Você já deve ter ouvido falar da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), dada pela Lei  12.305, de 2 de agosto de 2010. Ela define diretrizes e princípios relativos à gestão de resíduos e aborda a noção de Logística Reversa.

Criada para lidar com o impacto das embalagens e de outros produtos comercializados pelas empresas, esse instrumento diminui as externalidades negativas e promove uma economia mais regenerativa. 

A aplicação da logística reversa é uma maneira de se posicionar de forma mais sustentável e consciente no mercado. Essa sustentabilidade, tão defendida nos dias atuais, vê na logística reversa um forte aliado para sua materialização.

Esse posicionamento é essencial para se manter diante do crescimento do consumo consciente na sociedade, agregando valor para o produto oferecido e desenvolvendo economicamente sua empresa.

O que é?

A logística reversa se trata de um conjunto de estratégias e ações para recolher e dar uma destinação mais adequada a materiais que foram obtidos através de algum processo de produção. 

Ou seja, é uma soma de processos e seus respectivos meios de implementação, capazes de captar e dar destinação adequada em produtos, no processo conhecido como pós venda ou pós consumo, para que tais produtos possam ser reaproveitados novamente no setor industrial. Em caso de condições não reaproveitáveis, a logística reversa, deve, então, garantir que os materiais obtidos sejam descartados de forma ambientalmente adequada.

papelão amontoado encaminhado para logística reversa
Imagem: Michael Jim | via Unsplash

Para isso ocorrer, foi instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. Esse conceito significa que a responsabilidade de uma empresa por um produto comercializado não acaba quando ele é comprado pelo consumidor, mas apenas quando a empresa consegue retornar os resíduos para a cadeia produtiva.

Antes que fiquemos na redundância do apelo ambiental, é importante frisar que essa preocupação não surge estritamente por conta desse viés. O cuidado ambiental surge da necessidade de manter a economia e sociedade em funcionamento e equilíbrio.

Preciso realizar a Logística Reversa na minha empresa?

A resposta é simples e direta: sim!

A PNRS, que regula a Logística Reversa, define a responsabilidade de cada um dos atores e também verifica, através dos órgãos reguladores de cada Estado, o seu cumprimento ou não. Em São Paulo, por exemplo, desde 2015 o CETESB exige a comprovação da logística reversa para licença ambiental.

Além disso, os projetos que visam manter o equilíbrio entre a atividade empresarial e a natureza resultam em diversos benefícios para os empreendimentos que buscam aproveitar essa oportunidade.

Através de um potencial de redução de custos, o caráter financeiro da logística reversa pode ser dividido em duas áreas, sendo elas o aumento da lucratividade e economia de recursos.

Essas ações podem, inclusive, colaborar para que a empresa cresça e se destaque, já que o mercado consumidor tende a optar por empresas que atuem de maneira ecológica e que possuam certificação pelos órgãos fiscalizadores, como é o exemplo da ISO 14000.

Exemplos de Logística Reversa para os diferentes segmentos (de pneus a medicamentos)

Antes da PNRS, já havia a Logística Reversa para:

  • pneus inservíveis;
  • embalagens de agrotóxicos;
  • óleo lubrificante usado ou contaminado e;
  • pilhas e baterias.

Além de algumas práticas empresariais – que hoje podem ser entendidas como logística reversa – já existissem há muito tempo, inclusive no Brasil, como o retorno de garrafas de cerveja.

A PNRS veio para definir as diretrizes e instrumentos para os tipos de materiais que causavam impacto ambiental, econômico e social, e ainda assim, não tinham legislação definida. São eles:

  • embalagens plásticas de óleos lubrificantes;
  • lâmpadas fluorescentes e de luz mista;
  • produtos eletroeletrônicos e seus componentes;
  • embalagens em geral e;
  • resíduos de medicamentos e suas embalagens.

Preciso comprovar juridicamente que faço a Logística Reversa?

Um ponto central da Logística Reversa é a sua comprovação. Se você executá-la sem ter como comprovar, sua empresa ainda assim poderá ser autuada juridicamente.

O futuro da logística reversa no Brasil

Compreender a aplicação instrumento no mundo dos negócios é um diferencial mercadológico e uma necessidade central para a gestão de resíduos no Brasil.

Vimos aqui a responsabilidade de cada um e algumas ações que colaboram não apenas com a proteção jurídica de uma empresa, como também com a imagem e visibilidade de uma marca para um público ainda mais engajado.

Público este que percebe o quanto o futuro pode ser ameaçador com a irreversível mudança climática ou ainda com as bilhões de toneladas de lixo poluindo nossos solos. Aprenda um pouco mais sobre Logística Reversa com o exemplo do Grupo Boticário no vídeo abaixo:

Referências: CETESB; MMA

Leia também:


Sobre a autora:

Logística Reversa: por que aplicar no seu negócio?

Estudante de Engenharia de Produção pela Universidade Federal Fluminense. Voluntária no Engenheiros Sem Fronteiras Brasil.

Letícia Gonçalves – Coordenadora de Qualidade do Engenheiros Sem Fronteiras Brasil


E você? Já conhecia esse conceito? Conseguiu compreender a sua importância? Esse instrumento é aplicado no seu local de trabalho? Conta para a gente!

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Engenharia 360

Engenheiros Sem Fronteiras Brasil

Ser Engenheiros Sem Fronteiras é acreditar na importância da engenharia para o desenvolvimento social e ser protagonista desta transformação.

Espaços públicos abertos, livres de edificações e circulação de trânsito, são por suposição mais acessíveis a todos os cidadãos, dando maior autonomia aos indivíduos e grupos, podendo ser democráticos e abrigar diversidade. Baseado nesses princípios surgem os parques urbanos. Como um dos maiores exemplos de parques urbanos no Brasil, está o Parque Ibirapuera, centro de cultura, lazer e esportes, um grande espaço arborizado, numa cidade tão cinza quanto São Paulo.

O Surgimento dos parques urbanos

A ideia de parque surge na Europa, no momento da Revolução Industrial, como alternativa verde e recreativa para a sociedade. Mais tarde, alia-se a essas razões a noção de embelezamento urbano.

Com o intuito de seguir os padrões Europeus, inspirados em parques como o Hyde Park, em Londres, e buscando reconhecimento internacional para a cidade de Nova York, em meados do século XIX, ricos comerciantes e proprietários de terra, pressionaram o governo para a criação de uma área de recreação e lazer na cidade. Entre a definição do local e a construção, foram por volta de 6 anos e, no inverno de 1859, o Central Park foi inaugurado para o público nova-iorquino.

No Brasil, com as motivações invertidas, ou seja, primeiramente buscando o embelezamento urbano e depois pela necessidade de alternativas verdes de lazer, os parques surgiram um pouco mais tardiamente do que na Europa e EUA – assim como ocorreu com a Revolução Industrial.

Em São Paulo, apenas a partir da década de 1970 que há uma maior valorização do lazer, fazendo com que surja uma política de implementação de parques municipais que fossem mais voltados para o uso esportivo e recreativo.

