O hábito de fumar é péssimo para a saúde humana, mas também para o meio ambiente – e de um jeito que você talvez nem imagine! A lista de malefícios é quase interminável! As bitucas jogadas no chão vão para onde, já imaginou? Já te dizemos: elas vão parar em bueiros, nascentes, rios e oceanos. Terrível isso!

A saber, mais de 6 trilhões de cigarros são produzidos a cada ano em todo o mundo. O resultado disso são 1,2 milhão de toneladas de lixo tóxico despejado no meio ambiente. São 4,5 trilhões de bitucas que não vão para o lixo e acabam poluindo lindas ruas e parques das cidades, além dos lençóis freáticos presentes em seu subsolo. Mas, daí? Veja, a seguir, os problemas causados por esses “toquinhos” na natureza e ideias para o destino desses resíduos!

O que as bitucas de cigarro provocam na natureza?

As bitucas de cigarro contém em sua composição cerca de 7 mil substâncias químicas. Na lista, nicotina, metais pesados ​​e outras toxinas – antes de se transformarem em microplásticos. Ou seja, um toquinho só pode poluir dezenas de litros de água! Então, é óbvio que devemos pensar em como dar um tratamento melhor e um novo destino para esse poluente!

reciclagem de resíduos
Imagem extraída de Pixabay

O que se pode fazer com bitucas de cigarro?

Sim, as bitucas de cigarro sempre serão um problema. Melhor mesmo seria se as pessoas parassem de fumar, é claro! Mas, como parece que isso não irá acontecer tão cedo, o que fazer? Bem, uma ideia é reciclar as bitucas. Isso pode ser uma boa opção para economizar energia e ainda resolver um problema global de lixo.

Exemplo de caso 1

Uma startup mexicana chamada Ecofilter encontrou na própria natureza uma solução. A ideia da empresa é utilizar um fungo chamado Pleurotus ostreatus (ou cogumelo ostra) para tratar as bitucas e conseguir reciclá-las. Nesse caso, as toxinas podem ser eliminadas em cerca de 30 dias. E a sobra desse processo é a polpa de celulose que pode ser transformada em produtos de papel. Inclusive, conforme a Ecofilter, a primeira estação de tratamento já foi inaugurada em Tlajomulco, no estado de Jalisco (México). A ideia é utilizar o material tratado na fabricação de celulose!

reciclagem de resíduos
Imagem extraída de Razões para Acreditar

Exemplo de caso 2

Outra iniciativa, agora do Dr. Abbas Mohajerani, da Universidade RMIT, da Austrália, considera reciclar as bitucas de cigarro como matéria-prima para a fabricação de tijolos em grande escala para a Indústria da Construção Civil. E o pesquisador garante que a fabricação não apresenta riscos de contaminação para o meio ambiente.

Esses tijolos são considerados ecológicos. No visual, são absolutamente iguais aos tradicionais; a diferença está mesmo na produção e na composição das peças, além dos resultados de resistência. Os tijolos de bitucas levam 1% de conteúdo de bituca de cigarro reciclada – pontas inteiras, pontas pré-trituradas ou uma pré-mistura onde as pontas já foram incorporadas a outros materiais. Veja outras vantagens:

  • usam menos energia para serem fabricados;
  • são bem fortes;
  • mais leves;
  • e fornecem melhor isolamento, o que significa custos reduzidos de aquecimento e refrigeração.
reciclagem de resíduos
Imagem extraída de Gazeta do Povo

Quais os benefícios da reciclagem das bitucas de cigarro?

Imagina se apenas 2,5% da produção anual global de tijolos incorporasse 1% de bitucas de cigarro. Como seria? Bem, isso compensaria a produção total de cigarros a cada ano. Não seria perfeito?

 “A queima de bitucas em tijolos é uma maneira confiável e prática de lidar com este terrível problema ambiental, ao mesmo tempo em que reduz os custos de produção de tijolos.”, – professor Abbas Mohajerani – ecycle

Podemos ainda utilizar as bitucas de cigarro como agregado em massas de concreto asfáltico. Mas tanto essa tecnologia quanto a dos tijolos de bitucas sofrem com o mesmo problema, que é a falta de unidades de reciclagem da matéria para fabricação. Contudo, iniciativas como estas nos enchem de esperança. Algo assim é extremamente necessário para a manutenção de uma vida sustentável e um planeta mais saudável!

reciclagem de resíduos
Imagem extraída de ArchDaily Brasil

Veja Também: Conheça 3 novas estratégias de construção com materiais alternativos


Fontes: Razões para Acreditar, CicloVivo, Instituto da Construção, Ecycle.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A não ser que você esteja numa caverna nos últimos meses ou isolado em uma ilha, com certeza já ouviu falar sobre o 5G. O hype acerca desse assunto já faz parte das rodas de conversas de diversos setores e vem ganhando mais notoriedade a cada dia. Aliás, principalmente por estarmos na década de 2020, quando vai acontecer o leilão de frequências. E também por conta das recentes notícias sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos.

A chegada do 5G no mercado mundial

Para começar a entender o 5G, é preciso saber antes que, periodicamente, tecnologias assim são aprimoradas e sofrem atualizações para suprir as demandas de consumo. O 2G, por exemplo, que foi inicialmente pensado para o uso de voz, precedeu o 3G,  focado em dados. A quarta geração (4G) chegou com a demanda de streaming e sede de velocidade por parte dos usuários. Já o 5G promete revolucionar a forma como a sociedade se comporta, visto que tornará possível a Internet das Coisas – IoT -, smart cities e uma infinidade de dispositivos conectados ao mesmo tempo, através de conexões de alta velocidade e conexões massivas.

tecnologia 5G
Imagem reproduzida de rawpixel.com em Freepik

A utilização do 5G, na prática

Mas, afinal, por que o 5G causa tanto burburinho a ponto de todas as mídias noticiarem cada passo rumo a sua implantação se se trata de uma evolução das outras gerações?

