A tecnologia de energia solar fotovoltaica já é bastante difundida no mundo. No Brasil, inclusive, já existem diversas unidades consumidoras gerando sua própria energia. É inegável o impacto positivo que essa tecnologia traz, especialmente pelo ganho em sustentabilidade.
O princípio físico que permite gerar esta energia é o efeito fotovoltaico. Nesse efeito, a luz solar é convertida em energia elétrica através da célula fotovoltaica. Esta célula é um dispositivo constituído de material semicondutor. Um destes materiais é o Silício.
Pesquisadores, recentemente, também criaram um tipo de painel para geração de energia durante o período noturno, em processo semelhante a uma célula solar comum. O tema de geração de energia é muito relevante e sempre é motivo para pesquisas de desenvolvimento tecnológico.
A nova tecnologia desenvolvida
Uma nova tecnologia, que tem sido desenvolvida até então na Coréia do Sul, criou uma célula solar transparente. Pesquisadores da UNIST (South Korea's Ulsan National Institute of Science and Technology) conseguiram executar micro-orifícios com diâmetro na ordem de 100 μm na superfície de uma célula solar de silício cristalino (c-Si) translúcido.
A nova célula solar, descrita neste artigo, foi constituída em um substrato de silício (c-Si) transparente, de cor neutra, com espessura aproximada de 200 μm. Caso não fosse assim, a célula seria naturalmente opaca. Com a inserção dos orifícios, é possível então que a luz passe pela peça.
Os orifícios foram projetados de maneira que a faixa espectral não tivesse influência, assim, quando a luz solar atravessar a peça, a luz refletida terá a tonalidade do substrato, que, neste caso, é uma cor neutra.
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A pesquisa foi bem aceita, pois conseguiu desenvolver a melhor célula solar fotovoltaica transparente até então, com eficiência de 12,2% na conversão de energia. Células solares transparentes tradicionais tem eficiência em torno de 2%.
Os próximos passos da tecnologia
O próximo passo da pesquisa é aplicar a tecnologia em janelas, com células de 25 cm² e com eficiência de 15%, de acordo com o objetivo dos pesquisadores.
Embora o resultado seja bastante promissor, o pesquisador Kwanyong Seo ressalta: "Precisamos também ter estabilidade estrutural e resistência mecânica para aplicar nosso dispositivo em substituição às janelas de edifícios."
O fato é que a solução proposta revolucionaria os projetos de geração de energia solar fotovoltaica. Uma vez que, assim seria possível gerar a própria energia solar, sem a necessidade de instalar módulos solares nos telhados, o que muitas vezes pode afetar a concepção arquitetônica das edificações. Outro ponto é que surgiria a necessidade de um novo arranjo para as instalações, o que já deve ser um fator integrador para esta disciplina de projetos em BIM.
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Matheus Alves Martins
Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.