O Parque Ibirapuera

Inaugurado em 1954, o Parque Ibirapuera teve inicialmente seus jardins desenhados pelo paisagista Otávio Augusto Teixeira Mendes e suas construções históricas, como os pavilhões que abrigam museus, o auditório e a marquise, concebidas por ninguém menos que Oscar Niemeyer, com projetos estruturais do engenheiro Joaquim Cardozo. Posteriormente, conforme as demandas da população vinham surgindo, o parque foi sendo adaptado a essas necessidades, levando a um “ponto de saturação” e ao indispensável Plano Diretor para auxiliar na resolução de conflitos.

Lago do Ibirapuera com a Fonte ligada e prédios ao fundo
Lago do Parque Ibirapuera

A gestão do parque, assim como sua administração, fica a cargo da Prefeitura de São Paulo. No entanto, a partir de 2014, o Parque Ibirapuera, passou a contar também com uma associação de amigos consolidada, de nome “Parque Ibirapuera Conservação”, que se dispõe a estimular o uso consciente dos equipamentos públicos pelos usuários, restaurar espaços e promover a melhoria das áreas verdes e abertas.

Como funciona a região do Central Park?

O parque americano possui o dobro do tamanho do brasileiro, mas isso não dificultou seu desenvolvimento, nem sua transformação em ponto turístico internacionalmente conhecido. O Central Park, em seu pior momento, recebeu um número de visitantes próximo aos que o Parque Ibirapuera recebe atualmente.

Acontece que, na década de 1970, o parque nova-iorquino estava abandonado, sem as manutenções municipais e sofrendo com a violência. Incomodados com essa situação, um grupo de vizinhos bancou um estudo cujo objetivo era a recuperação do local. Desse grupo surgiu uma ONG que até hoje é responsável pela gestão do parque e por três quartos dos custos dele. Diferentemente do Brasil, os EUA têm uma cultura muito forte de filantropia. Só o Central Park possui mais de 40 mil contribuintes através da Central Park Conservancy.

Vista superior do Central Park
Vista aérea do Central Park

Tanta dedicação trouxe o parque de volta e junto dele muitos visitantes. A movimentação da área motivou a prefeitura de Nova York a leiloar terrenos e permitir construções cada vez maiores, inclusive recebendo como contrapartida dos incorporadores, novos parques e a manutenção deles. Nas imediações do parque, por exemplo, há terrenos que possuem coeficiente de aproveitamento igual a 14, ou seja, é permitida a construção com área 14 vezes o tamanho do seu terreno.

Uma das maiores fontes de arrecadação da cidade de Nova York, o Central Park arrecada anualmente mais de 1,5 bi de dólares com imposto territorial, locações para imagens para diferentes fins e gastos do público no parque, sendo o imposto responsável por mais de 50% desse valor. Além disso, quase 40% das vagas em hotel da cidade ficam próximas ao parque.

Por que não é possível reproduzir o modelo no Ibirapuera?

A limitação de recursos para investimentos no Parque Ibirapuera e as leis que protegem o parque e a região não permitem que ela se desenvolva como na cidade americana. Tombado pelas 3 esferas da federação, o Ibirapuera possui legislação rígida que limita as atividades em seu interior e no entorno.

Ao observar a legislação urbana de São Paulo, vemos que os zoneamentos da região só permitem construções de áreas até uma vez o tamanho do terreno. Para alguns zoneamentos pode-se chegar até 4 vezes mediante a uma outorga onerosa. Fato é que, para toda a cidade de São Paulo, o caso se repete. O valor máximo de coeficiente de aproveitamento é igual a 4 e isso não é muito diferente no resto do Brasil.

Nosso país não possui uma cultura de grandes arranha céus. Pouquíssimas cidades destacam-se nesse quesito, e uma delas é Balneário Camboriú. A cidade localizada no litoral do estado de Santa Catarina possuía, até o começo desse ano, 5 entre os 10 edifícios mais altos da América do Sul, sendo 6 dos 10 maiores prédios do Brasil, ocupando inclusive a primeira posição do ranking brasileiro. Para tanto, a cidade oferta números altos de coeficiente de aproveitamento, além de gabarito livre.

Tanto estímulo movimentou o nicho de apartamentos de altíssimo padrão, e criou uma competitividade entre as empresas, que buscam sempre o maior e mais luxuoso prédio da cidade. Essas características fizeram com que Balneário Camboriú recebesse o apelido de “Dubai Brasileira”. Mas a cidade Catarinense encontra-se quase solitária nesse quesito no Brasil.

Desde 2017, a Prefeitura da cidade de São Paulo iniciou um movimento buscando melhorar o Parque Ibirapuera e demais outros através do setor privado, com o objetivo também de desonerar a máquina pública. A ideia da prefeitura é uma Concessão Pública de prestação de serviços para os próximos 35 anos.

Desde então, vem sendo elaborado um novo Plano Diretor para o parque, contando inclusive com consultas públicas, sendo a última realizada agora no mês de agosto. Essas consultas foram uma exigência do Ministério Público Estadual, atendendo as preocupações da população de que, antes dessas concessões, deveria ser aprovado esse novo Plano Diretor, contendo as normas e procedimentos que direcionariam as ações, usos e cuidados com o Parque, mantendo sua essência de equipamento público como ferramenta de preservação ambiental, cultural e de lazer para os cidadãos.

Ainda assim, o novo Plano está aquém no que se refere a paridade do parque com seu irmão americano. Ainda haverá muitas limitações de seu uso quando se trata de eventos diferentes do usual, incluindo seu uso para locação publicitária, que deve sempre atender aos horários de funcionamento do Parque.

Pode-se perceber, portanto, que para alcançar o “status Central Park”, o Parque Ibirapuera ainda necessita de muitas mudanças, que não dependem apenas do poder público, mas também de toda a população, a começar pela grande diferença de que o parque brasileiro é gradeado e fechado com portões, enquanto o americano tem livre acesso a qualquer momento. Assim como lá atrás a população nova-iorquina buscou revitalizar e proteger seu grande parque, é necessário que haja esse espírito de preservação e cuidado com a coisa pública também nos brasileiros.

Referências: Novo Plano Diretor, Administração Central Park, Modelo impedido por leis, Quadro zoneamento SP, Central Park, Balneário Camboriú

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E aí? Você concorda que a região do Ibirapuera deveria se desenvolver mais, atraindo mais a população e o turismo, ou acredita que o parque já está no rumo certo e deveria ser preservado cada vez mais?

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Engenharia 360

Marceile Torga

Engenheira Civil, apaixonada por sua profissão, que gosta de aprender de tudo um pouco e de ensinar também.

Para que uma empresa perdure no mercado e permaneça competitiva, independente do seu porte, a gestão da qualidade é fundamental, tendo em vista que influencia diretamente no contentamento dos clientes, investidores, fornecedores e outros colaboradores da organização. Por esse motivo, a implementação de melhorias contínuas garante vantagens, quando aplicada a serviços, processos e produtos.

Veja Também: A atuação do engenheiro de produção como perito judicial: desafios e oportunidades

Em que consiste a gestão da qualidade?

Essa ferramenta estratégica é muito utilizada nas organizações, pois proporciona uma visão clara e objetiva acerca de todos os setores da empresa, além de estar nivelada a outros princípios e técnicas respeitados em todo o mundo. Por meio dela, é possível gerir e monitorar todos os fluxos e interfaces das atividades organizacionais desde a gestão de dados até a parte de contabilidade e finanças , oportunizando resultados acima da média e a completa satisfação dos clientes.