Podemos dizer que o 5G é uma ponte que nos liga a um futuro conectado!

Essa tecnologia irá permitir que milhares de dispositivos se conectem e conversem em tempo real; e que milhares de dados sejam trafegados através de trilhões de dispositivos conectados à rede. A Agricultura e a Medicina vão avançar a passos largos. A Publicidade e Marketing serão mais assertivos e poderão prever rapidamente as demandas e mudanças de comportamento dos usuários, através de dados coletados. Ou seja, a Internet das Coisas e a Indústria 4.0 se tornarão uma realidade em poucos anos!

tecnologia
Imagem extraída de researchgate.net

As expectativas para o 5G

Inicialmente, espera-se que a rede 5G tenha velocidade mínima de 20 Gb/s de download e 10 Gb/s de upload.  Essa velocidade representa de 10 a 100 vezes mais se comparado com a taxa de dados que o 4G pode fornecer (1Gb/s), permitindo o download de vídeos e músicas em tempo recorde. Para se ter uma ideia do quão rápido é o download, o Wall Street Journal fez uma simulação na qual uma playlist baixada com o 5G durou incríveis 0,6 segundos contra 20 segundos no 4G,, um ganho inenarrável para o usuário com internet móvel de ultra velocidade.

Velocidade x Latência

Este é um dos três pilares da quinta geração que chamamos de ‘Banda Larga móvel melhorada‘ – do inglês, eMBB Enhanced Mobile Broadband.

Claro que é preciso entender que estes valores são em simulações e previstos nas estações de rádio base (antenas de transmissão, aquelas retangulares que você vê nos prédios ou torres). Mas isso não acarreta que o usuário irá receber essas taxas em seus smartphones e que tais valores estarão sempre disponíveis.

tecnologia
Imagem extraída de Super Interessante

Além de ultra velocidade, a quinta geração também promete baixa latência URLLC – Ultra-Reliable Low Latency Communication ou Comunicação de baixa latência ultra confiável -, que é o tempo que os dados levam para chegar da origem ao destinatário, e a confiabilidade de que estes dados chegarão íntegros.

Falam-se em valores em torno de 1 milissegundo. Uma baixa latência assim permitirá a implementação, por exemplo, dos tão falados carros autônomos ou dos carros com direção assistida. Também possibilitará avanços na Medicina, em que médicos não precisarão, necessariamente, estar na sala de cirurgia para operar um paciente.  Além de cenários nobres como a maior segurança no trânsito – vem neste combo as realidades virtuais e jogos em rede com maior desempenho.

Conectividade

Finalizando o tripé do 5G temos, também, a possibilidade de milhares de máquinas conectadas na rede, cujo termo é mMTC – Massive Machine Type Communication ou Comunicação do tipo de máquina massiva. Nesse caso, a tecnologia irá permitir que, em um quilômetro quadrado, seja possível até 1 milhão de conexões – uma mão na roda quando pensamos em Internet das Coisas.

Baixo consumo de energia

Outro ponto muito comentado é o baixo consumo de energia esperado para esta tecnologia. O 5G promete economia de bateria dos smartphones – um tema sempre recorrente nas rodas de conversas sobre telefonia.

Comparando, o 4G é, hoje, o grande vilão de quem precisa se manter conectado o dia inteiro. Tal tecnologia, que é antiga e foi pensada há mais de uma década, não prioriza poupar baterias e não prevê que isso se torne algo tão importante. Já o 5G veio para mudar isto! É previsto que ele terá uma latência menor e conseguirá se conectar à torres que estejam lotadas, aumentando a vida útil dos dispositivos conectados!

O baixo consumo é de extrema importância quando se fala em um mundo conectado. Imagine trilhões de dispositivos ao redor do mundo precisando trocar a bateria regularmente – carros autônomos e equipamentos médicos, cuja bateria não dura nem 3 anos. Isto seria impraticável do ponto de vista ecológico e tecnológico. Portanto, estima-se que os smartphones não precisarão mais carregar todo dia e que as suas baterias irão durar em torno de 10 anos!

tecnologia
Imagem extraída de Thales Group

A implantação do 5G

A implantação do 5G só será mesmo possível devido a outro recurso já implementado na tecnologia, que é o Massive MIMO – Multiple-Input and Multiple-Output, Entrada e saída múltiplas. Com isso, as antenas são otimizadas para aumentar a taxa do link e ter maior eficiência do espectro, com feixes mais direcionais, utilizando melhor a potência e poupando melhor a bateria dos dispositivos.

Disponibilidade para o público

Outra coisa que é preciso saber sobre a quinta geração é que ela não estará disponível de primeira para todos – o 4G mesmo ainda nem cobre todos os cantos do mundo. Após a sua implementação, estará disponível apenas para um número limitado de usuários e com uma cobertura bem restrita.

A tendência é que a rede se expanda em poucos anos – e com a evolução dos dispositivos e da indústria. O 5G ainda não passou pelos trâmites de regulamentação aqui no Brasil e precisa lidar com problemas de disponibilidade de espectroondas eletromagnéticas por meio da qual os dispositivos se conectam e trafegam dados – para aí, então, começar a operar de forma comercial e atendendo o usuário final.

Adequação do sistema

Para que o volume de informações seja trafegado, é preciso um espectro que permita a transmissão desses dados. Para isso, foi selecionada a faixa de sub 6Ghz (3.5Ghz a 6.425 GHz) que apresenta a maior estabilidade mesmo em condições adversas. Por exemplo, frequências menores têm alcance maior e atravessam melhor obstáculos, além de sofrerem menos interferência com chuva.

