem a manutenção de faixa e os sensores de que adaptam a velocidade e a distância do carro que vai à frente.

Interior da Ford Ranger XLS Storm
Interior da Ford Ranger Storm. Imagem: @eduardomikail

Já no quesito preço, a Ranger Storm está custando cerca R$ 150.900. No próprio site da Ford é possível encontrar a versão XLT, com o mesmo motor 3.2, custando em média R$ 183.790.

A versão XLS 4×4, com motor 2.2 turbodiesel de 4 cilindros, que produz 160 cv e 39,3 mkgf de torque, equipada com câmbio automático de 6 marchas e dona do mesmo pacote de equipamentos – sem capota marítima e snorkel – custa R$ 160.890, quase R$ 10 mil a mais que a Storm.

Com tudo isso, a Ranger Storm ainda é mais barata. Custa R$ 150.990, contra os R$ 151.790 pedidos XLS 2.2 4X4 com câmbio manual (a Ford garante que não vai reduzir os preços da XLS.

Desempenho

Na pista, a Ranger Storm conseguiu registar uma média de 9,1 km/l em área urbana e 10,9 km/l em área rodoviária.

Seu sistema de tração 4×4, tem três modos de atuação e é praticamente o mesmo das versões XLT e Limited, que são as mais caras. É possível andar em 4×2, com tração majoritariamente traseira, em 4×4 High com velocidades até 120 km/h e 4×4 Low, que dobra o torque para situações nas quais é necessária força máxima para transpor obstáculos movendo seus 2.230 kg de peso e mais de 1 tonelada de capacidade de carga.

O acerto da suspensão também vêm das versões mais caras e garante rodar confortável mesmo sem carga. A posição dos amortecedores invertidos no eixo traseiro ajuda a manter certa estabilidade quando se está sem carga, e evita, mas não sana, muitos dos solavancos que se sente na cabine quando se passa por alguma imperfeição do solo.

Com capacidade de reboque de até 3.500 kg, a Ranger Storm se vale do sistema Advance Trac que inclui controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, em descida íngremes, assistência de frenagem e controle de oscilação de reboque para manter a picape na linha mesmo em casos extremos.

Talvez a única desvantagem com relação aos concorrentes é que a Ranger Storm não possui bancos de couro e retrovisores com rebatimento elétrico. Itens que fazem falta, o banco de couro pela proposta do carro e praticidade para limpar e, rebatimento elétrico de retrovisores pela dificuldade de muitas vezes estacionar em locais apertados em decorrência do tamanho do veículo.

Ficha técnica – Ford Ranger XLS Storm 3.2 4X4 AT

  • Preço: R$ 150.990;
  • Motor: diesel, dianteiro, longitudinal, 5 cil., 20V, turbo, 3.198 cm3; 200 cv a 3.000 rpm, 47,9 mkgf a 1.750 rpm;
  • Câmbio: automático 6 marchas, tração 4×4 sob demanda;
  • Suspensão: McPherson (dianteiro) / eixo rígido (traseiro);
  • Freios: disco ventilado (dianteiro) / tambor (traseiro);
  • Direção: elétrica, 12,2 (diam. giro);
  • Rodas e pneus: liga leve, 265/65 R17;
  • Dimensões: comprimento, 535,4 cm; altura, 182,1 cm; largura, 197,7 cm; entre-eixos, 322 cm; vaõ livre do solo, 23,2 cm; ângulos de ataque/saída, 28°/27°; peso, 2.230 kg; tanque 80l; caçamba, 1.180 l; capacidade de carga, 1.040 kg.
Ranger XLS Storm com céu azul ao fundo
Ford Ranger Storm. Imagem: @eduardomikail

Mesmo assim, diante de tantos benefícios, a Ranger Storm é quase que unanimidade, ainda mais quando levamos em consideração a sua concorrente direta, a Nissan Frontier Attack. Principalmente em relação à estabilidade e conforto interno para o motorista e passageiros, ela pula muito menos do que a Frontier.

Leia também:

E você? Gostou da Ford Ranger Storm? Qual é a sua pick-up favorita? Conta pra gente!