Além disso, essa gerência direcionada à qualidade dos processos gerais de uma empresa também objetiva comandar e supervisionar toda a extremidade organizacional, com o intuito de otimizar o serviço e alcançar resultados acima da média para os produtos. Para isso, são empregues algumas ferramentas de qualidade ou concepções dessa maneira de gerenciamento que devem ser vistas e utilizadas dentro de qualquer instituição. Assim, diversos benefícios financeiros e econômicos dos processos de gestão da qualidade podem ser atingidos.

práticas de gestão de qualidade
Imagem de Drazen Zigic em Freepik

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Qual a diferença entre Engenharia de Produção e Engenharia Industrial?

Explorando essa ferramenta estratégica

Primeiramente, as empresas devem compreender o real significado de qualidade para então entender os seus princípios e aplicá-los. Essa palavra se origina do latim qualitate. A NBR ISO 9000 explica qualidade como o estágio em que um conjunto de características intrínsecas correspondem a condições. Pode ser mensurada quando atinja ou supere as expectativas dos clientes, considerando que cada indivíduo tem uma visão e opinião distinta em relação ao serviço ou produto que adquire, baseado em experiências particulares, expectativas e necessidades.

Esse conceito sofreu modificações com o passar dos anos, acompanhando o crescimento da exigência por parte dos consumidores em suas avaliações. A NBR ISO 10014 de 05/2008 oferece orientações para a compreensão de proveitos financeiros e econômicos mediante a aplicabilidade dos oito princípios de gestão da qualidade decorrente da NBR ISO 9001 também chamados de princípios de gestão, que têm foco na abordagem do processo, na liderança e envolvimento de pessoas, na melhoria contínua e no cliente.

A adesão dessa gestão é uma escolha tática da alta liderança e comprova que existe um vínculo entre a gestão eficaz e o ganho de resultados financeiros positivos. Afinal, a aplicação de estratégias adequadas permite o desdobramento de uma conduta sistemática constante para evidenciar os propósitos econômicos. Esses benefícios são geralmente alcançados por meio da implantação de processos cabíveis que otimizem o valor e a saúde geral da empresa.

práticas de gestão de qualidade
Imagem de Drazen Zigic em Freepik

Veja Também: Métricas Lean: conheça os 7 indicadores de produção industrial

Quais são as vantagens da metodologia Plan?

A junção adequada desses princípios de gestão fundamenta-se na utilização da metodologia Plan – Do – Check – Act (PDCA) que, traduzindo, corresponde a Planejar – Fazer – Checar – Agir. Por meio dessa abordagem, a alta direção pode desenvolver atividades, reservar recursos pertinentes, classificar requisitos, executar ações de melhoria contínua e mensurar resultados, para averiguar a eficácia. Além disso, também auxilia na tomada de decisões mediante a avaliação de informações, sejam elas relacionadas à elaboração de um produto, realização de acordos financeiros ou determinação de táticas comerciais.

Desse processo, resultam os benefícios financeiros e econômicos. Da aplicabilidade desses recursos de gestão, decorrem: crescimento da lucratividade empresarial, aperfeiçoamento do capital intelectual, diminuição dos custos, otimização do processos e do fluxo de caixa, redução nos custos e no tempo de apresentação de um produto, performance superior da cadeia de suprimentos, aumento da credibilidade e da sustentabilidade, além da responsabilidade por parte dos funcionários. Essa diretriz é admissível em instituições com produtos que abrangem materiais e apetrechos, informações e serviços e materiais processados.

Um modelo global com as etapas para conquistar benefícios financeiros e econômicos está apresentado abaixo:

práticas de gestão de qualidade
Representação da aplicação do método PDCA. Imagem: Revista AdNormas

Quando ocorre a realização de ações que abrangem o planejamento, análise e controle de finanças, a gestão financeira está decorrendo dentro da empresa. Essa gerência eficaz pode ocasionar na elevação do patrimônio da organização, por intermédio do lucro atingido mediante mecanismos empresariais.

Conheça a fundo as 5 ferramentas e metodologias para melhorar a gestão da qualidade.

Você trabalha ou deseja atuar na área de gestão da qualidade? Conta para a gente nos comentários!

Veja Também:


Fontes: Revista AdNormas.

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

Infelizmente, é muito comum encontrarmos pessoas centralizadoras, seja nas organizações, na vida acadêmica ou até mesmo entre nossos familiares. Essas pessoas acreditam que não compartilhar conhecimento sobre processos organizacionais ou tarefas que dominam é a melhor maneira de se manter no controle e garantir o próprio crescimento. Elas encaram a vida como uma competição.

Por outro lado, há aqueles que sempre acreditaram no compartilhamento de conhecimento como uma forma de aprendizado colaborativo. Eu, por exemplo, sempre fui assim. Dediquei-me aos estudos, fazia resumos e amava compartilhar minhas anotações com colegas. Apesar disso, era frequentemente taxada de “boba” por aqueles que achavam que meu esforço deveria ser cobrado. Te conto mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

compartilhamento de conhecimento
Imagem de William Fortunato em Pexels

A importância do compartilhamento de conhecimento

Durante a faculdade, meus resumos e cadernos eram copiados por todos. Eu ouvia constantemente: “Você deveria cobrar por isso”. Mas nunca me arrependi. Compartilhar o que eu sabia, fosse material de estudo ou dicas de aprendizado, sempre trouxe mais satisfação do que qualquer outra coisa.

Embora eu tenha me questionado várias vezes se estava certa em dar tanto de mim, ao final, concluí que o compartilhamento de conhecimento só me fortaleceu. Além disso, como extensionista e monitora, tive o privilégio de ensinar e ajudar muitos alunos que, como eu, precisavam de apoio.

Os benefícios de estudar em grupo

Estudar em grupo sempre foi uma experiência ímpar. Rodeada de pessoas com opiniões, memórias e métodos de aprendizado diferentes, aprendi muito mais do que estudando sozinha. O aprendizado colaborativo é uma maneira de enxergar com os olhos de outros e absorver novos conhecimentos. Cada pessoa tem algo a agregar, e isso torna o processo ainda mais rico.

compartilhamento de conhecimento
Imagem de Kampus Production em Pexels

O legado do conhecimento e o orgulho em compartilhar

No final, me formei com destaque e uma medalha de honra, mas meu maior orgulho não é esse. Meu orgulho está em ter compartilhado, ensinado e ajudado a criar um ambiente onde o conhecimento circulava livremente. Tenho certeza de que o conhecimento é uma ferramenta para transformar o mundo, e compartilhá-lo é a melhor maneira de romper barreiras e promover o crescimento mútuo.

Infelizmente, conheci pessoas na faculdade que adotaram uma postura egoísta. Não compartilhavam conhecimento, e, no fim, isso se voltou contra elas. Sem amigos, sem apoio, enfrentaram mais desafios do que aqueles que se abriram para colaborar.

O poder do conhecimento compartilhado

Acredito que todos deveríamos ser menos egoístas e mais humanos. Um dia, você é a pessoa que ajuda; no outro, pode ser quem precisa de ajuda. Compartilhar conhecimento gratuitamente, sempre que possível, é a chave para construir uma corrente de aprendizado que pode mudar realidades.

compartilhamento de conhecimento
Imagem de Keira Burton em Pexels

E você, como tem compartilhado seu conhecimento? Deixe seu comentário!

