Parece uma piada de mal gosto, mas é verdade. Infelizmente, o Brasil foi mais uma vez surpreendido com uma triste notícia, a intenção da União em vender o icônico Palácio Gustavo Capanema, localizado no Rio de Janeiro. O prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN. Isso justifica as tantas manifestações de entidades de Arquitetura e Engenharia vistas nos últimos dias.

Se aproveitando do amparo da Lei 14.011, de 2020, que flexibiliza exigências para alienação de imóveis da União, o Governo Federal elaborou um cronograma de “feirões de imóveis” nas principais capitais brasileiras, com previsão para ser realizado no dia 27 de agosto de 2021. A princípio, o Palácio Capanema, que hoje passa por obras de restauração, não está na lista de vendas. Porém, a Secretaria Especial de Desestatização do Ministério da Economia admite que ele está apto a receber ofertas.

Arquitetura Moderna
Imagem extraída de Agência Brasil – EBC

O que disseram os especialistas?

Especialistas em Arquitetura e Engenharia ficaram simplesmente chocados e indignados com a notícia, incluindo os parentes de seus idealizadores. Dentre estes, a filha do arquiteto Lucio Costa, que divulgou uma carta com o título “Inacreditável”. Além dela, também se manifestaram o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), o Instituto de Arquitetos do Brasil no Rio (IAB-RJ) e outras oito associações e sociedades da classe que, juntas, assinaram um manifesto, sob o título “o MEC não pode ser vendido”, contra a venda do imóvel. 

Arquitetura Moderna
Imagem extraída de Monica Flores em Flickr

Quando o edifício foi construído?

O edifício Gustavo Capanema foi construído de 1937 a 1945, ou seja, durante o período da 2ª Guerra Mundial; e foi inaugurado pelo presidente Getúlio Vargas – três semanas antes de ser deposto do cargo. Seu projeto foi assinado por Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Jorge Machado Moreira, Ernani Vasconcellos e Carlos Leão, sob a supervisão do francês Le Corbusier, mestre da Arquitetura Moderna.

No início, o prédio foi usado como Ministério da Educação e Saúde Pública e, nos anos 70, Palácio Cultura, um símbolo nacional . Sua engenharia é marcada por linhas curvas e cores do modernismo brasileiro. Exibe uma caixa sobre pilotis elegantes, jardins de Burle Marx, escultura de Bruno Giorgi, e painéis de azulejos de Cândido Portinari. Inclusive, ao morrer, em 1962, Portinari foi velado no Capanema. Hoje, o Palácio é conhecido pelo sobrenome do seu idealizador, o ministro da Educação e Saúde Pública, Gustavo Capanema.

Arquitetura Moderna
Imagem extraída de ArchDaily
Arquitetura Moderna
Imagem extraída de ARQGUIA
Arquitetura Moderna
Imagem extraída de Folha – UOL

O que simboliza para a Arquitetura e Engenharia Mundial?

O Palácio Gustavo Capanema não é apenas admirado por artistas brasileiros, mas do mundo todo. No manifesto elaborado pelas entidades ele está descrito como “a primeira edificação monumental, destinada a sede de serviços públicos, planejada e executada no mundo, em estrita obediência aos princípios da moderna arquitetura”. A própria filha de Lucio Costa disse:

“(…) foi um marco definitivo na consolidação da arquitetura moderna não apenas no Brasil, mas no mundo. Ignorar este fato é um atestado de ignorância que o Brasil não merece”.,

“(…)foi um marco definitivo na consolidação da arquitetura moderna não apenas no Brasil, mas no mundo.”,

“Ignorar este fato é um atestado de ignorância que o Brasil não merece. Como afirma Lucio Costa num vídeo: ‘Nós não somos medíocres, não temos vocação para a mediocridade’,”.

– Maria Elisa Costa.

Arquitetura Moderna
Imagem extraída de ARQGUIA

Para especialistas em História da Arquitetura, a construção do palácio foi um divisor de águas na Arquitetura Brasileira. Foi o auge da inovação para o Brasil, seguindo tendência mundial na criação de arranha-céus sobre pilotis e com terraço-jardim. Chegou a ser considerado, em 1943, como o edifício mais avançado em construção no mundo pelo Museu de Arte Moderna de Nova York. Além disso, o próprio ex-presidente do IPHAN, Jayme Zette, considera o Capanema como “o primeiro prédio
moderno no mundo”.

O Palácio Gustavo Capanema tem uma planta que faz bom aproveitamento natural da luz e da ventilação, símbolo do raciocínio ambiental. Dentro de seus ambientes estão algumas das lindas e valiosas obras de arte do nosso país, como o “Quadrilha”. Até mesmo o poeta Carlos Drummond de Andrade trabalhou no local. Não é a toa que, até hoje, tantos profissionais dentro de fora do Brasil se debruçam para entenderem, estudarem e se inspirarem no conjunto. Realmente, é lamentável que tantos desconheçam e desmereçam essa história!

https://www.youtube.com/watch?v=KKzU05TMAGg

Fontes: O Globo, O Globo 2, Jornal O Dia, Folha de São Paulo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Neste texto, vamos contar um pouco da história de um protótipo de fusca diferente criado pelo estudante Segun Oyeyiola, da Universidade Obafemi Awolowo, localizada na antiga cidade de Ifé, no estado de Oxum, na Nigéria. A trajetória desse estudante é mais um exemplo de como podemos usar os conhecimentos adquiridos na graduação para salvar o planeta e de que #engenhariatransforma!

fusca
Segun Oyeyiola – Imagem reproduzida de Pensar Contemporâneo

Séria preocupação com a saúde e o meio ambiente

Para o meio ambiente, os impactos mais conhecidos causados pela emissão de gases poluentes são o aquecimento global, o efeito estufa e também o chamado efeito smog – diminuição da visibilidade e chuva ácida que causa alterações no solo, nas águas e na vegetação. A saber, o dióxido de carbono prejudica gradualmente o clima, os ecossistemas e a agricultura.