O grande problema para a implementação dessas frequências de 5G no Brasil, é que a faixa do espectro selecionada para ele está muito próxima da faixa que hoje utilizamos nas antenas parabólicas para recepção do sinal aberto de TV. Portanto, para sua implementação será preciso descontinuar a utilização do sinal das parabólicas.

A ANATEL é a agência reguladora responsável por fiscalizar as especificações da rede 5G no país e também será o órgão responsável pela realização do leilão de frequências que permitirá a implementação no Brasil. Entretanto, os critérios técnicos são definidos pelo 3GPP, órgão internacional responsável pelas releases do 5G.

Veja Também: Sua Internet irá mudar [será?]! Entenda a importância do cabo submarino que ligará Brasil e Portugal


Fontes: O Estadão, Tudo Celular.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Daiane J. Silva

Engenheira eletrônica e de telecomunicação formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Feminista, Geek. Fala sobre tecnologia, acessibilidade, empoderamento, educação, negócios e diversidade.

Você já deve ter ouvido falar na Kombi! Ela era um veículo multiuso produzido pela empresa automotiva alemã Volkswagen, entre 1950 e 2013. Pois a empresa Porshe, uma das principais marcas de automóveis esportivos do mundo, criada na Áustria e, hoje, sediada em Stuttgart, na Alemanha, se inspirou na Kombi para criar um novo produto. Trata-se de uma van elétrica chamada Vision Renndienst. Confira seu design a seguir!

automóveis
Imagem extraída de Quatro Rodas

A “nova Kombi” versão Porshe

A Vision Renndienst, da Porsche, pode ser chamada de um “modelo futurista” da antiga Kombi. É um veículo elétrico que possui piloto automático – sem privar o motorista da fantástica experiência de dirigir manualmente o carro. A saber, seu motor está escondido na parte inferior da carroceria, possibilitando um interior mais espaçoso.

automóveis
Imagem reproduzida de Desejo Luxo – iG

E olha que informação curiosa: quando o piloto automático da Vision estiver acionado, o motorista poderá girar o seu banco em 180 graus, virando-se para os outros passageiros. Aliás, esta é uma ótima opção para quem deseja fazer uma reunião de trabalho ou simplesmente conversar com os amigos durante a viagem.

automóveis
Imagem reproduzida de Veículo Elétrico
automóveis
Imagem reproduzida de Luxurylaunches

O interior da Vision Renndienst

É claro que a Porsche deu aquele toque de elegância, tão tradicional de seus carros esportivos, criando um compartimento de pessoas bem diferente. Com capacidade para seis pessoas, os bancos da sua nova van são dispostos em três fileiras. Deste modo:

  • A primeira possui um único bando centralizado, o do motorista;
  • A segunda possui dois bancos separados, cada um de um lado da van, criando um corredor central que facilita o acesso à terceira fileira. Com esse layout, os passageiros podem desfrutar de uma visão clara da estrada e das localizadas em ambos os lados do volante.
  • E, para finalizar, a terceira tem um único banco tipo lounge para três lugares, com apoios de cabeça flutuantes para que o motorista consiga ver pelo vidro traseiro.

A Vision Renndienst possui também um grande pára-brisa curvo, que vai até os dois lados do motorista. Suas janelas laterais são assimétricas. Em homenagem aos antigos Porsches, o painel digital desse carro tem cinco medidores redondos e botões digitais dos lados do painel. Já a direção dessa Kombi fica bem no centro do painel.

automóveis
Imagem reproduzida de Página Journal
automóveis
Imagem reproduzida de Veículo Elétrico
automóveis
Imagem reproduzida de Veículo Elétrico

Quando a Vision Renndienst estará no mercado?

Infelizmente, para os que já se apaixonaram com a novidade de uma “nova Kombi”, a montadora disse que, por enquanto, não tem intenção de colocar o veículo em produção. Ela chamou o conceito de veículo futurista de “uma visão de depois de amanhã”. E quem sabe, não é mesmo? De fato, só o futuro pode nos contar o que nos aguarda neste lindo mundo das Engenharias!

Então, ficou animado com esta nova tecnologia? Diga nos comentários o que achou dessa versão de Kombi. E não esqueça de compartilhar esta matéria para quem possa interessar!

Veja Também: Conheça o Punk Cat, o novo Fusca elétrico da Great Wall


Fontes: Yahoo, UOL, Olhar Digital.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Tumor cerebral é o crescimento anormal de células de estruturas localizadas no crânio e pode ocorrer em qualquer fase da vida. Quando é um câncer maligno, tão agressivo, muitas vezes torna o tratamento complexo demais. Por exemplo, o tumor do tipo glioblastoma é um dos piores e mais fatais no grupo. E, geralmente, ele confere aos pacientes uma média de dois anos de vida após o seu aparecimento. Será que um capacete poderia ser a solução da medicina?!

A decisão de qual tratamento realizar deve ser tomada de forma individual para cada caso, sempre priorizando a qualidade de vida do paciente!

tumor cerebral
Imagem reproduzida de Instituto Funcionalitá

A saber, o magnetismo já é usado no tratamento de câncer. Por exemplo, através da técnica chamada hipertermia magnética, que utiliza nanopartículas aplicadas e expostas a um campo magnético, superaquecendo a região do tumor e matando as células malignas. Este tipo de tratamento é indicado para casos iniciais de câncer. E é recomendado que seja complementado com o uso de outros tratamentos, para garantir a eliminação total do tumor.

A nova técnica do capacete magnético

Equipe formada por profissionais dos Departamentos de Neurocirurgia do Instituto Neurológico do Houston Methodist Hospital, de Houston, e do Weill Cornell Medical College, de Nova Iorque, publicaram estudo inovador no tratamento de tumores cerebrais utilizando um capacete magnético.