Veja Também: Expert em currículo aponta os erros mais irritantes que os candidatos cometem


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Engenharia 360

Giovanna Teodoro

Engenheira Mecânica e Pós Graduanda em Gerenciamento de Projetos. Mineira curiosa que se divide entre a engenharia, a leitura, a escrita e a música. Não carrego certezas, mas sigo querendo aprender.

Realizar um estágio é fundamental para estudantes de engenharia que desejam se destacar no mercado de trabalho. Enquanto o conhecimento adquirido na faculdade é importante, saber aplicá-lo na prática é essencial para se tornar um profissional completo. Por isso, os estágios são uma excelente oportunidade para desenvolver a relação entre teoria e prática.

No entanto, conquistar o primeiro estágio em engenharia pode ser um grande desafio. Entre as dificuldades mais comuns estão a baixa oferta de vagas, a grande concorrência e a exigência de experiência prévia. Além disso, muitas vezes são os próprios estudantes que, sem perceber, criam barreiras que dificultam o processo.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar os três principais obstáculos enfrentados por estudantes de engenharia ao buscar o primeiro estágio e oferecer dicas práticas para superá-los.

1. Insegurança: Um Obstáculo Comum

É intrínseco do ser humano o medo de começar algo novo. Aquela insegurança de não saber se vai dar certo, se realmente é a melhor escolha e o melhor momento. São sentimentos normais em qualquer pessoa e para os estudantes de engenharia não é diferente.

Iniciar um estágio acarreta mudanças significativas no cotidiano, principalmente, em relação ao tempo. Os dias ficarão muito mais corridos, talvez seus horários de estudo tenham que ser realocados para os finais de semana ou até as madrugadas. Com isso, surge o grande medo de não conseguir se dedicar o suficiente nas matérias da faculdade, tirar notas baixas e acabar reprovando.

Além disso, o sentimento de incapacidade também pode te bloquear de alcançar o estágio. A maioria dos estudantes, quando entram na faculdade, ainda não tiveram contato direto com a engenharia na prática. Essa distância traz a insegurança de não ser capaz de realizar as atividades solicitadas no estágio, o medo de errar e de sofrer consequências pelos erros.

primeiro estágio em engenharia
Imagem de freepik.com

Dica para Superar a Insegurança

O importante neste caso é sempre ter em mente que o principal papel do estagiário na empresa é aprender. E, durante qualquer aprendizado, erros são comuns e serão fundamentais no crescimento do estagiário dentro da empresa. Só assim o aluno conseguirá ser útil para a empresa. Afinal, o estágio é uma via de mão dupla, onde a empresa ajuda o estagiário e, por sua vez, o estagiário ajuda a empresa.

2. Falta de Formação Complementar

Um erro muito comum entre os estudantes é se limitar ao que é ensinado dentro de sala de aula. Independente se a faculdade é pública ou particular, se tem 3 ou 8 horas de aula por dia, os conteúdos repassados pelos professores não são suficientes para a formação.

Aliado a isso, temos um mercado de trabalho e de estágio na engenharia cada vez mais competitivo. As grandes oportunidades são escassas e a concorrência é enorme, por isso, se destacar em meio aos demais é fundamental. Um dos requisitos que as empresas sempre levam em consideração é a experiência de atuação na área, mas para quem está em busca do primeiro estágio, experiência pode não ser o ponto forte.

primeiro estágio em engenharia
Imagem de freepik.com

Como se Destaca

Diante disso, uma das melhores maneiras de se sobressair é buscando formações complementares, como a realização de cursos, pesquisas científicas, apresentação de trabalhos em congressos, publicações de artigos, monitorias, entre outros. A participação em cargos dos centros acadêmicos, empresas júnior e ligas acadêmicas também podem contar pontos a favor.

A regra é clara: se as oportunidades não são tão frequentes e a concorrência é grande, se faz necessário estar preparado para aproveitar quando uma vaga surgir.

3. Pouco Networking: O Poder das Conexões

É comum vermos pessoas conquistando vagas pelo famoso “QI” (Quem Indica). No entanto, isso às vezes gera grande revolta, principalmente daqueles que não possuem indicação. Mas a verdade é que o “QI” pode ser muito bom, tanto para empresa quanto para o candidato. E um erro dos estudantes é não tentar ser esse candidato indicado.

Por mais que os processos de seleção têm sido cada vez mais criteriosos e eficientes, com entrevistas, testes de personalidade e de conhecimento, é impossível para a empresa contratante concluir, com 100% de certeza, quem é o candidato ideal para ocupar a vaga de estagiário. Sendo assim, receber a indicação vinda de alguém de confiança da empresa vale muito na seleção.

primeiro estágio em engenharia
Imagem de freepik.com

Dica de Networking

Para o estudante que quer ser o candidato com indicação, o grande segredo é o networking. Uma frase bem conhecida dos negócios diz que “só é lembrado quem é visto”, ou seja, é preciso estar em contato de alguma forma com as empresas para ser lembrado no momento das seleções.

Há muitas maneiras de manter esse contato através do networking. Como, por exemplo, participar de eventos dentro e fora da faculdade, marcar presença nas redes sociais das empresas e, também, manter sempre um diálogo com seus professores, pois eles podem te ajudar muito nessa parte.


Dicas para Conquistar o Primeiro Estágio em Engenharia

O estágio é uma das melhores oportunidades de aprendizado dos estudantes de engenharia. É por meio deles que se coloca em prática os conteúdos vistos em sala de aula, servindo como preparo para o mercado de trabalho, além de ajudar o estudante a definir em qual área da engenharia irá atuar como profissional.

Mas conseguir o estágio, especialmente o primeiro, pode demorar um pouco e demandar um grande esforço. Os motivos vão desde o mercado saturado, com poucas oportunidades e grande concorrência, até os bloqueios citados acima, que os próprios estudantes criam e que os atrapalham na conquista da vaga.

No entanto, todos esses fatores podem ser superados pelos estudantes. Seguindo as dicas dadas no texto é possível driblar as dificuldades do mercado, se destacar em meio aos demais e conseguir o tão esperado primeiro estágio na engenharia.

Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo: você já conseguiu seu primeiro estágio? Quais foram os maiores desafios?

Veja Também:

Como conseguir um estágio durante a pandemia?

Quero ser um estagiário de sucesso, como fazer?


Fontes: AltoQi, Engenharia da Engenharia Civil

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Engenharia 360

Matheus Felipe Silva

Engenheiro Civil em formação na UFMT. Pesquisador, redator, sonhador, apaixonado por futebol e engenharia. Seu propósito de vida é ajudar pessoas.

Durante meu intercâmbio na Califórnia em 2019, realizei um dos passeios mais impactantes da minha vida: uma visita à famosa Ilha de Alcatraz, em São Francisco. Hoje considerada um parque nacional dos EUA, a antiga prisão de segurança máxima é um dos pontos turísticos mais visitados do país.

Mas o que torna Alcatraz tão fascinante? Quais mistérios envolvem essa prisão localizada no meio da Baía de São Francisco? Neste artigo do Engenharia 360, você confere curiosidades históricas, detalhes sobre o tour e tudo que faz desse local um ícone mundial. Acompanhe!