A emissão de poluentes pelos automóveis causa, principalmente, graves danos às vias respiratórias das pessoas e animais. O efeito smog, pode causar inflamações no pulmão, dificuldades para respirar, intensificar asma, alergias e problemas cardíacos. Já o material particulado pode causar até mesmo câncer de pulmão. Diante disso, Segun sentiu que precisa fazer algo com o seu conhecimento para ajudar o planeta!

Veja Também: Efeito estufa – será que alterar o DNA de árvores poderia ajudar a combater este problema mundial?

Algumas substâncias tóxicas emitidas pelos automóveis

  • Monóxido de carbono (CO) – gás asfixiante, que diminui a oxigenação no sangue, causando tonturas, vertigens e alterações no sistema nervoso central, agravando problemas cardíacos e respiratórios. 
  • Dióxido de carbono (CO2) – principal causador do efeito estufa, por ser o gás emitido em maior quantidade.
  • Óxido de nitrogênio (NOx) – agrava problemas respiratórios, causa diminuição da imunidade e alterações celulares.
  • Metano (CH4) – o excesso de emissão contribui para o aquecimento global.
  • Hidrocarboneto (HC) – além de ser cancerígeno, provoca irritação nos olhos, nariz, pele e aparelho respiratório.
  • Material particulado (MP) – é a fumaça que sai do escapamento dos veículos, principalmente dos movidos a diesel; causa grandes danos ao sistema respiratório, irritação e desconforto, além de contribuir muito para o efeito estufa.

O fusca eco-friendly de Oyeyiola

Consciente dos prejuízos causados pelas substâncias tóxicas emitidas pelos automóveis, Oyeyiola resolveu construir um veículo movido a energias limpas, energia eólica e energia solar, a partir de sucatas. E olha que incrível, ele fez isso somente com um investimento de cerca de US$ 6.000!

O estudante passou um ano adaptando os materiais que conseguiu através de doações feitas por amigos e familiares para criar o seu veículo sustentável. Ele instalou um painel solar gigante no topo do Fusca. Depois, inseriu uma turbina eólica sob o capô – isso permite que o ar flua para a grade enquanto o fusca está em movimento, carregando a bateria, que fica localizada na parte de trás do carro.

fusca
Imagem extraída de Brand South Africa
veículo
Imagem extraída de Somos Verde
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Imagem extraída de 4×4 Brasil – Portal Off-Road

Aprimoramento do protótipo

Oyeyiola diz que ainda está trabalhando na bateria do seu fusca, pois, hoje, ela leva de quatro a cinco horas para carregar. Para o veículo suportar o peso da bateria, o estudante construiu um forte sistema de suspensão. E esse fusca ainda ganhou um sistema de GPS que ajuda a monitorar o funcionamento – ou seja, verificar a “saúde” do carro. 

O diretor do departamento de Engenharia Física da Universidade de McMaster, localizada em Hamilton, Ontário, Canadá, e também orientador acadêmico para a equipe de carro solar da escola, Dr. John Preston, diz que nunca viu nada parecido como a “engenhoca” de Oyeyiola. Ele afirma que, se o veículo puder usar a energia eólica e a solar, juntas, significa que poderá ser dirigido tanto de dia quanto à noite.

veículo
Imagem reproduzida Fast Company

O sonho de Oyeyiola é mesmo criar carros a energia solar e energia eólica que aproveitem o clima quente e ensolarado da Nigéria. E, na sequência, seguir em suas melhorias até se tornar o carro do futuro da Nigéria.

Então, o que você achou da história? Escreva suas impressões nos comentários!


Fontes: Istoé Dinheiro, Click Petróleo e Gás.

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Existem muitos softwares que dão suporte à metodologia BIM, e alguns deles são amplamente reconhecidos na indústria da construção. É o caso, por exemplo, do programa Autodesk Navisworks Manage, que serve muito bem aos profissionais de arquitetura, engenharia e construção, adequado para realizar análises completas e detalhadas de planos e dados integrados. Seus recursos permitem a otimização na comunicação e compartilhamento dos objetivos do projeto; e uma revisão e resolução de conflitos muito mais aprimorada. Veja a seguir!

Navisworks
Imagem extraída de IPX IPX IPX

Navisworks e BIM, qual a relação?

O BIM lida com a modelagem em geometria de um modelo único, carregado de um banco de dados que vai permitir o compartilhamento de informações ao longo do ciclo de vida de uma obra. Ou seja, seu sistema permite a troca constante de informações digitais para aprimorar os dados associados ao modelo tridimensional. Mas o que acontece depois do desenvolvimento do 3D? Bem, vem a etapa conhecida como 4D!

Na dimensão 4D, os profissionais envolvidos no trabalho conseguem visualizar melhor os detalhes do projeto e associar o modelo com o cronograma, vinculação de tarefas e a visualização do andamento das etapas da obra. E é justamente nessa etapa que, então, o Naviswork vai operar, fazendo a revisão do projeto e convertendo o arquivo maior, trazido de um software anterior, como o Revit – em DWG, SKP, RVT, IFC, entre outros – em um modelo menor de 3D que até pode ser utilizado utilização em dispositivos móveis.