Para esta nova técnica, foi utilizado um capacete comum – parecido com os usados por ciclistas – equipado com três osciladores. E os mesmos, ligados a um controlador e uma bateria, criam um campo magnético ao redor da cabeça afetando o desenvolvimento do glioblastoma.

Cura do câncer: ciência lança capacete que usa magnetismo para reduzir tumores cerebrais
Imagem extraída de Olhar Digital

Experiência com paciente

Um paciente norte-americano de 53 anos participou da experiência. Ele foi submetido a sessões diárias durante 5 semanas. Infelizmente, este paciente acabou falecendo devido a outras causas, não relacionadas ao tumor nem ao tratamento. Sua família autorizou a autópsia do cérebro, sendo constatada a redução de 31% do tumor cerebral preexistente. Apesar de o percentual de redução ser considerado pequeno, os pesquisadores consideraram o curto período em que o paciente foi submetido ao tratamento. E, assim, apostam nesta alternativa  não invasiva para o tratamento de câncer cerebral.

Vantagens levantadas

Para os médicos envolvidos na experiência, este tratamento representa uma nova chance para aqueles pacientes que têm menos condições financeiras; também para aqueles que apresentam tumores mais agressivos e muitas vezes inoperáveis. Ele pode ainda ser usado em conjunto com tratamentos tradicionais, como rádio e quimioterapia, aumentando a  sobrevida de pacientes diagnosticados com este tipo de tumor, que hoje ainda é muito baixa.

A esperança é de que no futuro a radioterapia e a quimioterapia não sejam mais necessárias para o tratamento deste tipo de tumor. Talvez bastando apenas o uso do capacete!

tumor cerebral
Imagem reproduzida de Tecnoblog

A fim de determinar a eficiência e eficácia do equipamento, o órgão norte-americano FDA (Food and Drug Administration) – equivalente à brasileira Anvisa –  já aprovou o uso do capacete magnético de forma experimental. Contudo, agora, somente para tratamentos monitorados; podendo, no futuro, liberar sua real utilização no combate a tumores agressivos no cérebro!

Veja Também: Brasileiros desenvolvem biossensor para detecção rápida e não-invasiva de câncer de próstata


Fontes: Terra, Tecnoblog, Socientífica, USP, O Globo, Olhar Digital, Olhar Digital 2, Unicamp.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

[…] O livro da vida é riquíssimo; uma molécula típica de DNA cromossômico em um ser humano compõe-se de aproximadamente 5 bilhões de pares de nucleotídeos. As instruções genéticas de todas as demais formas de vida na Terra são escritas na mesma linguagem, com o mesmo livro de código. […] Essa linguagem genética comum é uma via para provar que todos os organismos na Terra descendem de um único ancestral, uma única ocorrência da origem da vida há cerca de 4 bilhões de anos.

Carl Sagan, The dragons of eden (1977)
genoma humano
Imagem extraída de Pixabay

As diversas formas de vida vêm com instruções muito específicas de como se desenvolver. Traduzindo para quem gosta de Engenharia, é como um projeto, propriamente dito, com uma central inteligente, diversas atividades autônomas, sistema elétrico, hidráulico e de excreção das impurezas. Ou seja, uma “máquina perfeita”!

Onde está contido esse projeto de desenvolvimento?

Resposta curta: no nosso DNA! Explicando melhor, cada molécula de DNA, caso esticada, possui cerca de 2 m de comprimento. Sua estrutura espiralada se mantém estável através das ligações entre pares de nucleotídeos. Aliás, esses nucleotídeos são bem específicos: adenina, timina, citosina e guanina. Repetindo, A, T, C e G – matematicamente, 4 bases. São 5 bilhões de pares formando uma única molécula, contendo a “receita” de como se faz cada parte do corpo e como ela deve funcionar. Isso não é fantástico?

genoma humano
Imagem extraída de Pixabay

Veja Também: Pesquisadores descobrem como armazenar uma grande quantidade de dados em um pedaço de DNA

E se os nucleotídeos do DNA fossem bits de computador?

E se essa molécula fosse traduzida em palavras, quantos livros estariam escritos? Bem, não mais que 3 bits!

Assim, para representar uma letra de qualquer idioma, computacionalmente, não são necessários mais que 6 bits. E se as pontes de nucleotídeos fossem bits, qual a quantidade de letras que obteríamos? Ora, 5 bilhões de pares multiplicados por 4 bases (A, T, C, G), resultam em 20 bilhões de bits. Ou seja, 20 bilhões divididos por 6 bits, 3,33 bilhões de letras.

genoma humano
Imagem extraída de Pixabay

O tamanho da biblioteca

Digamos que, em média, as palavras possuem em torno de 6 letras. Então, uma molécula de DNA iria conter 3,33 bilhões de letras. Pegando este valor e dividindo por 6 letras, o resultado seria 500 milhões de palavras. Mas considerando que uma página de um livro possua 250 palavras em média, podemos calcular que o número total de páginas contidas numa molécula de DNA é da ordem de 500 milhões divididos por 250 palavras, resultando em 2 milhões de páginas.

genoma humano
Imagem extraída de Pixabay
Quanto de informação tem numa molécula de DNA?
Imagem extraída de Pixabay

Imagine agora um livro de 500 páginas. Então, a molécula iria conter um total de 2 milhões de páginas dividido por 500 páginas, resultando em 4.000 livros.

Portanto, o “big data” contido numa única molécula de cromossomo, equivale a uma biblioteca com 4.000 livros de 500 páginas cada um.

No caso específico de projeto de ser humano, o indivíduo é formado por 23 pares de cromossomos, obtidos pela combinação dos cromossomos de seus progenitores.

Achou muito ou pouco estes valores? Diga nos comentários!


Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.