Onde fica a Ilha de Alcatraz?

Alcatraz é uma ilha com cerca de 9 hectares localizada a apenas 2 km da costa de São Francisco. Por estar em uma posição estratégica, inicialmente foi usada como base militar entre 1850 e 1933. Só depois se transformou em prisão federal.

Curiosidade: A ilha tem uma vista privilegiada da Golden Gate Bridge, o que só aumenta seu apelo turístico.

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Alcatraz e sua proximidade com a costa e com a Golden Gate Bridge | Imagem reproduzida de Google Maps

Breve história da Prisão de Alcatraz

A prisão foi inaugurada em 1934, em decorrência da necessidade das autoridades de um lugar isolado que oferecesse segurança máxima. Eles precisavam abrigar os piores criminosos do país, os quais tinham mal comportamento nas prisões e que apresentavam risco de fuga. Entre os prisioneiros da “Rocha”, o apelido da prisão, estivera Al Capone, um dos gangsters mais famosos dos Estados Unidos.

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Mural de fotos com alguns prisioneiros notáveis, dentre eles, Al Capone | Imagem reproduzida de @juliawsott

De acordo com o Alcatraz History, aconteceram inúmeras tentativas de fuga, mas nenhuma delas concluída com sucesso. Os prisioneiros que tentavam escapar sempre acabavam sendo pegos, mortos ou se afogavam no mar.

Fugas frustradas e a famosa “Grande Fuga de Alcatraz”

A tentativa de fuga mais violenta da história da prisão é chamada de “Batalha de Alcatraz”, onde 14 guardas ficaram feridos e 2 agentes correcionais e 3 internos morreram feridos pelo tiroteio. Após 48 horas de batalha, que pode ser ouvida facilmente de São Francisco, o tiroteio cessou. Alguns dos fugitivos foram mortos na batalha, e outros foram executados na câmara de gás.

Mas o que deixou Alcatraz famosa e contribuiu para que a prisão fechasse eventualmente, foi a chamada “A Grande Fuga de Alcatraz”, retratada no filme “Fuga de Alcatraz” estrelado pelo ator Clint Eastwood. Para quem ama ver engenhocas e invenções, o filme se torna muito interessante!

O plano de escape foi brilhante e extremamente complexo. Envolveu a fabricação de cabeças de manequins feitas para enganar os guardas, coletes salva-vidas feitos com capas de chuvas roubadas e diversas outras ferramentas. Os detentos cavaram buracos nas selas durante meses para escapar pelos dutos de ventilação, uma operação facilitada pela maresia que deixava os materiais da edificação mais fragilizados e mais fáceis de serem cavados.

Sim, o plano deu certo! Os detentos nunca mais foram vistos. Contudo, após anos de investigações do FBI, foi declarado que o plano havia falhado. A polícia alegou que eles devem ter sofrido afogamento e terem sido levados pela grande correnteza do mar ao entorno, pois as águas dali são extremamente geladas e perigosas.

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Forte correnteza em torno da ilha | Imagem reproduzida de Unplash/Matt Briney

Nas investigações, foram encontrados objetos pessoais pertencentes aos prisioneiros boiando no dia seguinte. Todavia, a pista mais significativa de que eles devem ter se afogado foi que um cargueiro relatou ter visto um corpo flutuando vinte milhas a noroeste da ponte Golden Gate, mas só relatou a polícia meses depois. Contudo, essa história até hoje deixa dúvidas, pois como os corpos nunca foram encontrados realmente, alguns dizem que eles conseguiram sim escapar.

Como nada nunca foi realmente comprovado, teorias e conspirações sempre rodaram o acontecimento. Em 2015, saiu até uma matéria no G1 que os fugitivos estariam supostamente vivos e morando no Brasil – isso mesmo. Confira a matéria clicando aqui!

Por que a Prisão de Alcatraz foi fechada?

Depois de décadas de funcionamento, a Prisão Federal de Alcatraz fechou as portas em 1963. A justificativa foi a de que os custos de manutenção eram altíssimos e que a estrutura estava extremamente degradada e custaria muito para reformar. Dizem também que a má reputação que ela adquiriu após as fugas ajudou a fechá-la.

Como é o tour em Alcatraz? Vale a pena visitar?

Como vocês viram, histórias não faltam ao redor dessa prisão. É por essas e outras que Alcatraz virou um parque nacional e transforma a visita em algo extremamente empolgante para os turistas. Eu não podia perder a oportunidade de conferir esse lugar! Valeu cada centavo!

Embarcando para a ilha

Primeiramente, você é levado para a ilha através de um barco bem legal, que já me deixou super empolgada só de ver a paisagem com a ilha ao fundo. A viagem dura em torno de 15 minutos.

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Barco levando turistas para Alcatraz | Imagem reproduzida de Imagem: @juliawsott

Posteriormente, chegando lá, um guia te direciona para o prédio principal, onde você ganha um fone pra escutar os depoimentos e histórias de funcionários e detentos da época.

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Chegando na Ilha | Imagem reproduzida de @juliawsott

Conhecendo o interior da prisão

Ao longo do tour, você vai ouvindo sobre como era a rotina, juntamente das histórias sobre acontecimentos marcantes (como a batalha citada anteriormente). Os narradores também falam com detalhes exatamente como a famosa fuga aconteceu.

Através disso, as narrações de personagens reais da história transformam o tour em uma experiência muito imersiva, pois conforme você vai ouvindo as histórias, as vozes vão te direcionando para os locais em que os fatos aconteceram.

Ali nos corredores, os quais abrigavam mais de 300 celas em 3 andares, eram denominados com nomes de ruas famosas de Nova York como “Times Square” e “Brodway”.

As celas eram minúsculas, com 2.7 metros de comprimento e apenas 1.5 metros de largura. Dentro havia uma cama, uma pia, uma privada e uma pequena escrivaninha.

Por consequência do pequeno espaço e das regras rígidas da prisão, um detento relatou o sentimentos de solidão e tristeza que habitavam lá, principalmente em feriados e festividades, quando eles conseguiam ouvir toda a animação da população de São Francisco.

Esta cela estava em destaque no tour. Consegue ver o por quê?

Alcatraz
Imagem reproduzida de @juliawsott

Sim, aqui foi o local onde um dos prisioneiros realizou sua fuga! Nela estão a abertura escavada pelo túnel de ventilação, os seus pertences e também a cabeça falsa usada para enganar os guardas.

Felizmente, a edificação está exatamente do jeito que era na época, o que deixa a experiência mais real. Por exemplo, algumas celas contém até os pertences de alguns prisioneiros! Inclusive até entrei em uma solitária, foi sinistro! E ainda há a opção de fazer esse tour a noite, deve ser mais louco ainda. Dá para sentir na pele o sentimento de estar confinado naquela ilha (e o frio também)!

O legal é que você tem acesso a todas as partes, desde o banheiro, biblioteca, cozinha e a sala do diretor. No exterior, há alguns outros prédios que serviam de residência para funcionários, suas famílias e locais de trabalho.

Alcatraz além das grades

A vida na ilha

Dá pra acreditar que, na época, 300 civis viviam lá na ilha, incluindo mulheres e crianças? Pois é! As famílias dos funcionários tinham apartamentos, uma pista de boliche e algumas lojinhas. Pelo menos, várias vezes ao dia, os civis poderiam ir e voltar da cidade com um barco.