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Lista de vantagens do Navisworks 

Desenvolvimento de projetos

  • O Navisworks permite a realização de um planejamento e compatibilização de projetos de forma muito mais eficiente a partir de seus recursos.
  • Com esse programa, os modelos de projetos podem ser abertos e revisados por todas as partes envolvidas, como arquitetos e engenheiros, agilizando os processos e resultados.
  • E com os recursos da ferramenta, é possível melhorar o planejamento, aumentando a precisão da documentação e até prever o desempenho do projeto, garantindo melhores tomadas de decisão – evitando erros, retrabalhos e custos adicionais ou permitindo a resolução mais rápida dos problemas.
Navisworks
Imagem extraída de Hagerman & Company, Inc
Navisworks Manage: saiba para que este programa de computador é utilizado
Imagem extraída de BERBAGI APLIKASI

Gerenciamento e integração

  • O Navisworks tem uma boa integração com recursos BIM e com o AutoCAD – um programa ainda bastante requisitado para o desenvolvimento de projetos de arquitetura e engenharia.
  • Dentro do programa, é possível visualizar e percorrer todos os modelos de forma bastante rápida e com uma experiência mais fluida – orbitando ao redor preservando a memória do computador.
  • E mais ainda, as mudanças necessárias solicitadas por clientes ou partes interessadas podem ser realizadas de forma instantânea e a visualização do novo resultado também pode ser configurada de forma eficaz.
Navisworks
Imagem extraída de Autodesk ANZ

Visualização do modelo

  • Com o Navisworks é possível fazer uma melhor apresentação dos projetos, principalmente por conta dos seus recursos mais realistas.
  • Pode-se navegar em seus arquivos em tempo real, através da nuvem.
  • Além disso, baixar um visualizador para melhorar a compreensão do projeto.
  • E como é feito um desmembramento do trabalho em arquivos menores, os clientes não ficam sobrecarregados com um banco de dados pesado. 
Navisworks
Imagem extraída de Solo Network

Fontes: Buysoft, ENG DTP & Multimídia, Grupo AJ Bim.

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O Megapak é um sistema de armazenamento de energia composto por um conjunto de baterias de íon de lítio recarregáveis de grande escala. Ele foi fabricado pela empresa Tesla Energy, subsidiária de energia limpa da Tesla Inc, tendo como CEO o famoso bilionário Elon Musk. Aliás – que, recentemente, nós comentamos aqui como investidor de um outra grande pesquisa da empresa, placas solares ultra modernas.

Mas voltando a falar sobre as baterias, cada Megapack pode armazenar até 3 megawatt-hora (MWh) de eletricidade em cada dispositivo do tamanho de um contêiner de transporte, podendo ser usados ​​para armazenar energia gerada por fontes de energia renováveis ​​intermitentes, como solar e eólica. E olha que incrível, esse sistema poderá auxiliar as redes elétricas em momentos de pico e sobrecarga.

bateria Tesla
Imagem reproduzida de Olhar Digital

O empreendimento é o terceiro e maior sistema de armazenamento de energia oferecido pela Tesla. Lembrando que ela também oferece hoje outros dispositivos menores de armazenamento de energia de bateria, como o Powerwall, destinado ao uso doméstico, e o Powerpack, destinado ao uso por empresas ou em projetos menores de concessionárias de energia.

No futuro, a Tesla pretende entregar para as cidades os Megapacks totalmente montados, incluindo módulos de bateria, inversores bidirecionais, sistema de gerenciamento térmico, disjuntor principal AC e os controles. Segundo eles, em comparação a outros sistemas de armazenamento de energia, este ocupa um espaço 40% menor. Além disso, sua construção requer um menor número de peças e poderá ser realizada em um décimo do tempo.

bateria Tesla
Imagem reproduzida de TecMundo

Baterias Megapack da Tesla pegam fogo

Surpreendendo a todos, duas unidades de baterias Megapack pegaram fogo recentemente, em Victoria, na Austrália, no último dia 30 de julho. Tudo aconteceu durante testes na planta do sistema que deveria ser um dos maiores em armazenamento e fornecimento de energia.

A área onde ocorreu o problema foi evacuada rapidamente, e não houve registros de feridos. Entretanto, o controle do incêndio levou três dias. Foi necessário desconectar os dois Megapacks da rede para evitar que o fogo se espalhasse para outros Megapacks e que houvesse impactos no fornecimento de energia elétrica.

bateria Tesla
Imagem reproduzida de Olhar Digital
bateria Tesla
Imagem reproduzida de Olhar Digital

A origem do incêndio

O fogo teria iniciado durante operações de teste no Victorian Big Battery Megapack, nome dado ao projeto encabeçado pela francesa Neoen. A saber, a Neoen, empresa produtora de energia renovável, com sede em Paris, França, desenvolveu, juntamente com a Tesla e a AusNet Services, o projeto em escala de rede com o objetivo de ajudar o estado de Victoria a cumprir uma meta de energia renovável de 50% até 2030. E, para isso, o projeto recebeu 118 milhões de dólares do governo australiano.

O novo sistema de baterias deve oferecer 300 megawatts (MW) de potência no horário de pico de consumo, e armazenar até 450 megawatts-hora (MWh) de energia, o que equivale a abastecer 1 milhão de residências por hora.