O inverno começa oficalmente no Brasil no final no mês de junho. É claro que a estação aqui em nosso país, tropical, se manifesta de forma diferente nas cinco regiões. Mas os especialistas em meteorologia garantem que até o mês de agosto ainda deverá fazer bastante frio. Preparado? Pensando nisso, separamos uma lista de exemplos de tecnologias que podem ajudar a aquecer os ambientes das nossas casas, um conforto para os dias gelados!

Veja Também: Habitação para todos: arquitetura solidária e sustentável para apoiar a população de rua

Produtos para espantar o frio do lar

Modelos de aquecedor

1.Aquecedor Halógeno

Ideal para espaços do lar de tamanhos pequenos e médios; não indicado para casas com crianças, idosos e PETs. Possui um sistema que funciona com base nas lâmpadas halógenas, transmitindo calor para os ambientes através de filamentos aquecidos por energia elétrica e protegidos por grade de metal. E sua única desvantagem é concentrar o calor apenas na área que está perto da resistência; além disso, não pode ser usado no banheiro ou em locais úmidos.

inverno
Imagem extraída de Delupo

2.Aquecedor termoventilador

É um tipo de aquecedor a ar que, diferente do modelo de aquecedor anterior, não deixa a sua resistência tão exposta. Ela é acoplada a uma hélice, da mesma forma como acontece com um ventilador e é através dela que o calor é emitido. E consegue também distribuir de forma mais eficiente e regular o calor para todo o ambiente. A sua única desvantagem é que pode ressecar o ambiente, provavelmente exigindo o uso de um umidificador de ar junto no local.

inverno
Imagem extraída de Preçolandia

3.Aquecedor de cerâmica

Este modelo de aquecedor tem resistência elétrica revestida por cerâmica. O calor é distribuído de maneira uniforme e não resseca tanto o ar. Tal sistema permite que o aparelho esquente mais rápido o ambiente, além de ser mais econômico. Pode ser a melhor opção para quem precisa esquentar todo o cômodo no frio e não apenas uma área.

inverno
Imagem extraída de Preçolandia

Veja Também: Desaceleração da rotação do núcleo da Terra: o que está causando?

4.Aquecedor a óleo

Este aquecedor é ideal para espaços do lar de tamanhos médios e grandes. Gera calor com uma resistência que aquece um óleo – não poluente – que fica no seu interior, depositado em um recipiente lacrado e que não precisa ser reposto. Trata-se de um aparelho silencioso e que consome pouca energia elétrica. Sua desvantagem é que acaba demorando mais para começar a esquentar o ambiente.

As 8 Melhores Tecnologias Para Enfrentar o Frio do Inverno
Imagem extraída de GUIA55

5.Aquecedor de ambiente fixo

Versão de ar-condicionado, muito mais potente que os outros modelos de aquecedor, atendendo aos diferentes tamanhos de ambientes dependendo da sua potência. E, a saber, existe uma versão sua ainda com conexão wi-fi que permite programar o aquecimento pelo celular ou por assistentes virtuais antes mesmo de chegar ao cômodo que será climatizado.

inverno
Imagem extraída de Agência Estadual de Notícias

Modelos de lareira

1.Lareira elétrica

Conhecemos a lareira convencional, alimentada por lenha – pedaços de madeira ou de minerais, mas existem outros tipos de lareiras, com outro tipo de alimentação. Para começar, existem as lareiras elétricas – mais comuns em construções norte-americanas, por exemplo. Elas usam um design semelhante ao do aquecedor tradicional, mas com funções digitais. E o funcionamento é bem silencioso, embora as chamas pareçam realistas.

inverno
Imagem extraída de eh!DÉCOR

Veja Também: Japão surpreende com nova fonte de energia: eletricidade gerada pela neve

2.Lareira ecológica

É mais um tipo de aparelho que pode vir com o design super moderno, combinam com qualquer ambiente. Sua instalação é fácil. Funciona com a queima de álcool etílico ou etanol – considerada amigável ao meio ambiente por emitir menos poluentes, com a quantidade de gás carbônico produzida muito baixa. Não produz cheiro, fuligem ou fumaça. Portanto, não é necessária a chaminé.

inverno
Imagem extraída de SB Churrasqueiras

Cobertor aquecido

Os cobertores sempre são os nossos melhores amigos para afastar o frio na hora de dormir, não é mesmo? A peça também pode ser usada como cobre leito. E existe um modelo dela que pode ser aquecido por bateria ou cabo USB, esquentando de forma bem rápida. Inclusive, pode ter regulagem de temperatura controlada por aplicativo.

Alguns tipos de cobertor térmico são formados por uma camada inflável que é ligada a uma caixa de controle posicionada embaixo da cama e leva um fluxo de ar quente ou frio para o lado desejado da cama. Em alguns casos, é possível deixar cada um dos lados mais quente ou mais frio de maneira independente – evitando discussões entre os parceiros. E também dá para ativar um modo que altera automaticamente as temperaturas ao longo da noite. 

inverno
Imagem extraída de OfertaViva

Veja Também:


Fontes: TechTudo, Casa Vogue, Shoptime.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

De acordo com registros internacionais, em 2019 a China já possuía uma população de 1,398 bilhão de habitantes – lembrando que, no mesmo ano, o nosso planeta bateu a marca de 7,674 bilhões de pessoas. Imagina suprir a necessidade de toda essa gente por habitação, saneamento, água, energia e, óbvio, alimento. Seria preciso criar fazendas verticais, pois a falta de espaço é muita no país!

Pequim
Imagem de Goodfreephotos_com em Pixabay

Estima-se que 50% da população chinesa (superior a 1 bilhão de pessoas) em breve estará vivendo em cidades, e não mais no campo. Por isso, não é espanto algum que a nação já comece a enfrentar uma crise de abastecimento – inclusive, é por isso que vemos tantas empresas chinesas interessadas no produto interno brasileiro.