Essa aqui era a casa do diretor, super próxima às celas. Ele usava alguns presidiários com registros de bom comportamento para ajudar na manutenção dos deveres domésticos. Na foto observa-se a grande casa toda degradada.

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Imagem reproduzida de @juliawsott

Beleza vatural e vista de São Francisco

A paisagem ao entorno da ilha é incrível! De um lado você vê a skyline de São Francisco e a Bay Bridge, e do outro a Golden Gate Bridge, juntamente com o lindo oceano pacífico. Pelo menos a galera lá tinha uma vista e tanto!

Breve vídeo para mostrar a vista de Alcatraz | Vídeo de @juliawsott

Acho muito incrível também o fato de que, de várias partes de São Francisco, é possível ver a Ilha de Alcatraz ao fundo, imponente, histórica, que inevitavelmente faz parte da história e da paisagem da cidade.

alcatraz
Imagem de Mark Boss via Unsplash

Considerações finais

A Ilha de Alcatraz é muito mais que uma prisão antiga. Ela representa um capítulo intenso da história americana – repleto de curiosidades, mistérios, beleza e dor. Um lugar que combina engenharia, arquitetura, estratégias de segurança e vida social em um só ponto.

Se você estiver na Califórnia, inclua essa visita em seu roteiro. Prepare-se para se emocionar, se surpreender e refletir.

Na conclusão deste artigo, deixo uma foto que tirei de um pôster de lá, que achei extremamente poética. No ombro de uma arte que representa confinamento, prisão e sofrimento, pousou um passarinho, com toda a sua espontaneidade, leveza e liberdade.

alcatraz
Imagem reproduzida de @juliawsott

E você, já visitou Alcatraz ou gostaria de conhecer? Compartilhe sua experiência nos comentários!


Fontes: Nps.gov, Alcatraz History.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Júlia Sott

Engenheira Civil, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; estudou também na Stanford University; passou um período trabalhando, estudando e explorando o Vale do Silício, nos Estados Unidos; hoje atua como analista de orçamentos ajudando a implantar novas tecnologias para inovar na construção civil.

Já imaginou como seria a Engenharia sem os desenhos de engenharia técnicos e os croquis? Difícil de pensar, não é? Desde os primórdios, profissões como a Engenharia sempre dependeram de representações gráficas, seja em forma de desenhos, esboços, ou até rabiscos. No passado, sem as tecnologias que temos hoje, essa tarefa exigia muito mais tempo, esforço e equipes maiores.

Os desenhos acompanham o ser humano desde a pré-história, quando nossos ancestrais começaram a pintar nas paredes das cavernas. Mas foi por volta de 3000 a.C., com os antigos egípcios, que surgiram os primeiros desenhos técnicos, graças ao domínio da Geometria — essencial para a construção das pirâmides e outros monumentos.

Outras civilizações, como os gregos, também contribuíram para o desenvolvimento dos desenhos técnicos. A partir do século V a.C., eles expandiram o conhecimento em Matemática, criando técnicas de construções geométricas que seriam aplicadas em várias áreas. Sem a Geometria e a Matemática, seria impossível alcançar a precisão necessária para os desenhos de engenharia. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Leonardo Da Vinci e a revolução dos desenhos na renascença

Leonardo da Vinci, uma das mentes mais brilhantes da Renascença, também foi pioneiro nos desenhos técnicos. Suas ilustrações ricas em detalhes mostravam diferentes perspectivas dos objetos e eram fundamentais para que ele demonstrasse suas invenções. Com o passar dos séculos, as técnicas evoluíram junto com o avanço do conhecimento humano.

desenhos de engenharia
Imagem de Leonardo Da Vinci via Wikipédia

A evolução do papel e dos métodos de cópia nos desenhos de engenharia

No século XIX, o papel para desenho técnico era feito por máquinas e geralmente possuía cor amarela clara, tendo cânhamo ou outras fibras para aumentar sua resistência e, geralmente, revestido nas bordas com tecido ou fita. Nessa época, as cópias eram realizadas pelo processo de cianotipo ou cópia heliográfica. Conseguem imaginar o quão trabalhoso era para realizar estas cópias em meados de 1850?

Já em 1870, inventaram outro método, o hectógrafo, uma atualização e aprimoramento do processo de cópias. E em 1900, tintas e lápis com cores estavam à venda e isso facilitou e enriqueceu os desenhos técnicos.

Como eram os espaços de trabalho e as mesas de desenho

Não faz tanto tempo que mudou a forma de realizar os desenhos, talvez você já até ouviu algum engenheiro mais velho comentar que os desenhos eram realizados em grandes mesas e muita paciência.

Engenheiro Desenhando
Imagem reproduzida de Arquiteto Expert

Realmente, era muito diferente, já que o trabalho era 100% manual e a necessidade de entregar o projeto a tempo fazia com que diversos engenheiros e desenhistas trabalhassem em salas com mesas enormes por uma grande quantidade de tempo.

Equipe realizando desenho
Imagem reproduzida de Arquiteto Expert

Veja Também: Inovação Digital: BIM, Gêmeos Digitais e Sustentabilidade

Nova era com os softwares de desenho técnico e a revolução do BIM

Com o avanço da tecnologia, o desenvolvimento dos desenhos técnicos mudou drasticamente. Hoje, o uso de softwares como AutoCAD e Civil 3D da Autodesk trouxe enorme produtividade e precisão ao processo. Esses programas permitem criar representações detalhadas em 2D e 3D.

Além disso, o BIM (Building Information Modeling) revolucionou a Engenharia ao permitir modelagens até em 10D, integrando informações detalhadas sobre construções e facilitando a gestão de projetos.

desenhos de engenharia
Imagem de Alena Darmel em Pexels

O futuro dos desenhos técnicos na engenharia

O homem sempre esteve ligado a avanços e invenções e, graças aos desenhos, pode expressar graficamente ideias e cálculos. Ao passar dos séculos, vimos a evolução dos desenhos que ocorreu do papel para o computador e dos desenhos em 2D para os 3D, podendo expressar de forma gráfica toda a ideia, seja ela de uma máquina ou de um edifício.

A história da Engenharia é marcada por inovações, e os desenhos técnicos desempenham um papel crucial para transformar ideias em realidade. Com a evolução dos croquis nas cavernas até as modelagens BIM, a Engenharia mostra que sempre há espaço para avanços. E você, acha que qual será o próximo passo para os desenhos técnicos?

Projeto feito por sofware em BIM
Imagem reproduzida de Hometeka

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Guilherme Menezes

Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.

O poder da Inteligência Artificial (IA) para processar grandes quantidades de dados pode acelerar a tomada de decisões nos negócios, na medicina e em outros momentos importantes de nossas vidas, mostrando, assim, sua capacidade de assumir tarefas e soluções.

O desenvolvimento dessa tecnologia mostra seu potencial ​​para atender cada vez mais responsabilidades no decorrer dos próximos anos. A pesquisa da Accenture sobre o impacto da IA em 12 economias desenvolvidas revela que ela poderá duplicar as taxas de crescimento econômico anual até 2035.