A construção e a manutenção dos equipamentos são de responsabilidade da Neoen. Todavia, os custos operacionais serão arcados pelos consumidores, incluídos em suas faturas de energia. Inclusive, parte dos usuários critica o acordo e exige maior “transparência” nos números.

bateria Tesla
Imagem reproduzida de Folha – UOL

Os gases tóxicos liberados

Os moradores da região realmente estão bem preocupados com a situação, sobretudo com os possíveis prejuízos à saúde. É que, pelo incêndio dos Megapacks, com 13 toneladas cada, foram liberados muitos gases tóxicos que poderiam ser inalados pelas pessoas. Mas, apesar disso, o monitoramento mostrou que a qualidade do ar na comunidade estava com boa qualidade.

Por precaução, a população foi orientada a manter portas e janelas fechadas. E uma investigação sobre o ocorrido, bem como as inspeções físicas na área afetada, iniciaram assim que a equipe especializada concluiu todos os procedimentos necessários. 

bateria Tesla
Imagem reproduzida de forr.online

Segundo Xavier Barbaro, CEO da Neoen, é muito cedo para determinar se o incêndio dos Megapacks atrasará o lançamento oficial do sistema de bateria. Ele afirmou também que, possivelmente, o incidente não trará impactos negativos na lucratividade da empresa prevista para o resto do ano. Já a Tesla, por sua vez, está tendo muito sucesso com o Megapack, atingindo o recorde australiano de acúmulo de energia no último trimestre.

Se você quiser saber mais sobre o incidente com o conjunto de baterias Megapak, recomendamos que assista ao vídeo a seguir!


Fontes: Olhar Digital, Tecmundo, Wikipedia, Mundo Conectado.

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Toda eleição federal de um governo é importante. No Brasil, elas acontecem de quatro em quatro anos. Em dia marcado, o povo se dirige até um local de votação para escolher seus representantes através da votação eletrônica. Sim, nosso país foi um dos primeiros a arriscar uma votação por urna eletrônica. E considerar que possa haver qualquer fraude nesse processo é algo muito sério!

Recentemente, o governo tem travado uma discussão polêmica sobre as fragilidades dessa tecnologia utilizada no funcionamento dos aparelhos de votação. A Justiça Eleitoral reafirmou sua confiança no equipamento. De acordo com o órgão, há “camadas” de segurança que impedem a invasão por terceiros e o acesso às informações constantes no aparelho. Ou seja, se houvesse uma tentativa de ataque, o próprio sistema reagiria acionando uma “trava” no programa, impedindo a sua execução por alguém de fora. Mas será mesmo verdade?

Existem pessoas pondo em dúvida a urna eleitoral brasileira. Eles questionam como nós, do chamado terceiro mundo, poderíamos usar essa tecnologia com tanta confiança, enquanto países tecnologicamente mais avançados, como os EUA e Canadá, ainda usavam papel.

Bem, essa é uma pergunta bem interessante, não podemos negar. Contudo, nós, do Engenharia 360, NÃO temos intenção de discutir política e, sim, trazer informações sobre como as coisas funcionam. Então, propomos conhecer, juntos, alguns segredos por trás do uso da urna eletrônica brasileira!

eleições brasileiras
Imagem extraída de VEJA

Como surgiu a urna eletrônica brasileira?

A urna eleitoral brasileira como conhecemos hoje surgiu de maneira bem diferente. Nos anos 70, o juiz Carlos Prudêncio questionava o porquê da demora na divulgação dos resultados dos pleitos eleitorais. Depois de 10 anos, colocou em prática a sua ideia de usar as novas tecnologias em favor do processo eleitoral; e deu certo! O modelo de Prudêncio foi aprimorado durante várias etapas, e foram muitas tentativas de utilizá-lo.

“Eu não entendia por que demorar tanto para dar os resultados das eleições e resolvi inovar, mesmo contra os interesses de grupos políticos regionais. (…) Varávamos a noite fazendo a contagem e muitas vezes de manhã os eleitores já sabiam os resultados. Nesta época, não havia computadores e tudo era feito manualmente.” – disse Prudêncio.

O voto eletrônico foi utilizado oficialmente pela primeira vez nas eleições de 1996. Naquele ano, apenas parte das eleições foi realizada eletronicamente, por falta de tempo em fabricar urnas o suficiente e também por ser uma fase de testes. E apenas nas eleições do ano 2000 é que o país foi cem por cento coberto com urnas eletrônicas.

Quais vantagens a urna eletrônica de votação oferece?

Obviamente, a urna eletrônica brasileira oferece uma grande agilidade na apuração dos votos. Hoje, por exemplo, já conseguimos ter os resultados de uma eleição no mesmo dia da votação – é realmente surpreendente. Teoricamente, a urna eletrônica computa os votos de maneira segura e sigilosa, impedindo a identificação do eleitor e executando o processo com o melhor custo-benefício. Nesse processo, não haveria a intervenção humana na contagem dos votos; e nada de ligação com dispositivos de rede, como Internet – as coisas seriam assim para impedir fraudes e ataques de hackers.

Discussão polêmica: será que a tecnologia da urna eletrônica brasileira é mesmo confiável?
Imagem extraída de Jornal NH

Por que tantos especialistas confiam no sistema eleitoral brasileiro?

Em 2009, o Tribunal Superior Eleitoral lançou um desafio: convidou hackers a invadirem a urna eletrônica brasileira usando apenas seus conhecimentos técnicos e impondo várias restrições. Na ocasião, o teste deu super certo! Mesmo assim, os especialistas contratados pelo governo sentiram ser preciso aperfeiçoar o sistema, acreditando que, se alguém usasse engenharia social ou programas específicos, poderia corromper o sistema.