Agora, a China também é um país com altíssimo padrão tecnológico. Frequentemente, lemos muitas notícias falando sobre lançamentos de arranha-céus, por exemplo. Então, por que não usar esse conhecimento para resolver a questão de falta de alimento produzido dentro do território chinês? Bem, os engenheiros e arquitetos de lá pensaram nisso e eis a resposta: dois projetos de fazendas verticais que já estão sendo colocados em prática! Confira!

Dois exemplos de fazendas verticais na China

Para a produção de carne

Hoje, a China já possui a maior indústria de suinocultura do mundo, aproximadamente metade do plantel mundial. Mesmo assim, parece não ser o suficiente! Por isso, o governo planeja uma modernização em grande escala. A ideia é criar grandes complexos de produção para substituir, sobretudo, as pequenas fazendas. Outro motivo é aumentar o controle da qualidade de carne consumida no país – um desejo que se intensificou depois do surto de Peste Suína Africana dentro do seu território, em 2019.

De fato, esta é uma boa oportunidade de transformação do sistema de produção de alimentos na China!

A fazenda vertical mais alta

A empresa Zhong Xin Kaiwei e a empresa NetEase anunciaram a conclusão do projeto da fazenda vertical para suínos mais alta do mundo. Ela foi construída na província de Hubei, na China. Ela conta com 26 andares e já começará a sua produção em setembro de 2021. A ideia é atingir a marca de 1,2 milhão de cabeças ao ano, um volume dezenas de vezes maior que a capacidade da maioria das fazendas horizontais.

produção de alimentos
Imagem extraída de Central Locadora

Além dessa fazenda, há outras fazendas verticais também sendo construídas no país. Por exemplo, o conjunto de 21 prédios que começou a ser erguido em março deste ano pela empresa Muyuan Foods – que irá abrigar 84 mil matrizes e suas criações para produzir 2,1 milhões de suínos ao ano. Depois, o ambicioso projeto da Huawei Technologies Co envolvendo inteligência artificial e computação. E, por fim, os planos das empresas JD.com, NetEase e Alibaba Group Holding.

produção de alimentos
Imagem extraída de The Ofy

Para produção de vegetais

Agora vamos falar de outro segmento de produção de alimentos, que é o cultivo de hortaliças, verduras e mais. Já existem, ao redor do mundo, vários exemplos de hortas verticais, hortas urbanas, telhados verdes e mais. Mas o que está em pauta neste momento do nosso artigo são as fazendas verticais chinesas para a produção de vegetais.

Pois bem, nesta linha, podemos dar como exemplo o projeto assinado pelos arquitetos israelenses David Knafo e Tagit Klimo. Trata-se de um edifício projetado para a cidade de Wuhan, na China. Espera-se que o Agro-Housing este seja o primeiro a ter hortas em cada um dos andares, um passo à frente no conceito de prédio-verde.

produção de alimentos
Imagem extraída de ArchDaily
produção de alimentos
Imagem extraída de ArchDaily
produção de alimentos
Imagem extraída de ArchDaily
produção de alimentos
Imagem extraída de ArchDaily

Eu, particularmente, não como carne – sou vegetariana. Por isso, a notícia das fazendas verticais para produção de carne me assusta um pouco. Contudo, sabemos que muitas pessoas no mundo preferem ou mesmo necessitam de uma dieta que inclui a carne de animais. Mas o aumento dessa produção pode ser a causa de desmatamentos em nosso país. Então, imagina quanto projetos como esses poderiam contribuir para inibir a ação humana sobre áreas de florestas como a Amazônia. Reflita sobre isto!


Fontes: Canal Rural, Casa Abril, Cimento Itambe.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Aqui, no Engenharia 360, nós compartilhamos várias informações sobre as mais diferentes áreas da Engenharia, sendo regulamentadas pelo CREA – o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Uma delas, por exemplo, é a Engenharia Química. Mas, afinal, qual é a área de atuação desse profissional? Bem, muita coisa sobre isto será discutida na 24ª Semana de Engenharia Química promovida pela Unicamp, a Universidade Estadual de Campinas. Saiba mais!

O que é Engenharia Química?

Engenharia Química é um ramo da Engenharia que está presente em todos os setores da indústria, acompanhando o processo industrial em todos os níveis e na pesquisa. Profissionais formados nesta profissão são responsáveis por projetar, construir e operar plantas químicas industriais, em que materiais sofrem transformações químicas, físicas e/ou biológicas.

Principais espaços de atuação, hoje:

  • indústrias químicas, petroquímicas, de petróleo, cerâmica, açúcar e álcool, resinas, medicamentos, tratamento de efluentes, tintas, corantes, cosméticos, alimentos, cimenteiras e de papel e celulose.

Outros setores menos prováveis:

  • mercado financeiro, marketing, desenvolvimento e gestão de negócios, logística, controle de qualidade, e também em questões ligadas à área ambiental e produção de biotecnologias e bioprodutos, como, por exemplo, o biodiesel.
Engenharia Química
Imagem de Talpa por Pixabay

Qualidades requisitadas

As decisões dos engenheiros químicos devem ser embasadas em argumentos técnico-científicos. E eles precisam ter criatividade para lidar com os desafios do dia a dia. Além disso, deverá estar sempre atento e buscando se atualizar em diferentes áreas do conhecimento – como matemática, física, química, biologia e arte da engenharia -, contando com a parceria de profissionais de diversos ramos, que vão além das ciências exatas.

Vida universitária

O curso de Engenharia Química pode durar dez semestres. Seu currículo deve ser elaborado pelas instituições de forma a assegurar uma formação profissional que atenda ao mercado de trabalho atual e deve contemplar atividades extracurriculares. E um dos melhores e mais concorridos do Brasil é o da Unicamp.