Existem vários aspectos do nosso dia a dia que já são influenciados por sistemas de IA, mesmo que isso não seja perceptível.

robo representando inteligencia artificial
Imagem: regens.com

1 – Redes sociais

Quando está a navegar no Facebook, Twitter ou Instagram, existe todo um conjunto de recomendações – de novas amizades, por exemplo – que são feitas por um algoritmo tendo por base o perfil de cada utilizador. Sobretudo no Facebook, até a posição dos conteúdos que o usuário vê é definida de forma automática pelas máquinas, o que nem sempre é positivo.

2 – Entretenimento

Se é utilizador de serviços como Spotify, Apple Music, Netflix, HBO GO ou YouTube, então está em permanente contato com a Inteligência Artificial destas empresas através dos sistemas de recomendações. Seja um novo álbum ou uma nova série, os algoritmos estudam os hábitos de consumo dos utilizadores e sugerem conteúdos novos para facilitar o consumo e manterem as pessoas nas respectivas plataformas.

3 – Sugestões de pesquisa

Você sabia que os resultados de busca do Google são diferentes para cada pessoa? Isso é Inteligência Artificial: vários parâmetros são analisados, baseados em dados colhidos do usuário. Sempre que faz uma pesquisa no Google, assim que começa a escrever alguma palavra, a ferramenta tenta adivinhar aquilo que o utilizador quer e faz um conjunto de sugestões de pesquisa.

4 – Alternativas de rotas

Quer saber qual o caminho mais rápido para chegar ao trânsito de manhã? Já existem aplicações, como o Google Maps e o Waze, que são capazes de cruzar dados de inúmeros lugares para encontrar as melhores rotas, otimizando tempo e evitando problemas no trânsito. 

5 – Assistente virtual

Seja a Siri, Cortana, Alexa, eles funcionam em diversos celulares e auxiliam em tarefas básicas como definir alarmes, lembrar compromissos, ligar para outros números, informar a previsão do tempo, entre outras funcionalidades.

imagem ilustrativa de inteligência artificial, com nome escrito em inglês em papel colado em máquina de escrever
Imagem: Markus Winkler | Via Unsplash

6 – E-commerce

O grau de satisfação do seu público pode aumentar consideravelmente com a ajuda de recomendações personalizadas para os gostos dele. A IA ajuda muito nisso, sendo capaz de detectar os traços de personalidade das pessoas a partir do comportamento delas e das demais informações fornecidas pelo usuário. Trata-se de algo valioso para diversas áreas, desde o entretenimento até o varejo.

7 – Chatbots

O atendimento ao cliente é muito intensivo e os varejistas estão adotando a Inteligência Artificial no apoio ao cliente com chatbots, para lidar com consultas simples e suporte. Com isso, os clientes agora podem usar ferramentas de chat online para realizar a encomenda de produtos, tirar dúvidas, resolver problemas e registrar reclamações.

8 – Reconhecimento facial

Até mesmo andando na rua você pode estar sendo vigiado por máquinas com IA. Câmeras de segurança que, além de gravar imagens, também interpretam cenas fora do padrão já são realidade. Essa tecnologia tem sido expandida além do setor de segurança e tem beneficiado setores como varejo, marketing e saúde.

São capazes de, por meio da identificação de expressões de emoção, registrar o motivo da visita do cliente, entender seus padrões de comportamento e melhorar os serviços, além de realizar o acompanhamento do atendimento, controle de acesso de funcionários, autenticação de clientes e de pagamentos, entre outros.

Uma das aplicações mais comuns do dia a dia é o reconhecimento facial do Facebook. Ao postar fotos de amigos, você percebe que o site indica quais pessoas estão presentes nas fotos? Isso é possível por meio de análises preditivas realizadas pelos algoritmos do site, que identificam a face dos usuários e os indicam para marcação.

9 – Finanças

Os investidores podem contar com inúmeros aplicativos e softwares, por exemplo, que lhes auxiliam na organização das finanças e até mesmo nos investimentos. O sistema aloca os recursos e acompanha a performance de cada carteira para fazer ajustes quando necessário.

10 – Recrutando os melhores profissionais

Para finalizarmos nossa lista de casos de uso da Inteligência Artificial, saiba que o processo de procura e entrevista de emprego não é um desafio apenas para os candidatos. Os empregadores também têm dificuldades para encontrar os candidatos certos para cargos disponíveis no mercado.

A Inteligência Artificial em recursos humanos está ajudando as organizações a identificar os melhores candidatos e agilizando o processo de contratação. Com a ajuda da IA, uma empresa pode filtrar facilmente os candidatos, convocando os que mais atendem as suas necessidades e realizando entrevistas mais eficientes através de uma análise precisa de dados fornecida através dos currículos.

E é só o começo da Inteligência Artificial

Análise de grandes quantidades de dados e o apoio à decisão abrirá novas oportunidades de negócios para as empresas que consigam compreender e aplicar todo o potencial da IA.

É uma tecnologia que, a cada dia, está mais presente em nossa rotina, à medida que os desenvolvimentos em TI começam a fornecer poder computacional a um preço acessível. Mas, ainda estamos no começo da transformação, muita coisa ainda está por vir.

Você conhece outras aplicações de Inteligência Artificial no nosso dia a dia? Deixe nos comentários.

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Engenharia 360

Andreza Ribeiro

Formada em Engenharia de produção, possui certificado em Business English realizado em Toronto na Stafford House Internacional. Interessada em Gestão, Finanças e Inovação, além de ser apaixonada em astronomia e viajar o mundo.

Muitas empresas tiveram que se adaptar ao chamado “novo normal”. As fábricas do setor automotivo, por exemplo, sofreram um grande impacto, devido ao elo essencial formado entre os operadores na cadeia de produção dos veículos. Com essa pressão, as atuais linhas de produção foram ajustadas e otimizadas para a nova realidade.

Mudanças foram impostas: os operadores inevitavelmente trabalhavam com muita proximidade. Dividiam caixas de peças, ferramentas e outros materiais habituais, utilizados em suas respectivas tarefas. Cenário que vai contra as medidas de segurança indispensáveis para a saúde dos funcionários, inviabilizando muitas outras condições na manufatura.

indústria automotiva
Imagem de usertrmk em Freepik

A revolução na área da Indústria Automotiva

Para preservar a saúde dos funcionários, as indústrias automotivas tiveram que reorganizar e adequar apressadamente suas instalações de fabricação. Embora sejam fundamentais, essas intervenções podem influenciar definitivamente a produtividade e o ganho de uma área de produção.

Analisando as estações de fabricação, por exemplo, enxergamos que estas precisam ser remanejadas em uma determinada linha de produção, para que os operadores humanos exerçam suas tarefas a uma distância mínima de um metro e meio. Além disso, cada funcionário deve ter seus próprios recursos de produção, para evitar a disseminação de doenças por meio do compartilhamento de ferramentas e outros objetos que possam estar contaminados. Mudanças aparentemente ínfimas, mas que podem atrapalhar o rendimento dos trabalhadores.

indústria automotiva
Imagem de usertrmk em Freepik

Outra modificação, que também pode interferir negativamente na produtividade da indústria, se refere à troca de turno. Com o intuito de garantir a segurança dos funcionários, os fabricantes devem designar um tempo aditivo entre os turnos para higienizar todo o ambiente de trabalho e os instrumentos manuseados, bem como averiguar se os operadores chegam saudáveis à fábrica. Dessa maneira, as mudanças de turno mais prolongadas correspondem a um tempo maior de produção parada e redução da quantidade diária de turnos.