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nos últimos tempos, o mercado vem se tornando cada vez mais competitivo, demandando um currículo diferenciado dos profissionais. Uma experiência no exterior, por exemplo, pode ser uma grande vantagem em relação à concorrência – visto que uma formação internacional possibilita a aquisição de conhecimentos e bagagem cultural, tanto para a vida pessoal quanto profissional. E atualmente, a University of People (UoPeople) está oferecendo a tão sonhada graduação internacional totalmente sem custos.

Educação acessível para todos

Sendo a primeira universidade estrangeira a ofertar cursos de ensino superior à toda a população mundial sem fins lucrativos, a Universidade do Povo é reconhecida pelo seu objetivo de democratizar o acesso à educação. De origem americana, a UoPeople é totalmente online e cobra somente para realização dos exames e taxa de inscrição, além de ofertar bolsas de estudos.

A universidade também disponibiliza a assistência de mais de 3.000 professores voluntários e atendimentos singularizados, mediante à tecnologia “open-source”. O intuito é ultrapassar a distância e obstáculos financeiros que possam impedir a conquista de um diploma de graduação. Até o momento, esse objetivo vem sendo alcançado com sucesso: estudantes de mais de 190 países estão matriculados.

Cursos ofertados pela instituição

Estão disponíveis apenas três cursos de bacharelado na universidade: ciências da saúde, ciência da computação e administração de empresas, com inscrições abertas até o dia 22 de outubro. De acordo com Shai Reshef, fundador da UoPeople, os dois últimos cursos “são programas que têm maior demanda global, e também que oferecem maior possibilidade de empregabilidade”. Além de ser parceira de universidades prestígio, como Oxford, Yale e Havard, a Universidade do Povo também tem convênios com empresas estrangeiras – a exemplo da Microsoft –, para monitoria e estágio.

A instituição também oferece os chamados “associate degrees”, cursos análogos à um curso técnico e uma graduação, conhecidos como “community colleges” nos Estados Unidos, e mestrado em Educação e em Negócios (MBA).

Oposto aos MOOCs

Ainda, segundo Reshef, existe uma diferença significativa entre a universidade e os denominados “Massive Online Open Courses” (MOOC) – que se tratam de cursos abertos e virtuais. A UoPeople oferta graduação completa e sem anuidade, com emissão de diploma ao final, já os MOOCs são cursos gratuitos disponibilizados por algumas universidades em assuntos intrínsecos.

As salas da universidade só abrangem cerca de 20 a 30 estudantes por aula e tem taxa de finalização acima de 95%, enquanto que os MOOCs não ultrapassam 5%. Além disso, é importante salientar que é indispensável candidatar-se e ser aprovado para ingressar na UoPeople. Exigência que não é necessária para os cursos a distância.

imagem ilustrativa de estudante fazendo aula de graduação a distância de frente para o computador e tomando notas
Foto: francescoridolfi.com

Bolsas de estudos

São cobradas pela instituição apenas as taxas de candidatura – cerca de US$ 50 – e uma destinada a aplicação do exame final, que não ultrapassa US$ 100. Entretanto, é possível conseguir uma bolsa para elas, já que são coletadas somente ao final dos cursos.

Dentre as que estão listadas, podemos destacar a “HP Women’s Scholarship Fund”, focada nas mulheres, a “Fondation Hoffmann Scholarship” – que abrange os estudantes em geral – e a “Botari Women’s Scholarship Fund”, restrita as mulheres brasileiras.

Como se candidatar?

Para se inscrever e tentar conquistar uma vaga, é primordial ter concluído o ensino médio, obter acesso a internet e um bom nível de inglês para compreender as aulas. A cada ano, são realizadas cinco rodadas de admissão. A próxima está com inscrições abertas até 22 de outubro e o prazo de “early application” finaliza no primeiro dia do mesmo mês. Já as aulas iniciam em 22 de dezembro.

Se interessou pelos cursos? Conta para a gente nos comentários!

Veja Também: Como conseguir um estágio durante a pandemia?


Fontes: Estudar Fora

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

Terceirizar um processo ou um serviço da empresa é uma estratégia de negócios. Custos, tecnologia, confidencialidade das atividades que serão executadas são requisitos para decidir a contratação ou manter o processo interno. A resposta que se deve buscar na avaliação qualitativa é: a terceirização resultará em maior eficiência para a empresa?

Seja essa eficiência na qualidade, na produção, no volume de vendas, na confiança dos consumidores, tudo depende da estratégia para crescimento do negócio. Vamos apresentar duas situações: uma que vale e outra que não vale a pena o serviço de terceirização.