Plano A | Votação Paralela

A votação paralela acontece no mesmo dia das eleições. Na véspera são selecionadas algumas urnas em todos os estados entre aquelas já enviadas para as seções eleitorais. Essas urnas são levadas para um local pré-selecionado. Depois, é feita uma simulação filmada de votação – com votos não contabilizados – para avaliar a segurança da urna contra eventuais fraudes.

O eleitor deposita seu voto de duas formas: digitando na urna eletrônica e anotando em uma cédula de papel. Depois, seus dois votos são comparados por auditores independentes contratados pelos TSE, um momento que pode ser acompanhado por representantes de partidos, instituições ou qualquer cidadão interessado.

eleições brasileiras
Imagem extraída de Exame

Plano B | Reservas

A urna eleitoral também conta com lacres e mecanismos de segurança que evidenciam se houve violação ou não, além das ditas hashes dos sistemas citados serem conferidas antes da contagem dos votos. E se algo der errado durante a instalação e autorização dos sistemas nas urnas, existem aparelhos de reserva que são enviados para as seções com urnas defeituosas.

eleições brasileiras
Imagem extraída de Revista Jurídica Verba Legis

Plano C | Backups

Em último caso, se as urnas eletrônicas reservas estragarem também, existe o processo chamado de “backup do backup”, que é recorrer ao uso de cédulas de papel.

Como funciona a tecnologia da urna eletrônica?

Os equipamentos utilizados pelo governo brasileiro são fabricados por uma empresa contratada por licitação pelo Tribunal e inspecionados por técnicos da própria instituição. Seu terminal de votação conta com um processador X86, 256 MB de memória RAM, um visor de LCD e interfaces USB, Serial, SmartCard, PS/2 e CompactFlash. Já o terminal de atendimento tem um leitor biométrico e um teclado, através do qual o mesário ativa o modo de votação.

Dentro das urnas é “rodado” um programa desenvolvido pelo TSE. Sua base é uma versão do sistema Linux, criada por uma empresa autorizada pelo Tribunal. O código temporário para o seu acesso é liberado para membros dos partidos políticos, da OAB e do Ministério Público apenas 180 dias antes das eleições para testes. E só 20 dias antes das eleições é que o código final é apresentado novamente, junto com os manuais, documentação e executáveis.

Antes das eleições, os dados da zona e da sessão eleitoral em que cada urna ficará é carregado dentro das máquinas; gravados com criptografia em um cartão CompactFlash e extraídos no final do processo para um pendrive USB. Dentro do pendrive ficam gravados um boletim da urna, o registro digital do voto e dados de quem não foi votar. Quando a votação começa, os fiscais revisam se as máquinas estão zeradas para começar a contagem. E depois das 17hs, cada seção emite um Boletim de Urna com um QR Code, que pode ser lido por aplicativo, servindo de contraprova para que o resultado seja comparado com o resultado da apuração oficial.

eleições brasileiras
Imagem extraída de Tua Rádio
eleições brasileiras
Imagem extraída de Jovem Pan

O TSE garante que está constantemente trabalhando para aprimorar o sistema eleitoral brasileiro, para ele ser sempre seguro. Por certo, todos nós queremos confiar nisso. Críticas construtivas devem ser sempre ouvidas. E um debate saudável, aberto à população, certamente é o melhor caminho para o nosso país não importa as lideranças!

Veja Também: Saiba a “quantas anda” a MP 1.040, que derrubava o piso salarial de engenheiros e outros profissionais


Fontes: Tecnolog, Politize, Agência Brasil.

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Redação 360

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Pense na dificuldade de morar em regiões remotas, isoladas do mundo, e querer realizar atividades simples do dia a dia, como ouvir um rádio ou tomar um banho quente. Na tentativa de ajudar famílias nestas condições, cientistas do mundo todo vêm desenvolvendo projetos com tecnologia diferenciada, mais independente e ecológica. Veja, por exemplo, as histórias de painel solar e turbina eólica para geração de energia apresentadas a seguir!

Projeto de painel solar orgânico

O primeiro invento que queremos apresentar trata-se de um painel solar orgânico desenvolvido pelo no centro de pesquisa aplicada do Instituto CSEM Brasil localizado na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A peça é mais leve, flexível e relativamente transparente que os modelos tradicionais de painéis. Fruto de uma pesquisa de mais de dez anos.

energia elétrica
Imagem extraída de Saquarema TV

Como funciona o painel?

Esse novo painel desenvolvido no Brasil é constituído de um filme plástico, onde as tintas que são a base de carbono são impressas e podem transformar a luz do Sol em energia elétrica. Camadas internas criam elétrons, conduzindo cargas positivas e negativas. E a última camada impressa que funciona de terminal metálico, responsável por fechar o circuito.

Conheça 2 tipos de tecnologias BARATAS para a geração de energia em regiões remotas
Imagem extraída de Engenharia Hoje

Quais as vantagens desse sistema de energia?

O painel apresentado ao Instituto CSEM Brasil, em tese, é fácil de ser aplicado, mesmo nas mais diversas superfícies. E o mais importante: pode ser produzido com materiais orgânicos, sendo uma opção mais sustentável, em comparação aos painéis tradicionais de silício!

Atualmente, o painel fotovoltaico orgânico está em fase de testes. Foram adaptadas máquinas similares à de impressão em jornal para o processo de impressão desejado. O objetivo é garantir que essa alternativa barata leve energia verde para todo lugar!

Conheça 2 tipos de tecnologias BARATAS para a geração de energia em regiões remotas
Imagem extraída de CPG Click Petroleo e Gas

Projeto de pequena turbina eólica

O segundo invento que queremos apresentar trata-se do primeiro protótipo da AVATAR, uma pequena turbina eólica desenvolvida pela startup Avant Garde Innovations, da Índia. Por conta da sua extraordinária capacidade funcional, em 2015, a ONU (Organização das Nações Unidas) escolheu o aparelho como uma das vinte melhores inovações da cleantech na Índia como parte do Global Cleantech Innovations Programme (GCIP).