Novas tecnologias de manufatura passaram a ser empregadas pelas empresas, com o propósito de amenizar os efeitos das novas medidas de segurança nas linhas de fabricação e estações de trabalho. Manufatura aditiva, realidade virtual e robótica avançada são alguns exemplos de tecnologias empregues para auxiliar no crescimento da segurança e eficiência da produção.

Um exemplo disso são os veículos guiados e automatizados (AGVs – automated guided vehicles), capazes de substituir caixas de utensílios compartilháveis, automatizar a entrega de materiais à linha de produção habilmente e realizar outras tarefas de logística, possibilitando o afastamento físico entre os operadores.

Veja Também: Quais as tendências estratégicas do setor automobilístico pós-pandemia

Como a digitalização garante um processo mais eficiente

Ainda que tragam muitos benefícios, a implementação dessas inovações tecnológicas pode requisitar grandes investimentos. Fora os desafios financeiros, as novas estações de produção devem ser testadas, averiguadas e aprovadas, de maneira que possíveis problemas sejam evitados durante a realização da produção.

É importante enfatizar que não são apenas os fabricantes de equipamento original (OEMs) que estão se habituando ao novo cenário. Os fornecedores também são responsáveis por alterar sua área de produção, respeitando, assim, as novas orientações de segurança. E enquanto ocorre essa adaptação, a digitalização mostrou-se primordial na tarefa de efetuar a produção com segurança, agilidade e superação.

Para aferir, certificar, captar problemas e aprimorar a linha de produção, soluções de softwares modernas, como o gêmeo digital, são capazes de ser simuladas, com o também objetivo de manter os funcionários seguros em seu ambiente de trabalho.

indústria automotiva
Imagem de usertrmk em Freepik

Essas soluções podem abranger dados de fontes diversificadas da produção e uni-los em relatórios importantes e contextualizados. No entanto, uma técnica de digitalização vigorosa não deve ficar restrita apenas ao layout e gerência de produção.

É imprescindível englobar gerenciamento do ciclo de vida produto (PLM), planejamento de recursos corporativos (ERP), gerenciamento de operações de manufatura (MOM) e design de produto e produção, para que as empresas consigam converter a complexidade em proveito competitivo após descomplicar as operações e aperfeiçoar a colaboração nas cadeias de suprimento.

Como ser mais resiliente mediante à digitalização

Além de tudo, a digitalização também propicia a união de empresas automotivas em situações de crise, a fim de compartilhar experiências e melhorar a colaboração. Um dos pontos positivos desse novo cenário para o setor serão as lições adquiridas com a conquista de novas parcerias. A indústria automotiva passará a ser mais resistente e solucionará desafios futuros com mais preparo.

Você concorda que essa nova tecnologia pode minimizar as consequências das novas medidas de segurança na indústria? Compartilhe a sua opinião nos comentários!


Fontes: Crypto ID.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

Quando você inicia a busca de vagas de emprego ou estágio, surgem diversas dúvidas sobre como funciona o processo e como deve se preparar.

Os processos seletivos causam medo, ansiedade e nervosismo em diversas pessoas, até porque é o momento em que você fica frente a frente com o recrutador e tem alguns minutos para demostrar que está apto para aquela determinada vaga. Porém, precisamos controlar o nervosismo e dar atenção no que realmente precisamos, como postura e perguntas que serão feitas.

Busque dar ênfase no seu CHA, ou seja, conhecimento, habilidade e atitude, pois esse conjunto de informações deve estar alinhado com que a empresa está buscando no candidato.

Explicação da sigla CHA nos processos seletivos
Imagem: Site Twygo

Antes de passarmos para as perguntas, é importante você estar preparado desde o envio do currículo. Por isso, tenha um currículo bem formatado, objetivo e claro, com as informações principais alinhadas com seu objetivo profissional. Assim que finalizar seu currículo, leia em voz alta e veja se as informações estão claras para você e comece a treinar para contar todos os pontos que você descreveu no documento no dia da entrevista.

Então, estude sobre a empresa, verifique se ela está alinhada com seus valores pessoais. Além disso, os recrutadores costumam perguntar sobre o que você pode contribuir para empresa, o que você espera da vaga, entre outras perguntas para testar o seu conhecimento.

Algumas dicas para realizar no dia da entrevista de emprego:

  • Saia de casa com antecedência: nada de chegar atrasado pois isso vai causar uma péssima impressão e pode diminuir sua chance de conseguir a vaga;
  • Tenha cuidado com seu visual: escolha uma roupa social, mas que seja confortável, lembre-se de adequar sua roupa ao tipo de empresa;
  • Autoconhecimento: é importante lembrar de todos os pontos do seu currículo para falar no momento do seu pitch pessoal. Lembre-se de evidenciar tudo que já aprendeu, conquistou e seus planos para o futuro;
  • Seja gentil: cumprimente todas as pessoas da empresa e os outros candidatos que estivem na sala de espera.

Sobre as perguntas que podem ser feitas pelo recrutador durante os processos seletivos, listei as mais comuns, mas é importante lembrar que você não deve decorar as respostas, pois isso pode prejudicar seu desempenho. Entenda o que o recrutador quer saber de você e pense como pode estruturar sua resposta para mostrar que é o candidato ideal para aquela vaga.

imagem ilustrativa de currículo

Exemplos de perguntas que podem ser realizadas:

  • Você pode falar um pouco sobre você?

Escolha 2 ou 3 principais realizações ou experiências demonstrando suas habilidades e explique quanto você aprendeu com elas.

  • Como você ficou sabendo da vaga?

Se foi por indicação, fale sobre esse amigo e quanto você ficou animado. Se foi por sites de vagas, fale como chamou a sua atenção e seu interesse.

  • Por que devemos contratar você?

Bateu nervosismo, né? Mas calma, estou aqui para te ajudar. Essa hora é o momento de mostrar que você é a pessoa certa para o cargo, falando do que você pode fazer e suas habilidades mostrando que está alinhado com a cultura da empresa.

  • Quais seus pontos fracos?

Nada de respostas clichês. Seja honesto, cite seus pontos fracos e fale o que está fazendo para melhorar.

  • O que você sabe sobre a empresa?

Neste momento, ele quer saber se você “estudou” sobre a empresa e quanto está alinhado a ela. Utilize palavras-chaves, mostre que entendeu o objetivo e traga para algo pessoal, como por exemplo, “Eu me identifique com a missão da empresa porque…”

Portanto, é crucial sua dedicação de tempo para elaboração do currículo e preparo para a entrevista de emprego. Ou seja, com foco, é possível conquistar aquela vaga tão sonhada que pode mudar o seu futuro.

Leia também: Entrevista de emprego: confira as razões para fazer perguntas ao recrutador

Conhece mais alguma dica para se destacar nos processos seletivos? Deixe nos comentários!

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Engenharia 360

Karine Rocha

Formada em Engenharia de Produção, Gestão de RH. e MBA em Gestão de Pessoas e liderança, possui certificação Black Belt em Lean Seis Sigma. Mentora na área de carreira e Consultora na área de melhoria contínua.