Engenharia 360

Conheça a tecnologia da UFMG que auxilia na previsão e combate a queimadas ambientais

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por Larissa Fereguetti
| 17/11/2020 | Atualizado em 09/06/2023 3 min
Imagem de Ylvers por Pixabay

Conheça a tecnologia da UFMG que auxilia na previsão e combate a queimadas ambientais

por Larissa Fereguetti | 17/11/2020 | Atualizado em 09/06/2023
Imagem de Ylvers por Pixabay

O software já foi testado em diferentes Unidades de Conservação brasileiras.

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O software já foi testado em diferentes Unidades de Conservação brasileiras.

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma série de incêndios florestais, especialmente em áreas de grande importância ambiental, como o Pantanal e a Amazônia. Para lidar com parte dessas queimadas, o Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) do Instituto de Geociências da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) desenvolveu um software capaz de projetar modelos de propagação de fogo, permitindo estimar o comportamento das chamas.

Qual a origem das queimadas?

As queimadas podem ter origem criminosa ou natural, como causadas por quedas de raios. Segundo o INPE, até setembro deste ano, a Amazônia registrou 45,6% dos focos de incêndio, totalizando 76 mil pontos. Já o Pantanal teve 23% de sua área total queimada. No cerrado, onde ocorrem mais incêndios naturais, foram registrados 21 mil focos entre janeiro e agosto deste ano.

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prevenção contra queimadas ambientais
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em Freepik

Como funciona a tecnologia da UFMG?

A tecnologia desenvolvida pela UFMG tem como objetivo estimar quando, onde e com que intensidade as chamas irão se espalhar em um incêndio florestal. Ela faz parte do projeto chamado Desenvolvimento de Sistemas de Prevenção de Incêndios Florestais e Monitoramento da Cobertura Vegetal no Cerrado Brasileiro.

Para realizar essas estimativas, o software cruza um conjunto de variáveis ambientais. Conforme explica o professor Ubirajara Oliveira, da UFMG, "esse modelo utiliza os focos de incêndio detectados por satélite como pontos iniciais do fogo e calcula a direção, intensidade e tamanho das áreas que serão afetadas pela queima".

Vantagens

A tecnologia possui baixo custo e deve auxiliar no planejamento ambiental de Unidades de Conservação. Ela já foi testada no Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas Gerais, para o planejamento do combate ao incêndio que devastou mais de 16 mil hectares da área no último mês de outubro, e no Parque Nacional da Serra da Canastra, também em Minas Gerais, para o controle de um incêndio ocorrido em agosto, que consumiu aproximadamente 24 mil hectares. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, também já aplicou essa tecnologia.

O software desenvolvido pela UFMG tem o potencial de contribuir significativamente para a redução do número de incêndios florestais no Brasil. Ao fornecer informações precisas sobre a propagação das chamas, as autoridades e equipes de combate podem tomar medidas mais eficazes para conter e controlar os incêndios. Além disso, o planejamento adequado com base nessas estimativas pode ajudar na prevenção de incêndios e na proteção de áreas ambientalmente sensíveis.

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No site do projeto você pode ver como os modelos de previsão funcionam (clique aqui para acessar).

Confira a seguir o vídeo que ilustra como são feitas as simulações da tecnologia da UFMG:

Você acha que o software desenvolvido pela UFMG pode ajudar a reduzir o número de incêndios florestais no Brasil? Deixe sua opinião!

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Fonte: Fundep.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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