Veja Também: [Lista 360] Descubra quais são as melhores faculdades de Arquitetura e Engenharia em 2021

Como funcionará a Semana de Engenharia Química da Unicamp?

A Semana de Engenharia Química da Unicamp é um evento anual construído por alunos e para alunos, com o objetivo de fazer a conexão entre os melhores estudantes e as melhores empresas. Para os interessados, trata-se de uma oportunidade de agregar na bagagem acadêmica e profissional boas experiências.

As palestras, realizadas no modo online, começaram dia 9 de agosto e devem ir até dia 13 – todos os dias das 09h00 às 23h00 -, com inscrições em site especial – clique aqui para conferir. Mas seu conteúdo deve ir muito além do mundo da Engenharia Química, falando também sobre mercado financeiro, novas tecnologias, habilidades cognitivas e soft skills, por exemplo – clique aqui para conferir o cronograma completo.

Bônus | Feira de Talentos Unicamp

Para os estudantes em busca de novas oportunidades, a instituição também oferece, em breve, mais outro evento de qualidade. A 22ª edição da feira Talento, organizada por alunos da Unicamp, irá recrutar estagiários para diferentes empresas. Serão 76 eventos online com programações diárias de 14 a 18 de setembro, sempre das 9h às 21h, com participação gratuita. Os interessados devem realizar cadastro no site do evento, onde também está disponível a programação de eventos para cada dia.


Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A resposta mais assertiva possível para essa pergunta do título é: tudo! Na matéria a seguir nós, do Engenharia 360, explicaremos como os diversos setores da Construção Civil interagem para transformar terrenos em loteamentos residenciais. Confira!

Como funciona esse mercado dos loteamentos?

Imagine assim: um investidor ou um grupo destes. Eles compram um terreno de grandes dimensões, em que seja possível sua repartição em lotes menores para serem vendidos para pessoas físicas.

construção civil
Imagem extraída de Pixabay

Depois, uma série de estudos são realizados. Nessa etapa, por se tratar de um investimento, é necessária uma análise financeira básica, contendo índices como taxa de retorno do empreendimento, precificação das unidades visando, estimativa de payback – ou indicador de tempo de retorno de investimento.

Esses estudos por si só, fazem parte das disciplinas de formação de um engenheiro civil, nos temas relacionados a estudos mercadológicos e análise financeira de um investimento. Fazem parte! Lembrando que a fase um envolve o trabalho de Planejamento de Parcelamento de Solo desenvolvido por arquitetos urbanistas. Já as tratativas de compra e venda desses lotes só podem ser realizadas por corretores de imóveis.

construção civil
Imagem extraída de Pixabay

Então, onde entra o conhecimento dos engenheiros? Bem, no desenvolvimento de todos os Projetos Complementares que vêm a seguir!

Veja Também: Vai construir? Saiba o que levar em conta na etapa de planejamento [e evite os erros]

O que é feito depois do projeto de loteamento?

Em tal fase, é muito comum serem realizados os primeiros trabalhos de terraplenagem, que serão guiados por um projeto executivo de movimentação de terra. Nesse caso, dois nichos da Engenharia Civil interagem: o pessoal de projeto e o de execução.

Aliás, é boa prática que o projeto não seja de quem executa, de modo a evitar vícios e propagação de erro!

E se faz necessário um projeto básico de infraestrutura também! Geralmente esses residenciais possuem todo um sistema integrado de lazer, administração e apoio aos moradores. Tal projeto básico deverá conter, bem discriminado, detalhes sobre:

  • locação do empreendimento;
  • projeto de cercas, portões e portarias;
  • projeto de caminhos e ruas;
  • sistema de drenagem urbana;
  • sistema de coleta e tratamento de esgoto;
  • sistemas de abastecimento urbano;
  • projeto das áreas de lazer (quadras, piscinas, playground, banheiros); e
  • projeto do sistema de segurança.

Como é possível observar, há uma série de trabalhos e disciplinas de Engenharia Civil relacionados à atividade de loteamento.

Confira: Engenharia Civil – O que é e para que serve?

construção civil
Imagem extraída de Pixabay

O mais comum é que o escritório de projetos elabore toda a documentação técnica do loteamento; uma construtora assuma o gerenciamento e a execução dos trabalhos através de subcontratados (o profissional que faz a terraplanagem difere de quem instala a rede coletora de esgoto que, por sua vez, difere de quem faz o arruamento, e assim por diante).

Etapa final

Por fim, a interface mais evidente, é aquela que se estabelece entre Arquitetura e Construção.

Os loteamentos que estamos abordando neste texto são residenciais. Para os mesmos, algumas regras de recuo e altura se fazem necessárias – parte definidas pelo código municipal e parte pelo próprio condomínio. Respeitado isso, cada morador pode construir a casa de acordo com seu Projeto de Arquitetura e suas particularidades.

construção civil
Imagem extraída de Pixabay

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.

Nota: Em agosto de 2023, foi divulgada na Internet a informação de que bombeiros do Amazonas enfrentam 4 incêndios diários em média no “Arco do Fogo“, na Amazônia. Municípios como Humaitá, Lábrea e Boca do Acre tiveram mais atendimentos. E a corporação monitora, previne, fiscaliza e combate incêndios, contando com apoio da Força Nacional.

E o fogo também chegou a outras partes do mundo. Um megaincêndio atingiu o Havaí no mesmo mês, impulsionado por ventos fortes e seca. A Ilha de Maui foi a mais afetada. O combate foi dificultado por condições geográficas e limitados recursos de combate a incêndios. Geografia e seca exacerbam situação, ligadas às mudanças climáticas e aumento de temperaturas.