Imagem de fábrica de roupas
Imagem: Clark Street Mercantile | Via Unsplash

Primeira situação: tingimento de malhas

Uma indústria têxtil tem foco em tecidos de malhas. A empresa possui maquinário de alta tecnologia para a produção da malharia. Esta indústria vende os tecidos após o processo de tinturaria, porém os clientes estão reclamando que os tecidos estão desbotando em pouco tempo de uso.

Segunda situação: atendimento ao cliente

Um e-commerce de roupas sem fabricação própria recebe feedbacks insatisfatórios do setor de atendimento ao cliente. Esse setor é o que possui mais empregados e está disponível 24 horas por dia. É observado que o volume de vendas diminuiu, pois a imagem da loja está comprometida.

Afinal, o que fazer?

A primeira situação apresentada é um exemplo que vale a pena terceirizar o processo no qual os clientes estão insatisfeitos. A especialidade da empresa em questão é a qualidade das malhas; a cor dos tecidos é um adendo, pois a tintura das malhas é outro processo: internalizar este processo requer aumentar a equipe de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), aumentar maquinário, contratar mais pessoas, talvez ir para um espaço maior, e mesmo assim não será um processo que agregue valor do ponto de vista do cliente.

Terceirizar este processo será pular as etapas e ir direto para o objetivo final: qualidade no tingimento das malhas. A empresa terceirizada será uma empresa especializada em tintura de tecidos.

A segunda situação demonstra um exemplo que a terceirização não colabora com o aumento da eficiência da empresa. A situação apresentada caracteriza uma empresa que não tem um produto próprio e que o desafio em questão impacta diretamente no resultado da empresa. Um e-commerce que revende produtos precisa ter foco no atendimento ao cliente.

Este processo define a confiança do cliente para com a empresa ao efetuar a compra, confiar o atendimento ao cliente à outra empresa impede que se tenha controle sobre esse processo. Reformular o processo de atendimento e investir em treinamento aos colaboradores alavancará as vendas e melhorará a imagem da empresa perante os consumidores.

Os cenários apresentados são fictícios, mas ilustram bem as duas possibilidades. Analisando qualitativamente a terceirização, o produto final ou a imagem da empresa não deve estar atrelados ao processo terceirizado. Assim, terceirizar é vantajoso quando um processo precisa ser especializado e desvantajoso quando se trata da principal competência da empresa.

E você, conhece outros exemplos de quanto vale a pena ou não terceirizar? Conta para a gente nos comentários!

Veja Também: Afinal, qual a importância e viabilidade da manutenção preditiva nos processos produtivos?

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Engenharia 360

Isabella Pentagna

Engenheira de Gestão em formação, é Tecnóloga em Logística e Bacharel em Ciência e Tecnologia. Interessada em Confiabilidade e Negócios. Suas três paixões são a engenharia, a moda e a música.

O AutoCAD Civil 3D é um dos melhores softwares para engenharia civil e tem chamado a atenção por conta de suas ferramentas diferenciadas.

Foi desenvolvido pela empresa americana Autodesk, que também é a desenvolvedora do AutoCAD e outros aplicativos para engenharias e arquitetura.

O que acha de conhecer mais sobre o programa para ver se ele se encaixa em suas necessidades? Acompanhe o artigo!

O que é o AutoCAD Civil 3D?

O AutoCAD Civil 3D é uma extensão do AutoCAD. Houve uma melhora na sua plataforma CAD para uma versão mais completa e pertinente para grandes projetos de infraestruturas.

Esse software conta com ferramentas de outros programas da Autodesk, como o AutoCAD e o AutoCad Map.

Desta forma, com o programa é possível desenvolver projetos de forma automatizada, visando ganhar tempo, agilidade e precisão. Facilita desenhos e aplicações futuras, além disso, diminui retrabalhos e custos sobre eles.

tela do software AutoCAD Civil 3D

Conheça o ‘Projete Fácil BIM’ – uma realização Engenharia 360! Aproveite para aprender BIM e faça projetos de Engenharia até 70% mais rápido! São 15 aulas distribuídas em 2 módulos. Confira!

