Nos últimos meses, o Brasil passou por queimadas constantes, principalmente em regiões de grande importância ambiental, como o Pantanal e a Amazônia. Para ajudar a combater parte dessas queimadas, o Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) do Instituto de Geociências da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) desenvolveu um software que projeta modelos de espalhamento de fogo, de modo que seja estimado o comportamento das chamas.
A origem das queimadas pode ser tanto criminosa quanto natural (como causada por queda de raios). Segundo o INPE, até setembro deste ano, a Amazônia teve 45,6% dos focos de incêndio (totalizando 76 mil pontos). Por outro lado, o Pantanal teve 23% da sua área total queimada. No cerrado, onde ocorre maior número de incêndios naturais, foram registrados 21 mil focos entre Janeiro e Agosto deste ano.

A tecnologia desenvolvida pela UFMG pretende estimar quando, onde e com que intensidade as chamas vão se espalhar em um incêndio florestal. Ela é parte do projeto chamado Desenvolvimento de Sistemas de Prevenção de Incêndios Florestais e Monitoramento da Cobertura Vegetal no Cerrado Brasileiro.
Para conseguir faze a estimativa, o software cruza um conjunto de variáveis ambientais. Segundo o professor Ubirajara Oliveira, da UFMG, “esse modelo utiliza focos de incêndio detectados por satélite como pontos de início do fogo e calcula qual a direção, intensidade e tamanho das áreas que irão queimar.”
A tecnologia possui baixo custo e deve auxiliar no planejamento ambiental de Unidades de Conservação. Ela já foi testada no Parque Nacional da Serra do Cipó (em Minas Gerais), para planejamento do combate ao incêndio que destruiu mais de 16 mil hectares do local no último mês de Outubro, e no Parque Nacional da Serra da Canastra (também em Minas Gerais), para controle de um incêndio que aconteceu em Agosto e queimou aproximadamente 24 mil hectares. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (Goiás) também já aplicou a tecnologia.
No site do projeto você pode ver como os modelos de previsão funcionam (clique aqui para acessar). Confira a seguir o vídeo que ilustra como são feitas as simulações da tecnologia da UFMG
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Fonte: Fundep
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Larissa Fereguetti
Engenheira, com mestrado e doutorado. Fascinada por tecnologia, curiosidades sem sentido e cultura (in)útil. Viciada em livros, filmes, séries e chocolate. Acredita que o conhecimento é precioso e que o bom humor é uma ferramenta indispensável para a sobrevivência.