Conheça 2 tipos de tecnologias BARATAS para a geração de energia em regiões remotas
Imagem extraída de Avant Garde Innovation

Quais as principais características da turbina?

A turbina desenvolvida pela Avant Garde Innovations é de fluxo axial, multifásica, multivoltagem e sem escova. Com acionamento direto e sem engrenagem. Potência nominal de 1kW e tensão nominal 24V / 48V / 230V. E com controle de RPM para maior vida útil do rolamento – estima-se que venha a ter uma vida operacional de 20 a 25 anos.

A turbina AVATAR tem apenas três metros de diâmetro. Então, pequena e leve, ela é fácil de ser transportada. Ideal para casas, comércios e áreas rurais – em áreas marinhas, nevadas e desertas -, com capacidade de geração de energia de 5 kW/h, a uma velocidade de vento de 5,5m/s. Enfrenta automaticamente qualquer direção do vento e é silenciosa. É certeza de geração de energia seja dia e noite, chuva e brilho, verão e inverno. E o melhor, não precisa de muita manutenção, sem necessidade de limpeza regular.

energia elétrica
Imagem extraída de Government of India
energia elétrica
Imagem extraída de Avant Garde Innovation

Quais os maiores benefícios dessa nova tecnologia?

O novo gerador AVATAR também tem um custo de produção, funcionamento e manutenção baixo. O equipamento tem grandes chances de revolucionar a geração da energia renovável no mundo. Seu sistema, pelo que parece até agora, é bastante confiável. A instalação é rápida e simples, e pode ser tanto no nível do solo quanto na cobertura de edificações. Espera-se que possa ser comercializado em breve no Brasil! Vamos torcer por esta boa notícia!

Nosso país vive hoje uma das maiores crises de energia por conta da falta de chuvas. Como é bom ouvir histórias de alternativas simples que possam ajudar a nossa população a gerar energia mais barata e limpa, principalmente para famílias morando em regiões remotas do país. Que estes exemplos sirvam de inspiração!


Fontes: Engenharia Hoje, Click Petróleo e Gás.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Em 2015, um grupo de empresários peruanos criou a empresa chamada Wawa Laptop, com o objetivo de levar recursos tecnológicos para crianças e escolas de diversas regiões dos Andes e da Amazônia peruana e conectá-las com o que acontece no mundo. Inclusive o nome Wawa pode ser traduzido, no idioma quíchua, para “criança”.

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Imagem reproduzida de El Comércio (Perú)

O início de uma boa ideia

A CEO da WAWA Laptop, Alejandra Carrasco observou, durante as viagens que sua família fazia às zonas rurais do Peru, que muitas crianças não tinham acesso à tecnologia. E, pensando nisso, ela se reuniu com outros profissionais para tentar mudar tal realidade e dar uma nova oportunidade para aquela gente. Foi aí que veio a ideia de criar um laptop ecológico!

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Imagem extraída de Ruptly
laptop
Imagem extraída de RPP

O desenvolvimento do protótipo

O primeiro protótipo do laptop de Alejandra foi construído com placas SBC – Single Board Computer. E, depois, em 2015, seu grupo lançou o primeiro desktop de baixo custo. Porém, o resultado ainda não estava tão satisfatório.

Na etapa seguinte, o protótipo foi levado para algumas regiões dos Andes e da Amazônia. Só que ainda não parecia suficiente! O grupo de estudos sentiu ser necessário, então, fazer um laptop melhorado! O resultado: uma máquina de 10,1 polegadas, feita de MDF composto de madeira reciclada e peças removíveis.

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Imagem extraída de FayerWayer

Detalhes de programação

O software desenvolvido pela WAWA Laptop é baseado no sistema operacional Linux, garantindo mais liberdade de criação e desenvolvimento dos operadores. E o laptop pode ser carregado por energia solar, possibilitando o uso em regiões que não contam com redes de energia elétrica.

A empresa ainda afirma que a durabilidade do aparelho é de até 15 anos. Além disso, considerando a qualidade que oferece, é um produto de baixo custo.

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Imagem reproduzida de VIX
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Imagem extraída de Detalhe Solução

O usuário, se quiser, pode trocar as peças do laptop por outras mais modernas assim que sentir necessidade ou vontade, pois o equipamento é adaptável. A ideia da WAWA Laptop era mesmo que estas atualizações tenham baixo custo e evitem o desperdício de equipamentos tecnológicos, bem como a retirada de minérios, já tão escassos no planeta. 

Em 2020, esse laptop ecológico estava sendo comercializado por 799 soles peruanos, cerca de R$ 1.022,00 na cotação atual. Então, acessível ou não? O que você acha?

Se quiser saber mais sobre o trabalho da WAWA Laptop e seu laptop ecológico, recomendamos que assista aos vídeos a seguir:

Veja Também: [4 dicas sobre] O que saber antes de comprar laptops para jogos?


Fontes: Razões para Acreditar, Casa Abril, Revista Prosa e Verso, Grupo Quality Ambiental.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Todos conhecem ou já ouviram falar de Manhattan, o mais antigo e mais densamente povoado dos cinco burgos que formam a cidade de Nova York. Pois, justamente um de seus últimos pedaços de terra não construída está prestes a sofrer uma grande transformação! Será que isso é uma coisa boa? Bem, pode ser que sim, já que a prefeitura do município pensa em transformar uma ilha em laboratório vivo para adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Saiba mais sobre isso no texto a seguir!