Aplicações do AutoCAD Civil 3D na Engenharia

Com o software AutoCAD Civil 3D é possível a aplicação de seus recursos em diversos projetos da construção civil. Por exemplo:

  • Projeto geométrico de rodovia
  • Projetos de terraplanagem
  • Drenagem
  • Projetos de pavimentação
  • Projetos de sinalização

A automatização das etapas é um dos grandes diferenciais. Outra vantagem é que ele faz um detalhamento minucioso de cada componente do projeto. Além disso, conta com a tecnologia BIM (Building Information Modeling), promovendo recursos integrados.

Dito isso, é possível, por exemplo, utilizar produtos cartográficos criados por outros softwares. Além da possibilidade criar certos produtos, principalmente para plantas topográficas, além de mapa de elevações, mapa de declividades, entre outros.

Comparação com concorrentes

Alguns softwares podem ser bastante atrativos quando comparados com o AutoCAD Civil 3D, justamente por serem completos assim como ele. Conheça os principais:

Revit

Software que também possui automatização de processos, tecnologia BIM, modelagem 3D, entre outras funções.

Leia mais sobre o Revit em um post especial.

Infraworks

Desenvolvido para auxiliar nos fluxos de trabalho do BIM, disponibiliza opções de trabalho na nuvem, além de automatização de processos, entre outras funções.

SAP2000

Possui interface unificada para modelagem 3D, análise e dimensionamento. Foi desenvolvido principalmente para criação de estruturas complexas.

imagem de estrada feita com SAP2000, software para engenharia

Licença para profissionais e estudantes

Para os interessados em trabalhar com o AutoCAD Civil 3D, há versões de teste, para estudantes e também as pagas, que são destinadas a profissionais.

A edição para estudantes é gratuita e pode ser aproveitada por um ano. Ou seja, é excelente para treinar ao máximo o que o programa tem a oferecer para atividades acadêmicas.

Também há uma versão demo gratuita, com validade de 30 dias, a qual você pode baixar clicando aqui.

Para quem está pensando em comprar a Autodesk oferece descontos de acordo com os pacotes obtidos. Você pode dar uma olhada nos preços e nas formas de pagamento no site oficial da marca clicando aqui.

Quer conhecer mais algum software de engenharia além do AutoCAD Civil 3D? Deixe o nome dos softwares nos comentários!

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Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

O Engenharia 360 entrevistou a engenheira Roberta. Ela compartilhou conosco sobre como foi sua trajetória na Engenharia Elétrica e como ela ingressou no mestrado! Conhecer a história de pessoas e ouvir seus conselhos pode ajudar muito a caminhada profissional de acadêmicos e recém-formados que estão passando por essas escolhas.

Então, bora conhecer essa engenheira e saber tudo sobre sua trajetória na faculdade e no mestrado!

Engenheira eletricista
Imagem de ijeab em Freepik

Engenharia 360: Roberta, se apresente para a galera e conte o porquê você escolheu a Engenharia.

“Olá! Meu nome é Roberta Carvalho Marques, sou Engenheira Eletricista. Sou formada pela UNIPAMPA (RS) e estudante de mestrado do programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica da UNESP – FEIS (SP). Tenho 24 anos e sou natural de São Luiz Gonzaga, RS. Eu escolhi a Engenharia Elétrica mais ou menos na metade do meu terceiro ano do ensino médio. Assim como muitos jovens, me deparei com a dúvida de qual profissão seguir. Foi então que decidi procurar ajuda de uma profissional de psicologia, que na ocasião, foi de suma importância para mim.

Sempre gostei de ciências no geral! Quando adolescente, me imaginava trabalhando como bióloga, porém sempre tive curiosidade e interesse nos fenômenos físicos, e foi esse o divisor de águas na ciência. Após algumas sessões e um exame vocacional, acabei optando pela área das exatas, com o incentivo da minha família e do meu cunhado, o qual já era engenheiro eletricista e até hoje segue me dando apoio e incentivo.”

Engenharia 360: Conta para gente sobre sua graduação como engenheira eletricista e sobre quando surgiu o interesse pela área acadêmica.

“Eu nunca me considerei uma pessoa inteligente, mas hoje eu sei que posso dizer que sou dedicada em tudo que faço. Por isso, no início da minha graduação, eu levei alguns sustos, pois sempre estudei em escola pública e minha base de ensino era consideravelmente fraca. Porém, isso não foi desculpa, e sim um incentivo para buscar mais conhecimento e me dedicar ainda mais para superar os desafios que se apresentaram.