Em 2021, autoridades meteorológicas dos Emirados Árabes Unidos divulgaram na mídia que cientistas haviam conseguido fazer chover em regiões do seu país usando drones. Bem, esta notícia chamou muita atenção dos brasileiros. Como se sabe, o nosso país está sofrendo hoje uma das suas piores crises hídricas dos últimos noventa anos. Regiões como o norte, centro oeste e sudeste são as mais impactadas. E se pudéssemos usar esta tecnologia também ao nosso favor para combater queimadas na Amazônia, severas estiagens e preencher os reservatórios das hidrelétricas?

crise hídrica
Imagem extraída de Stoodi

Veja Também:

Adaptação da engenharia às mudanças climáticas: desafios e oportunidades

Rios flutuantes: o que são e qual a sua importância?

A situação dos Emirados Árabes Unidos

Lá nos Emirados, em cidades como Dubai, é comum as temperaturas em torno de 50º Celsius. Imagina suportar este calor todo e com pouca água! Terrível, não é mesmo?! Por lá, cai apenas 101 milímetros de chuva por ano — como comparação, as regiões mais áridas do sertão nordestino do Brasil recebem cerca de 700 milímetros de chuva por ano. Ou seja, é uma situação ainda muito diferente da Amazônia brasileira.

E o que eles fizeram? Nos últimos anos, investiram dinheiro em estudos diferentes na área da Ciência e Engenharia. Cogitaram, por exemplo, cercar Dubai com montanhas artificiais para estimular a formação de nuvens. Também construiu um encanamento gigante do Paquistão até Dubai para importar água. Ou “importar” blocos de gelo do Ártico. Por último, usar tecnologias de dessalinização para transformar água do mar em água potável removendo o sal – aliás, cerca de 40% de toda a água consumida hoje nos Emirados Árabes, potável ou não, vem de usinas de dessalinização. Agora, estão apelando para chuvas artificiais geradas por drones!

crise hídrica
Imagem extraída de Engenharia é

Veja Também:

A Engenharia por Trás dos Drones Kamikazes: Tecnologia e Táticas para Operações Militares

A tecnologia usada em Dubai

Vídeos publicados na internet mostram uma chuva torrencial em Ras al Khaimah, a cerca de 115 km de Dubai. Autoridades do Centro Nacional de Meteorologia dos Emirados Árabes dizem que ela foi provocada com a ajuda de um grupo de drones de quase 2 metros de envergadura cada um, catapultados para o céu com carga suficiente para 40 minutos de voo. Mito ou verdade?

crise hídrica
Imagem extraída de O Globo

O experimento de Dubai é verdade – e talvez poderíamos usar na Amazônia, vamos ver! Ele foi calculado durante muito tempo por pesquisadores ingleses das universidades de Bath e de Reading. Os detalhes desse estudo foram publicados em um artigo científico em janeiro. A explicação é que os aparelhos podem estimular nuvens com pequenas descargas elétricas, de modo a “empurrá-las” umas às outras e fortalecer as gotas de água lá dentro, que costumam evaporar com o calor antes de formar uma chuva. Durante o voo, os drones medem a temperatura, níveis de umidade e carga elétrica dentro das nuvens. Com esses dados, os cientistas decidem qual delas precisa de um “empurrãozinho”.

“O que estamos tentando fazer é tornar as gotículas dentro das nuvens grandes o suficiente para que, quando caírem da nuvem, sobrevivam à superfície.” – meteorologista e pesquisadora Keri Nicoll, em reportagem da CNN Internacional.

crise hídrica
Imagem extraída de CNN Brasil
crise hídrica
Imagem extraída de Portal Ekko Green

A situação do Brasil

Por conta das secas, o Governo Federal já precisou acionar diversas vezes as termelétricas. Mas isso demanda um custo muito alto, refletido nas Bandeiras Tarifárias aplicadas sobre as contas de luz dos consumidores. As crises hídricas ainda afetam o abastecimento de hidroelétricas, que corresponde por mais da metade da matriz elétrica brasileira. E não podemos nos esquecer das queimadas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) foram identificados 2.308 focos de incêndios florestais só no mês de junho de 2021 – um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período em 2020.

crise hídrica
Imagem extraída de DomTotal
Entenda como Drones podem ser usados para fazer chover em áreas remotas do planeta

A Amazônia e a distribuição de chuva no país

Mas por que será que está chovendo menos no Brasil? Bem, por dois fatores principais: Aquecimento Global e desmatamento! Exatamente!

Funciona assim, a massa verde da Amazônia é a principal responsável pela precipitação de umidade no ar. As árvores drenam a umidade e a devolvem ao ar, num ciclo constante. Essa nuvem é carregada pela corrente de ventos até outras regiões do país, onde descarregam sua água. Essa chuva hidrata o solo e é absorvida pelas raízes das plantas cultivadas nas lavouras também. Entendeu a matemática da coisa? Menos árvores, menos chuva, menos alimento!

crise hídrica
Imagem extraída de Rede Brasil Atual

A ação dos drones

Será mesmo que os drones utilizados em Dubai poderiam ajudar o Brasil? Veja bem, como citamos antes, esses drones só conseguem aumentar essa precipitação porque já há nuvens no ar. Por isso é a ação ser chamada de “empurrãozinho”! Sem nuvens, sem chuva; sem árvores, sem nuvens!

Então, o segredo da coisa é NÃO DESMATAR – sobretudo a Amazônia! E, além disso, fazer chover através de drones não resolveria a questão do calor, que pode ser resultado do Aquecimento Global. Porém, tirando isso, sempre que fosse possível, poderíamos, sim, atender às demandas pontuais do nosso país com a geração de chuvas artificiais!

crise hídrica
Imagem extraída de Portal Ekko Green

Fontes: UOL, Click Petróleo e Gás.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.