Nova York
Imagem extraída de Thomson Reuters Foundation News

A Ilha do Governador de Nova York

Governors Island ou Ilha do Governador é uma pequena ilha de 172 acres próximo ao sul de Manhattan – na verdade, a apenas 8 minutos de balsa do grande burgo. Informação irrelevante: seu formato lembra muito um sorvete! E mais, ao longo da história, ela foi:

  • um posto da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais,
  • uma prisão da Guerra Civil para soldados confederados,
  • um centro de comando da guarda costeira,
  • e até mesmo um local de encontro entre o presidente Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gorbachev no final da Guerra Fria.

Por fim, Nova York pensa em transformar rezonear essa ilha para uso comercial e educacional.

Nova York
Imagem extraída de Curbed

Veja Também: Fundação de Nova York: a história dos 23 brasileiros que participaram da sua fundação

Qual o objetivo da iniciativa?

O que Nova York realmente quer é mostrar para o mundo que, de fato, tem uma postura ativa no enfrentamento da crise climática mundial. Mostrar que consegue lidar bem com desastres naturais, que tendem a ser mais frequentes em razão do aquecimento global. Meio controverso este pensamento? Sim, é claro. Mas vamos deixar esta discussão de lado, certo?

A própria Ilha do Governador fica em um ponto de Nova York vulnerável às enchentes e tempestades, e o aumento do nível do mar pode deixá-la inabitável futuramente. E justamente por isso é que se cogitou usar ela como local de instalação do Center for Climate Solutions – com áreas de pesquisa, inovação, testes, desenvolvimento, educação e engajamento público. Ou seja, a ilha será uma espécie de chamariz ou vitrine para o projeto com pegada sustentável.

“Mesmo que as emissões de carbono caiam a zero amanhã, nós todos teremos de enfrentar os impactos da crise climática, e as comunidades precisam estar preparadas.” – Clare Newman, líder do Trust for Governors Island, em reportagem de Bloomberg. 

Nova York
Imagem extraída de Curbed
Nova York
Imagem extraída de Exame

Como será a interferência na paisagem?

A parte sul da Ilha do Governador de Nova York tem uma área de 1280 km². É nesta parte da ilha que acontecerá toda a interferência urbana e arquitetônica sobre a paisagem. Nos últimos anos, a prefeitura já utilizou a área da antiga base militar abandonada em um refúgio urbano, com a construção de um amplo parque – The Hills – com vista privilegiada de Manhattan e da Estátua da Liberdade.

Dentro desta área de parque foram restauradas diversas construções históricas. Além disso, foram erguidas instalações educacionais e comerciais. Hoje, o cenário é realmente muito bonito, considerado um mundo à parte de uma das maiores cidades do planeta, zona de artes, entretenimento e cultura. E, em breve, ainda haverá mais novidades na ilha. Digamos que ela será um “grande centro de pesquisa sobre adaptações climáticas, comércio, debates e política”.

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Imagem extraída de Exame
Nova York
Imagem extraída de The New York Times

Impasses para o projeto

Todas essas novas intenções para a Ilha do Governador de Nova York foram anunciadas no fim de 2020 pela prefeitura da cidade e o Trust for Governors Island (organização sem fins lucrativos responsável pelas operações na ilha). Contudo, na prática, quase nada saiu do papel. E por quê? É que faltam parceiros para bancar o projeto.

Claro que também tem a questão imobiliária, não vamos mentir. O plano anterior desagrada porque não dá liberdade de “desenvolvimento”. Alguns nova-iorquinos mais conscientes de plantão já se manifestaram contra, questionando que o discurso verde da proposta é apenas uma desculpa para o avanço imobiliário na região. Inclusive, em 2002 já havia rumores de que a Universidade de NY instalaria um campus na ilha. Depois, em 2008, se cogitou tornar o local a sede de um instituto público ligado à sua fundação privada. Então, onde foi parar aquela “postura ativa no enfrentamento da crise climática mundial”? Realmente, não se sabe!

Nova York
Imagem extraída de Alicia Glen em Twitter

O fato é que a competição global entre universidades, instituições de pesquisa e ONGs está aberta! Para participar, é preciso apresentar como seria uma instalação científica de alto nível, que desenvolva soluções ambientais urbanas de modo a preparar as comunidades para as alterações do clima. Isso inclui programas de treinamento para o crescimento de empregos verdes em Nova York e ideias para ações educacionais, geração de empregos e mais.


Fontes: Revista Exame, Capital Reset, Sustentablecarbon.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Há anos os cientistas sabem que as aves migratórias utilizam o campo magnético da Terra para se localizar. Esse fenômeno é bem comum e não é exclusivo dessas espécies. Tartarugas e bois, por exemplo, também conseguem perceber a presença do magnetismo do planeta. Contudo, essa habilidade das aves não possuía uma explicação clara; pelo menos não até o momento. Mas um novo estudo joga luz sobre o assunto! Saiba mais no texto a seguir!

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Pássaros migratórios (Imagem: 258817 / 38 images Pixabay)

Veja Também: Beija-flores conseguem enxergar cores que nós, humanos, nem imginamos

Novo estudo sobre a capacidade das aves de localizar campo magnético

Os primeiros experimentos sobre o tema concluíram que esse sentido das aves pode estar relacionado diretamente com a visão. No escuro, elas perdem parte da capacidade de localizar campo magnético. Para entender, pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, e da Carl von Ossietzky University Oldenburg, na Alemanha, se empenharam a estudar os olhos desses animais; e imagina o que descobriram!