No sexto semestre de graduação iniciei minha vida na área acadêmica. Foi através de um projeto de iniciação cientifica no grupo de pesquisa GESEP, feito com a Prof. Dra. Ana Paula Carboni de Mello, a qual posso dizer que foi minha maior incentivadora para seguir nessa área, mesmo eu sempre tendo algumas dúvidas sobre minha capacidade. Desde então, minha grande área de pesquisa foi redes elétricas inteligentes, as chamadas Smart Grids.”

Engenharia 360: Como conseguiu o mestrado e como está sendo sua pesquisa?

“Entrar para o mestrado acadêmico foi algo que fiz devido ao meu bom desempenho durante a graduação, e tive a oportunidade direta logo após me formar.

Atualmente estou fazendo mestrado acadêmico na UNESP – FEIS em São Paulo, com a orientação do Prof. Dr. Dionizio Paschoareli Júnior. Minha pesquisa é sobre detecção de distúrbios de qualidade de energia elétrica em micro redes. O consumo de energia elétrica só vem aumentando. Com isso, nossos sistemas precisam estar preparados para as novas tendências do mercado, com o aumento de fontes de geração distribuída (painéis fotovoltaicos, turbinas eólicas, microgeradores a gás natural).

As micro-redes já são uma realidade no Brasil, onde podemos dar atenção na qualidade de energia que é fornecida ao consumidor final, principalmente quando essas micro-redes funcionam em modo isolado. O meu assunto de pesquisa abrange várias áreas da Engenharia Elétrica, como: smart grids, qualidade de energia elétrica, modo de funcionamento de micro redes e aplicação de inteligências artificiais na Engenharia Elétrica.”

Veja Também: Como escolher a área de atuação na civil e ingressar no mercado?

Engenharia 360: Quais as vantagens e desafios de se seguir a área acadêmica?

As vantagens que vejo no mestrado são:

  • Você tem mais autonomia para administrar seu tempo, embora seja algo que você tenha que estar bem dedicado e concentrado.
  • Também a de ter a oportunidade de interagir com colegas de todo o mundo. No caso da universidade onde estudo, há muitos estudantes de outros países!
  • Outra vantagem é a de sempre estar conectado com o mais atual da sua área.

O grande desafio que essa área implica é exigir de você uma vida inteira de estudos. Além disso, é preciso uma busca constante por inovações, seja como estudante ou como orientador de seus alunos. Seguir na vida acadêmica no Brasil, em qualquer área, é algo muito desafiador, pois a população em geral não tem acesso direto ao que acontece nas universidades e assim ignoram a sua importância. Contudo, acredito que com a situação em que o mundo vive hoje, isso será algo que irá mudar.”

Engenharia 360: Quais são suas expectativas e planos para o futuro?

“Ainda tenho a perspectiva de conhecer mais o mercado prático da Engenharia Elétrica, mas também não pretendo abandonar a vida acadêmica. Acredito no equilíbrio dos dois.”

Engenharia 360: Deixe aqui seus conselhos para engenheiros ou futuros engenheiros que pretendem seguir nessa área.

“Quem sonha e sente que tem vocação para a academia deve seguir firme, pois as portas estão cada vez mais ao alcance de quem se esforça! E, mais do que nunca, precisamos de pesquisadores competentes em todas as áreas.

Para quem está em dúvida, meu conselho é: pesquise mais a respeito das vantagens e desvantagens, das áreas de pesquisas das universidades e, principalmente, se é o que você se enxerga fazendo!

Estudar o existente já é uma coisa muito boa, e procurar inovar e ser, nem que seja uma pequena parte dessa inovação, é algo melhor ainda! Independentemente de suas dificuldades e obstáculos, utilize-os como incentivos para procurar ser melhor como estudante, profissional e pessoa.”

Que belo relato hein?! Espero que tenham gostado! Até a próxima!

E você, como foi a sua trajetória até aqui? Conta para a gente nos comentários!

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Engenharia 360

Júlia Sott

Engenheira Civil, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; estudou também na Stanford University; passou um período trabalhando, estudando e explorando o Vale do Silício, nos Estados Unidos; hoje atua como analista de orçamentos ajudando a implantar novas tecnologias para inovar na construção civil.