A proteína Cry4

Uma proteína do grupo criptocromos foi identificada na retina desses pássaros e isolada. Conhecida do Cry4, ela reage à luz azul e à presença de campo magnético. Inclusive, testando essa molécula em um tubo de ensaio, a equipe do biólogo Jingjing Xu, da Universidade de Oldenburg, identificou como a reação ocorre.

Em campos magnéticos artificiais cerca de cem vezes mais fortes do que o terrestre, foi possível perceber que essa proteína pode desencadear a atividade neural das aves através de reações químicas. “Os produtos da reação existem por tempo suficiente e são produzidos em quantidades suficientes para atuar como uma substância sinalizadora”, afirma o neurotecnologista Eric Warrant, da Universidade de Lund.

Nessa reação, a luz atinge e deforma a proteína. E, com isso, dois elétrons desemparelhados se juntam para formar um par com seus spins – orientação das partículas –, quânticos apontando em direções opostas. Então, a Mecânica Quântica entra em ação! Os spins dos dois elétrons começam a flutuar e quando estão alinhados criam produtos que ativam os neurônios!

A biologia sensorial

A quantidade de tempo que os elétrons passam alinhados ou não depende da direção do campo magnético. Como os neurônios humanos respondem a diferentes comprimentos de onda de luz e enviam informações para nossos cérebros, interpretadas como cores, é possível que os neurônios dos pássaros também transmitam informações sobre os campos magnéticos.

Esse é um passo significativo para entender o verdadeiro papel da proteína Cry4!

“A forma como os animais percebem os campos magnéticos é um mistério.”, “Não sabemos muito sobre isso. É quase uma santidade de estudo da biologia sensorial.” – disse Eric Warrant.

Os artigos completos referentes a esse estudo estão disponíveis nos periódicos da Royal Society e Current Biology. Aproveite a sua leitura!


Fontes: UOL, VEJA, Socientifica.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Não é novidade alguma que Madri, a capital da Espanha, é uma das maiores e mais bonitas metrópoles do planeta. Com 6,7 milhões de habitantes, tornou- se, em 2018, a primeira cidade da Europa a proibir carros poluentes em sua zona central. E agora ela irá construir um enorme “anel florestal” em torno de seu perímetro. Saiba porquê no texto a seguir!

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Imagem extraída de Dailymotion

Qual o objetivo da iniciativa dos espanhóis?

A ideia dos espanhóis é tentar reduzir os níveis de calor em Madri, utilizando as árvores para aumentar a absorção de CO2 na atmosfera local, combatendo, assim, as ilhas de calor – trabalhando dia e noite para absorver o excesso de calor e limpar o ar da metrópole. Aliás, esse projeto de Desenvolvimento Urbanístico – Desarrollo Urbano del Ayuntamiento de Madrid – é chamado de anel de “Via Verde” ou “Mar Verde”.

O plano de florestamento urbano deve cobrir de vida uma árvore de 75 km no total. A intenção ainda é conectar as áreas verdes já existentes na capital. Serão plantadas cerca de 500.000 árvores como pinheiro-negro, faia, zimbro espanhol e várias espécies de carvalho – que são geralmente encontradas nessa zona árida onde fica a capital espanhola, nativas e que requerem pouca água.

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Imagem extraída de Razões para Acreditar
florestamento urbano
Imagem extraída de Euronews

Quais as vantagens da nova floresta de Madri?

É importante ressaltar que esse novo bosque urbano de Madri não será utilizado como parque. Mas é provável que as pessoas, inevitavelmente, vão buscar esse lugar para descanso. Só lembrando que a ideia da criação desse anel verde é mesmo absorver as emissões de gases de efeito estufa geradas – provavelmente 175 mil toneladas por ano – e conectar todas as massas florestais existentes que já existem na cidade.

“(…) para as cidades que expelem três quartos de todo o CO2 causado pelo homem, que tendem a absorver muito mais calor e ar pobre do que o campo circundante, métodos de combate às alterações climáticas e à degradação ambiental geral precisam ser variados.”,

“(…) a criação de corredores ambientais em todos os bairros… e acima de tudo (…) para envolver os cidadãos nesta nova cultura verde, é essencial para cada cidade enfrentar o futuro próximo da melhor maneira”

– conselheiro do meio ambiente e desenvolvimento urbano de Madrid, Fuentes, em reportagem de Razões para Acreditar.

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Imagem extraída de Archello

Mais ações sustentáveis do município

Repetindo a história, em 2018, Madri se tornou a primeira cidade da Europa a proibir carros poluentes no centro da cidade. Explicando melhor, só poderiam trafegar no centro apenas veículos com zero emissão de carbono. A ideia era estimular o uso do transporte público e a circulação de pedestres e bicicletas e banir os carros movidos a gasolina ou diesel.

Recentemente, a prefeitura de Madri lançou mais uma proposta, que tem tudo a ver com o “anel verde” que comentamos antes. Trata-se do plano “Madrid 360 – Avance de la Estrategia de Sostenibilidad Ambiental” para tornar a cidade mais verde. Uma delas dá incentivos fiscais a moradores que investirem em fachadas e telhados verdes, painéis solares e elementos de sustentabilidade e eficiência energética em suas residências e empresas.

Olha que controvérsia, enquanto a política brasileira incentiva o desmatar, cidades ao redor do mundo estão correndo contra o tempo para reflorestar e reduzir as ilhas de calor. Por que será? Pense nisso!


Fontes: Razões para Acreditar, Conexão Planeta.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.